Eu não olhei para o poente

Em dia quente

Enquanto agente

Dava a mão

Eu não comi melão

Em ato ladrão

Para então

Dar-te metade

Eu não fiz maldade

Em minha idade

Pois era sua responsabilidade

Ser meu domínio

Eu não fui demônio

Em momento de bulício

Enquanto incônscio

Pois lá só estava eu e a parede

Eu não vi mais o verde

Ou comi fruta-do-conde

Contudo mantive saudade

Da floresta de seu olhar

Eu não sonhei com o mar

E só fiz aguardar

Algo chegar

E veio um forasteiro

Eu me banhei inteiro

Em um ribeiro

Depois de sair do cativeiro

Mas estou ainda a sofrê

Eu sempre estive a mercê

De matar sem um porquê

E fazer fuzuê

Porém, estava tudo bem, se eu tinha você