Continuação da Fanfic "Uma noite para reencontrar o passado"


Fazia apenas quinze minutos que tinha entrado no avião e se perguntava se aquilo era realmente o certo a se fazer. Iria voltar para Grecia acomanhado. Como iria explicar isso para os companheiros? Ou pior, como iria explicar isso para o Grande Mestre e para Athena?!

Olhou para o lado e, viu aquele rosto tão belo, de traços delicados e pele morena, a dormir ao seu lado. Realmente era parecida com a única pessoa que despertou um sentimento bom no seu coração.

-------------------------------Flash Back-----------------------------------

Estava na cozinha a espera de Chiara que tinha ido colocar Amanda para dormir. Ainda sentia o corpo tremer, e teve pela primeira vez, em muitos anos, medo do que estava para vir. Não sabia o que sentia.

"Uma filha..." - pensava preocupado.

Olhou para o relógio que marcava quatro da manhã e quando desviou os olhos do relógio, viu Chiara entrar na cozinha.

Ela não disse nada, e ele tão pouco, apenas contemplava-a a pegar algumas coisas no armário em cima da pia. Era um pote de plástico marron, que identificou como o pote que continha pó de café, um copo medidor de plástico azul piscina e, uma caixinha verde e vermelha que continha coadores de papel.

Chiara se dirigiu para perto da cafeteira, que estava no final do balcão e começou a preparar a máquina para fazer café.

Depois de apertar o botão vermelho da frente da cafeteira, se dirigiu para a mesa e sentou de frente para o irmão, como fizeram na hora do jantar.

- E agora? – Ela perguntou de repente, assustando um pouco Mascara da Morte.

- E agora o que? – Ele respondeu arqueando as sobrancelhas.

- Bruno – Ela começou calmamente – Quando Amanda nasceu, eu prometi que cuidaria dela até você chegar, contrariando a vontade de nossos pais. Eu já estava de casamento marcado e meu noivo tambem não a queria. Eu praticamente o obriguei a aceita-la, dizendo que em breve você voltaria…

- Ele não precisa saber que eu voltei – Mascara da Morte interrompeu-a.

Chiara, deu um suspiro.

- Ele já sabe – Ela respondeu, fazendo Mascara da Mote fechar os olhos e baixar a cabeça com um ar decepcionado – Ele esta na França, telefonou quando você estava no banho. Ele sempre pergunta se você já voltou. Se você não a levar eu vou ter que a deixa-la em algum lugar. Eu vou me mudar para a França daqui uma semana. A mamãe vai para a casa de uma prima dela no continente.

- E se eu não tivesse voltado? – Mascara da Morte indagou indignado por só saber daquilo agora.

- Eu teria que arruar uma outra família para ela ficar – Chiara respondeu com lágrimas nos olhos – Entenda, eu não tenho outra escolha.

Mascara da Morte com o cotovelo apoiado na mesa, tapava o rosto com a mão. Estava preocupado.

- Eu não posso leva-la para o Santuário…

- Fariam mau para ela lá? – Perguntou Chiara descrente nas palavras do irmão.

- Não – Respondeu irritado, dando um murro na mesa – Eu não sei cuidar de criança, ainda mais uma menina…

- Então faça o que a mamãe queria desde o começo, e a deixe em um orfanato. Ela há de encontrar uma boa família. Ela é meiga e bonita, logo vai ter alguém que a vai querer.

Mascara da Morte ouvia, atentamente, o que a irmã dizia. Não, não queria uma outra familia ara ela. Ela era tudo o que restava de Anna nesse mundo.

- E quem vai querer uma criança amaldiçoada? – Ouviram a voz da mãe, vinda da porta da cozinha.

Os dois se levantaram rapidamente da mesa, olhando em direção a mãe, que estava com um roupão verde agua que ia até o pé, preso por uma cinta, imovel na porta.

- Não diga besteira, mãe – Disse Chiara, em um cochicho, indignada com o que acabara de ouvir.

- Ela é a prova do maior pecado que alguém pode cometer – Disse a mãe, olhando para Mascara da Morte, que estreitava os olhos a cada palavra que ouvia – Filha de alguém que induziu a irmã, uma criança, a um ato tão perverso…

- Eu não induzi ninguém – Disse Mascara da Morte demonstrando todo seu ódio, seu cosmo começava a se elevar, sem controle – Se ela fez o que fez, foi porque quis, assim como eu.

- Anna era uma criança – A mãe disse com ódio, caminhando em direção a Mascara da Morte – Você já sabia bem o que queria…

- PAREM!!! – Gritou Chiara se pondo entre os dois. Percebeu a alteração do irmão. Não sentiu o cosmo dele por não ser capas, mas conhecia-o o suficiente para saber que não era o mesmo que tinha partido a sete anos atrás. E estava prestes a atacar a própria mãe.

- Você esta louca – Disse Mascara da Morte olhando para a mãe, se acalmando.

- Ninguém vai querer uma filha do pecado – Disse gritando diante de Chiara, mas olhando para Mascara da Morte, que voltava a elevar o cosmo.

Se preparou para atacar. Não tinha intenção de machucar a própria mãe, mas lhe dar um grande susto, para mostrar que não era nenhum idiota, que leva desaforos sem fazer nada.

Pegou bruscamente no braço de Chiara e, a lançou, de forma que esta caiu sentada na cadeira e se aproximou, sem baixar a cabeça da mãe, olhando-a de cima. Esta por sua vez não se mexeu, fitava-o, desafiadora.

Não gostou da atitude da mãe, estava pronto para lhe agarrar no pescoço, quando desviou os olhos para a porta.

Amanda tinha acordado com a gritaria. Estava assustada olhando fixamente para Mascara da Morte. Este de imediato se afasta da mãe, recuando alguns passos.

- Pensei que estava dormindo – Disse Chiara indo de encontro a menina que não tirava os olhos de Mascara da Morte.

- Vocês gritavam – A menina respondeu

- Não é nada…

- Este é seu pai – A mãe cortou Chiara, olhando para a menina – Você jamais será feliz, assim como ele…

Mascara da Morte de imediato empurra a mãe, que bate as costas no balcão.

Se aproxima de Chiara e de Amanda.

- Arrume as coisas dela, saímos as nove, tenho que lhe comprar uma passagem. – Dizendo isso, Mascara da Morte de dirige para o corredor em direção ao seu quarto.

---------------------------------------Fim do Flash Back-------------------------------------------

Naquela atitude de impulso e de raiva, tinha conseguido realmente uma passagem para a menina. Não foi muito difícil, pois o avião não tinha muitos passageiros. Uma troca, sem dificuldades, com a mulher que deveria estar do seu lado, e lá estava ele do lado da menina que significava tudo o que queria esquecer.

Suspirou, ainda olhando para Amanda, e encostou a cabeça para trás, caído logo no sono.

Continua…