Disclaimer – "Inuyasha" não me pertence. É da tia. u.u
Revisão – Presente de Dia dos Namorados para uma das pessoas mais importante que Deus colocou na minha vida, Lílian Summers. Amo você, Lia, para sempre e sempre! /o/
Notas da autora – Aqui está um ficlet que escrevi com Rin e Sesshy para comemorar o Dia dos Namorados especialmente para a Lia. \o/
Ah, eu estou viciada em oneshots graças a Lia, então logo, logo estarei publicando mais. :-D
Espero que gostem e se divirtam com o ficlet. \o/ \o/ \o/
Agradecimentos especiais a Mitz-chan que fez o favor de revisar. Obrigada, querida. Te amo! /o/
Beijos,
Lis
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Candy Kiss
By Palas Lis
For L. Summers
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Dentro da cozinha pequena do apartamento, Nakayama Rin estava frente a pia, sem fazer barulho. Os olhos castanhos concentrados no que fazia; os cabelos negros presos desleixadamente no alto da cabeça, com apenas a franja caindo sobre a testa e alguns fios soltos próximos às orelhas. O sorriso traquinas também era notado nos lábios dela.
Era o Dia dos Namorados. Uma data especial, por isso estava preparando algo especial para o namorado.
À sua frente, forminhas em formato de coração recebiam chocolate derretido. Daria bombons para Inokuma Sesshoumaru. Ele gostava de chocolate – ela muito mais, então os dois aproveitariam do presente.
A menina sorriu e mordeu o lábio.
Após terminar de encher a última forminha, ela colocou na geladeira para ficarem prontos e poder embalar com os plásticos vermelhos que comprara no centro da cidade. Queria que tudo ficasse perfeito para ele e faria todo o possível para que isso acontecesse.
Os olhos se voltaram para o relógio na parede e suspirou. Eram mais de três da manhã. Sentia sono, os olhos pesavam e ardiam, mas precisava terminar antes de amanhecer, para levá-los no café da manhã para o namorado.
O jeito era esperar.
A menina fitou com os olhos escuros a tigela que ainda segurava com as duas mãos. Ainda tinha chocolate derretido lá...
O sorriso ficou mais visível no rosto dela e levou a colher grande aos lábios, deliciando-se com o gosto doce. Não percebeu quando tempo ficou ali, encostada a pia com a camiseta larga e comprida de Sesshoumaru cobrindo o corpo; nem quis olhar para o relógio. Apenas ficou comendo o chocolate.
- Rin?
A voz masculina a fez se assustar e balançar a colher repleta de chocolate que estava a poucos centímetros da boca. Os respingos se espalharam, sujando os lábios, bochechas e pescoço. Um grito de susto saiu perdido dos lábios e nem pensou em se limpar – os olhos estavam postos no rapaz, quase petrificada.
Ela piscou ao olhar Sesshoumaru na porta da cozinha, apenas com a calça de moletom surrada de dormir. Alisando o tórax nu, ele se aproximou. Havia acabado de acordar e estava com os cabelos desalinhados e cara de sono engraçada.
Droga. Sesshoumaru nunca acordava durante a noite e quando estava preparando o presente dele, ele fazia o favor de acordar. Era um bobo mesmo.
- O que faz acordada, Rin? – ele perguntou; os olhos dourados na tigela nas mãos dela.
- Nada! – Rin tratou de responder. – Pode voltar a dormir, Sesshy, que eu já vou deitar também.
- Chocolate? – ele afundou o dedo do creme escuro e depois levou à boca.
- É, é chocolate. – Rin falou, emburrada, praticamente jogando a tigela na pia, sujando os dedos da mão esquerda no processo. – Não era para você acordar, Sesshy!
- Que mau humor. – ele sorriu de lado. – E está toda suja.
- Culpa sua que me assustou!
- E o que está aprontando com chocolate?
Ela não respondeu.
Ela levou a mão direita para limpar, mas ele impediu, segurando o pulso dela. Os olhos se encontraram e ela sentiu um frio no estômago quando ele se aproximou ainda mais, sorrindo do mesmo jeito irritantemente encantador e discreto de sempre.
- Não me disse o que está aprontando... – Sesshoumaru, sem soltar o pulso dela, levou a mão em direção a sua boca e lambeu a ponta dos dedos para tirar o chocolate.
- Não é... – Rin começou a falar, mas perdeu a voz quando os lábios dele deixaram seus dedos e encontraram a pele de seu pescoço respingada com chocolate. – N-nada...
- Tem certeza? – ele perguntou; os lábios contornando o pescoço à procura de chocolate.
- Eu já... Disse, Sesshy... – ela rendeu a respiração no momento que as mãos dele a seguraram pela cintura com mais pressão que o necessário. – Não é... Nada!
Começava a ficar difícil esconder dele a verdade...
- Não estaria acordada essa hora da madrugada por motivo algum... – Sesshoumaru subiu a mão esquerda pelo corpo dela, fazendo a camiseta subir e mostrar o short curto que ela usava; os dedos tocando a pele dela como se estivesse tocando um cristal frágil e indefeso. – Vamos. Conte.
- Não posso... É... – Rin fechou os olhos por um segundo; as mãos seguravam a borda da pia gelada atrás de si com tanta força que os dedos ficaram esbranquiçados, para tentar se controlar. Ele fazia de propósito. Provocava para conseguir respostas. – Surpresa...
- Surpresa? – Sesshoumaru perguntou, com os lábios ainda procurando vestígios de chocolate no pescoço dela. – Que surpresa?
- Não adianta que não vou falar, Sesshy! – Rin reabriu os olhos e tentou empurrá-lo com as duas mãos, mas não tinha forças. Não conseguia reagir, tão envolvida que estava nos braços dele. As pernas fraquejaram; os braços tremiam, como o resto do corpo. – Pare com isso...
- Então me conte. – ele sorriu, parando de beijar e olhando-a nos olhos.
- Não. – ela falou e ele sorriu antes de colar os lábios nos dela rapidamente. – Sesshoumaru, não...
Ela parou de falar e arfou. Ele subiu as mãos pelas costas dela, provocando um arrepio intenso. A mão dele alcançou a nuca e afundou nos cabelos escuros, soltando os fios presos; a boca deixando de procurar chocolate no pescoço e subindo para o queixo dela.
Rin desistiu de resistir e circulou o pescoço dele com os dois braços.
Os lábios se encontraram novamente, mas dessa vez ele entreabriu a boca dela. O gosto de chocolate se misturou ao gosto dos lábios dele. O coração dela pulsou mais rápido, muito mais rápido, assim como o coração do rapaz.
Sesshoumaru inclinou o corpo mais para ela, aprofundando o beijo e as carícias – ela estremeceu presa entre os braços dele. Os corpos colados, assim como os lábios.
Droga. Se continuasse daquele jeito, acabaria falando da surpresa. A persuasão dele era realmente boa, não poderia negar. Era melhor afastá-lo, antes que falasse e...
Ele separou os lábios e rumou com eles em direção ao seu ouvido... Aquilo era golpe baixo; ele sabia o quanto ela gostava daquilo... Sesshoumaru roçou o nariz na bochecha rosada e mordiscou a orelha, murmurando em seguida algumas palavras – ela quase não conseguia mais prestar atenção ao que ele falava.
- Não vai me contar? – Sesshoumaru sussurrou; as palavras roucas e baixas a fez morder o lábio a ponto de quase fazê-lo sangrar. – Rin?
- N-não... – a convicção havia sumido, restavam apenas as palavras escapadas dos lábios. – Sesshoumaru...
Os lábios tornaram a encontrar os dela. Um beijo doce. Um beijo quente. Um beijo de chocolate. Ela fechou os olhos, ele também. Apenas sentiam um ao outro. A cada segundo, o calor dos corpos aumentava, formando resquícios de suor neles.
O ar faltou, mas ele se recusou a se afastar, apenas mudou a posição da cabeça. Ele queria fazê-la falar, então precisava de tempo para convencê-la...
A mão aberta nas costas ele a puxou para mais perto ainda dele. A outra mão acariciava o pescoço. Ela estava ofegante e ele finalmente se afastou. Os lábios dela estavam vermelhos, inchados e respirava como tamanha dificuldade que parecia que havia corrido uma maratona toda.
Sesshoumaru sabia exatamente como convencê-la.
- E a surpresa? – Sesshoumaru tornou a fazer a pergunta que ela não queria responder, descendo com os lábios, beijando os pontos que passava, até chegar pouco abaixo da linha dos ombros; dos lábios dela escapou um gemido involuntário. – O que é?
- É o seu presente de Dia dos Namorados!
Sesshoumaru sorriu satisfeito com a resposta dela. Rin levou as duas mãos para cobrir os lábios; os olhos levemente arregalados o encaravam.
- Viu? – Sesshoumaru a abraçou, sem deixar de sorrir. – Não foi tão difícil assim falar.
É, fora mais difícil não falar... Ela não conseguiu evitar o pensamento.
- Era pra ser surpresa. – ela deu um leve tapa no tórax definido dele, antes de circular a cintura com os braços. – Seu bobo!
- Eu sabia que ia falar. – ele tirou a franja úmida de suor da testa dela e depositou um singelo beijo no lugar.
- Você ficou provocando... – Rin falou, baixando a cabeça, corada.
- Eu sou irresistível, eu sei. – ele falou, convencido. – Agora vamos dormir. Está tarde.
- Mas eu ainda não terminei. – ela fez bico infantilmente, em protesto. – Quero terminar!
- Depois você termina, ou não terá seu presente.
- Meu presente? – os olhos dela brilharam, levantando o rosto para olhá-lo. – O que é?
- Surpresa.
- Não vale! – Rin grunhiu, fazendo uma careta. – Eu te contei, então tem que me contar também.
- Terá que me convencer... – ele sorriu, malicioso.
Ela corou intensamente.
- Estou aberto a negociações...
Ele a pegou no colo e ela circulou o pescoço dele no momento que os pés saíram do chão para levá-la para o quarto; um sorriso feliz nos lábios. Era o primeiro Dia dos Namorados que passavam juntos. Não tinha como não ficar feliz.
E, mesmo ele descobrindo sobre o presente, ainda estava perfeito, como queria.
- Feliz Dia dos Namorados, Rin.
- Feliz Dia dos Namorados, Sesshy.
A morena sorriu ainda mais; o rosto afundando no pescoço dele e beijando levemente, conseguindo sentir o perfume amadeirado dele e o corpo dele se arrepiar com o toque.
Agora só precisava pensar em uma maneira de convencê-lo a contar qual era o presente dela...
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The End
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8 de Junho de 2008.
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