Hey Hey Hey! Estou aqui novamente. Minhas fanfics nunca fazem muito sucesso, mas tanto faz, gosto de escrever mesmo assim. Aos que já leram a fanfic completa no orkut, por favor, mantenham contato mesmo assim! Essa fanfic já está terminada, então a postagem vai ser tranquila. A não ser que eu perca todo o arquivo-De novo.
A história é sobre Sango -Em U.A.
Basicamente, uma história manjada, mas eu gostei de escrever, porque fluiu bem e teve alguma emoção. Espero que gostem. O primeiro capítulo é apenas um vislumbre do passado, dos conflitos e dos problemas que causaram toda a trama da fanfic. Na próxima postagem, vocês conhecerão os personagens que eu reinventei.
Boa leitura!
Uma Marca no Mundo
Thirteenth Key
Capítulo I – A Guerra do Passado
-VÃO!
O grito dela ecoou por todo o campo de batalha
.
Os soldados vestidos de branco partiram de encontro ao inimigo, com armas em mãos e coragem no coração. A batalha começou.
A humana que os comandava partiu diretamente para o centro da batalha. Um youkai colocou-se em seu caminho, e ela usou uma enorme arma de madeira para cortá-lo ao meio. Hiraikotsu, era o nome que ela lhe dera.
Os cabelos negros e longos esvoaçavam por trás da cabeça, presos num laço firme. E ela continuou abrindo caminho, cortando, matando, sem dó ou piedade. Era guerra.
-SANGO!
Ela ouviu a voz dele acima dos ruídos, acima dos gritos, acima de tudo. Sango virou-se para o homem que corria ao seu encontro, vestido de branco, como ela. Por um momento, quase sorriu.
Logo em seguida, ela viu uma mão armada se erguer por trás dele. O branco se manchou de vermelho, os olhos violetas ficaram opacos e perderam a cor. Ele caiu. Ela gritou.
A mulher correu de volta para ele.
-Miroku!
O homem apenas sorriu.
-Eu te amo.
Ela assistiu o olhar dele se tornar cada vez mais distante, até que a vida se fosse daquele corpo. A raiva pulsou nela, do coração até a mente, da mente para o resto do corpo, atingindo o sangue e a alma. Sango se levantou, depois de fechar os olhos de seu amado, para sempre.
Ela ergueu o Hiraikotsu e se lançou na batalha novamente.
Matou o homem que erguera a mão contra Miroku. Logo depois, usou as próprias mãos para quebrar os pulsos e o pescoço de um youkai que se pusera em seu caminho.
Logo, ela estava diante do último youkai vivo no campo de batalha.
-Uh, hu, hu... –riu ele. Perdeu seu noivo, não é, pequena Sango? Eu lhe disse para não se meter no meu caminho.
Ela tirou duas katanas, uma de cada lado do corpo, e se atirou contra ele.
-Naraku, seu maldito! –ela o atacava com fúria, e o youkai se desviava com maestria. As garras dele se fincaram na pele alva de Sango, manchando de vermelho as vestes dela, assim como acontecera com Miroku.
-Eu avisei... –disse ele, suspirando. –Nunca poderá vencer alguém mais forte, Sango...
-Você o matou, Naraku. –disse ela, as lágrimas rolando elo rosto e caindo sobre as katanas. Elas brilharam.
Sango se ergueu e voltou a atacar, com o dobro de velocidade. Surpreso, Naraku se viu atingido duas, três, quatro vezes. Ele olhou-a com fúria, e voltou a atacá-la. Sango exalava raiva, os olhos brilhavam, as mãos se moviam rapidamente manuseando as espadas.
-Você matou o pai do meu filho! –gritou, empurrando as duas katanas para dentro do peito do youkai.
Naraku olhou o sangue escorrendo dele mesmo. Olhou os olhos de Sango. Viu o sangue escorrer dela, também.
Pouco depois, ele se desfez em miasma.
-Droga... –sussurrou ela, ao respirar o veneno no qual o youkai se transformara.
Caiu inconsciente.
***
-Sango?
A voz de sua amiga a despertou.
Sango se sentou, e pôs a mão sobre a barriga. Sua única lembrança dos doces momentos que partilhara com Miroku. Agora, eram apenas lembranças...
-Eu o perdi? –perguntou, olhando sua amiga. –Eu o perdi mesmo, Kagome?
Kagome suspirou.
-Você ficou desacordada três dias, Sango. Encontramos o corpo dele, e tivemos que enterrá-lo.
-E o bebê? –disse ela, agarrando desesperadamente as mãos de Kagome. –Me diga que eu ainda o tenho dentro de mim, por favor! Me diga que eu não perdi a única coisa que me restou nessa vida.
Kagome deu um sorriso triste.
-Você ainda o tem, Sango. A criança que está dentro de você ainda vive. O miasma que você respirou pode ter afetado seu filho ou filha... Mas ele ainda vive.
Sango chorou. De alegria, pela vida dentro dela. De tristeza, porque não tivera a chance de contar a Miroku. De raiva, por saber que mesmo morto Naraku ainda podia atingi-la.
-Descanse. –disse Kagome. –Você precisa.
Sango, porém, apenas se levantou. Vestiu-se com um kimono branco, amarrou o laço preto que o adornava em torno da cintura, acariciou os pontos prateados que enfeitavam o negro.
Saiu da barraca. Do lado de fora, vários olhares se voltaram para ela. Sango estava cercada de seus soldados.
-Sango-sempai, está melhor?! –todos faziam reverência, cumprimentavam. Sango acenou vagamente e foi até o cemitério da vila que construíra com aquele povo.
Lá, visitou cada um dos túmulos de seus soldados mortos em batalha. Quando chegou ao último deles, ela se sentou.
-Eu estou grávida. –disse pra a lápide. –E você é o pai.
O vento acariciou seu rosto, levanto embora uma lágrima.
-Porque você morreu, Miroku? –perguntou ela, olhando tristemente a pedra branca onde haviam posto o brasão da família dele. Um nobre. –Porque fez isso comigo? Sua família me disse que vai me acolher... E dirão a todos que já éramos casados, para que nosso bebê possa viver sem o título de bastardo. Mas do que isso me adianta, sem você?
Ela esperou uma resposta que não veio.
-Eu vou criar essa criança, Miroku. Vou criá-la como você faria, e ela levará adiante nosso nome e sangue. Não importa que efeito traga o miasma que Naraku jogou sobre mim, eu irei ser a melhor mãe que essa criança poderia ter! Por você... –disse ela, chorando.
Deixando as lágrimas escorrerem, Sango se levantou e caminhou lentamente de volta à vila. Lá, se despediu de seus amigos. Kagome, chorosa, enterrou o rosto no ombro do belo hanyou que era seu noivo. Ele, com um aceno de cabeça, concordou em cuidar do vilarejo.
-Muito obrigada, InuYasha. –disse Sango, pegando suas coisas.
Naquele dia, ela foi embora, voltando apenas uma vez por ano, durante toda a sua vida, para visitar o túmulo de Miroku. Em algumas daquelas vezes, ela levava consigo um garoto de cabelos negros e olhos violetas.
O filho de Miroku e Sango foi criado na nobreza, mas casou-se por amor, contrariando seus avós, e colocando um sorriso nos lábios da mãe. As riquezas de sua família lhe foram tiradas, mas ele não se importou. Nasceu daquele casamento um par de crianças lindas. Um menino e uma menina. A eles, foi deixada toda a fortuna dos pais de Miroku.
Quinhentos anos depois, aquela fortuna ainda amparava os descendentes de Sango, Noiva do nobre que morrera no campo de batalhas.
E foi nessa época que nasceu uma garota de cabelos negros e olhos castanhos como chocolate.
-Que nome será dado a ela? –perguntou uma enfermeira, deixando o bebê nos braços de uma bela mulher.
-O nome dela será uma homenagem à uma antepassada de nossa família. –respondeu a mãe. –Ela se chamará Sango.
