Essa fic se passa algum tempo depois do final da quarta temporada (o fim da série), aqui, Rahne e Jubilee voltaram para o Instituto depois de serem tiradas a força pelos pais, e como sabem, Evan está com os Morlocks. Fora isso, a única coisa que muda é que entram dois novos personagens criados por mim. Tentarei colocar um pouco de cada coisa ao longo da fic, mas sem compromisso.

Disclaimer: As únicas coisas que me pertencem são os mutantes Linus e Mirela e suas famílias, os X-Men não são criação minha.

Idades:

Jean e Scott: 19

Vampira: 18

Kurt e Kitty:17

Ray, Amara, Bobby, Roberto, Sam e Jubileu: 16

Rahne: 14

Jamie: 13

Obs.: Pelo que pesquisei, o certo seria Jubileu ter 14 anos, mas achei mais interessante que ela tivesse 16 na fic, até mesmo por causa da escola.


Luz em meio às sombras

Capítulo 1: Dois novos mutantes

Um garoto estava sentado no chão, aparentemente tinha sido atirado lá, estava pasmo, havia um homem parado em sua frente...

"As únicas pessoas que confiaram nela, além de mim, morreram. E não pense que eram jovens, eram idosos, tinham uma família. Ela os matou..."

"AH!" Era só um sonho, mas parecia tão real... era como se estivesse lá, junto com eles. Ela levantou-se, suando frio, sua respiração estava ofegante. Não sabia dizer como, mas sabia que aquilo tinha alguma relação com ela, seus avós...

-Instituto Xavier-

"Aí, isso num tá legal, enjoei desse time!" Jamie olhou para a outra equipe: Ray, Amara, Jubileu e Bobby, como sempre, juntos (provavelmente por terem poderes parecidos), o que deixara Jamie enjoado de jogar todas as vezes com Rahne, Roberto e Sam. "Vai, alguém troca de time comigo, isso já ta chato!"

Resmungando em um tom inaudível, Bobby, trocou de time com o amigo e o basquete prosseguiu com quatro de cada lado, na falta de dois jogadores.

Múltiplo começou e rapidamente passou para Ray, este fez com que chegasse nas mãos de Amara e em seguida de Jubileu, que driblou Sam com o corpo e arremessou. Antes que a bola tomasse muita altura, Rahne, em sua forma de lobo, interceptou-a no ar, ela espirrou e caiu na mão de um dos sete Jamies na quadra.

"Aqui!" A posse então passou a ser de Ray, que mirou a cesta. Quando o ponto já era esperado, Bobby, congelou a entrada da cesta e ela voltou a ser rifada.

Roberto tentou alcançá-la, mas logo se deu conta que Amara já estava com ela.

"Derrete isso!" Magma atendeu ao pedido dos companheiros e derreteu o gelo, só então podendo arremessar. A bola girou em torno do aro até que Ray disparou um pequeno raio elétrico nela, marcando para a equipe.

"Ah, é assim então, Frenético?" Roberto energizou o corpo com a energia solar e jogou a bola até o outro lado da quadra. Entendendo o que parceiro quis dizer, Sam usou seus poderes para alcançá-la rapidamente, disparando pelo ar como um verdadeiro míssil.

Ele alcançou-a, mas perdeu o controle e bateu na tabela adversária, rachando-a ao meio.

"Ah, Míssil, você estragou tudo!" Bobby sorriu e ajudou ele a se levantar.

"Foi mau galera..."

Do lado de fora da quadra, Fera chacoalhava negativamente a cabeça. "Pelo jeito eles não sabem o que é não usar os poderes".

Jean, Scott, Kurt, Vampira, Kitty, Logan e Tempestade estavam na sala, conversando, quando o professor Xavier apareceu.

"O Cérebro detectou dois novos mutantes, posso contar com a ajuda de todos vocês?"

"Claro, professor."

"Ótimo. O primeiro deles é Linus Karl Fletcher, um mutante de dezoito anos, filho de pai escocês e mãe inglesa, mas nascido na Nova Zelândia."

"Tipo, o que ele pode fazer?" Lince Negra apressou-se para perguntar.

"Bom, digamos que ele pode mover coisas através do controle da própria sombra, desde que este objeto também tenha uma sombra, ou seja, sua mutação funciona apenas quando há luz. Mas a sombra permanece no chão, o que dificulta sua localização. Até onde pesquisei, descobri que é herdeiro de uma grande fortuna e isso que o mantém vivo. Veio para Bayville provavelmente por saber que há muitos iguais a ele aqui, portanto, só foi detectado com facilidade agora."

"Não sei por quê, mas esse rapaz ainda vai nos dar muito trabalho..."

"É por isso que preciso da ajuda de todos vocês, Logan, talvez nem tanto para convencê-lo, mas para adaptá-lo ao Instituto."

"E quanto ao outro mutante?"

"Mirela Biasi, uma italiana de uns quinze anos, nasceu em uma família de classe média, veio para cá quando mal sabia falar, vive em uma cidade pequena, um pouco longe daqui e teve uma vida normal... até hoje. Esta noite, seus poderes se manifestaram e seus pais ficaram frustrados com isso, ela está assustada e tem muitas dúvidas, ainda não aceitou o fato de ser mutante e passou a odiar quem é. Neste caso provavelmente ocorrerá o contrário, talvez seja muito mais difícil convencê-la do que adaptá-la."

Vampira lembrou-se da época em que descobriu o que era até sua entrada aos X-Men, sabia exatamente o que a garota estava passando.

"Scott, quero que leve os outros para a construção abandonada, onde Linus foi localizado, ele não deve ter saído de lá, talvez queira ser encontrado."

"Claro, professor."

"Tempestade, peço que vá comigo até a casa da outra mutante e Logan, terá de cuidar dos Novos Mutantes enquanto estamos fora."

"Por que eu sempre fico com a pior parte?"

-Construção Abandonada-

"Linus!" A voz do líder dos X-Men ecoou pelo terreno abandonado, mas não houve resposta.

Ouviu-se um estrondo. Parte do chão agora estava rachada. Ao longe, via-se Avalanche, Mercúrio, Groxo e Blob aproximando-se, a Feiticeira Escarlate vinha um pouco atrás, não gostando nada do que o resto da Irmandade queria fazer.

"O que faz aqui, Alvers?"

"Se manda, Summers, chegamos aqui primeiro!"

Do meio da construção, Mística aparece, falando em um tom desprezível "Ora, ora, ora, parece que conseguiram a mesma informação que nós, não é? Peguem eles!"

Então iniciou-se mais uma tradicional batalha entre a Irmandade e os X-Men, talvez o único desafio lá fosse Wanda Maximoff, nem mesmo Lance seria problema.

Não demorou muito e Pietro já estava com os pés no ar, levantado pela TK de Jean, Groxo tentava inutilmente pegar Noturno, Kitty tinha dado um jeito de convencer Lance a parar, Ciclope acertara Mística em cheio e Vampira absorvera Wanda para depois cuidar de Blob. Novamente a Irmandade fugira e nada de grave acontecera, o silêncio fora quase que imediato.

O barulho de alguém batendo palmas lentamente fez com que eles se virassem e encontrasseem o que procuravam. Um garoto com trajes negros estava sentado em uma pequena construção de pouco mais de dois metros. Usava uma calça larga cheia de bolsos, tênis de skatista, uma blusa quase caindo de seus ombros por estar com o zíper semi-aberto com mangas tão compridas a ponto de cobrirem mais da metade de suas mãos e um capuz inutilizado, uma mochila aparentemente cheia estava pendurada em seu ombro esquerdo. Cabelo loiro-escuro (se é que esse termo existe, mas acho que me entenderam ,né?), iPod no bolso, headphone pendurado no pescoço e um olhar profundo oculto por cores castanho-claro.

"É, vejo que vim ao lugar certo" Ele esboçou um sorriso e Scott começou a encará-lo, não estava gostando nem um pouco do jeito que ele aparecera.

"Você por acaso seria Linus Fletcher?"

"Sou eu sim, mas pode me chamar de Espectro se preferirem, era como me chamavam no colégio por toda a parte, não que eu gostasse..."

"Nós somos do Instituto Xavier, você..." Antes que Jean pudesse terminar, Linus a interrompe.

"Se querem saber o que penso, não tenho a mínima vontade de salvar o mundo que me rejeitou."

Kurt e Kitty, respectivamente, usaram outros argumentos para tentar convencê-lo.

"Não, não, não, ah, cara, num é nada disso... Sabe, na mansão somos todos mutantes e lá aprendemos a controlar nossos poderes, não é um quartel, é uma escola."

"É, tipo, depois você decide se vai salvar as pessoas ou viver uma vida normal, ninguém o forçará a nada."

"Jamais terei uma vida normal e vocês sabem disso... Olha, eu não sei, eu não tenho pra onde ir, mas..."

"Aí, você não precisa ir se não quiser, sacô?" Vampira olhou para ele, se não quisesse ir, não haveria como convencê-lo do contrário, seria perda de tempo.

"Ah, agora falou a minha língua!" Com um pulo desceu do lugar que estava e subiu em cima do skate, que estava escondido, passando pelos X-Men, estes acharam-no, no mínimo, estranho. "Vem cá, onde esse tal lugar fica?"

-Instituto Xavier-

Ray corria desesperadamente pela floresta, fugindo das armadilhas ali instaladas. Viu um vulto passando ao seu lado pelas árvores e parou.

Lâminas voadoras vieram em sua direção. Ele destruiu-as com uma forte descarga elétrica e voltou a correr.

Atrás dele vinham Amara, Sam e Jamie. Jamie tropeçou em um galho e três réplicas dele apareceram, todas caindo em um buraco.

Uma rede caiu do céu, Magma tentou queimá-la, mas nada aconteceu, além de sua captura.

Agora Bobby e Jubileu se juntavam a Frenético e Míssil, dizendo que Roberto e Rahne também tinham sido capturados. Eles seguiram em velocidade até que entraram um túnel de pedras.

Espinhos de metal apareceram das paredes instantaneamente e pararam pouco antes de chegarem no pescoço dos mutantes.

"Parar simulação" Ao comando de Logan, o Computador parou a simulação e a paisagem se transformou de volta na Sala do Perigo. "Vocês falharam de novo, crianças, quando irão aprender?"

"Hey, como queria que passássemos por lá?" Ray, assim como os outros, estava cansado das sessões do Wolverine, elas pareciam impossíveis de serem completadas, eles chegavam a suspeitar que eram mais difíceis do que as do time principal.

"Isso não é justo, não podemos atravessar espinhos!" Bobby simplesmente disse o que todos pensavam.

"Eu não disse que podiam, garotos, para passar por obstáculos é necessário trabalho em equipe, não podem deixar companheiros para trás, precisamos de todos."

"Que eu saiba você disse que bastava um chegar ao final que completávamos a missão..."

"E eu estava certo, Jubileu, mas, para um chegar ao final, é necessário que os outros ajudem. Certos obstáculos só podem ser superados com um certo tipo de mutação. Rahne poderia passar pelos espinhos antes que eles a alcançassem se estivesse lá, Sam poderia fazer isso se usasse a massa cinzenta."

"HEY! O que está insinuando? Eu não sou burro!"

"Ufa, finalmente terminamos a sessão, aquilo já estava me deixando profundamente irritado".

"Como se isso fosse difícil" Ray fingiu não ter ouvido o que Amara falou. "Mas eu concordo plenamente com você, Ray, os treinos com o sr. McCoy são muito mais legais do que os desse cabeça dura. Eu preferiria ser cobaia da Kitty do que ser filha do Wolverine."

"Eu não me arriscaria a tanto." Todos riram ao lembrar que a garota era um desastre na cozinha.

Os quatro amigos conversavam em um canto da sala quando Jubileu viu pela janela a chegada dos outros mutantes.

"Quem é aquele cara?"

"Ouvi o Fera dizer que é Linus Fletcher, ele pode controlar a sombra e, a partir dela, outras sombras e seus respectivos corpos."

"Ele parece ser um cara legal, e, se não fosse tão gótico, diria que é muito bonito também" Bobby lançou a Jubileu um olhar de reprovação, aparentemente abalado com o que tinha ouvido.

"Pra mim ele não passa de um riquinho exibido, Jubes..." Ray e Amara trocaram olhares e risos, meio que tirando sarro de Bobby.

-Casa dos Biasi-

Tempestade ergueu a mão e bateu levemente na porta. Segundos depois, Rosina e Alessandro Biasi, os pais de Mirela e Alfonso, atenderam-nos.

"Em que podemos ajudar?"

"Viemos apenas conversar, já deve saber quem somos, eu sou Xavier e esta é a Tempestade, soubemos o que houve com sua filha, queremos ajudá-la."

Os dois trocaram olhares nervosos e por fim permitiram a entrada dos mutantes.

Alfonso estava sentado no sofá lendo uma revista, era dois anos mais novo que a irmã, e, ao contrário dela, nascera depois que os pais se mudaram para Bayville.

Ouvindo a movimentação na casa, Mirela apareceu de cabeça baixa, sabia quem eles eram e o que queriam, mas tinha medo de dar mais um passo para uma vida diferente. Usava uma calça bailarina preta e uma camiseta regata branca, estava descalça. Olhos e cabelo castanhos, com mechas pintadas em rosa, dando um ar moderno a quem não gostava muito de maquiagem. Em seu pescoço, um colar de madeira semelhante à pulseira no punho esquerdo.

"Oi." Disse timidamente, só agora levantando os olhos para ver os visitantes.

"Mirela... sei o que passa, descobriu que a partir de agora jamais terá uma vida normal sendo algo que há pouco tempo soube que existe, acredite, todos nós passamos por um dia assim antes."

"Não, o senhor não sabe, professor. Minha família veio pra cá depois de meus avós serem mortos por mutantes desconhecidos em que confiamos, eu sempre os odiei... agora descubro que faço parte desse grupo..."

Ela sentou-se ao lado do irmão e Ororo aproximou-se dela. "Minha querida, nem todos os mutantes são assim, o seu sofrimento é totalmente compreensível."

"Não importa, sei que querem me ajudar, mas eu não sei se podem... digo, eu não quero ser quem sou, e mesmo que quisesse, não é bem assim... se estou certa, a minha mutação é prever o futuro e isso acontece a todo o momento, sonho com o futuro, vejo o futuro quando não quero, às vezes acontece quando toco em alguém ou em algum objeto, ou mesmo quando estou parada... eu... eu vejo coisas ruins o tempo todo, nunca é algo bom... nem sei ao certo se é o futuro..." Lágrimas agora escorriam de seu rosto em grande quantidade, não era fácil ver coisas ruins toda hora. "Às vezes... às vezes vejo coisas que podem acontecer, mas não acontecem... nunca sei se o que estou prevendo é verdade, entendem? Eu não posso dormir em paz e nem ser feliz assim! Não faz nem um dia que eu descobri meus poderes... e já fiz tantas previsões que pude dizer tudo isso a vocês."

"Acalme-se, Mirela, podemos lhe ajudar, se quiser pode vir conosco e talvez haja uma solução, mas não é obrigada a ir se não quiser."

"Eu... eu não sei, está tudo muito confuso... desculpem-me... e-eu não posso... pelo menos agora... ainda não"

"Está tudo bem, daremos o tempo que precisar para pensar, mas fique sabendo que estaremos prontos parra recebê-la, se mudar de idéia voltaremos para lhe buscar. Aqui está." Xavier estendeu um papel com o telefone da mansão e ela o pegou, sua mão estava trêmula, tinha medo de que isso fizesse com que visse um futuro novo. "Este é o telefone do lugar onde estamos, se precisar de ajuda, basta nos ligar, espero que ainda chegue o dia em que verá como dom o que hoje chama de maldição." Xavier estava preocupado, ela não conseguiria viver daquele jeito sem ajuda, mas seria difícil fazer com que ela confiasse novamente nos mutantes.

Eles se despediram e voltaram para o carro, onde fariam uma longa viagem de volta ao Instituto.

"Acha que ela virá?"

"Sim, Tempestade, quando a hora chegar, ela virá. Temos de dar tempo ao tempo e esperar que haja uma solução para esse problema."


Linus Fletcher e Mirela Blasi, esses foram os personagens que eu criei, espero que tenham gostado deles, tentei fazer um equilíbrio colocando fraquezas em cada um, porque pra mim são as desvantagens que tornam um personagem interessante... Não sei se gostaram dos nomes, mas eu tinha que por nomes de acordo com a nacionalidade de cada um. Não sei se já existem mutantes com os poderes deles, portanto, se existir não tem nenhum parentesco com esses dois. O próximo capítulo virá em breve, espero.