GSR – "Já não havia particularidades"
Título: Particularidades
Autoria: Any Drachemberg
Classificação: NC+16
Shipper: GSR
Sinopse: De uma manhã incomum, pode surgir novas escolhas, novas atitudes e uma nova vida.
________________________________________________________________________________________________________
Mais um turno chegava ao fim. Até que os casos da noite não foram tão complicados e nem perturbadores demais, seriam simples, se não estivéssemos falando sobre mortes e pessoas, sejam boas ou más, ainda assim pessoas, seres humanos.
Tudo que Sara queria era chegar ao seu apartamento, se enfiar numa banheira cheia e morna, e não pensar em absolutamente nada. O que realmente era difícil de se fazer; ela vinha tentando a dias, mas sua mente acabava por traí-la. Sentia-se idiota por ficar revivendo tudo mentalmente, principalmente algumas burradas que tinha dito ou feito a ele. Burra, idiota, estúpida... era como vinha se sentindo com relação a Gil Grissom.
As coisas poderiam ser simples, se ele não fosse tão complicado.
Mas estava cansada, cansada de esperar, casada até mesmo de ter esperanças que algum dia eles se envolveriam além do lado profissional, por que amigos, nem isso eles eram. Apesar dos dois trabalharem muito bem juntos e eventualmente surgir raríssimos assuntos pessoais, havia uma atmosfera quase palpável entre eles. E era essa mesma atmosfera que a sufocava, a impressão que estava tendo ultimamente era a de que ela estava sozinha nesse barco. Até mesmo as palavras 'entrelinhas' dele já não faziam sentido. Por que eram apenas palavras, e no momento, ela diria que atitudes significavam bem mais. Oh, sim, ciúmes é algo relativamente perigoso de se sentir. Nos últimos dias aprendeu a engoli-lo. O que antes era profissional, agora era estritamente profissional. Tornou-se fria por fora, embora por dentro estivesse quente, não pelo amor que sentia, mas pelas lágrimas que já a inundavam, pela ferida aberta em seu peito. Uma ferida que , talvez, ela mesma tenha feito, mas ainda assim era real e estava lá.
Fechando seu armário e reforçando sua armadura, achou melhor falar logo com ele para poder ir embora. Pegou seus relatórios e foi caminhando ate a sala dele; novamente, eram um dos últimos da equipe no laboratório; seriam os últimos se 'aquela'que ajudava sua ferida aumentar não estivesse sempre lá. Sofia Curtis, essa era a pessoa que mais desejava que sumisse da face da Terra.
Quando estava se aproximando da sala dele, viu que conversavam 'animadamente', Grissom sorria e 'aquela' que era seu pior pesadelo, estava novamente sentada na beirada da mesa dele.
"Mas que inferno, será que é tão difícil ela sentar na maldita cadeira ao invés da mesa?! Sara, Sara.. esquece! Faça o que veio fazer e vá logo embora!"
Toc, toc.
E os olhares se voltaram para ela.
- Desculpe interromper. Aqui estão os meus relatórios Grissom. – ela nem sequer olhou para 'aquelazinha'.
- Coloque aqui, por favor, Sara. – ele indicou uma pequena pilha, provavelmente os outros relatórios da noite, em cima da mesa.
- Ah! Grissom, você poderia providenciar os papéis para que eu tire uma semana de licença, ou seria melhor eu ir falar com o Ecklie? – perguntou enquanto deixava seu relatório onde ele indicou. Não olhou, apenas colou seu arquivo ali e já deu as costas, voltando para a porta, lugar onde se sentia mais confortável no momento.
- Você tem algum motivo viável ou atestado para pedir essa licença? – ele tentou perguntar com um leve tom de indiferença na voz, enquanto sentia seu peito apertando já por se ver longe dela por uma semana.
- Se não tivesse, não estaria solicitando, estaria?! – o desapontamento em sua voz estava claro. –Esqueça que lhe pedi isto. Estou indo falar com o Ecklie, ele resolve. Bom dia para vocês!
"Sua idiota! Idiota, idiota, idiota, porque resolveu pedir isso a ele? Ainda com 'aquelazinha' lá! Pelo amor de Deus Sara, você é tão idiota!"
Quem a encontrasse caminhando tão calmamente pelos corredores, não imaginaria o quanto ela gritava, silenciosamente, para si mesma. Conseguiu alcançar Ecklie quando este já estava saindo de sua sala.
- Ecklie, tem um minuto?
- Sim Sidle. Precisamos entrar ou podemos falar enquanto vamos para o estacionamento?
- Não, não precisamos; falamos até o estacionamento!
- ok. Então vamos! O que quer falar comigo?
- Preciso que arrume os papéis para que eu saia de licença por uma semana. Será que consigo?
- Licença?! Por uma semana? A partir de quando?
- O mais rápido possível!
- Acho que não consigo a licença, mas você tem férias pendentes, fora as folgas que nunca tira, sem falar das folgas que tens pelas horas-extras acumuladas.
- Nossa! Isso tudo? – não imaginou que trabalhasse tanto.
- Sim Sidle, se formos colocar tudo, você tem direito a pouco mais de um mês de folgas e férias juntos. Mas não podemos juntar os dois. Se você optar pelas férias, eu providencio os papéis e no final da outra semana você já estará liberada; se optar pelas folgas, pode começar hoje, e quando eu voltar pro laboratório, verifico quantos dias você tem direito e já faço o que for preciso fazer!
- Fico com as folgas então! Obrigada Ecklie!
- De nada, Sidle.
Terminaram justamente quando a porta do elevador se abriu na garagem do laboratório. Cada um indo para lados opostos, para seus respectivos carros!
"Livre, por alguns dias, finalmente livre!"
E com o pensamento assim, abriu seu carro, apertando no painel o botão do porta-malas. Saiu deixando a porta do motorista aberta, abriu o porta-malas e despiu seu colete de CSI, mentalmente se deliciando com a sensação ilusória que estava tirando o mundo de cima das costas. Não que não gostasse de seu trabalho, ou de sua profissão, do que fazia, muito pelo contrário, simplesmente precisava daquele, desse tempo, para si. Pensava que talvez um milagre acontecesse e esquecesse-o de uma vez. Já pensou em ir embora, voltar para San Francisco, mas descobriu que ainda não estava pronta para dizer ADEUS. Bateu seu porta-malas e virou-se para seguir até o lado do motorista, dar a partida e sair rapidamente dali. Mas ao virar, deparou-se com um Gil Grissom saindo de dentro do elevador. Mantendo a mesma atitude que vinha tendo naqueles últimos dias, fez que não viu e continuou seu caminho.
Digamos que ela apenas tentou seguir seu caminho, sendo impedida desta vez, por aquele que grito seu nome. E não podendo simplesmente fingir que não ouviu, virou, resignada.
- O que quer Grissom? – não pode esconder seu tom de impaciência.
- Se estiver com pressa, pode ir, eu falo com você a noite e...
- Seja o que for, melhor falar agora, não venho hoje e nem sei quando volto! – ela o interrompeu, e viu todo aquele brilho nos lindos azuis dele se ofuscar. Assim como aquele sorrisinho contido que estava sempre quando ele sabia que ela estava irritada com ele, desaparecer.
- Queria apenas perguntar se ainda precisa da licença, mas pelo jeito você já resolveu! – disse 'murcho'.
- Sim, já resolvi com o Ecklie. No próximo turno ele irá te passar tudo que você deva saber Grissom!
- Ok.
- Então tchau Grissom! – e se virou para entrar no carro...
- Sara...
Tudo que fez foi soltar uma respiração pesada e se voltar novamente para ele. "Estou cansada, esgotada, quero sumir daqui. O que tanto ele resolveu falar comigo justamente agora?!"
- Sim, Grissom!
Ele pareceu um tanto indeciso entre falar e se calar, principalmente pelo comportamento dela, não só agora, mas nos últimos dias. E saber que ficaria no mínimo uma semana sem tê-la por perto, fê-lo criar a coragem que faltava.
- Está tudo bem entre nós?
- Não existe e nunca existiu um "nós", Grissom. Então, sua pergunta não necessita de uma resposta. Agora, me dê licença que eu quero ir embora.
Dito isto, ela finalmente entrou em seu carro, deu a partida e saiu dali. Podendo dar vazão as lagrimas que tanto a inundavam por dentro. O peso de suas próprias palavras ferindo-a!
Ela se foi deixando um Gil Grissom atordoado, com as palavras e com seus próprios sentimentos.
"Sara, por Deus, não posso ter perdido você! Não, simplesmente me recuso a te perder assim!"
Ficou parado no mesmo lugar, vendo o carro dela fazer a curva em direção a saída do estacionamento. Com a mente ainda anestesiada com as palavras proferidas por ela, encaminhou-se até seu próprio carro. Tudo aquilo estava muito surreal, ela sabia que ele sentia alguma coisa por ela, não sabia? E ela não havia dito com todas as letras que ele é mais do que um chefe? Ainda haviam as palavras e frases sublinhadas entre eles, tudo não passou de um jogo? Por que ela estava tão distante? Por que estava agindo como se ele fosse apenas seu chefe?
"Mas é o que você é Grissom! Você não é nada mais do que o chefe dela ou já se esqueceu?! Talvez você deva parar de questionar o que você 'fez' e se perguntar 'o que você não fez'."
Já dentro de seu carro, Grissom ficou sentado, contemplando o nada a sua frente. Seus pensamentos agora a mil, sentindo o peso de suas escolhas do passado e as do presente, escolhas essas que definitivamente definirão seu futuro, seja esse futuro com ou sem alguém ao seu lado. Como se decido, deu partida no carro e saiu dali.
Ela entrou batendo a porta de seu apartamento, jogando sua bolsa no aparador logo ao lado, não se deu ao trabalho de trancar a porta, antes precisava se afundar na banheira, só depois ligaria para detalhes superficiais, como trancar a porta de seu apartamento, e afinal, ninguém iria invadir um prédio no inicio da manhã, quem fosse fazer isso, faria a noite, não?!
Enquanto passava pela sala, já arrancou a blusa e sapatos, seu sutiã ficando no corredor a caminho do quarto e banheiro...suas calças ficaram jogadas no chão do seu quarto, onde ela entrou apenas para ligar o ar condicionado e pegar um felpudo e aconchegante roupão preto.
No banheiro, abriu a torneira da banheira, deixou seu roupão próximo, ligou seu radio; nada melhor que relaxar numa banheira ouvindo uma boa música. Foi até a sala, buscar outro CD, a sensação de andar só de calcinha pela casa realmente era ótima, ao menos, esta era uma das coisas boas de se morar sozinha. Pegou o CD, voltando para o banheiro, colocando-o no rádio, fechando os olhos aos primeiros sons que eram tocados.
Foi por acaso que ouvira as músicas desse tal 'Andreas Vollenweider' e descobriu que elas eram ótimas para relaxar. Pingou algumas gotas de óleo aromático na banheira e também adicionou seu sabonete líquido de pétalas vermelhas. Assim que a banheira terminou de encher, retirou a ultima peça de roupa que trajava, aumentou o volume do som e foi apreciar o conjunto da água e espumas monas envolvendo seu corpo, juntamente com os sons projetados do CD.
A parte mais difícil era agora, tentar relaxar, tentar meditar, tentar, simplesmente não pensar. Porque algo teoricamente simples, na prática era tão difícil?!
Deixou-se afundar na banheira.
Grissom estava em pé, em frente à porta do apartamento dela, novamente a incerteza querendo tomar o controle. Podia ouvir alguns sons vindos de dentro do apartamento, parecia ser algum tipo de musica, seu nervosismo não o deixava precisar realmente o que era.
Respirou fundo e finalmente bateu três vezes a porta. Esperou, não obtendo resposta, voltou a bater, um pouco mais forte desta vez. Nada. Lá dentro começou a ouvir o telefone tocar incessantemente. Preocupado, levou a mão a maçaneta da porta e para sua total surpresa, descobriu-a aberta. Entrou silenciosamente, como bom perito criminal que era, começou a observar tudo, a fim de saber se ela poderia estar correndo algum perigo.
Viu a bolsa dela jogada no aparador logo ao lado, junto com um molho de chaves. Mais a frente, um par de sapatos que pareciam ter sido retirados e atirados de qualquer forma por quem os calçava. Pendurada e quase caindo, no braço do sofá, uma camiseta do avesso; reconheceu ser da mesma cor que Sara estava usando no ultimo turno; virando para o corredor que dava para o quarto e banheiro, viu a porta do quarto fechada, sem indícios de que havia alguém ali, pois não havia luz sobressaindo por baixo da porta.
A música de sons ambientais e naturais parecia vir do banheiro, ainda indeciso se deveria estar ali ou não, viu-se parado frente a porta do banheiro olhando para uma Sara, refletida pelo espelho, dentro de uma banheira cheia de espuma. De onde estava pode sentir aquele perfume que o invadia toda vez que se aproximava, fisicamente, demais dela.
Sentiu seu pé esbarrar em algo. Olhando para baixo, viu um sutiã. Abaixou-se, pegando-o. Não deveria, mas o fez mesmo assim. Um sutiã branco, uma renda fina e bem trabalhada sob o que diziam ser um 'bojo'..não entendia muito de moda feminina, quem dirá de moda íntima. Deixando-se levar pelos hormônios, levou o sutiã em suas mãos até sua face e sorveu profundamente o perfume que impregnava a peça.
Ainda perdido em sensações, bateu levemente na porta aberta do banheiro, sem se dar conta que ainda segurava o sutiã nas mãos.
Sara desistiu de tentar 'esvaziar' sua mente antes de completar cinco minutos de tentativas. Quando emergiu na banheira, pensou ter ouvido batidas vindas da porta, mas como não ouviu mais nada que indicasse isso, tratou de deixar esse pensamento de lado. Logo depois, ouviu o telefone tocando, mas se recusou a levantar para atender. Imaginou que provavelmente seria o Grissom querendo conversar sobre o comportamento dela nesses últimos dias.
Grissom, seus pensamentos sempre a levavam para ele. Por mais que não quisesse, lá estava o Grissom com aqueles lindos olhos azuis brilhantes, fitando-a, aqueles lábios chamando-a, sorrindo-a. Mas era tudo que teria vindo dele.
"Se ao menos houvesse um modo de encontrá-lo fora daquele laboratório ou cena de crime...eu poderia arriscar alguma coisa, nem que fosse apenas isso, mas já seria......"
'Toc,toc.'
Abriu os olhos para ter certeza que ouvira as batidas desta vez, mas estas estavam mais claras e perto, olhou em direção a porta e para sua surpresa, Gil Grissom a fitava, seu olhar tinha um brilho diferente, também pareciam mais escuros que o habitual. E agora, para seu espanto, viu seu sutiã nas mãos dele.
"Mas que droga! Ele tinha que pegar isso do chão?"
- Grissom, o que faz aqui? – sua voz saiu tranquila até demais, e ela não moveu nada além de seus olhos e sua boca. – Vejo que encontrou algo meu pelo caminho! – sorriu, como se a situação fosse normal entre eles. Seu corpo estava relaxado demais para que tivesse outra atitude. E ao julgar pela expressão de espanto e surpresa no rosto dele, essa calmaria por parte dela era o que ele menos esperava.
E ela estava certa ao pensar assim. Por dentro Grissom estava estupefato, já esperava uma leva de hostilidade e xingões vindos dela, visto o que ela disse lá no estacionamento, e ainda mais por ele estar ali, agora, vendo-a tomar banho e segurando o sutiã dela, depois de praticamente ter invadido o apartamento. Balançou a cabeça, tentando afastar os pensamentos e imagens incoerentes que começavam a se formar em sua mente. Entrou no banheiro, depositando o sutiã no balcão ao lado da pia.
- Desculpe por isso, e por invadir assim. Mas eu bati diversas vezes e você não atendeu, depois que ouvi o telefone tocar até quem quer que fosse, desistir, achei melhor conferir se estava tudo bem. Você nunca deixa de atender ao telefone, por isso, estranhei. – terminou de falar se virando para ela.
- As pessoas mudam Grissom, ou em algum momento estão cansadas demais para fazer tudo exatamente como sempre fez. Pode abaixar um pouco o volume do som?
- Vejo que seu humor está bem diferente de vinte minutos atrás. – ele disse logo após abaixar o volume e ir em direção a banheira, sentando-se na beirada, buscando-a nos olhos. – Devo entender que há alguma coisa ou alguém que anda lhe irritando no trabalho ou seria apenas a minha presença?!
- Não quero falar de trabalho Grissom, principalmente se for com você! E ao contrario do que você pode estar pensando, a sua presença não me incomoda. Apenas as suas atitudes! – ele pode vislumbrar uma sombra de mágoa nos olhos dela, que virou o rosto para a parede. – Me passe o roupão, por favor!
Ela apontou para trás dele; ele levantou-se, pegou o roupão e o abriu. Ela viu-o se virar enquanto deixava o braço esticado com o roupão em sua direção. Levantou-se, pegou o roupão e o vestiu enquanto saía da banheira, ainda terminava de fechá-lo quando perguntou:
- Quer tomar café da manhã aqui?
Sara virou-se em direção a uma pequena pilha de toalhas dobradas, na prateleira lateral, acima da banheira; virou-se novamente, secando seus cabelos com a toalha que pegara, deparando-se com o olhar, mais uma vez surpreso, de Grissom. Lançou-lhe uma expressão como quem pergunta 'e aí, vai querer ou não?'.
- Ãhh.. não quero te dar trabalho nenhum, mas aceito ao menos uma boa xícara de café, enquanto conversamos.
- Tudo bem então. – enrolou a toalha em seus cabelos, calçou os chinelos acolchoados que sempre deixava próximo a banheira. – Embora eu pense que não temos nenhum assunto pendente!
- Sara! – ele a segurou pelo braço, quando ela passou por ele, sua voz saindo quase como num tom de reprovação. Não obteve resposta dela, apenas sentia a pergunta naqueles castanhos. – Não chame "NÓS" de assunto pendente!
- Grissom, eu já disse e repito. Não existe e nunca existiu um nós! Então, se esse foi o motivo pelo qual você resolveu invadir o meu apartamento e depois ficar me olhando na banheira, acho melhor você ir embora, afinal, daqui a algumas horas você deve estar bem e disposto para o seu precioso trabalho e colegas! – puxou seu braço bruscamente da mão dele; saiu do banheiro e foi em direção ao quarto. O ar frio dali fazendo seu corpo se arrepiar sob o roupão. Piscava freneticamente para que as lágrimas, que marejavam seus olhos não tombassem.
Acendeu a luz do quarto, foi até a cômoda, abriu a terceira gaveta, de onde retirou um pijama de cetim em tom perolado, e abriu a primeira gaveta, onde pegou uma calcinha simples e confortável de coton.
Desfez o nó do roupão e sem tirá-lo, colocou a calcinha e depois a calça. Retirou a toalha do cabelo, jogando-a na poltrona ao lado, despiu o roupão, jogando-o junto a toalha, pegou a blusa do pijama e vestiu; era uma blusa de alcinha, e o cetim leve e frio sobre seus corpo arrepiado, deixava bem evidente o quanto seus mamilos estavam eriçados.
A sensação do cetim frio e suave raspando seus mamilos fez seu ventre remexer, o que fez-la lembrar do olhar dele sobre si na banheira. Se bem conhecia-o, depois do que ela disse, ele já deveria estar saindo do prédio agora.
"E por falar em prédio, deixa eu ir fechar logo aquela porta, antes que todo mundo resolva vir aqui hoje!"
Virou-se para sair do quarto, mas parou quando o viu parado na porta, observando-a sabe-se lá desde quando. Abriu a boca para começar a falar...
- Tem certeza que quer continuar me tratando assim? Que quer continuar me afastando de você, como tem feito ultimamente? Tem certeza?
- Como você espera que eu te trate Grissom? Que eu lhe sorria o tempo todo... que eu lhe faça rir? Você pode muito bem achar uma substituta para essas 'funções'. A única coisa que você pode vir cobrar de mim é quanto ao trabalho, fora isso, creio que nada em minha vida lhe diz respeito, você nunca deixou de ser apenas meu chefe e sei que isso nunca vai mudar. – ela disse se exaltando.
- Então, você está dizendo que tudo o que você dizia sentir por mim, embora nunca tenha sido explicita ao dizer, você já não sente?
- .....
- Ou você está tentando dizer que ainda sente algo, mas que não quer mais sentir?
- ..........
- Cansou de me esperar, foi isso? – a cada pergunta que fazia, ele dava um passo em direção a ela.
- Grissom, por favor, vai embora! – ela disse com sua voz falhando miseravelmente, o que fez todo o controle que tinha sobre suas lágrimas ir ao chão.
- Eu te perdi para mim mesmo Sara? Ou foi por outra pessoa? Algum homem mais jovem, talvez?
...continua...
_____________________________________________________________________________________________
Olá pessoal.. eis minha primeira fic GSR...
Espero que apreciem..
Também espero criticas...
Reviews...
Em breve, a continuação!
Beijosss e até lá!
