Disclaimer: Maria sama ga Miteru não pertence a mim! Fic feita meramente com fins de diverti-los.
My Baby Blue.
(Minha garotinha triste.)
"(…)Don't wanna close my eyes
I don't wanna fall asleep
'Cause I'd miss you baby
And I don't wanna miss a thing (…)"
Aerosmith - I Don't Wanna Miss A Thing
Capitulo Um: Refugio.
A claridade bruma enfraquecida e fria transpunha o vidro e jogava-se contra a madeira lustrosa do chão. As gotas de orvalho formadas nas folhas das árvores moviam-se suicidas ao chão cumprindo o seu ciclo vital. Uma pequena Andorinha-dáurica esticava-se buscando os finos raios de sol que tinham força suficiente para transpor a névoa matutina. Com um pequeno cantar de pesar, ela se retirou de seu galho e pousou no peitoril de uma janela onde os raios do sol estavam mais generosos. As aves não sentem frio, mas a temperatura pode modificar o seu canto. Então, devidamente aquecida a andorinha cantou, alto, feliz.
Estava tendo um sonho tão aprazível e fora brutalmente acordada por uma ave irritante que insistia que sua aprazível janela era o melhor local para praticar o seu canto. Abriu os olhos profundamente azuis e lançou o seu mais conhecido olhar de desinteresse e descaso. Pobre andorinha se soubesse falar, teria pedido desculpas antes de sair com pressa dali.
Puxou sua enorme colcha expondo o corpo semi-adormecido ao frio da manhã, por toda a sua pele passou um arrepio, ela suspirou. Não gostava dos dias frios simplesmente porque não tinha como se aquecer adequadamente. Levou o pegnoir ao corpo e se enrolou, andou descalça até o banheiro.
Ogasawara Sachiko se olhava no espelho, a feição de deidade exibida sem escrúpulos e ela reconhecia o quanto era bela, mas o que fazer com toda aquela beleza se não tinha ninguém a oferecê-la? Virou o pulso e encarou as horas, eram exatas sete da manhã, e quem em sã consciência açodaria às sete da manhã estando de férias de verão? E que verão era aquele coberto de névoa? Respirou resignada, seus planos iriam mudar dramaticamente se o sol não resolvesse aparecer até a hora do almoço. Sorte era que ela, sempre estava preparada.
O telefone tocava estridente naquela manhã, certamente a pessoa no outro lado da linha não desistiria e àquela hora somente ela estava em casa. Sim, porque seus pais saíram para as compras e seu irmão certamente estaria enfiado em uma loja de games ou algo do tipo. Então ela obrigou seu corpo a se levantar e atender ao telefone antes que ele explodisse.
- Moshi-moshi?
- Yumi?
- Onee-sama?
- Achei que não estivesse em casa… Demorouaatender.
- Sumimasen Onee-sama. – e bocejou.
- Não acredito! Estava dormindo?Yumi já são dez da manhã. Okay, tudo bem, meu motorista passará ai em meia hora, esteja pronta!
- Ahhh? Onee-sama, para onde?
- Faça as malas Yumi. Já avisei seus Pais.
Ela desligou sem nenhuma informação realmente útil. Porque ela decidira sair assim tão de repente? Para onde iriam e o principal, o que ela colocaria na mala? A falta de informação e a pressa fez Yumi colocar na mala um pouco de tudo, havia pijama de frio e de calor, roupa de banho, casacos, vestidos leves e suas peças intimas. Sachiko era mesmo uma Onee-sama surpreendente e isso nem sempre era bom. Terminava de arrumar seus cabelos quando o motorista buzinou em frente a sua casa. E então saiu correndo encontrou o carro preto da família estacionado em frente a sua casa, o sol refletindo sobre a pintura, escorada à porta de trás encontrava-se Sachiko.
Yumi nunca a tinha visto tão radiante, uma leve blusa azul claro de algodão, jeans e sapatos pretos, mas não era a roupa que ela vestia que a deixava esplêndida, era simplesmente... Era ela e pronto. Sachiko era a mulher mais linda que Yumi havia posto os olhos e isso ainda não mudara.
Sachiko sorriu ao ver a pequena Yumi vestida com aquele vestido rosa, combinava tanto com a inocência da menina. Então ela avançou, oferecendo a sua mão a jovem. Na cabeçinha de Yumi aquilo parecia o cortejo de um príncipe, desses que se vê somente em contos de fadas, mas aquilo era errado, afinal Sachiko era a sua Onee-sama.
- Onee-sama, para onde vamos?
- Bom dia Yumi. – corrigiu ela.
- Bom dia Onee-sama. – sorriu. – então para onde vamos?
Sachiko indicou a porta aberta, Yumi entrou fazendo bico, afinal até quando Sachiko pretendia manter o mistério? A morena sentou-se a seu lado, ainda sorria abertamente para a pequena. Sua cabeça maquinando a mil, muitas das idéias seria postas de lado, mas, imaginar não ofende a ninguém não é mesmo?
"Perdoe-me se eu peco Maria-sama." – pensou Sachiko repreendendo-se.
Yumi viu, Sachiko passar de radiante para entediada em pouco tempo, sabia que a sua Onee-sama não gostava de viagens longas. A morena então se ajeitou, ficando de frente para a pequena Yumi.
- Perdoe-me Yumi, mas eu...
- Tudo bem Onee-sama, eu entendo.
Lentamente, os olhos de Sachiko foram adquirindo uma coloração escura e suas pálpebras cedendo às investidas de Morfeu. Logo a inconsciência a atingia e nada mais valia a não ser seus sonhos com certa pessoa. Sentindo-se só, Yumi passou a contar os postes de energia pelos quais passavam, já contara 2.328 quando perdera a conta. Irritada então decidiu simplesmente observa Sachiko dormir. Um pequeno sorriso era perceptível nos lábios de Sachiko, os lábios mais sedutores nos quais havia posto os olhos eles moviam-se lentamente conforme a respiração daquela mulher era liberada, estava a poucos centímetros dos lábios de sua Onee-sama quando os olhos azuis a fitaram com doçura.
Afastou-se bruscamente, a face vermelha escondia-se entre o vidro do carro e seu ombro direito. Temia que Sachiko brigasse, gritasse com ela e voltasse para deixá-la em casa, seus olhos derramavam lagrimas pelo arrependimento do ato impensado. Jamais, em toda a sua existência Sachiko pensaria em Yumi daquela maneira.
Sachiko ia falar qualquer coisa quando o carro virou bruscamente para a esquerda e Sachiko foi lançada até Yumi, fazendo os corpos colidirem. As duas se encararam e um acesso de riso atingiu a morena e logo após Yumi também ria. O carro parou e Yumi viu, Suguru parado ao pé de uma pequena escadaria, o sorriso nos lábios sugeria qualquer coisa que Yumi preferia negar.
- Sa-chan! – disse indo em direção a prima.
Sachiko o cortara quando ele tentava dar um beijo na bochecha dela. Ele se afastou da prima e olhou Yumi de cima, sorrindo para ela como sempre fazia.
- Yumi-chan, tudo bem?
A garota afirmou com o olhar duro. Porque sempre que achava que ia ficar sozinha com sua Onee-sama aquele inconveniente aparecia? E o pior, ele sempre tinha um motivo para tocar Sachiko e lhe confidenciar qualquer coisa no ouvido, como fazia agora. Yumi virou-se irritada quando viu Sachiko corar.
- Okay, agora eu acho que tenho que me retirar certo Sa-chan?
- Ainda bem que você sabe quando não é bem vindo Suguru.
- Aqui estão as chaves. – ofereceu a Sachiko enquanto sorria. – Tem certeza que ficarão bem sozinhas?
Yumi virou-se bruscamente com os olhos brilhando ela viu Sachiko assentir e se despedir do primo. Se não fosse tão arrogante e cheio de si Yumi até se daria melhor com ele. O carro vermelho saiu cantando pneu e em seguida o motorista da família Ogasawara estava ao lado de sua senhora.
- Ogasawara-sama, suas coisas e as coisas de Fukuzawa-sama já estão dentro da casa.
- Obrigada Yamazaki-san, já pode ir.
Yumi arregalou os olhos quando viu o motorista fazer uma reverencia entrar no carro e sair deixando as duas sozinhas ali... Onde é que estavam mesmo? Virou-se para Sachiko e a encontrou sorrindo docilmente.
- Yumi, bem vinda à casa de verão dos Kashiwagi.
Ela ficou parada ali, olhando para aquele jardim bem cuidado, havia tantas arvores e flores que os pássaros brincavam felizes pelo céu azul. Sachiko entrou na casa, feliz que o tempo tenha colaborado com seus planos para aquela semana. Yumi entrou na casa receosa, não havia percebido que sua Onee-sama já havia saído de seu lado. Assustada procurou pelo pequeno recinto e não encontrou os longos cabelos negros.
- Onee-sama?
- Estou aqui! – respondeu aparecendo a uma porta.– Venha...
Yumi sorriu feliz, andando até onde sua querida Onee-sama estava, sentia-se a pessoa mais sortuda do mundo, seu coração deu um salto quando encontrou Sachiko sentada no chão daquela varanda apreciando a vista proporcionada por ela. Havia uma piscina ampla que era ladeada por cadeiras reclináveis e a natureza toda a volta era como um pequeno refugio para os animais. Os olhos de Sachiko brilhavam.
- Venha Yumi, sente-se comigo um pouco.
- Hai!
N/A: Bem esta é a primeira fic de marimite, então please não sejam tão malvados!
Até o proximo capitulo! xD
