Sumário: Ele ansiava com o homem que havia prendido-o, apenas ansiava em seu mundo novo... Apenas uma sala vazia em uma cadeia local... no submundo.

Disclaimer: Death Note não me pertence... E todos já sabem disso.

Fanfic betada por Srta. Abracadabra.

Presente para a mesma!


Anseio...

Ele ansiava com o homem que havia prendido-o, apenas ansiava em seu mundo novo... Apenas uma sala vazia em uma cadeia local... no submundo.


Grades.

Grades na janela, nas paredes, por toda a extensão daquelas quatro paredes. Grades firmes e fortes, que o impediam. Que imobilizava qualquer tentativa de fuga.

No entanto, ele não queria sair de lá...

Cinza.

O branco da parede, agora encardido e sujo. Um brando que se identifica mais com um tom opaco de cinza. Sujeira, se preferir. Cores quentes geralmente iluminam o local. Mas ali não existia uma cor quente, e sim o oposto. Uma cor fria, sem vida.

Mas ele não se importava com cores. Não, ele.

Colchão.

A cama mal arrumada, aquele pedaço de espuma que os guardas de lá costumavam chamar de colchão. Um pedaço de trapo ruído por animais, ratos quem sabe? Apenas uma cama mal cheirosa e incômoda.
Contudo, ele não tinha o mínimo interesse nela. Não havia ninguém com quem ele dividiria aquela "cama".
Ele já não se encontrava mais lá.

Corrente.

A algema em seu tornozelo, uma dor fina e irritante naquele local. A tez clara marcada pela corrente firme... A ferrugem. A poeira que se encontrava nela.
Algo que ele não se importava. Até gostava de sentir dor...

Escuridão.

As luzes lá já não funcionavam, era negro o local. Simplesmente proposital.

Estava ele lá. Acorrentado. Uma sala vazia... apenas ele e seus pensamentos.

Mas ele se importava com isso?

Não... ele não se importava.

Podemos dizer que a única e exclusiva coisa na qual ele se importava:
"Respirava, andava e tinha um forte vício por doces..."

Lembrar-se Dele, lhe causava arrepios pelo corpo que ele simplesmente adorava.

Adorava sentir.

Lembrar-se da maciez de sua pele, o excitava. Podia sentir seu cheiro...

Podia vê-lo em si mesmo.

Em sua mão um pequeno pedaço de espelho reluzia entre seus dedos úmidos graças ao líquido vermelho que escapava, escorria de sua própria palma.

Ele se olhava. Era certo, agora ele realmente entendia. Podia dizer claramente que amava seu reflexo.

Tantas pessoas odeiam o que vêem em frente ao espelho, porém ele não...
Ele amava, adorava.

Uma ambição por seu próprio reflexo.
Uma ambição por seu reflexo, não por si mesmo.
Seu reflexo era igual a ele. O dono do reflexo não. E isso o irritava, a ponto de ferir a si mesmo por total frustração.

Não gostava de si.

Gostava dele.

Tocava a pele de seu rosto com as pontas ágeis de seus dedos. A marcava com sangue. Seu próprio sangue. Sua pele era áspera, não era sutil como a dele. Talvez, por isso ele deixasse de gostar de sua pele.

Amava sua boca. Boca qual, sim, era parecida com a dele.
Porém, sua boca não tinha o mesmo gosto da dele.
O gosto dele era doce.
O seu era um gosto diferente, amargo talvez, gosto de sangue.

Talvez, por isso, mais uma vez ele deixasse de amar sua boca.

Seu cabelo era igual ao dele.

Porém ele, realmente, não gostava de seu cabelo.
Gostava de mexer nos cabelos dele. Mas não gostava de mexer nos próprios cabelos.

Talvez, por isso, também ele deixasse de gostar de seus cabelos.

Não gostava mais de si.

De seu jeito.

Ora, ele era um psicopata. Gostava de matar as pessoa e provar de seu sangue.

O outro já não. Era um detetive, que trabalha em favor a justiça, que prendia gente como ele, que defendia pessoas "inocentes" dele.

Talvez, ele deixasse de gostar de si mesmo.

Não gostava mais de seu nome.

Ele era B.B.

O outro era apenas L.

Letras tão distantes. Sons tão diferentes.

Agora sabia...
Talvez não gostasse mais de seu nome.

Passou a olhar o lugar melhor.

Não gostava do lugar onde estava, um lugar frio e mórbido.

Tão diferente de onde, provavelmente, L estaria.

Certamente, não gostava do lugar onde estava.

Mas, B.B não podia sair daquele lugar, iria viver ali para sempre.

Ele, já não estava mais onde L estava.
Seu mundo agora era diferente.
E ele não gostava disso.

Não gostava de saber que era diferente de L.

Ele, B.B, precisava ser igual a L!

Ele, na verdade precisava de L...
Importava-se com L...

Precisava...

Importava-se...

Porém...

Sabia que não ficaria precisando de L para sempre...
Esse verbo, talvez, deixasse de ser importante para si...

Todos morrem, não é?

Esse dia chegaria...

Ele voltaria a se encontrar com L...

Ele voltaria a ter L.

Mesmo que para isso ele tivesse que esperar uma eternidade...
Um tempo infinito, talvez.

Oras...
Mas desde quando B.B se importava com o tempo?

... Fim.


Olá.

PRIMEIRA FANFIC MINHA COM O B.B!
E putz! Como ele é complicado! Complexo demais!
Não sei se consegui, mas na fanfic tentei passar o que ele realmente sente/sentiria em pról do/ao L. E saiu isso.

Bom... A Abracadava disse que estava bom e por isso eu postei, digologo!
É um presente para ela, porque ela é foda, escreve muito, adora D-gray man(!), compreende e muito bem a arte de amar o Tyki (XD), e eu acabei concordando com ela que o Death the Kid não é simétrico e sim gostoso, falay!
-idiota-
E... ela me animou -muito- quando eu precisava o-o
Ela nem sabe disso, mas eu estou contando aqui! XD

Tyki Moon.


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