A peça do destino
As memórias queimavam-no.
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Um desejo ofegante de vê-la novamente. Quem diria, foi tudo uma bela peça do destino.
Como se fosse planejado: ele estava sofrendo. Agora, era ele.
Esperou ansiosamente até que o dia chegasse. Aquilo tinha que acontecer, ele precisava definitivamente daquilo. Queria-a novamente.
Até que o tempo chegou.
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"– Você parece estar com muito frio. – Ela tinha uma mão em meu rosto, acariciando-o.
Estávamos deitados na neve. Tudo ao meu redor se ofuscava para os meus olhos, enquanto eles se prendiam somente nos outros esmeraldinos e preocupados na minha frente. A face ligeiramente corada.
De contrapartida, toquei sua face com minhas mãos, geladas. Ficamos assim por um tempo.
– Por que você acha isso? – Sorri, sutilmente.
– Desde meus 7 anos...
– Hum? – Estranhei.
– Desde meus 7 anos, até agora, 8 mais tarde, eu amei você.
E terminou oferecendo-me seus lábios. Fiquei envolvido com aquele calor.".
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Sentou-se em uma banco qualquer. Já estava tudo muito escuro, tal porque o relógio já anunciava cerca de onze horas da noite. Mas ele esperava, ainda. Ela tinha que ir.
Pegou um caderno e começou a desenhá-la da forma que se lembrava.
É, nem fazia tanto tempo assim. Só alguns anos. Mas nada saiu, nenhum desenho.
Repentinamente, ouviu um ruído do canto, fazendo-o virar-se para ver.
Não se espantaria se fosse algum assaltante, afinal, o horário já estava nos pés da madrugada. Mas não era nenhum ladrão. Somente... Um bêbado.
– O que está fazendo por aqui, cara? – Esfregava os cabelos loiros com uma das mãos.
Ele olhou o sujeito com cara de desaprovação. Notou a garrafa de vinho em suas mãos, justificando as roupas elegantes que usava.
– E você? – Fitou-o, esboçando o ódio iminente que sentia ao ser perturbado.
– Só vim ver o que as pessoas fazem por aqui numa hora dessas. Pessoas idiotas... – Os dois soltaram uma gargalhada. É, concordavam em alguma coisa.
– Eu estou esperando alguém.
– Um encontro, hein? Haha, garanhão. – Ele já se confortava no mesmo banco do pálido.
– Quase. Quase isso.
– Quase?
Nada respondeu.
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"– Preciso... Dizer uma coisa. – Olhava-a, friamente. Tudo que eu queria era acordar.
– Sai-kun? Está bem? – Ofereceu-me um belo sorriso, terno. E, então, um abraço caloroso.
Sem mais, me distanciei, olhando para o lado, sem fitar diretamente seus olhos verdes penetrantes.
Ela, lentamente, ia se aproximando, cada vez mais. Até que seus braços novamente me alcançassem.
Meu tempo acabou ali.
– Sakura. – Voltava-me para ela. Seus olhos transbordando lágrimas. Um pesadelo.
– H... Hum. – Voz rouca, ela gaguejava, enquanto seus olhos ofuscavam-se mais a cada instante.
– Eu não posso mais... Não posso ficar mais com você... – Tudo doía mais em mim.
Ela só me abraçou, chorando cada vez mais, suplicando para que eu não a deixasse.
Meus olhos ficaram vazios.
Tudo ficou monótono.".
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Ficava mais tarde, quase meia-noite. Ele, completamente apreensivo. Sua mente, ansiosa como nunca.
O tal bêbado contava os motivos desastrosos de estar naquele estado. Trágico. Pessoas idiotas...
Idiotas.
– Cara, sua namorada não vem?
– Hum.
– Tem certeza que ela sabe que é pra vir mesmo? Você não fumou uns no dia e achou que ligou pra ela ou algo assim? – Voltou-se novamente a rir, descontroladamente. Estúpido.
– Eu mandei uma carta. Mandei uma carta para ela. – Sua expressão, indiferente. Ansiosa, alienada.
– Hãm... Acho que você teve motivos para... – Parecia mais racional agora.
– Eu... Não pude fazer mais nada.
– Devia gostar dela, né?
– Hum... – Tornou a fitar o chão. – Eu a amava... Sakura. – Sussurrou, quase que despercebidamente, mas ouvidos astuciosos puderam ouvi-lo.
Tal foi que rapidamente se levantou, dando tapas nas costas do outro angustiado. Quase como se desejasse boa sorte mentalmente.
– Olha só, eu já estou indo. Cara, não vai dar mancada de novo. – Ria como um retardado. – Encontre a sua Sakura. – Por fim, sorriu sutilmente, seguidamente tornando a rir descontroladamente, novamente. – Não esqueça do meu nome: Naruto, o confortador.
E começou a andar embora. Não demorou muito para que caísse, logo se reerguendo.
– Eu vou me dar bem! Eu sei! – Sua dor parecia ter se esvaído através daquele rugido.
Alegria. O fim da dor.
Mas ela não foi. Ela... Não foi.
Obrigado por lerem e deixarem reviews, leitores. He.
Bem, espero que tenham entendido a fic. Sério, deve ter ficado meio confusa, mas foi-se.
A idéia veio junto com a frase "ela não foi. Ela... Não foi", do final, e como já queria fazer uma SakuSai, o "baguyo" nasceu. Sinceramente, adorei mesmo. Adoro o casal; já disse isso bastante por aqui. Mas então, primeiramente, era para o Naruto ser um garçom, e o "encontro", num restaurante; mas não ia ficar bem, então decidi "botar tudo" (não sou galinha, sacas?) na praça, típico. E eles precisavam se "achar" de alguma forma, aí veio a embriagez. Mas foi-se ².
Foi bem trágico o finalzinho deles. Coitado, teve de largar a Sakura. Imaginem os motivos (particularmente, não pensei em nada). ee~
Novamente, obrigado.
Espero que tenham gostado.
Abraçosinhos. 8)
