Um Romance Gótico. (by Mistress Alice)
1. Olhos Em Fogo.
-Não acho que seja assim. – Ri e lhe dei um beijo na boca.
-Sei não, Fiodor. Experiência própria, mas aí você que sabe. – Ele riu e também sorriu quando eu lhe beijei.
-Gregory, eu realmente discordo disso tudo. E se for para continuar falando essas besteirinhas sobre você mesmo, então fica quietinho e me beija. – Ri novamente, mas com o tom de voz um pouco mais firme, era sério o que eu falava, não gostava de ouvir o meu namorado dizendo que era chato, uma pessoa insuportável de lidar, pois era mentira para mim.
-Estou pensando se realmente devo beijar você. – Mesmo com os rostos próximos o suficiente para nossas bocas ficarem roçando boa parte da conversa, e mesmo eu querendo outro beijo, ele hesitou e me olhou desafiante.
-Não mereço? – Fitava os lábios deles de forma quase incansável. A visão era boa demais.
-Merecer merece. Mas a vontade de torturar você já que não quis me ouvir é muito grande. – Ele sorriu ao canto da boca, eu vi isso, e não pude evitar mordiscar os lábios dele.
-Não resista. É pior.
-Devo entender como uma ameaça?
-Sim. Quanto mais você resiste, mais eu fico com vontade e mais... – Dei um suspiro, sentia tanto desejo por aquele garoto que não consegui continuar, me faltou o ar.
-... Mais acabará comigo? – Ele riu alto.
-Exatamente. – Sorri malicioso. E na minha cabeça, tudo o que eu queria fazer com ele, ali mesmo na mesa da cozinha, surgiu e aconteceu da forma mais luxuriosa possível.
-Você está pensando besteira, não está?
-Como sabia?
-Seu sorriso denunciou, sabe.
-Olha só o que você diz de mim e para mim! Claro que minha imaginação não perdoa você. – Gregory gargalhou divertido, e tive a certeza de que ele entendeu o sentido do que eu acabei de falar.
-E é aí que não vou beijar mesmo você. – Ele então se levantou da cadeira ao meu lado de forma bem sensual, e eu fiquei sentado, olhando, perdido e meio bobo.
-Não quero ficar viúvo. – E ele se acabou na risada, de novo.
-Só com o que diz já acaba comigo.
-Você gosta desse tipo de intimidação minha.
-Por que acha que sempre faço? – Ele me olhou enquanto pegava o seu prato que usou e ia até a pia lavar.
-O tenso para mim, é que você sempre faz nos dias que estou mais... Empolgado para isso.
-Conheço bem você, garotão.
-Hum? Falava comigo?
-Fiodor!
Ri divertido. E nesses dias, Gregory era mais rápido para sacar as piadas cheias de malícia que eu falava.
Acabei levantando e levando o resto da louça para a pia, para poder lavar e limpar tudo o que usamos.
-Deixa que eu lavo. Aí você só seca. – Sorri, notando o silêncio momentâneo dele.
-Nah! Não se preocupa. – Ele me olhou e sorriu.
-Você não gosta de lavar louça. – Peguei o prato que ele ensaboava e continuei a limpeza.
-Toda a licença. – Ele riu e trocou de lugar comigo. – O Castelo está silencioso hoje.
-Você também.
-Está achando?
-Estava falante há cinco minutos atrás e de repente desanimou. – O olhei. – Algum problema?
-Só estava pensativo. – Ele secou um copo que havia lavado quando peguei a louça dele, e nisso, encostei de lado na pia, com uma mão na cintura e outra no balcão.
-Conta.
-Ah! Aquelas coisas que costumo pensar. Na sorte que eu tenho e tal. – Notei que ele ficou um pouco envergonhado.
-Me assusto, quando você fica quieto do nada, é algo que eu fiz. – A mão que pus na cintura estava com um pouco de sabão quando toquei no nariz dele, deixando-o com algumas bolhinhas. E ele riu.
-Eu falo para você não aprontar. Aí fica aí com culpa no cartório, Fiodor. – Ele riu. – Volta a lavar essa louça, vai.
-Você fica bonitinho cheio de bolhinhas de sabão.
-Voltei ao trabalho, rapaz.
-Sim senhor! Mas "rapaz"? Ninguém chama alguém de "rapaz"... – Ri, aquilo soou engraçado vindo dele. Então voltei a lavar tudo que estava na pia.
-Fique quieto e me obedeça! – Ele riu por ter me ignorado.
-Sim, meu rapaz. – Adorava ouvir ele rindo. Principalmente de mim.
-Aproveita e lava o meu carro. – Ouvi, depois de perceber que não era do Gregory. Virei para trás, para olhar, e então respirei fundo, perdendo a graça do momento.
-Gordon, vá atazanar o seu amante, vai. – Tornei a me virar e a lavar o que precisava.
-Já serve para ser empregada mesmo.
-Por que gosta de provocar o Fiodor? – Gregory deixou o prato que secava e se virou para ele.
-Pois não sou cego como você. – Seria muito melhor Gordon não ousar se dirigir ao meu namorado, afinal, sei não ser doce.
-Seu lance é comigo, deixa o Gregory em paz.
-Se você também não for surdo, foi ele que falou comigo. – A voz do Gordon começou a ficar mais próxima. E meu sangue começou a ferver.
-Não interessa. Não fale com ele, responda para mim.
-E não tenho "lance" nenhum com você, florzinha. – Virei o rosto, notando Minotauro se colocar entre eu e Gregory.
Quando notei algo gelado cair em minhas mãos.
-Gordon! – Ouvir Greg exclamar. E quando olhei, havia sido despejado na louça que lavei e nas minhas mãos uma garrafinha de iogurte recém-tirada da geladeira. Depois, ele aproveitou e jogou a garrafa dentro da pia.
-Perdi a fome. Vocês dois me deixam enjoado. E enojado. – Queria afogá-lo na pia. – Tchauzinho!
-Odeio. Esse. Espectro. – Falei, entredentes.
-Ele é um idiota. – Gregory me ajudou a limpar toda a sujeira dele, além de que precisamos, obviamente, lavar tudo o que já tinhamos limpo. Não era muita louça, mas ainda assim, ficou mais sujo depois do que Gordon fez, do que o uso meu e do meu namorado.
-Pandora não tem compactador de lixo? – Olhei meu namorado e notei uma sobrancelha dele erguida.
-Acho que sim, porquê?
-Para colocar o Gordon. – Disse sério, mas ele deu uma risadinha.
-Sabe que não é má idéia? Mas deixa ele para lá. – Suspirei e por fim, consegui lavar tudo e então auxiliei Greg a secar e guardar.
-Não sei como Faraó agüenta.
-Se não fosse seu amigo, iria dizer que ele é outro...
-Gregory... – O olhei, um pouco ofendido.
-Desculpa, mas só assim para agüentar o Gordon. – Ele me olhou, meio culpado de revelar a própria opinião, mas ainda sério.
-Digo o mesmo do Chesire... Afinal... Para agüentar a Brigitte... – Falei baixo, contra a minha opinião. E o ouvi respirar fundo.
-Fiodor, eu só falei porque o Gordon é chato. Que nem você. Para me agüentar, precisar ser chato também viu. – Notei o tom de brincadeira e o significado das palavras dele, no entanto o vi sorrir de forma leve, mas ainda assim, levei para o lado pessoal o comentário sobre o Faraó.
-Tá certo... – Guardei a última peça de louça que estava comigo, sem olhá-lo.
-Ficou bravo, não é? Eu gosto do Faraó. Tenho até uma certa inveja, foi apenas uma expressão, nada mais.
-Inveja porquê? – Guardei o pano que sequei o prato e encostei na bancada ao lado da pia, finalmente olhando no rosto do meu namorado.
-Sabe como é... Ele tem um físico invejável. E é óbvio que adoraria ter um corpo igual ao dele. – Gregory tinha a expressão duvidável. Acho que queria que eu não ficasse bravo com aquele assunto.
-Achava que eu era a sua inspiração. – Cruzei os braços, interessado na conversa.
-Não dá para competir com você, Fiodor. – Ele sorriu e veio para junto de mim, abraçando minha cintura.
-Posso saber porque?
-Você é você, oras. E essa invejinha dele, é apenas por querer ser o suficientemente bom para você. Afinal... Sei que o acha muito atraente. – Ele não me olhou por um momento. Ciúme?
-Não sou grande coisa. E Gregory, você é tudo o que eu preciso. Não quero que seja bom ou quase bom para ficar perto de mim. Você é perfeito para mim e ponto. Nem que você fosse baixinho e gordinho.
-É sério? – Ele me olhou acanhado.
-Não, estou brincando. Mas é claro que é sério, homem.
-E ainda implica com o meu "rapaz". – Ele balbuciou, mas me olhou na brincadeira.
-Eu amo você, Gregory. Do jeito que você é. – Parei de rir e de sorrir.
-É um daqueles momentos que eu penso na sorte.
Depois que ele respondeu, encostei meus lábios aos dele, beijando-o apaixonado. E o abracei forte.
~/~
-Ele está insuportável, Wimber. O Faraó não anda dando mais para ele não?
-Você sabe que o Gordon não te suporta pelo simples e tosco fato de que você foi um ex do egípcio dele.
-Caralho, faz anos que eu e o Faraó rompemos... Nos separamos. Enfim, nem éramos namorados.
-Gordon é um idiota que se acha o homem mais foda do mundo. Já acostumei com isso. Até o Miles já acostumou com isso.
-Só fica avisado que eu acabo com o Gordon se ele querer se meter com o Greg.
-Você apanha.
-Como?
-Fiodor, você não é de briga fora de campo de batalha e fora de treino. Você e o Gordon são do mesmo tamanho, mas ele dá um pau em você.
Olhei Wimber, incrédulo. Mas ele riu.
-Que amigo, hein? – Ainda estava chocado.
-Não digo por mal. Entenda. Gordon é brigão, adora uma encrenca. E quando ele briga, machuca, é para valer, é briga de Guerra Santa. E eu prezo por você sair inteiro, e tenho certeza que Gregory também.
-Mas nunca perdi qualquer competição contra o Gordon.
-Queda de braço. Me poupe Fiodor! Não queira ficar enchendo o peito que sabe brigar. O motivo é maravilhoso, mas só pelo fato de que você se preocupa e protege o seu namorado, Gregory achará desnecessário partir para mão. Fica naquele ciclo. Ele vai ficar puto do Gordon ter batido em você, aí vai encarar, aí depois você de novo e blá blá blá. Não mexa com o Gordon e ponto final.
-Wimber, não estou ouvindo isso de você. De você.
-Da última vez que briguei com o Gordon, quebrei aquele nariz enorme dele. E da última vez que soube que você e ele se atracaram, você caiu no chão depois de um soco dele. E por pouco não vai parar no hospital. É dessa diferença que eu me refiro. Fora de campo, você tem receio de machucar, e é aí que ele não perdoa. Fiodor, não seja teimoso comigo. – Não o olhei, mas acho que ele me encarava.
-Não sou mole para brigar. – O olhei bravo. Eu não era covarde!
-Não vou discutir mais isso com você. Pois sei que vai querer me provar qualquer merda e vai se dar mal. E ficarei puto com ele e com você. Agora vem cá. – Ele estendeu uma mão, para que eu pudesse me aproximar.
-Não vou.
-Não faça birra comigo. – Foi quando ouvimos movimentações na porta da sala de reunião e vimos Faraó entrar.
-Ouvi o nome do Gordon lá fora, que ouve? – Ele nos olhou, mas virei de costas, quieto.
-Seu eterno amor está atazanando o Fiodor e o Gregory.
-Estão gozando comigo?
-Quem me dera estivesse, mas em você. – Wimber deu uma risadinha.
-Irei falar com ele, de novo. – Senti o local ficar em silêncio.
-Ele está ficando bravo comigo.
Por isso o silêncio, Faraó queria saber por que eu estava de costas.
-Com você?
-É, porque eu disse para ele não comprar briga com o Gordon para não apanhar.
-Não sou covarde, sabe.
-Fiodor, eu odiaria ver você se machucar. Ganhando ou perdendo, a briga será feia, Gordon tem muito rancor de você.
-Mas eu sei que se eu tentar, eu acabo com ele! – Me virei, frustrado. Mais um contra.
-Você não vai brigar com ele.
-E quem vai me impedir, Faraó? – Olhei para ele.
-Eu, Wimber, Gregory e todos que prezam por você aqui dentro. Além dos juízes que odeiam essa desavença idiota. Principalmente por um motivo dispensável.
-Você não é motivo dispensável, Faraó.
-Mas vou me sentir culpado. A briga vai acontecer por minha causa.
-Mas isso já passou, não tem porque se preocupar.
-As atitudes do Gordon me preocupam. Não é maldade, mas ele é violento.
-Tenho medo de perguntar o que ele faz na cama com você. – Wimber deixou de olhá-lo, e senti que ele tentou imaginar.
-Ele me dá prazer e isso não é o assunto. – Esfinge então olhou para o Morcego.
-Não sou frouxo.
-Por Hades, Fiodor. Você é extremamente corajoso. Mas existem coisas que devemos evitar. – Ele veio até mim, pousando a mão em meu ombro.
-Se eu disser que saio fora, vocês sossegam?
-Sim. – Disseram, em coro.
-Tá bem. – Fiz menção de sair. – Não encaro, pronto. – E vi os dois sorrirem.
-Até mais, Fiodor.
-Tchau garotos. – Saí, fechando a porta e deixando-os sozinhos. Afinal eu sei o que rola quando Faraó e Wimber estão sozinhos e não ia segurar vela.
-Até parece que não vou encarar uma briga com o Gordon. Só porque eles querem. – Resmunguei para mim depois de sair de lá e ir para o corredor, pensando no que eu faria agora.
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-Além de tudo, você me irrita! – E na segunda vez, no segundo soco, caí no chão, mas não vencido.
-Gordon, eu achei que fosse compreendesse as coisas. Mas vi que você é burro demais. – Me levantei, passando as costas da mão na minha boca, para ter a certeza de onde vinha o gosto do sangue. O olha tão irado quanto ele para mim.
-Não existe nada para eu entender! – Ele novamente fechou os punhos e avançou para cima de mim, mas dessa vez me esquivei do terceiro soco. – Você pensa que é quem para ter decepcionado o Faraó desse jeito? Você não passa de um merda.
Aproveitei e segurei o braço dele que passou pelo meu rosto, por questão de milímetros. E nesse momento, dei uma joelhada no estômago dele, o que fez Gordon se curvar, e então o soltei.
-Merda é você que sair brigando a troco de nada! Faraó nem se lembra mais que ficou comigo. Mas uma coisa é certa, ele gostava bastante do que eu fazia nele. – O olhei malicioso, provocando, propositalmente.
-Repita se for homem, e quem vai levar um trato é o Gregory!
Acho que naquele momento, Ares percebeu o tamanho da ira que eu fiquei depois do que Minotauro disse. E se não bastasse a minha ira de antes, avancei nele, empurrando violentamente Gordon contra uma prateleira e então ouvimos cacos e objetos caindo e se quebrando ali. Ele se remexeu, procurando por certo conforto, mas mesmo se tivesse sentido dor, ele não se entregou aos machucados.
-Cale a sua boca! Não ouse falar nele, e muito menos me ameaçar! Pois juro pelos Deuses que irei matar você se tocar em um fio de cabelo do meu namorado!
-Fique tranqüilo, onde irei tocar está um pouco longe dos fios preciosos dele. – Ele debochou, e eu visualizei sobre o que ele se referia.
Seria possível ficar o dobro mais puto?
Quando me dei conta das palavras dele, percebi que meu punho voou na cara dele, lhe acertando o queixo. A força foi tanta, que ouvi o barulho de algum osso ali. E eu realmente não me importava quem havia quebrado o quê.
-Virou homenzinho! – Novamente fui alvo de deboche e desferi outro soco. Mas ele segurou meu punho e socou forte o meu estômago.
Faltou-me o ar de tanta dor, mas não deixei meu corpo ceder às dores.
-Um dos dois aqui tem que ser, não é mesmo? – E mesmo com a náusea do último soco dele, arranjei força para lhe desferir outro soco no rosto, sem ser impedido.
Ele recuou para trás, batendo em algo que não vi, mas fez barulho.
-O que está acontecendo aqui? – Uma voz inconformada surgiu no ambiente de forma quase aterrorizada devido ao barulho. – Fiodor? – Para o meu azar, ou sorte, a voz era do meu namorado, que inclusive passou o braço em volta da minha cintura, me segurando firme, pois também notou que eu ia ceder ao chão.
-Gregory, saia daqui. – Fiquei bem tenso. Na situação que eu estava, com muitas dores, mal ficava em pé, e Greg estava ali, e não sei o que Gordon poderia fazer, já que não se entregou a nada que lhe ocorreu.
-Não, Mandrágora. – É, Gregory estava enfurecido comigo também.
O cosmo dele se intensificou, acho que pedia ajuda.
Olhei para ele, que me encarava sério e me afastava cada vez mais do Gordon.
-Gregory, por favor, saia daqui. – Alertei, com medo.
Suspirei, tentando recobrar a respiração, quando vi Minotauro apertar o passo e se aproximar de nós. E minha primeira reação foi puxar o meu namorado.
Pela minha fraqueza, ambos caímos no chão, e eu por cima do Greg, pronto para receber qualquer golpe de Gordon.
-Não ouse! – Senti um vácuo nas minhas costas e uma quarta voz. Wimber.
-Gordon, por favor, o que estão fazendo? – Faraó também apareceu.
-Fiodor! – Ouvi a voz do Gregory meio desesperada, mas não consegui olhar para ele, estava cansado, sem forças e cheio de dor. E os sons em volta pareciam cessar.
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Notas da autora:
Sempre enfatizando que Saint Seiya não me pertence.
Enfatizando que foi e que será visto nesses capítulos nomes de Espectros que não constam na história original. São personagens originais, e obviamente criados com intuito de serem alguns dos Espectros que não tomamos existência. Mesmo sendo baseada em partidas de RPG, serão explicadas quaisquer situações para maior entendimento.
Deixando claro que a Espectro Brigitte pertence à Elisa Suyama, e, por favor, respeitem e a contatem acerca de usos.
Fanfic novamente de capítulos, e será atualizada o mais breve possível.
Detalhes sobre os títulos:
Como de costume, gosto muito de utilizar músicas como base/e título. Acredito que dê personalidade à história, e nessa seguirei essa "tradição".
Obviamente, músicas que não me pertencem.
Título: Um Romance Gótico: Cradle Of Filth "A Gothic Romance". Acho que se encaixa muito bem, principalmente por ser sobre os Espectros.
Subtítulo: Olhos Em Fogo: Blue Foundation "Eyes On Fire". Faz parte da trilha do filme Crepúsculo "Twilight". Para este capítulo, bastante útil.
