Playboy Irresistível– adaptação
Autor (a): CHRISTINA LAUREN
Shipper: Edward & Bella
Gênero: Romance
Classificação: +18
Obs: Twilight pertence à Stephanie Mayer, mas a história é de CHRISTINA LAUREN.
Sinopse
Quando Isabella "Marie" Swan se muda para Nova York para fazer pós-graduação, Edward Cullen acha que suas responsabilidades perante a irmã nerd mais nova do seu melhor amigo estarão limitadas ao jantar ocasional de recepção. Mal sabe ele que Bella está disposta a sair de seu reservado estilo de estudiosa e avançar mais para o território atraente. É claro que ela imagina que o belíssimo mulherengo, capitalista e perigoso é a melhor pessoa para ser seu mentor neste novo campo de estudo: o namoro.
Edward assume o desafio com mais de uma dose saudável de ceticismo e humor, mas logo descobre que Bella apenas precisava de um pequeno empurrão, não um mundo de mudança, para revelar uma mulher que todos os homens parecem notar. Logo a "Bells" se foi e a não censurada, inocentemente sedutora Isabella Swan rouba seus sonhos, seus humores e até mesmo a sua organizada vida amorosa sem amarras, começando suas atividades de orientação se movimentando entre os lençóis à noite.
Prólogo
Estávamos no apartamento mais feio em toda a Manhattan e não só por isso que meu cérebro estava programado para manter distância principalmente da apreciação da arte: objetivamente estas pinturas eram todas horríveis. Uma perna cabeluda crescendo de um caule. Um espaguete caindo da boca. Ao meu lado, meu irmão mais velho e meu pai murmuravam pensativos, acenando como se entendessem o que estavam vendo. Eu era a única que nos mantinha avançando, parecia ser o protocolo tácito dos convidados da festa que deveriam completar o circuito, admirar a arte e só então sentir-se livre para aproveitar os aperitivos oferecidos em bandejas em torno da sala.
Mas no final, acima da enorme lareira e entre dois candelabros extravagantes, estava uma pintura de uma hélice dupla da estrutura da molécula de DNA e impresso em toda a tela estava uma citação de Tim Burton: Nós todos sabemos que os romances inter espécies são estranhos.
Emocionada, ri, virando-me para Seth e papai. "Ok. Essa é boa."
Seth suspirou. "Você deve gostar mesmo disso."
Olhei para a pintura e para o meu irmão. "Por quê? Porque é a única coisa em todo este lugar que faz algum sentido?"
Ele olhou para papai e algo se passou entre eles, alguma permissão concedida de pai para filho. "Nós precisamos conversar com você sobre o seu relacionamento com o trabalho."
Demorou alguns minutos antes de suas palavras, seu tom e sua expressão determinada, despertar o meu entendimento. "Seth " disse. "Vamos mesmo ter essa conversa aqui?"
"Sim, aqui." Seus olhos verdes se estreitaram. "É a primeira vez que te vi fora do laboratório nos últimos dois dias, quando não estava dormindo ou devorando uma refeição."
Frequentemente notava como demonstrava estar dividido de forma limpa e sem contaminação os traços de personalidade mais importantes dos meus pais em seus cinco filhos –vigilância, charme, cautela, impulso e foco.
Vigilância e foco estavam reinando na batalha no meio da noite de Manhattan.
"Nós estamos em uma festa, Seth. Deveríamos estar conversando sobre o quão maravilhoso é a arte." Retruquei, acenando vagamente para as paredes da sala de estar ricamente decoradas. "E como é escandaloso... alguma coisa..." Não tinha ideia das últimas fofocas e esta pequena bandeira branca da ignorância apenas provava a razão do meu irmão.
Vi como Seth engoliu a vontade de revirar os olhos.
Meu pai me deu um aperitivo que parecia algo como uma lesma em um biscoito e discretamente deslizei aquilo sobre um guardanapo quando um garçom passou. Meu vestido novo coçava e gostaria de ter tido tempo para perguntar no laboratório a respeito dessas coisas que consegui na Spanx. A partir dessa primeira experiência com isso, concluí que isso foi criado pelo Satanás, ou um homem que era muito magro para usar calças jeans.
(Spanx –Loja americana especializada na venda de meias e calças que aderem ao corpo e diminuem a silhueta).
"Você não é apenas inteligente." Seth estava falando para mim. "É divertida. É social. É uma menina bonita."
"Mulher." Corrigi num resmungo.
Ele se aproximou, mantendo nossa conversa discreta na passagem dos festeiros. Deus me perdoe uma pessoa da alta sociedade de Nova York ouvi-lo me dando um sermão sobre como ser mais social. "Que seja, não entendo por que estamos te visitando há três dias e as únicas pessoas que saí são com meus amigos."
Sorri para o meu irmão mais velho e deixei minha gratidão por sua super protetora hiper vigilância passar por mim lentamente, afastando a irritação que flamejava minha pele, era como tocar o ferro em brasa, o reflexo acentuado pela prolongada queimação. "Estou quase terminando a faculdade, Seth. Há tempo de sobra para a vida depois disso."
"Esta é a vida." Disse ele, os olhos arregalados e desesperados. "Agora. Quando eu tinha sua idade, não estava nem aí para minhas notas, apenas esperava acordar na segunda-feira e não estar de ressaca."
Papai ficou em silêncio ao lado dele, ignorando essa última observação, mas apontando para a observação geral de que eu era uma fracassada sem amigos. Dei-lhe um olhar de permissão para falar, recebendo isto de um cientista viciado em trabalho que passava mais tempo no laboratório do que em sua própria casa? Mas ele continuava impassível, usando a mesma expressão que tinha quando um composto que esperasse ser solúvel acabasse viscoso em um frasco: confuso, talvez um pouco ofendido.
Meu pai me deu a objetividade, mas ele sempre achou que minha mãe me deu um pouco de charme também. Talvez por ser mulher, ou talvez porque pensou que cada geração deveria aperfeiçoar as ações da anterior, então era para eu equilibrar vida-carreira melhor do que ele tinha feito. Um dia papai me puxou para o seu escritório e simplesmente falou: 'As pessoas são tão importantes quanto a ciência. Aprenda com meus erros.' E então ajeitou alguns papéis sobre a mesa e olhou para suas mãos, até que se cansou o suficiente, levantou e voltou para o laboratório.
Claramente, eu não tinha aprendido.
"Sei que sou autoritário." Seth sussurrou.
"Um pouco." Concordei.
"E sei que me meto muito."
Dei a ele um olhar de cumplicidade, sussurrando: "Você é minha própria Athena Polias." (Athena Polias -é a deusa grega da bravura, da sabedoria e dos trabalhos femininos).
"Só que não sou grego e tenho um pênis."
"Tento esquecer isso."
Seth suspirou e, finalmente, meu pai parecia que estava destinado a isso ser uma tarefa para dois homens. Os dois chegaram para me visitar, e embora parecesse uma estranha combinação para uma visita casual em fevereiro, não tinha pensado muito nisso até agora. Papai colocou o braço em volta de mim, me apertando. Seus braços eram longos e finos, mas sempre tinha o aperto forte de um homem muito mais forte do que parecia. "Bells, você é uma boa garota."
Sorri para a versão mais nova de papai de uma conversa estimulantemente elaborada. "Obrigada."
Seth acrescentou: "Sabe que te amamos."
"Também amo vocês. Normalmente."
"Mas... leve em conta esta intromissão. Você é viciada em trabalho. É viciada em qualquer caminho mais rápido que acha que a sua carreira precisa seguir. Talvez eu sempre tenha assumido e administrado meticulosamente sua vida."
"Talvez?" Cortei a frase "Você ditou tudo, desde quando mamãe e papai tiraram as rodinhas da minha bicicleta até quando definiu meu toque de recolher antes do pôr do sol. E você nem morava mais comigo, Seth. Eu tinha dezesseis anos."
Ele me acalmou com um olhar. "Juro que não vou lhe dizer o que fazer exatamente..." Ele parou olhando em volta, como se alguém próximo pudesse estar segurando uma placa alertando o fim de seu sermão. Pedir a Seth para evitar se meter era como pedir a alguém para parar de respirar por dez minutos. "Basta ligar para alguém."
"'Alguém'? Seth, a questão é que não tenho amigos. Não é exatamente a verdade, mas você acha que eu deveria ligar para alguém e começar essa coisa toda de viver a vida? Ligar para outro estudante de graduação que está tão enterrado em pesquisas como eu? Faço engenharia biomédica. Não é bem uma massa próspera da socialite."
Ele fechou os olhos e depois olhou para o teto antes de ter uma ideia. Suas sobrancelhas se ergueram quando olhou para mim, a esperança enchendo seus olhos com uma ternura fraternal irresistível. "E Edward?"
Peguei a taça de champanhe intacta da mão do meu pai e bebi.
Não precisava que Seth repetisse. Edward Cullen era o melhor amigo de faculdade de Seth, ex-estagiário do meu pai e o objeto de cada uma das minhas fantasias adolescentes. Enquanto eu sempre tinha sido a irmã simpática e nerd, Edward era o bad boy gênio com o sorriso torto, orelhas furadas e olhos azuis que pareciam hipnotizar qualquer garota que conhecia.
Quando tinha doze anos, Edward tinha dezenove, e ele veio para casa com Seth por alguns dias perto do Natal. Estava sujo e mesmo assim delicioso, tocando seu baixo na garagem com Seth e brincando de flerte durante as férias da minha irmã mais velha, Leah. Quando tinha dezesseis anos, ele tinha acabado de se formar na faculdade e morou conosco durante o verão, enquanto trabalhava para o meu pai. Ele transpirava tanto carisma sexual que dei a minha virgindade a um desajeitado menino esquecível na minha classe, tentando aliviar a dor que sentia apenas de estar perto de Edward.
Tinha certeza que minha irmã tinha, no mínimo, beijado Edward e ele era muito velho para mim de qualquer maneira, mas à portas fechadas e no espaço do segredo do meu coração, poderia admitir que Edward Cullen foi o primeiro rapaz que já quis beijar e o primeiro que finalmente me levou a me masturbar na cama, pensando nele na escuridão do meu quarto.
Seu sorriso brincalhão diabólico e o cabelo que continuamente caía sobre seu olho direito.
Seus braços musculosos e sua pele lisa bronzeada.
Seus longos dedos e até mesmo a pequena cicatriz no queixo.
Enquanto os meninos da minha idade pareciam todos iguais, em Edward a voz era profunda e tranquila. Seus olhos eram pacientes e conhecedores. Suas mãos não estavam sempre agitadas e nervosas, estavam geralmente descansando nos bolsos. Ele lambia os lábios quando olhava para as meninas e fazia comentários confiantes sobre os seios, as pernas e línguas, tranquilamente.
Pisquei, olhando para Seth. Não tinha mais dezesseis anos. Tinha vinte e quatro anos e Edward trinta e um. Eu o vira há quatro anos no casamento azarado de Seth e seu sorriso calmo e carismático só tinha intensificado, estava mais enlouquecedor. Eu olhava, fascinada, enquanto Edward fugia para um banheiro com duas das damas de honra da minha cunhada.
"Ligue para ele." Seth pediu, tirando-me de minhas memórias. "Ele tem um bom equilíbrio entre trabalho e vida. Ele está próximo, é um cara bom. Apenas... saia um pouco, ok? Ele vai cuidar de você."
Tentei acalmar o zumbido vibrando ao longo de toda a minha pele quando meu irmão mais velho disse isso. Não tinha certeza de como queria que Edward cuidasse de mim: quero que ele seja apenas o amigo do meu irmão, ajudando-me a encontrar mais equilíbrio? Ou será que quero que ele me olhe como uma mulher para o objeto de minhas fantasias mais sujas?
"Isabella." Papai pressionou. "Você ouviu o seu irmão?"
Um garçom passou com uma bandeja cheia de taças de champanhe e troquei a vazia por uma borbulhante taça cheia.
"Ouvi. Vou ligar para o Edward."
Olá, meninas!
Mas uma adaptação para vocês, espero que gostem!
Beijos, até o próximo capítulo.
