"Sirius,
muitas coisas aconteceram em nossas vidas, não é?
Da
última vez em que nos falamos você estava indo para a casa de James
e Lily para ser o fiel do segredo.
Lembro
até hoje como os dois começaram a sair. Nós os trancamos no
dormitório e só os deixamos sair depois que Lily confessou que era
teimosa e que amava o Jay de fato. E eles, para retribuir, nos
trancaram na Sala Precisa com duas garrafas de cerveja amanteigada
batizadas de veritasserum.
Acabamos confessando aquilo que escondíamos de nós mesmos e dos
outros: nós nos amamos. Então, o "garanhão" de Hogwarts foi
domado.
Não
imagina o quão desesperada eu fiquei quando soube que você havia
sido preso por delatar a família do seu melhor amigo para Voldemort
e que havia matado Peter. Outro amigo seu. 'Será que o poder de
persuasão de Voldemort era tão grande assim?' me peguei pensando
várias vezes. Por 12 anos eu sofri com a sua ausência. Passei 12
anos perdida no mundo, numa busca, em vão por mim mesma, afinal, eu
sabia onde eu
estava: atrás de grades, numa cela, perto de dementadores, em
Azkaban, com você.
Soube
que fugiu. Voltei para Londres assim que soube. Fiquei n'O
Caldeirão Furado. Por alguns instantes eu vi Harry. Ele puxou Lilyno
quesito altura.
Então,
um ano após a sua fuga eu soube que você havia escapado novamente
do Ministério. Após pensar um pouco, soube que você iria para um
país mais quente. Portugal, Jamaica, Grécia ou até mesmo o Brasil.
Seu sonho sempre foi conhecer Fortaleza, tudo porque Bellatriz disse
uma vez que não ria para lá nunca. Então fui para lá. Tive sorte.
Te via às tardes. Quando resolvi me aproximar, você sumiu. De volta
à Londres, dois anos depois, ao abrir o jornal, descubro que você
havia sido inocentado. Fiquei tão feliz! Para depois me desesperar
ao descobrir que você havia morrido. Nós não nos prometemos morrer
velhinhos, deitado em uma coma quentinha, abraçados? Quando eu vi um
filme chamado Diário
de uma Paixão
eu falei para mim mesma: 'É assim que eu e o Sirius prometemos
morrer.'
VOCÊ
QUEBROU A PROMESSA SEU CACHORRO CHEIO DE PULGAS! VOCÊ É
TÃO...baixo!
Ontem
eu passei na casa da família Weasley. Não entrei e nem me revelei,
eu apenas queria tentar ver o Harry mais uma vez. Uma última vez.
Era Natal, ontem, então eu não tinha muitas esperanças, até ver o
Harry saindo da casa acompanhado pelo novo Ministro da Magia. O
garoto se parece cada vez mais com James. É um orgulho ser madrinha
dele. Pena que eu não exerço essa função, de fato, não tenho
papel, quem diria significativo, na vida dele. Logo, ele não sentirá
minha falta.
Sala
da Morte! Aqui estamos. Dumbledore conversou comigo ontem de noite, e
também me mostrou a planta do Departamento de Mistérios. E pensar
que estou sentada no chão, terminando essa carta, em frente ao seu
túmulo e ouvindo os sussurros d'aqueles além véu. Gradativamente
a sua voz se torna mais nítida. Como senti sua falta! Esta carta
está indo antes de mim. Eu vou depois, mas antes, tenho que fazer
uma coisa. Você não esperará muito.
Afinal,
nós morremos juntos. No instante que você atravessou o véu. Logo
nossas almas estarão juntas.
Te
amo!
Taly."
Aquela
carta pairava na sua frente, para logo depois se desfazer. Ela estava
vindo! Sabia que não demoraria. Deu um sorriso. Finalmente aquele
lugar se tornaria o paraíso.
N/A:
uma short MT short...meu presente de amigo-não-secreto para a
Taly...viva a Taly!!... Taly...o q vc achou amora?? ;
