TWILIGHT is not mine.
TWILIGHT não me pertence.
Música: Stupid – Sarah McLachlan
Vídeo recomendado (Alice cantando):http://www . youtube . com/watch?v=J9BUtbLFRZ0
Vídeo recomendado (música que Alice canta no final): http://www . youtube . com/watch?v=ckr7LF6sPhw
(sem os espaços)
Resumo maior:
A música é o que traduz sua essência. Mary Alice Brandon é uma cantora de uma banda de rock desconhecida, que se apresenta todas as sextas feiras no mesmo bar sujo de Nova Iorque e que tem como público rotineiro os mesmos bêbados.
Pinceis são os instrumentos que ele utiliza para expressar o que sente dentro de si. Jasper Withlock é um artista que muitos chamariam de excêntrico. Sua obsessão pela pintura deveria causar estranhamento aos que observassem de longe, mas aos olhos da cantora ele era apenas mais uma vítima do amor pela arte.
Todos sabiam que Jasper não era bom para Alice, mas ainda assim, ele era o único que ela enxergava.
"How stupid could I be
A simpleton could see
That you're no good for me
But you're the only one I see" (Stupid, Sarah McLachlan)
Prólogo
Ela era apenas uma garotinha assustada de onze anos de idade quando foi internada, diagnosticada com autismo. Órfã desde os três e nunca com um lar definitivo - porque ninguém queria criar uma maluca. A pequena criança, que sempre aparentava uma estatura de pelo menos alguns anos mais nova, nunca demonstrou como o descaso por ela a feria, mas a verdade é que por dentro estava sangrando.
Dos três aos onze anos pulou de casa em casa, de família em família e costumes e costumes, sob a vã tentativa de achar conforto. Ela não conseguia lembrar o motivo da morte dos seus pais, e perceber que ao pensar neles nenhuma figura forma-se em sua mente era, no mínimo, a experiência mais assustadora que alguém poderia vivenciar. Ao menos a uma criança que não completara nem uma dúzia de anos.
Alice não falou até os nove. Os fonoaudiólogos que a consultaram davam o mesmo diagnostico: Estresse pós-traumático. E não deixava de ser verdade. Era, de certa forma, um grande estresse ter perdido os seus pais quando ainda usava fraldas, ou ter esquecido como a sua mãe a embalava na cadeira de balanços da varanda da sua casa antes que dormisse, ou como a sua irmã era considerada maluca por dizer que via espíritos. Ou como tudo, subitamente, desapareceu da sua vida. Então sim, aqueles médicos estavam certos.
As primeiras palavras que deixaram os lábios da pequena criança – direcionadas a um ser humano - foram "Hey Jude". A princípio, acharam que ela estava tentando falar 'Dude', mas quando a sua voz suave, delicada e extremamente límpida continuou a falar "don't make it bad", ficou nítido que ela estava cantando The Beatles.
Alice estava sentada na banqueta do piano. Seus dedos coçaram para encostar-se às teclas, mas o medo que ela sentia era grande demais para correr o risco. Aquele instrumento musical produzia uma música tão bonita, tão emocionante que ela temia quebrá-lo. Portanto apenas fitara o objeto por longos minutos. A criança ficara praticamente imóvel. Seu coração batera forte no peito, desesperado por uma musicalidade que ela não conseguiria criar.
Então ele sentou ao seu lado. Doutor Cullen encostou, com uma suavidade preciosa, às teclas brancas e tocou a música que ela, a sua paciente mais enigmática, tão timidamente entoara. Ele era um dos poucos psiquiatras daquela instituição que mantinha a ideia que ela não era autista ou esquizofrênica. Para Carlisle ela era apenas uma garotinha perdida no mundo.
E foi imediatamente após ouvir os lábios miúdos da criança cantarem "take a sad song" que ele imediatamente completou, acompanhando-a com sua voz rouca e surpreendentemente embargada, "and make it better". Alice então sorriu. Pela primeira vez em uma década seus lábios formaram um sorriso direcionado a outra pessoa. E seu sorriso foi algo tão sincero e genuíno que Carlisle nada mais pode fazer, exceto encarar. E eles cantaram juntos por um longo tempo. Minutos ou talvez horas. Alice só queria um espaço para finalmente vocalizar o que ficou preso dentro dela por tantos anos. Ela soube falar desde muito cedo, mas nunca houve alguém em sua vida que pudesse motivá-la a formar palavras, que agora, cantando ao lado do Doutor Cullen, saiam bastante emboladas por falta de prática, mas ela não se preocupou em envergonhar-se com sua inabilidade fonética; Alice apenas queria cantar.
Como se ela tivesse escolhidoele para pai adotivo, dois meses depois se mudava para a casa do Doutor Cullen onde ganhou um irmão, Edward e uma mãe, Esme - curiosamente aos treze anos, o que significava uma década depois da morte dos seus pais biológicos e irmã.
Alice, logo que começou a morar com os Cullen, foi inserida num mundo musical já que Edward estava estudando para entrar para Julliard, Esme foi soprano durante muitos anos e Carlisle era completamente apaixonado por piano. Alice não viu outra alternativa a não ser entregar-se por completo ao calor da musica. E não era como se ela fosse reclamar. Seu primeiro contato íntimo com uma nota musical não fez nada exceto aquecer o seu coração para um futuro completamente surpreendente, mas sempre envolvendo música.
~*~
O pintor, como a pequena Alice, não se lembra dos seus pais. Apenas de Maria, sua tia; e isso porque a memória da mesma incrustou-se em sua mente de uma forma praticamente irremovível.
Maria Withlock, irmã do pai do Jasper era a típica artista boemia. Seu irmão e cunhada morreram pelas mãos de um assassino de aluguel, sob motivos obscuros e que, por alguma razão, a polícia texana até hoje – praticamente vinte e dois anos depois - ainda não descobriu. Jasper tinha apenas dois anos quando teve que viver com a realidade que jamais teria um pai e uma mãe, mas sim uma tia bizarra, completamente irresponsável, mas totalmente apaixonada pelo seu sobrinho. Jasper era o que restou da sua família e isso em si já era suficiente para fazê-la se apegar a ele de uma maneira quase sufocante. Desde criança ele era o dono do sorriso mais 'moleque' possível. Seus olhos ficavam praticamente fechados enquanto seu nariz pequeno enrugava. O lábio inferior, muito mais cheio do que o superior, cobria todos os dentes de baixo e o superior levantava tanto que até a sua gengiva vermelhinha aparecia. Era um sorriso genuíno, sincero e completamente contagiante.
A infância e adolescência do pequeno caipira foram tranquilas, entretanto essenciais para a sua formação de caráter. Jasper, apesar de extremamente 'alternativo' no seu estilo de vida, era uma pessoa muitíssimo responsável. A necessidade de se "auto-criar" enquanto criança, por causa da irresponsabilidade da sua tia, é algo que formou sua personalidade independente. Jasper cresceu sendo um espírito livre e não havia nada que pudesse fazê-lo mudar seu estilo de vida. O amor pelas artes foi algo completamente forçado à sua vida, mas abraçado de uma forma impressionante. Jasper Withlock amava amar as artes, talvez porque fizesse-o recordar da sua tia, ou do seu passado. O motivo não se sabe ao certo, compreende-se e nota-se apenas o fato que ele era um artista, seja na alma ou em suas atitudes.
Sua quitinete noBrooklyn era o que mais mostrava o quão livre sua alma era. Não existia absolutamente nada que pudesse ser encaixado como padrão. Pra começar ele não tinha uma cama. Seu colchão inflável ficava guardado dentro de um armário porque ele tinha o habito de capotar na cama, usualmente depois que o sol já estivesse alcançando o meio do céu. Jasper não conseguia trabalhar de dia. Era como se seu lado artista só começasse a funcionar depois do crepúsculo e isso, diriam muitos críticos de artes, só prejudicava a sua arte por existir falta de iluminação. Mas como, por muitas vezes, Jasper nem sabia o que estava pintando, a opinião alheia de nada lhe servia.
A única constância na vida do jovem pintor era a sua obsessão. Ele era paranóico com praticamente tudo quando tinha algum tipo de relação com sua arte. E é exatamente neste ponto que a história da pequena Brandon cruza com a do pintor.
~*~
"Uma água com gás, gelo e limão." Jasper pediu ao barman. Este acenou positivamente a cabeça enquanto ia buscar a bebida do cliente.
O pintor pegou um guardanapo e sua caneta e começou a rabiscar. Seus desenhos não faziam sentido algum. Espirais, círculos, quadrados, pontos. Nada e tudo, interligados.
"Algo mais?" o homem atrás do balcão perguntou. Jasper negou sem olhar para cima. Os movimentos da sua mão começaram a ficar mais frenéticos. Era quase como se uma onda de inspiração tivesse acabado de atingir o corpo dele. Fazia tanto tempo que ele não conseguia sentar e desejar pintar. Tantos dias que suas tintas estavam intocadas. Tantas semanas que ele vagava durante a noite esperando por uma inspiração que não vinha que ele apegou-se aos seus desenhos de caneta esferográfica como se fosse o ultimo cantil de água numa passagem pelo deserto.
O bar que ele escolheu para passar praticamente todos os inícios das suas noites era pobre, vazio e freqüentado pela mesma clientela: bêbados e trabalhadores de baixa renda.
Então lá ficou até que sua água tivesse terminado e sua mente borbulhando com imagens desfocadas, deformadas e coloridas. Deixou algumas moedas no balcão do bar e saiu daquele local como uma bala. Ele necessitava do seu pincel.
Mas foi só ele pisar na rua e olhar para o outro lado da calçada que sentiu os movimentos ansiosos das suas pernas hesitarem. A noite estava extremamente clara. O céu, refletindo as luzes da cidade, banhava-se de um tom arroxeado. O ar era gelado, mas em pouca intensidade. Entretanto Jasper fervia. O ar que deixava seus pulmões fazia uma fumaça densa quando deixava seu nariz porque estava quente. Por deus, como queimava.
Seu coração bombeava freneticamente o sangue no seu corpo, quase como se ele estivesse em ebulição. Contrastando com o ambiente silencioso da redondeza.
"Together we made it... we made it even though we had our backs up against the wall!" Ela cantou com uma voz forçosamente grossa fazendo o homem que a acompanhava gargalhar alto.
"Para com isso!" Ele disse gargalhando enquanto a puxava contra si.
Jasper observou a cena atônito e completamente silencioso. Ele estava hipnotizado. Seus olhos piscaram freneticamente quando o homem depositou um beijo na cabeça, coberta por cabelos negros e bagunçados, da mulher dos lábios pincelados.
Ele continuou observando quando viu a imitadora de vozes segurar a mão do homem na sua.
E continuou no mesmo ponto fitando-os até que ambos viraram a esquina e sumiram das suas vistas. Foi só aí que voltou a respirar.
Minutos passaram até que ele conseguisse colocar seu corpo em movimento; mas ao invés de ir para casa, como tinha planejado, seguiu para o bar de onde o casal tinha acabado de sair. Dirigiu-se rapidamente ao barman tentando esconder a ansiedade de descobrir quem era aquela mulher.
"Quem é ela?" perguntou assim que o homem fez seu caminho até ele, "a pequena, de calça jeans rasgada e sobretudo extremamente largo. A de cabelo espetado."
"Ah!" ele disse e então um sorriso iluminou seu rosto, "você precisa esperar pra ver."
"O que?" Jasper perguntou sem entender.
"É a cantora nova. Ela começa em duas ou três semanas. É maravilhosa..." complementou.
Jasper acenou a cabeça concordando e, em seguida, voltou a fazer seu caminho de volta pra casa.
"Duas ou três semanas," ele pensou com ele. "Posso esperar," sua mente acrescentou.
E ele esperou. Duas semanas depois se prostrou naquele bar. Nos primeiros dias ficou de nove da noite até as três da manhã. Nos últimos, até o estabelecimento fechar.
Ela nunca apareceu, mas o seu namorado esteve lá desde o primeiro dia. Apenas observando.
O ruivo entrava, fitava o lugar com seus olhos verdes por longos minutos e então ia embora. Era quase como se ele também estivesse esperando por algo.
Depois dessas duas ou três semanas, sem sinal da mulher dos lábios pincelados, Jasper decidiu trazê-la a vida. E decidindo não ir ao bar naquela noite começou a pintá-la. Só os seus lábios foram trazidos à tela. Mas a perfeição estava longe daquele lugar. Eram apenas linhas e contornos sem preenchimento.
Jasper suspirou completamente cansado porque ficou horas tentando colocar a profundidade que sua mente lembrava, mas seus dedos não conseguiam expressar.
E foi por isso, por ter ficado até depois de uma hora da manhã pintando uma boca sem sucesso, que decidiu caminhar. Seus pés levaram-no ao bar onde a viu pela primeira vez, e quase como se o destino estivesse pregando uma peça, ele voltou a vê-la junto de seu namorado.
Mary Alice tinha acabado de deixar o bar onde cantou profissionalmente pela primeira vez. Edward segurava a case do violão da sua irmã enquanto ela fechava seu casaco. Ele a olhou completamente orgulhosa e sentindo seu peito inflar, abraçou-a forte, depositando um dos beijos mais carinhosos que Alice já recebeu, em sua testa.
Mas como se algo a impedisse de sair do seu lugar, Alice estagnou.
"Um minuto." Sussurrou enquanto olhava atrás de si procurando por algo que não saberia dizer o que era.
Jasper tinha se aproximado do casal, mas mantinha-se na sombra de uma pilastra. Ele não queria ser descoberto para iniciar uma conversa; só queria observar. Necessitava de material para a sua mente criar.
E foi isso o que fez. Embebedou-se com a imagem da pequenina até que ela, aparentemente satisfeita, voltou a puxar o ruivo para junto de si.
"Até amanhã, Alice. Edward." Jasper ouviu alguém gritar de dentro do bar.
"Até amanhã, Aro!" ela respondeu empolgada enquanto acenava.
Jasper sentiu seu coração tamborilar dentro do peito porque agora a mulher dos lábios pincelados não só tinha um nome, como acabara de dar a ele a certeza de que voltaria a vê-la.
"Até amanhã, Alice..." ele suspirou para a noite enquanto voltava para a sua casa.
Alice voltou a olhar para trás, certa de ter ouvido alguém chamar seu nome.
"O que?" Edward perguntou, acompanhando seu olhar.
"Nada..." ela falou num suspiro, "só parece que a noite está conversando comigo." complementou sinceramente e ele sorriu - totalmente íntimo à mente criativa da sua irmã.
N.a.: Yep. Fic nova! :)
Bom bom... esclarecendo... Alisper É o shipper que eu mais amo na série, portanto, nada mais justo do que colocar os dois num papel, certo! ;)
Já aviso que essa fic vai ser abarrotada de músicas. As sugestões sempre virão lá em cima do post, e de verdade, super aconselho vocês a ouvirem! Hehehehe
Já fiz uma capa! :)
http://img24 . imageshack . us/img24/1368/stupidl . jpg
(retirem os espaços)
O link também está no meu perfil.
Pra quem ainda não me conhece, prazer, sou a Lou! :)
No meu perfil tem também os links do meu blog, twitter e orkut, onde falo um pouco mais de mim e sempre coloco spoilers das minhas fics!
A música que eu citei no início é a qual me baseei para escrever a fic, mas isso não quer dizer que será centrada no enredo da mesma, ok? É como se ela tivesse despertado a idéia básica. A bom... o título, né?! hauhauauaauhauhauah
O primeiro vídeo que recomendei é de uma menina – que hoje em dia já virou uma mulherona que canta lírico – que me arrepiou porque foi praticamente igual como imaginei Alice baby cantando. A diferença é que ela tinha um Doutor Cullen ao lado e não conseguia falar tão facilmente, mas o tom de voz suave é parecido. O segundo é do Linkin Park e configura o momento que Alice canta para o Edward quando estão saindo do bar.
Ah é... fic dedicada ao Rodrigo Reis. Beijo, gordo! ;)
Bem bem bem. Espero de coração que vocês tenham gostado...
Comentem e me digam o que acharam, certo?!
;)
Lou.
