Final Feliz

Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho. (Mahatma Gandhi)

Muitos chorarão a minha morte, muitos se sentirão triste por tão cedo eu ter partido do mundo dos vivos, muito lamentarão eu ter deixado minha nova e maravilhosa família. A esses, eu gostaria de poder dizer algumas palavras.

Ao longo da minha vida, aprendi que a verdadeira morte é aquela que se acerca de nós durante a vida. Podemos partir desse mundo e continuar vivos, como podemos continuar andando entre os vivos, mas estarmos mortos.

Quando James morreu, eu morri junto por quase vinte anos. Andava entre os vivos, mas não reagia, não vivia realmente. Então, em um dos momentos mais tristes de minha vida, quando a morte se acercou de mim através da partida de Sirius, uma menina-mulher de cabelos rosa chiclete se aproximou de mim e me trouxe de volta a vida.

Claro que, depois de quase vinte anos morto, foi difícil me reerguer. Entretanto, Nymphadora foi capaz, e contou apenas com uma pequena ajuda do meu velho amigo, que eu descobri vivo naquele momento na figura do filho dele, Harry Potter.

Eu me casei com Nymphadora e vivi um dos momentos mais felizes da minha vida. Havia guerra e mortes, havia medo e escuridão; entretanto, nossa alegria se mantinha viva e acesa eternamente, em especial, após a chegada dele.

Teddy é o responsável por meu único e breve arrependimento. Ainda, a dúvida persiste nos meus momentos de angústia: será que um dia meu filho me perdoará por tê-lo deixado? Então, eu me lembro do orgulho de Harry ao se referir ao James e isso me tranqüiliza um pouco.

É evidente que nunca vou perder a oportunidade de olhá-lo. Se for possível, eu estarei ao lado dele, mesmo que ele nunca saiba. Se não for, pelo menos confio que Harry e Andromeda cuidarão dele e que ele será feliz, apesar de tudo.

No final, minha última despedida de Nymphadora e Teddy consistiu apenas em um muito obrigado, porque eu finalmente entendera que estava vivo e, dessa forma, meu final fora feliz.