N/A: Olá! Essa fanfic é dedicada especialmente a minha querida amiga Lary, forstewrk no tt porque ela me ajudou e muito com ela e porque ela também me incentivou a continuar a escrever minhas fanfics depois de tanto tempo.

Explicações no final, eu vou deixar vocês lerem.

Oh, by the way, Twilight não me pertence, eu apenas brinco com seus personagens.

Capítulo um — Total Eclipse of the Heart

Era uma vez, eu estava me apaixonando.

Essa seria a melhor das histórias que eu poderia contar sobre mim mesma, mas agora eu estou apenas desmoronando, e não há nada que eu possa fazer. Ultimamente, meu coração parece obscurecido por um eclipse total.

Pelo que parecia ser a milionésima vez nos últimos meses, eu me peguei sentindo mais solitária do que normalmente, e a pessoa que eu mais queria que estivesse por perto não estava.

Quem imaginaria que eu, Isabella Swan, sua "pobre menina rica", It Girl, Herdeira da Indústria Automobilística de Luxo Britânica ou qualquer outra coisa que a Page Six e afiliadas preferiam me chamar, poderia se apaixonar tão irrevogavelmente por alguém que era tão bom para mim?

Edward me via além de como o resto das pessoas fazia, me levava às nuvens mas também ajudava a manter meus pés no chão.

Até ele não estar mais lá.

Sabendo que tinha um papel a cumprir essa noite, por Phil e William, eu empurrei os ombros para trás em frente ao espelho e arrumei o vestido de seda salmão em meu corpo, me certificando de que o decote baixo e a fenda alta não mostravam mais do que deviam — o que já era bastante, se você me perguntar, mas eu precisava me esforçar. As garotas me matariam se eu estivesse menos do que fabulosa, em suas palavras.

E fabulosa no dicionário de Tanya, Maggie e Rose definitivamente não significava o que eu tinha em mente — olá, pijama.

Tentei sorrir para meu próprio reflexo, mas pareceu mais como uma careta.

Uma batida na porta do closet me distraiu da autopiedade, e eu virei em tempo de ver Colin colocar a cabeça para dentro.

— Como estamos? — ele perguntou, o sorriso mostrando as covinhas em suas bochechas, mas os olhos claros preocupados. Seu olhar me avaliou dos pés à cabeça, e ele pareceu satisfeito. — Deslumbrante, eu diria.

O primeiro sorriso genuíno se abriu no meu rosto, apesar de minhas bochechas arderem. Eu olhei para baixo, para as sandálias de salto gigantesco que prometiam me assassinar ou causar uma dor fodida antes de retornar o olhar pra ele.

— Obrigada.

— Carona? — Ele terminou de abrir a porta e encostou no batente.

— Minha mãe e Phil? — questionei.

— Renée está se arrumando, meu pai está atrasado. Imaginei que você gostaria de um ar antes do jantar. Ou uma bebida, mas não conte que eu ofereci.

— Eu aceito. — suspirei aliviada. Precisava da coragem líquida se ia encarar um salão cheio de gente.

Se Edward estivesse ali, ele conseguiria acalmar meus nervos sem a necessidade do álcool.

Eu realmente preciso de você essa noite, babe.

Mas é claro que ele não estava aqui, e é claro que era por isso que eu estava tão nervosa. Essa seria a primeira vez que eu sairia de casa desde... Bem, desde que Edward me disse que estava indo embora.

— Eu devia te avisar. — Cole começou. — Os Cullen estarão lá. Alice e Carlisle, pelo menos.

Eu senti o ar me escapar e a visão embaçar.

— Ainda dá tempo de desistir.

— Não. — Eu chacoalhei a cabeça, abrindo um sorriso apesar de estar prestes a chorar novamente. Eu não queria chorar. Estava um tanto cansada do som de minhas lágrimas. — Eu vou.

— Essa é a minha garota. — Colin sorriu novamente e me ofereceu o braço. — Carter vai nos encontrar, vamos te arranjar aquela bebida.

— Me deixe só... — Fechei o bracelete ao redor de meu pulso e pus de volta meu solitário de estimação. — Estou pronta.

Colin guardava seu celular dentro do bolso da calça quando eu virei. Ele me ofereceu o braço novamente e eu o aceitei antes de descermos.

Dirigimos silenciosamente até o Waldorf Astoria. Eu olhava, com a cabeça encostada no vidro, a cidade passar do lado de fora da janela, e Colin respeitou meu silêncio. Ele sempre fazia.

Cada esquina trazia uma lembrança diferente daquele que foi o melhor de todos os anos da minha vida e que, infelizmente, havia passado. Elas me atingiam com força, me fazendo trincar os dentes em uma tentativa falha de bloqueá-las e incitar meu coração a desacelerar.

Se apenas fosse assim tão fácil...

Carter de fato nos esperava no bar do hotel, duas cervejas e uma taça de martini a sua frente no balcão. Ele beijou o alto de minha cabeça e empurrou a taça em minha direção quando eu sentei.

— Obrigada. — agradeci suavemente e virei o conteúdo da taça de uma única vez. — Mais um, por favor.

— Wow, Squirt. — Colin tirou a taça da minha mão. — Vamos com calma, sim?

Eu assenti.

Depois de mais duas taças, eu finalmente consegui respirar sem esforço. Suspirei, resignada, e me preparei para levantar.

— Ei. — Carter me ajudou a descer da cadeira alta e envolveu meu pescoço com as mãos, me incitando a olhar em seus olhos. — Se ficar demais, nós vamos para casa.

— Vou ficar bem. — Esbocei um sorriso. — Não se preocupe comigo. — Me virei para Colin. — O mesmo para você.

Nenhum dos dois disse alguma coisa enquanto nos dirigíamos ao salão, mas eu podia praticamente ouvir seus pensamentos enquanto eles analisavam minha linguagem corporal atrás de qualquer sinal de desconforto.

Carter e Colin eram os melhores irmãos mais velhos que eu poderia pedir. Quando minha mãe casou com Phil, um pouco mais de dois anos depois da morte de sua mãe, eles nos acolheram como parte da família, e nem mesmo a diferença de idade entre mim e os dois foi empecilho para que eles me adotassem como irmã e, se eu pudesse me chamar de tal, melhor amiga.

Assim que pus meus pés no salão, minha respiração engatou, e eu senti meu corpo gelar. Todos os olhos pareciam estar em mim, como se apontando a fraude que eu era. Como eu poderia fingir que estava tudo bem quando eu estava despedaçada por dentro? Eu não devia estar ali.

— Bella? — meus irmãos sussurram.

— Eu estou bem. — Menti.

— Mas que p... — Carter se interrompeu. — Cupcake...

— Eu sei, C, se eu quiser ir para casa, é só pedir. — O interrompi. — Não será necessário.

— Não mesmo. — Tanya apareceu ao meu resgate, exuberante como sempre com suas madeixas loiras elegantemente bagunçadas e um vestido nude com flores bordadas. — Boa noite, primos. B. — Ela nos abraçou.

— Tanya. — Carter e Colin assentiram quase ao mesmo tempo.

— Vou levar a princesa, vocês precisam cumprimentar muita gente. Se nos dão licença...

E eu estava sendo guiada pela mão para longe de meus irmãos e em direção à mesa ocupada por Rose, Maggie, Emmett e Liam.

Não me demorei entre meus amigos, porém. Apesar de Tanya, eu não podia aguentar os toques casuais e pequenas demonstrações de afeto entre os casais. Depois de uma taça de champanhe e um pouco de conversa trivial eu pedi licença e fui procurar minha mãe e fazer minha própria volta de cumprimentos.

— Bella!

Soltei um palavrão por baixo da respiração antes de por um sorriso falso no rosto e virar para encarar Mike Newton. Ele não tinha culpa de eu não estar tão animada em vê-lo quando ele estava em me ver.

— Mike. — murmurei.

— Que bom que você veio! Eu ouvi dizer que você e o estágiario terminaram.

Oh, sim. Ele com certeza tinha culpa.

Meu sorriso sumiu completamente, e eu engoli em seco. Eu precisava de Edward, eu mais do que nunca.

— Uh... É.

— Eu sempre soube que ele não era homem para você. — Ele se encostou casualmente na mesa ao seu lado, sem ligar a mínima para as boas maneiras. — Se você quiser, nós podemos sair qualquer dia.

Não sei se minha expressão demonstrou o choque que eu sentia mas, se fosse o caso, Mike estava completamente alheio a ele. Seus olhos azuis me encaravam com expectativa enquanto eu procurava as palavras para dispensá-lo.

— Ei, Bella!

Agradeci aos céus no segundo que Jacob se pôs ao meu lado antes que eu pudesse falar algo que não devia.

— Jake! — Abracei meu amigo. — Pensei que você estivesse em Milão.

— Vim prestar uns favores. — Ele encolheu os ombros largos, o sorriso fácil sempre em seu rosto. — Estou atrapalhando?

Mike o fuzilava com os olhos.

— Claro que não. — respondi ao mesmo tempo em que Mike disse.

— Na verdade, nós estávamos...

Jacob e eu o encaramos, ambos com uma sobrancelha arqueada, e Mike se encolheu.

— Deixe para lá.

Eu voltei minha atenção para Jake.

— Onde está Kim? — Olhei em volta rapidamente, procurando por algum sinal da namorada de Jake. — Ela não veio?

— Nós terminamos.

Mike bufou e foi embora.

— Oh. — murmurei. — Sinto muito, Jay.

— Não sinta. Foi uma decisão mútua, nós somos melhores separados.

Uma pontada de inveja me atingiu. Eu gostaria de estar tão em paz com um término.

— Foi por isso que você voltou? — questionei.

— Na verdade, sua mãe me pediu para vir.

Ao meu olhar curioso, ele continuou:

— Ela me disse que estava preocupada com você, que seu namoro não deu certo e você não estava bem.

— Ah, Jake... — suspirei. — Você não precisava vir da Europa para isso. Eu estou bem.

— Está mesmo?

Sabe quando você sente que alguém está te olhando? Quando o cabelo na base de sua nuca se arrepia, um lado do seu corpo se aquece e, de alguma forma, você sabe que é porque tem alguém te encarando?

Olhei em volta instintivamente apesar das mãos trêmulas. Se alguém mais havia percebido minha farsa, eu precisava saber.

Edward Cullen me encarava em toda sua glória, vestindo um smoking e exibindo seu cabelo desalinhado como de costume. Apenas a visão de seu belo rosto fez minhas pernas bambearem.

Ele assentia para algo que Alice — seu cabelo curto habitualmente liso definido em ondas — dizia, sem tirar os olhos de mim e, enquanto eu sustentava o olhar, notei Sarah se aproximar do seu lado.

— Preciso ir. — Avisei a Jake em um surto de adrenalina. Eu precisava ir embora dali. — Me liga.

Ouvi Jake chamar meu nome enquanto eu me afastava a passos largos, mas não olhei para trás. Não podia.

Carter foi o primeiro que encontrei. Ele conversava com um casal que eu não reconheci, e estendeu a mão em minha direção ao me ver chegar.

— Eu preciso ir embora. — avisei, com pressa. Apertei seus dedos em uma mão e agarrei o braço de seu paletó na outra. — Diz a minha mãe que eu não estou me sentindo bem.

— Eu levo você. — Ele fez menção de me acompanhar, mas eu chacoalhei a cabeça.

— Não, fique. — pedi. — E-eu vou pegar um... Eu vou pegar um Uber.

— Besteira. — Ele envolveu minha cintura. — Vamos.

— Carter. Fique. — mandei com firmeza. — Eu vou ficar bem.

E o soltei.

Meu nome foi chamado por pelo menos três pessoas diferentes no meu caminho para fora, mas eu os ignorei.

Uma vez no saguão, eu lutei com minha bolsa atrás do celular e mais ainda para digitar meu endereço no aplicativo. Minhas mãos tremiam muito mais do que minutos atrás, e meus olhos começaram a marejar.

Eu não podia chorar ali.

— Bella!

Olhei para cima no exato instante em que um motorista aceitou minha corrida para encontrar Tanya saindo do elevador. Girei em meus calcanhares para o lado de fora, os olhos novamente no telefone. Meu motorista estava a três minutos de distância.

— Vamos, droga. — murmurei, ansiosa.

Ao sentir a aproximação de Tanya, eu disparei para fora do hotel.

Mas ela era mais alta e mais rápida que eu.

Tanya agarrou meu braço bem quando eu alcançei a calçada, e me girou para encará-la. Meus lábios tremeram ao olhar para minha melhor amiga.

— B...

Seus braços me envolveram, e eu me deixei levar. A abracei de volta, e percebi a chegada de um carro ao nosso lado. Tanya soltou um braço apenas pra tirar o celular de minha mão e confirmar a identidade do motorista antes de me ajudar a entrar no carro e me abraçar novamente.

Chorei em seu ombro todo o caminho até minha casa. Tanya passava os dedos por meu cabelo e murmurava palavras de conforto, a cabeça apoiada no topo da minha.

Não sei dizer como saí do carro, ou destranquei a porta da frente. Tudo que eu sabia era que, em algum momento eu terminei encolhida em minha cama, chorando nos braços de Tanya, as duas em seus vestidos de festa.

De vez em quando eu desmoronava.

Minha máscara blasé perfeitamente construída para evitar que os outros percebessem o quanto eu sentia caía, e eu me mostrava mais vulnerável do que devia.

Edward e eu nunca seríamos errados se estivessemos juntos. Mesmo que seu amor fosse como uma sombra em mim, eu não teria de nenhuma outra maneira.

Se apenas ele não tivesse seguido em frente...

Era uma vez, eu estava me apaixonando, mas agora eu só estava desmoronando.

E não havia nada que eu pudesse fazer.

N/A: Então, é isso.

Eu tenho duas ou três coisinhas a falar sobre esse capítulo e essa história.

Primeiro: Todos os capítulos dessa história são baseados em músicas lançadas entre 1961 e 2002 (muito apenas pelo meu amor por música vintage)

Segundo: Eu vou precisar de um pouquinho da confiança de vocês, considerando que alguém decidiu ler isso. Eu sei exatamente onde essa fanfic vai, então, se vocês quiserem acompanhar, eu ficarei imensamente feliz.

Terceiro: Não dá pra colocar links aqui. Eu posso tentar colocar no meu perfil depois, mas o que vocês precisam saber de início é que os faceclaims de Tanya, Maggie, Liam, Phil e Renée foram mudados para se encaixar na minha história e background e que, pelo mesmo motivo, foram adicionados William, Carter, Colin e Sarah.

(Na verdade eu os adicionei porque eu preciso colocar meus faves, mas isso não vem ao caso)

Dito isso, temos Blake Lively como Tanya, Leighton Meester e Garrett Hedlund como Maggie e Liam, Alec Baldwin e Julianne Moore como Phil e Renée, Sebastian Stan e Chris Evans como Carter e Colin, e William Baldwin e Dianna Agron como William e Sarah, respectivamente. Até o momento eu não pensei em mais ninguém, mas se houver o acréscimo de algum personagem depois, eu avisarei sobre seu faceclaim.

Por enquanto é isso. Eu espero que gostem dessa minha viagem. Se alguém quiser me encontrar, eu ficarei feliz em conversar com vocês pelo meu twitter: natalianxvna.