Kakashi's closet
Sakura foi em busca de um segrego, apenas para descobrir a si mesma como sendo o maior de todos os mistérios. – KakaSaku –
N/T: Olá pessoas queridas do meu coração! Como o prometido no meu perfil, estou de volta! Agora em uma nova fase, traduzindo fics ao invés de escrevê-las.
Primeiramente gostaria de agradecer à Inner Angel, a autora desta fic maravilhosa, por me permitir traduzi-la para o português e, principalmente, compartilhá-la com todos vocês que, assim como nós duas, também amam o casal Kakashi e Sakura.
Espero que todos gostem dessa fic assim como gostei de traduzi-la e, claro, comentem! Ja ne!
Capitulo 1 Aquele que procura, acha.
Fazia muito calor. Calor demais para ser enviada em uma missão. E, definitivamente, muito calor para ser enviada a cumprir ordens de seu, extremamente folgado, sensei.
Não era culpa sua ele ser tão distraído e insuportavelmente descuidado a ponto de esquecer em sua casa o pergaminho com os detalhes da missão para a qual estavam a ponto de sair.
- Incrível!
Qualquer um diria que um Jounin de elite como o célebre Sharingan no Kakashi teria, ao menos, uma ética firme de trabalho. Coisas como pontualidade, seriedade e proatividade eram qualidades necessárias para um bom ninja, tanto quanto para qualquer outro tipo de trabalho.
Mas esses convencionalismos não se aplicavam ao homem que vivia com pelo menos uma semana de atraso em relação ao resto da aldeia.(N/T: nhá, ser atrasiudo é um dos maiores charmes do Kashi! ^^)
Como se isso fosse pouco, ao invés de se comportar como um adulto responsável por seus atos e resolver o problema por si mesmo – apesar de tudo era SUA culpa – Hatake Kakashi tinha se limitado a suspirar dramaticamente, reclinar-se contra um dos portões de saída de Konoha, pegar seu inseparável livro laranja e dizer com seu característico tom monótono:
- Sakura, vá buscar o pergaminho.
- O que?
- Tenho certeza de que o deixei justamente em cima da mesa, para não esquecê-lo.
- E por que tem que ser EU a ir buscá-lo?
- Vá depressa Sakura-chan, esta muito quente-e-e-e! – a voz de Naruto demonstrava que, para ele, a conversa parecia um incômodo a mais em seu imenso caminho para chegar a ser Hokage. Mas não era incomoda o suficiente para motivá-lo a mexer seu traseiro e fazer alguma coisa a respeito.
Sasuke, por outro lado, nem sequer os olhava, observando a sombra mais próxima de onde sentara-se de forma indiferente, alheio a tudo que era mundano, como sempre. (N/T: Sasukemo, como sempre, se sentindo o máximo)
O olhar de Sakura voltou-se para a figura ligeiramente encurvada de seu sensei, enquanto vasculhava seu cérebro em busca de algo coerente e igualmente venenoso para responder-lhe.
Nada.
- Estamos esperando...- adicionou o Jounin sem desviar os olhos do livro em frente ao seu nariz.
Típico. O ruim de ser parte de um grupo puramente de homens é que sempre que uma tarefa parecia tediosa, era trabalho de Sakura. Assim que as coisas se tornavam emocionantes, pediam que ficasse atrás para "sua segurança". Bah! Eles sempre lhe tiravam toda a diversão.
Era muito sutil, mas Sakura podia quase jurar que o comportamento machista de seus companheiros havia piorado ultimamente, sem explicação. Particularmente desde que sua equipe voltou a se unir com o retorno de Sasuke para a aldeia, há pouco mais de um ano. Estavam cruzando a fina linha entre serem protetores com a única mulher do grupo, e serem uns abusados sem vergonha. (N/T: ser sem vergonha é com eles mesmos! ^^)
De qualquer forma, nesse momento o que Sakura desejava mais que tudo na vida era poder gritar aos quatro ventos sua frustração ante a injustiça a que estava sendo submetida. Dizer cinco impropérios bem escolhidos e mandar todos buscarem pergaminhos no quinto dos infernos.
Mas, ao invés disso, mordeu a língua, deu meia volta e saiu a toda velocidade em direção ao apartamento de Kakashi-sensei.
Ela não era tão burra a ponto de protestar ou desobedecer uma ordem direta de seu sensei e líder do grupo, e muito menos correr o risco de chatear verdadeiramente o famoso copy ninja.
Não era porque acreditava que ele seria capaz de lhe machucar – Kakashi ia preferir cortar o próprio braço a machucar um membro de seu grupo – e sim pela inacreditável facilidade que tinha para encontrar as mais criativas formas de vingança diante da insubordinação ou da excessiva lerdeza. E ela já tinha sofrido na pele em mais de uma ocasião.
De fato, em uma das ultimas missões em que tinham ido, Sakura cometeu o erro de protestar por causa da comida insípida com que Kakashi os brindou em um dos restaurantes mais miseráveis de todo o povoado onde se encontravam. Os rapazes tinham acompanhado sua crítica assinalando o pão duro que era seu sensei que, como sempre, os deixava com a conta.
Então, o olhar assassino com que respondeu, tinha sido dirigido a todos eles, mas a única vítima de sua vingança foi Sakura. Assim que terminaram de comer, a jovem ninja encontrou-se vestida com o traje de garçonete mais ofensivo e com menos pano que ela já tinha visto em toda a sua vida. E vestida com ele, ela passou o resto da tarde, lavando pratos e servindo mesas como forma de troca por uma suposta "informação vital para o êxito da missão", que o dono daquele asqueroso bar daria a Kakashi.
- Informação vital o caramba! – que um raio parta-a ao meio se tudo não foi uma armação para vê-la sofrer, lidando com as mãos bobas dos fregueses enquanto tratava de evitar que o vestido revelasse o pouco que cobria, para manter um pouco de pudor.
- Pervertido! (N/T: qual a novidade, é o Kakashi!)
Sakura suspirou frustrada. Estava presa em uma espécie de circulo vicioso. Se se queixava do acordo, era castigada, se não dizia nada, também. Isso era, por acaso, uma forma de treinamento ninja?
Bom, os métodos nada ortodoxos de seu sensei deixavam aberta essa possibilidade. Ainda que o mais provável fosse que ele simplesmente estivesse se divertindo as custas de seus alunos, como de costume. Kakashi era um tipo excêntrico pra lá do socialmente aceitável, mas isso, longe de incomodá-lo, parecia animá-lo a ser mais peculiar a cada dia.
Como esse homem tinha conseguido se tornar um dos ninjas mais respeitados em toda vila de Konoha estava muito além de sua compreensão.
No momento, a única coisa que podia fazer era lamentar sua sorte e obedecer em silêncio.
Ah! Se conseguisse encontrar alguma forma de inverter o papeis e ensinar a Naruto, Sasuke e Kakashi do que era feita a verdadeira Haruno Sakura.
De manteiga pelo que parece.
Sakura reprimiu com um grunhido a inconveniente voz em seu interior a tempo de parar em frente a um velho edifício de quatro andares localizado em um dos setores mais antigos da aldeia, no oeste de Konoha.
Ali tudo tinha um aspecto desbotado e um tanto descuidado. Como uma evidência da antiguidade de uma parcela da população que parecia deteriorar-se com a mesma velocidade que as edificações ao seu redor. As ruas eram estreitas e de calçamento, com grama crescendo ocasionalmente entre as juntas como um testemunho do impulso libertador da natureza.
Mas apesar dessa primeira impressão de museu de história em ruínas que se tinha do lugar, havia no ambiente uma sensação acolhedora e cálida difícil de descrever. Alguns de seus habitantes poderiam parecer múmias ambulantes, mas irradiavam algo diferente do resto da cidade. Uma paciência e um sentimento de permanência que não podiam ser definidos, mas sim, sentidos na pequena comunidade que tinha o que bem poderiam ser séculos vivendo ali.
O edifício onde vivia o infame copy ninja ficava no final de uma pequena colina em uma rua sem saída. Em algum momento tinha sido de cor azul a julgar pela descolocaração de suas paredes de estuque. Em outro tempo o lugar tinha tido a residência de uma família numerosa e abastada. Mas como ocorre com freqüência nas aldeias ninja, a guerra e a necessidade bateram à porta obrigando-os, eventualmente, a abandonar o lugar e transformá-lo em pequenos apartamentos de aluguel.
Uma grande porta de madeira que já tinha visto dias melhores dava lugar a um interior igualmente deteriorado e muito mais escuro do que Sakura esperava. Uma escada circular subia precariamente pelos quatro andares, em cujos patamares os corredores se alargavam através da estrutura, margeados por, pelo menos, seis portas de cada lado.
Kakashi morava no ultimo andar, onde o corredor era muito menor e só tinha três portas. A porta do fundo, pintada em algum momento de um verde intenso, era a de seu sensei. Sakura já estivera ali em algumas ocasiões para visitar um Kakashi muito doente para cuidar de si mesmo, mas não a ponto de conseguir convencê-lo a ir ao hospital. O homem fugia do lugar como a peste!
- Baka-sensei!(N/T: prefiro o termo ero-sensei!)
Sakura deteve-se em frente à porta descascada.
- Espera ai! Como, diabos, eu vou entrar se ele não me deu a chave?
Sim, Sakura era uma ninja, mas isso não era justificativa suficiente para colocar abaixo a porta da casa de um de seus companheiros de equipe.
- Se bem que, pensando melhor...
A jovem ninja sacudiu a cabeça para dissipar a imagem mental da porta feita em pedaços. Com certeza ele merecia isso por ser um folgado de proporções colossais, mas derrubar a porta com um soco não melhoraria em nada a sua situação.
Sakura colocou a mão na maçaneta sem pensar muito. Para sua surpresa, a porta abriu com um ligeiro click. Só mesmo o copy ninja podia ser tão distraído – ou estar tão seguro de si mesmo – para deixar a porta de casa aberta. Da mesma forma, Sakura entrou pouco a pouco e com extremo cuidado, quase que esperando que uma armadilha aparecesse em qualquer canto para matá-la.
Quando sua cabeça continuou presa ao resto do seu corpo, a kunoichi respirou de novo.
A primeira coisa que seus olhos procuraram foi a mesinha à esquerda da porta, onde estava o pergaminho desgraçado que a levara ali, assim como mencionara Kakashi. Pegou-o e confirmou pela inscrição, que era o certo.
Levantando o olhar, Sakura inspecionou ao seu redor. Tudo era exatamente como se lembrava, ainda que suas visitas anteriores tivessem sido muito breves ou ela estavesse muito ocupada para fixar-se verdadeiramente na decoração ou nos móveis.
Na verdade o espaço era pequeno demais para ter muito o que olhar, mas Sakura encontrou-se surpreendida pelo contraste entre modernidade e ordem do lugar em relação ao aspecto em ruínas do edifício.
Em frente à porta havia uma grande janela que trazia luz e calor para o aposento. Um grande sofá com suas enormes almofadas em terracota e mostarda destacava-se muito confortável e, portanto, muito usado como local predileto para passar o tempo e receber visitas. Kakashi não parecia o tipo anfitrião, assim o mais provável era que passasse as horas de descanso ali, lendo sua pornografia ao calor do sol.
Havia também uma mesa de centro, coberta com velas e alguns utensílios. Logo, um tapete retangular fazia jogo com as almofadas e dava a sensação de separar o ambiente da cozinh à esquerda. Um balcão com duas cadeiras flanqueavam um pequeno fogão a gás e uma geladeira. As superfícies eram branco e cinza, e brilhavam com a luz do dia com um esmero que Sakura encontrou-se invejando. Nesta manhã, seu projeto de café da manhã tinha espirrado até o teto e levaria horas para limpar tudo quando voltasse pra casa.
No geral, a decoração da casa era minimalista, mas sem chegar a ser incômoda. Sem dúvida era um lugar agradável, mas precisava desse calor de lar ao qual Sakura estava acostumada. Era como se ninguém vivesse ali, pois não estavam à vista esses pequenos detalhes pessoais que dizem muito sobre o dono e seus costumes.
Era óbvio que a falta de personalidade estava de acordo com o inquilino.
Sakura já estava indo embora quando seu olhar deteve-se na porta entreaberta à sua direita. Era o quarto de Kakashi. A curiosidade foi a primeira que atacou seus sentidos. Ela tinha entrado ali antes, sim, mas agora tinha a oportunidade única de fuçar à vontade. E na verdade, só podia perguntar-se como seria o lado mais pessoal de um dos homens mais esquivos e impessoais de toda Konoha. Se em algum lugar do mundo existia alguma coisa que ajudasse a decifrar um pouco o enigma chamado Hatake Kakashi, esse lugar tinha que ser seu quarto.
Nesse momento a idéia de encontrar algo comprometedor e secreto que pudesse servir como chantagem para acabar com as injustiças, ou ao menos permitir-lhe alguma vingança por elas, terminou por decidir a questão. Provavelmente era uma loucura, mas a curiosidade matou o gato.
Assim, sem pensar muito, principalmente para não se arrepender, Sakura moveu-se rápido até a porta, entrando na ponta dos pés no quarto.
Tudo estava em perfeita ordem, um reflexo fiel do aposento anterior. Localizada exatamente diante de outra janela, a cama estava estendida com uma cocha verde e preta, estampada com a forma característica das shurikens. De um lado, uma pequena biblioteca encontrava-se cheia das características encadernações alaranjadas, confirmando seu limitado gosto literário. Do outro lado, uma escrivaninha transbordava de papeis e pergaminhos.
Surpreendentemente, o chão atapetado estava limpo, sem roupas sujas ou outros objetos descartados na típica desordem dos homens solteiros, ou ao menos daqueles que Sakura conhecia.
A casa de Naruto, por exemplo, parecia sempre como se um furacão de categoria 5 tivesse devastado o lugar, arrastando e revolvendo tudo à sua frente. Era incrível considerando o espaço pequeno em que ele vivia. Como uma boxer suja de Naruto foi parar no congelador seria, para sempre, um dos grandes mistérios de sua geração. Um que nem mesmo ele, o ruidoso ninja hiperativo, poderia desvendar.
Enquanto Sasuke, esse agia como se tivesse uma legião de criados jogados aos seus pés arrumando e limpando tudo à sua frente. Era mais uma legião de admiradoras babando atrás dele. Apesar dos defeitos, o último dos Uchiha não tinha que preocupar-se em fazer nenhum tipo de tarefa mundana e muito abaixo do status de se clã. Tão logo atirava algo no chão, aparecia alguém disposto a pegar para ele. (N/T: moleque fresco!)
- Patético.
Em contrapartida, a casa de Sai estava sempre coberta de pergaminhos e papéis com desenhos em diversos estagios de progresso, com certeza desordem era algo esperado de um artista. Um ponto a seu favor era que nunca se encontrava uma meia ou outras peças de roupa jogadas por ai. Claro, a razão disso era que ele nunca trocava de roupa realmente. Em sua própria lógica, Sai explicava o assunto como um procedimento muito mais eficiente em tempo e custos se tomasse banho vestido.
Chamavam-no de dois em um.
Sakura o chamada duplo Ewwww!
Shikamaru, fiel a sua personalidade, considerava a questão de limpeza muito trabalhosa e problemática, já que para ele era mais conveniente continuar vivendo na casa de seus pais do que ter que virar-se por si mesmo. De resto, a casa de Kiba e Shino, transbordante de coisas indescritíveis de origem animal que ela nem queria lembrar, reforçavam a impressão que tinha de que todos os homens estavam mais próximos do lado do espectro onde não brilhava o sol e criaturas estranhas saem arrastando-se de debaixo da cama. YUK!
Mais uma vez, não era possível colocar Hatake Kakashi em nenhuma categoria conhecida. (N/T: claro que não, ele é muito melhor!)
Não tinha mais jeito. Se queria encontrar alguma coisa, tinha que entrar no território inimigo.
Sakura continuou avançando com extremo cuidado, tratando de não tocar em nada. Afinal, a casa de um ninja era uma armadilha mortal em potencial. Seu olhar inspecionava cada milímetro do lugar, tratando de encontrar algo que pudesse lhe servir, mas depois de outro livro da coleção Icha Icha (Oh, surpresa!), um despertador (descarado!), e as familiares fotos de seus companheiros de equipe na cabeceira da cama, nada comprometedor estava a vista.
O copy ninja era, depois de tudo, um pervertido conhecido e confesso, assim as coisas não iam funcionar a menos que descobrisse algo muito mais pessoal que sua cópia mais desgastada da coleção Icha Icha. Tinha que ser algo que ninguém soubesse.
E considerando o pouco que se sabia sobre o homem por trás da máscara, isso não podia ser tão difícil...Certo?
Com o pouco tempo que tinha antes que seu sensei notasse sua demora e sem poder pensar muito, era pouco o que podia fazer. O apartamento de Kakashi mostrava-se tão impessoal e enfadonho como vê-lo ler historias pornográficas em uma tarde ensolarada de verão.
Era muito mais emocionante ver crescer a grama.
Quando parecia que seu plano de vingança estava indo por água abaixo, Sakura o viu. Justo ao lado da porta pela qual ela tinha entrado, como que iluminado por uma aura divina – que não era mais que a luz do sol que entrava pela janela. Ali estava, em todo o seu glorioso potencial delitivo...
O armário de Kakashi-sensei!
O que se poderia encontrar dentro do armário de um homem adulto?
Melhor ainda, o que se poderia encontrar dentro do armário do pervertido número um de Konoha? Do homem mais misterioso e evasivo da aldeia?
- Ohhhhh! – Sakura esfregou as mãos em antecipação.
A primeira impressão ao abrir as portas duplas foi de ordem. Seu interior era um perfeito reflexo do resto da casa, ainda que sem chegar aos limites do obsessivo-compulsivo. Era certo dizer que Kakashi era um homem disciplinado e impecável. Excelentes qualidades de um ninja profissional, mais que não passavam das quatro paredes de sua casa, evidentemente. Sakura revirou os olhos exasperada.
De um lado estavam colocadas as roupas, quase todas de cores escuras, a maioria de trabalho e só algumas peças mais casuais que Sakura raras vezes o havia visto usar. Mais abaixo estavam seus sapatos. Botas e sandálias de vários tipos, segundo demonstravam as características variadas das missões ninja de alto rank, aquelas para as quais o copy ninja era regularmente designado.
Do outro lado, uma série de gavetas ocultavam o que ela provavelmente precisava: evidências de natureza comprometedora. Aventurou-se com a primeira gaveta de cima para baixo, colocando devagar a mão no puxador e temendo o pior. Depois de alguns segundos em que o quarto não explodiu em mil pedaços, Sakura decidiu puxar devagar. Dentro da gaveta encontrou mais roupa dobrada. Camisetas e calças esportivas...Organizados por cor! (N/T: nosso Kashi é organizadinho, não!)
Nem mesmo ela conseguia manter tamanha ordem dentro de seu armário. A cada manhã, provava metade do que tinha antes de decidir sair, para logo depois devolver tudo em tempo recorde sem prestar muita atenção aos detalhes. Ver a aparente facilidade com que seu sensei a superava inclusive nas tarefas comuns da casa estava se mostrando uma experiência muito exasperante na verdade. Mas, depois de tudo, essa era a definição de Kakashi no dicionário do velho time 7:
Hatake Kakashi (s): sensei folgado, sempre atrasado, pervertido e exasperante. Use com cuidado. (N/T: eu prefiro usar sem cuidado, quem concorda comigo?)
Já com mais confiança, Sakura verificou a segunda gaveta sem tomar tantas precauções. Meias esportivas, agasalhos e bermudas. Nada bom. Gaveta seguinte.
- Eeeeecaaa!
O grito saiu abruptamente quando a garota deparou-se com uma gaveta cheia de roupas íntimas. Sua primeira reação foi uma forte intenção de fechá-la rápido, mas seu corpo se negou a obedecer. Tinha algo perturbadoramente excitante em estar olhando as cuecas boxer de seu sensei.
Pior ainda, chegou a sentir alivio ao saber que ele não usava cuecas do tipo cavadas!
Definitivamente tinha algo de errado com a sua mente, ou então Ino tinha finalmente entrado o suficiente dentro de seu subconsciente para manifestar-se em momentos assim, a respeito de frivolidades como o tipo de roupa íntima que torna um homem sexy.
Sakura balançou a cabeça com força. Muito! Ou isso deixaria sérios danos psicológicos em sua mente.
Fechou abruptamente a gaveta e passou para a seguinte. Uma série de itens de higiene e saúde apareceram diante de seus olhos. Tudo se encontrava separado e classificado em um organizador compartimentado. De um lado escovas, tesouras, aparelhos de barbear, uma variedade de comprimidos, faixas e gazes; dou outro lado, camisinhas.
Meia gaveta cheia de preservativos de todas as cores e sabores. (N/T: Kakashi é um menino muito precavido!)
- Testurizados para seu prazer. Brilham no escuro para sua diversão.- Sakura sentiu sua bochechas enrubescerem.- Bom, pelo menos o homem sabe se cuidar... (N/T: eu juro que adoraria ver uma camisinha que brilha no escuro...seria quase uma sexo-boate ^^!)
Droga! Isso não estava funcionando e já não estava tão segura de que valia a pena o risco que estava correndo. Isso sem contar os traumas enormes que a história toda estava deixando em seu subconsciente.
De qualquer forma, Sakura continuou por inércia seguindo para a gaveta seguinte, a qual encontrou cheia de papéis, pergaminhos e algumas fotos soltas de pessoas que não reconhecia. No fundo da gaveta, colocada com evidente cuidado, tinha uma caixa cujo aspecto exterior era muito desgastado, tanto pelos anos quanto pelo uso.
Finalmente, algo que parecia prometer muito! Sakura pegou a caixa em suas mãos com certa precaução, desfazendo o laço vermelho com a qual estava fechada e expondo seu conteúdo.
Seu olhar fixou-se imediatamente no interior da caixa.
Estava quase que em um transe hipnótico.
Já tinha escutado algo a respeito e, desde então, seria uma mentirosa se dissesse que não havia participado ativamente das discussões que tinha tarde da noite com Ino, Hinata e Ten Ten, acerca de todos e cada um dos homens de Konoha, incluindo seu sensei. Mas ver finalmente confirmados todos os rumores na caixa diante de seus olhos era algo que a tinha deixado sem palavras.
- Já está ficando muito tarde, na acha?
Isso também deixou-a sem palavras.
Seu corpo ficou completamente rígido. Estava tão ensimesmada com a caixa em suas mãos e a revelação de seu conteúdo, que não notou a presença de Kakashi, de pé às suas costas.
Estava certa de que seu coração tinha deixado de bater completamente. Se seu sensei não a matasse, o infarto fulminante que estava sofrendo o faria.
Sem esperar uma resposta, Kakashi simplesmente tomou a caixa de suas mãos e colocou-a sem muita cerimônia, de volta na gaveta, fechando-a com um sonoro pontapé. O golpe fez o coração de Sakura voltar a bater.
Kakashi moveu-se rápido até a porta. O pergaminho que tinha ido buscar estava em sua mão.
- Vamos já.
Sakura não demorou mais do que dois segundos para raciocinar. Seu corpo colocou-se em movimento pela força do costume, enquanto sua mente continuava presa em uma mescla de terror pelo que era, potencialmente, o fim de sua relação de confiança e camaradagem com seu sensei; e vingança por violar a intimidade de uma das pessoas mais reservadas que conhecia.
Ah, não! Ah, não!
Sua mente parecia um disco arranhado, parado no refrão de uma música da moda.
Correndo pelos telhados da cidade, a jovem não podia afastar o olhar da figura movendo-se agilmente diante dela. Debatendo-se a respeito do que podia dizer-lhe para se desculpar e tratar de se justificar. Ou, talvez, fosse melhor agir como se nada tivesse acontecido.
Era uma situação de pesadelo. O que podia fazer?
Lamentavelmente, antes de poder tomar uma decisão, já se encontravam de volta ao portão de saída da cidade com o resto da equipe.
- Já era hora!- saudou Naruto com seu característico entusiasmo, enquanto Sasuke se colocava de pé com exagerada calma e indiferença.
Se havia alguma mudança no estado de espírito do copy ninja por causa do ocorrido, ele não deixou transparecer nada. Ainda que por si mesmo, na maior parte do tempo era muito difícil saber com certeza o que ele estava sentindo ou pensando. E Sakura achou esse fato mais exasperante que nunca. Não saber qual era sua reação deixava-a sem elementos de julgamento para poder se preparar e responder apropriadamente.
Com sua particular e mais que conhecida postura de tédio, Kakashi fez um gesto desanimado com as mãos, chamando a todos para se aproximarem dele. Sakura posicionou-se estrategicamente entre Sasuke e Naruto e manteve o olhar fixo no chão diante de seus pés o tempo todo.
Olhá-lo no rosto – ou o que se via de seu rosto por trás da mascara – parecia algo impossível no momento...E quem sabe fosse impossível pelo resto de seus dias.
- Prestem atenção garotos, este é o plano...
Estava condenada!
N/T: É isso ai pessoas. O primeiro capitulo prontinho! Espero que tenham gostado...
O que será que tinha dentro da caixa? Qual será o plano do Kakashi? Isso só no próximo capitulo...
Pretendo postar um capitulo por semana, mas já estou com a tradução relativamente adiantada, mas como recomeço a faculdade na semana que vem, as coisas ficam um pouco complicadas.
Espero que gostem e comentem!
Bjuuuuus
