Farewell for what used to be
Meio Finchel
nota:aaaargh, amo escrever angst
espero que gostem, desculpem qualquer erro de português (ou inglês...), reviews são sempre ótimas: críticas, sugestões, elogios :D.
obrigada por lerem, chipped cup :)
Ela estava envelhecendo, ficando cinza e desgastada.
As mãos examinavam o rosto esculpido pelos melhores cirurgiões de Manhattan e percebeu que algumas rugas apareciam aqui e ali.
Ao redor da casa, cópias de sua versão mais jovem, sagaz e bonita esnobavam como a juventude havia lhe abandonado. As dores de cabeça voltavam mais fortes do que nunca e sabia que a boa vida estava se extinguindo em cada segundo excruciante que se passava.
Sentando em sua cadeira, as mãos desgastadas, porém perfeitamente cuidadas seguravam o copo com whisky e o cigarro tragado pela metade e sua cabeça pendeu para trás, desfazendo o coque.
Suas mãos correram pelo cabelo, arrancando qualquer pedaço branco a se encontrar. Sua imagem no espelho despedaçava-se mais em cada olhar. Ela sabia que o estrelato ia embora, podia até sentir. Cada pedacinho de sua fama escorrer pelos seus dedos, as mentes esquecendo lentamente quem era ela. Todas as pessoas que um dia viram suas apresentações agora por assistir a outros.
Seu sonho estava morrendo e o seu coração também.
Tinha consciência do que tinha virado. Sabia dos escândalos, rumores, brigas, declínios, prêmios, risadas, parceiros. Seus três últimos maridos haviam avisado e seus filhos já haviam desistido. Ela via o mesmo olhar de impotência e desesperança em todos eles e ela havia abraçado essa impotência e desesperança, todos os olhares mortos que recebia.
Quem era ela e o que havia se tornado?
Um sorriso nostálgico apareceu em seu rosto quando lembrou de um amor do colégio que costumava dizer que ela era uma estrela. A mais brilhante de todas as constelações. Ela não lembrava muito bem de seu nome e seu rosto aparecia borrado na lembrança, contudo não esqueceu de que um dia prometeu que ele seria seu último amor. Ele dizia que todos os sonhos iriam se realizar e que tudo acabaria bem e ninguém sabia, mas ela sonhava com essa voz para afastar os pesadelos cada vez mais frequentes. Seu último amor. Havia algo quase que em divino nessa frase. Ela havia prometido.
As lágrimas começaram a se imprimir em seu rosto quando pensou nisso. Ela apenas tinha 43, mas a pressão havia corrompido-a já fazia anos, a bebida e o cigarro matavam seu corpo em sincronia com a sua alma. Os remédios para dormir serviam de escape da realidade e seu corpo pesava mais do que devia. Sua voz estava gasta e ela percebeu que havia perdido tudo que mais amava: a si própria.
A cabeça pendeu de novo na poltrona e ela fechou os olhos, dessa vez por tempo demais.
Ela morreu sorrindo e pensando nesse tal de último amor.
O fim de finchel é muito triste para não escrever uma história.
3bjs porque brody é meu.
chipped cup.
