Este é o meu primeiro fic, vai ser um bocado longo mas divirto-me a escrever.
Vou pôr algumas palavras em japonês ao longo da história mas explico-as no final.
Esta história é LuNa; ZoRo; UsoKa.
Disclaimer: I don't own One Piece! :p
Capítulo 1: Paraíso!
Por cima das nuvens encontra-se um reino governado por paz onde todos os mortais
desejam ir parar, um reino conhecido como Paraíso. Não existe lugar mais perfeito do que
este. Os anjos vivem felizes às ordens do tão bondoso Kami-sama que lhes proporciona a
maior tranquilidade.
Realmente é o local a que todos desejariam chamar de lar. Lá só vão parar as pessoas de
bom coração que morrem arrependidos dos pecados que possam ter cometido.
Uma vez lá, transformam-se em anjos e é-lhes concedido a cada um, um poder que devem
utilizar para guiar a humanidade em direcção à justiça e bondade.
Este Paraíso é sem dúvida um lugar alegre, relaxante e…
-Aborrecidoooooo… - queixa-se um jovem anjo sonolento, caminhando cabisbaixo ao lado de
outros dois anjos. Este tem cabelo negro e despenteado com os olhos da mesma cor, na sua
bochecha esquerda encontra-se uma cicatriz já de há bastante tempo. À sua esquerda caminha
uma anja muito elegante, com o cabelo azul claro como o céu, leva-o apanhado atrás num
rabo-de-cavalo, tem olhos castanhos escuros. Não lhe agrada muito o comentário do
companheiro mas não deixa de sorrir. O outro anjo era moreno, tinha o cabelo preto e
encaracolado e olhos igualmente pretos, tem um nariz enorme e um aspecto rude e tal como
todos os anjos veste uma roupa branca, tem asas e uma auréola. Este último responde ao seu
amigo queixoso.
-Luffy, como é que consegues adormecer nas aulas? Ainda por cima estávamos a dar a
origem da bondade, é a matéria mais interessante de todas!
-INTERESSANTE?! Só podes estar a brincar…- afirma não acreditando no que acabara de ouvir.
-Mas é verdade Luffy-san, - diz calmamente a rapariga – a matéria foi mesmo muito
interessante. Não deves ter reparado por teres adormecido, só isso.
-Achas mesmo isso Vivi? – pergunta um pouco incrédulo.
-Bem… - disse desviando os olhos para a esquerda.
Luffy esperava pela continuação olhando-a fixamente, mas ao ver que não vinha decidiu
falar.
-Eu tento estar atento, mas isso é to-tal-men-te im-pos-si-vel. Simplesmente não entra na
cabeça, mas ao menos tenho de tentar, afinal, se não melhorar nas notas o Ji-chan vai
começar a dar "murros de amor" com mais frequência. – informa.
-Isso é mesmo estranho… - afirma o moreno – Aliás, tu és estranho…
-URUSEEEE! – protestou – Vocês é que são! Onde é que já se viu serem sempre certinhos e
estarem sempre atentos?
-Luffy… Isso é totalmente natural… - responde o narigudo.
-Não devia… - diz Luffy, com os braços cruzados a olhar pro outro lado e a fazer beicinho.
-Bem , rapazes. – chama a atenção Vivi – Está ali o Kohza, tenho de ir. – avisa apontando para
um anjo que se via ao longe. Este acenava para eles a cumprimentar, respondem da mesma
forma.
-Jya! – despede-se a rapariga.
-Tchau! – afirmam em uníssono.
Viraram-se e continuaram o seu caminho.
-Oi, Usopp! – chama Luffy virando-se para o seu amigo que olha para ele também – Vens a
minha casa, certo? – continua com um grande sorriso no rosto mostrando o seu entusiasmo –
Não te esqueceste do plano, pois não?
-Mas é claro que não! Eu vou contigo e vou ajudar-te! – diz muito decidido cruzando os
braços e virando a cabeça para cima com os olhos fechados.
Pouco depois vira-se de novo para Luffy com um ar assustado e as pernas a tremer e
pergunta:
-D-de ce-certeza que que-queres fazer isto?
-Yap! – diz decidido para desespero do seu colega que queria chorar.
-Luffy, isso não vai funcionar… - afirma abanando-o a ver se o chamava para a realidade.
Luffy afastou-se de Usopp para que acabacem os abanões e continuou a correr em frente,
dizendo:
-Calma, vai funcionar! Eu planeei tudo. –continua, sempre com um sorriso no rosto.
-Pois… É disso que tenho medo… - murmura para si próprio nervosamente não saindo do sitio
enquanto o amigo continuava a correr. Foi então que reparou que tinha uma mão a segurar a
sua camisa.
Não teve tempo para reagir, quando começou a ser puxado por esse braço de borracha,
batendo de seguida contra Luffy e chegou a casa deste.
-ESTÁS DOIDO LUFFY!? PODÍAS TER-ME MATADO! –grita furioso.
-Nós já estamos mortos! – responde com simplicidade o anjo de borracha.
Usopp não sabia o que dizer. Tinha lhe respondido a sorrir, como se nada fosse. Aquele Luffy
era realmente diferente.
O rapaz sorridente entrou de seguida em casa, o seu amigo, tendo-se já acalmado um pouco,
seguiu-o.
Quando entrou, encontrou Luffy a correr na sua direcção com dois sacos na mão. Parou e
estendeu um braço para lhe passar um dos sacos. Usopp lentamente olhou para este, estava
muito bem fechado e não sabia o que era. Um pouco renitente acabou por pegar nele.
-O que é isto? – pergunta a apontar para o saco e a olhar para o companheiro nervosamente.
-Oh, isso!? Isso são as nossas roupas! Shishishishishi! – afirma enquanto se ri.
-Ro-roupas!? – gagueja, agora a soar – Nós temos que trocar de roupas!?
-Ora, mas é claro! Como é que achavas que íamos fazer isto?
-Eu… Bem… - o moreno já achava mau o que tinham de fazer, agora acrescentar o vestuário… -
"Calma Usopp, talvez ele não tenha seguido o vestuário à risca." – muito nervoso e
preocupado decide abrir o saco – "Yoshi Usopp, tu consegues! Ikusou! Um… Dois… TRÊS!" – e
abre o saco com força.
-Então! O quê que achas? – pergunta Luffy a sorrir. É então que repara que o seu amigo não se
move. Vai a caminhar para junto dele, olha fixamente para a sua cara.
Usopp está de boca aberta, aterrorizado a olhar para o conteúdo do saco, nem sequer os
olhos pisca.
O rapaz de borracha abana a sua mão à frente da cara do companheiro que continua sem se
mover, então afasta-se e diz:
-Bloqueou…
Ficou alguns segundos a olhar para o rapaz narigudo com um rosto inexpressivo, até que se
começou a fartar. Decidiu ir trocar-se para quando chegasse a hora de começar o plano.
Dirigiu-se até ao seu quarto com o saco na mão e começou a mudar de roupa.
Passados uns minutos:
-Bem, já estou pronto! – diz com um sorriso a olhar para o espelho – É melhor ver se o Uso…
-USO DAAAAAAAAA! – ouve-se um grito ao longe.
Luffy vai a correr para onde se encontrava o seu amigo, estranhando o barulho. Quando lá
chega vê Usopp ajoelhado e a dar murros ao chão enquanto murmurava umas coisas que Luffy
não conseguia ouvir.
-Oi, Usopp! – grita sem sair do sitio.
O narigudo olha para o seu companheiro. Não queria acreditar no que via, afinal era verdade,
o Luffy tinha mesmo a intenção de vestir aquilo! Demorou um bocado mas acabou por falar.
-L-Lu-Luffy… Estás a brincar,certo?
O anjo-de-borracha ficou confuso com a pergunta e inclina a cabeça para o lado – Não.
Porquê que achas isso?
O moreno simplesmente baixou a cabeça em incredulidade.
-Então? Ikusou Usopp! Vai lá trocar-te!
-NANIIIIII!? EU NÃO QUERO VESTIR ISSO!
Luffy faz uma cara triste – Não me vais ajudar? – de repente fica com uma expressão chateada
– Então aquilo foi outra mentira!? Não esperava isso de ti Usopp, mesmo quando o inicio do
teu nome significa mentira (uso)!
Esta reacção preocupou o narigudo.
-Ch-chotto mate, Luffy! Não é nada disso. Eu tenho a doença não-posso-vestir-essa-roupa-
senão-morro, por isso não posso vestir essa roupa senão morro, percebes?
-Isso também é uma mentira! – afirma fazendo beicinho e desviando olhar em direcção do
outro anjo.
O anjo moreno soava de preocupação, já não conseguia pensar em mais nenhuma mentira
para se safar dessa.
-O-ok! Eu visto. Mas garanto-te que não vai funcionar.
-Shishishishi! – ri-se com os braços cruzados e um ar vitorioso – Então toca a andar, não
vamos perder tempo!
Empurra Usopp em direcção do seu quarto para que mudasse de roupa. Fecha a porta e fica
à espera do lado de fora. Esperou 1 minuto, 2 minutos, 5 minuto, 10 minutos, 20 minutos.
Alguma coisa não estava bem.
Então abriu a porta e viu-o deitado no chão, vestido com a roupa de troca e com um liquido
vermelho à sua volta.
-USOPP! – gritou Luffy aflito, indo a correr na direcção dele – DAIJOUBU KA?
O moreno abre um pouco os olhos e murmura.
-Lu-Luffy…
O amigo muito preocupado tenta levantá-lo.
-Oi, Usopp! O quê que se passo? Foste atacado? Quem te fez isto?
-Luffy… - murmura baixinho - … eu disse-te que tinha a doença não-posso-vestir-essa-roupa-
senão-morro, agora vestia roupa, e por isso, vou morrer.
-Não! Uso da! Não podes morrer Usopp!
-Não há volta a dar. Luffy, adeus! – e com isto, fecha os olhos.
-USOPP, USOPP! – grita enquanto o abanassem resultado – Agora o quê que vou fazer? – diz,
finalmente largando-o – Tenho de encontrar um médico. – pensou um pouco a quem poderia
recorrer e só encontrou uma resposta – Chopper!
Saiu a correr de casa em busca do anjo médico enquanto gritava.
-CHOPPER! DOKO DESU KA?
Enquanto isso, de volta ao quarto do Luffy:
-Fiu! Essa foi por pouco. – suspira o narigudo de alivio enquanto se levanta – Bem, é melhor
trocar de roupa para quando ele voltar. – vira-se em direcção do "sangue" – Este ketchup
espiritual é mesmo muito bom, devia comprar mais frequentemente.
Troca de novo de roupa, sai do quarto e vai à cozinha comer um pouco.
De volta a Luffy:
-CHOPPER!CHOPPER! – grita desesperadamente.
-Oi, Luffy! – ouve uma voz familiar.
Vira-se para encontrar os seus dois irmãos, Ace e Sabo. Tinha os dois olhos negros, o
primeiro tinha o cabelo preto e ondulado e sardas na cara e o segundo era loiro com o cabelo
aos caracóis. (Como se vocês não soubessem… :p)
-Ace, Sabo! – grita aos dois – Viram o Chopper?
-Eu não vi! – responde Ace com uma cara um pouco preocupada a olhar bem para a roupa do
irmão mais novo.
-Acho que está na casa do Coby. – afirma Sabo com a mesma preocupação.
-A sério? Vou lá procurar. Obrigado!
Afasta-se a correr sem perder tempo. Os dois irmãos mais velhos continuam parados sem
tirarem os olhos do mais novo.
-É só impressão minha, ou o Luffy está mesmo ridículo? – pergunta o moreno.
-Quem me dera que fosse…
Luffy continua a correr na direcção da casa de Coby, tinha de pedir ajuda ao Chopper. Não
teve de correr muito pois o Chopper já tinha saído de casa dele e vinha muito feliz de volta a
casa. Era uma pequena reninha que caminhava de pé, levava nas suas costas uma malinha
médica.
-CHOPPEEEER! – gritou o rapaz aflito.
-LUFFY! – grita também a cumprimentar muito feliz por vê-lo – KONNICHIWA!
-CHOPPER! – repetiu chegando perto dele – O USOPP VAI MORRER!
-AAAAAAAAAAAHH! – grita aflito – ALGUÉM CHAME UM MÉDICO! ALGUÉM? ALGUÉM? –
grita histericamente enquanto corre de um lado para o outro. De repente parou- Oh! Eu sou
um médico!
Luffy já ia em frente, a voar, de volta a casa.
-ANDA CHOPPER! TEMOS DE NOS DESPACHAR!
-CHOTTO MATE, LUFFY! –pede ao seu amigo. Como não conseguia voar rápido o seu corpo
mudou para Fly Point, foi o poder que ganhou ao morrer. Deveria ser uma rena normal mas
agora conseguia fazer tudo que os anjos humanos conseguiam (menos ter as habilidades que
cada um tinha) e ainda podia alterar o corpo de oito formas.
Tendo conseguido alcançar o companheiro pergunta-lhe:
-Luffy, disseste que o Usopp ia morrer?
-Sim.
Chopper fica um pouco pensativo.
-Como é que anjos morrem?
-Eu não sei… - afirma continuando a voar – Mas ele tinha sangue.
-Sangue!? No céu!?
-É.
-Isso deve ser mesmo muito grave. – continua inocentemente.
Finalmente chegam ao seu destino, entram bruscamente. Vão a caminho do quarto quando
ouvem algo a cair na cozinha.
-OI, QUEM ESTÁ AÍ? – grita o anjo de borracha.
-SOU EU LUFFY!
Este fica chocado com a voz que ouve, afinal, é a voz de Usopp que estava a "morrer".
-U-Usopp!? – exclama a reninha.
Foram os dois a caminhar até à cozinha ainda incrédulos, e quando lá chegaram realmente
viram Usopp a comer animo. (Nota: Anjos comem sentimentos positivos e alimentos
espirituais.) Usopp olhou para eles e encontrou-os a começar a chorar.
-Oi, o quê que se passa? – pergunta aos dois.
Foi então que estes se atiraram para cima dele a chorar e a abraça-lo.
-USOPP, PENSAVA QUE IAS MORRER! – afirma Luffy – ESTOU TÃO FELIZ!
-USOPP, COMO É QUE SOBREVIVESTE? – pergunta o animalzinho angelical.
-Yamero, mina! Não é para tanto. – informa tentando afasta-los.
-Então diz-nos o quê que aconteceu. – pede o anjo de borracha.
-Sim! Queremos saber!
-Ok, ok. Eu conto! Por isso prestem atenção, porque o que vos vou contar é um conto de
valentia do grande guerreiro do céu, CAPITÃO USOPP!
Ao ouvirem isto os dois sentaram-se muito atentos para ouvirem a história.
-E então, estava eu, o valente Capitão Usopp, às portas da morte. As roupas a encherem-me
de desespero e a puxarem-me cada vez mais para a luz com toda a força que tinham, mas eu,
Capitão Usopp, não podia desistir. Nunca tinha sentido uma força tal, mas a verdade é que
essa força não se comparava com a força do bravo Capitão Usopp, e mesmo às beiras da
morte utilizei toda a minha energia para retirar… - não pode concluir ao ser interrompido
pelo alarme de um relógio angelical.
-OH, NÃO! –grita Luffy – O JI-CHAN CHEGA DAQUI A POUCO. O QUÊ QUE VAMOS FAZER
USOPP?
-Eu não sei, mas não posso usar essa roupa, desculpa. "Lamento Luffy, mas preferia morrer a
utilizar essas roupas, mesmo já estando morto."
-Bem, temos de fazer alguma coisa. - informa o rapaz preocupado – Chopper, podes
substituir o Usopp?
-Huh!? Eu!?
-Sim.
-Ma-mas o quê que tenho de fazer?
-Calma, vamos até ao meu quarto e explico-te tudo. Usopp, vem connosco!
-Hã!? Eu?! Pra quê!?
-Quero alguém que nos dê a opinião.
-O-ok! Eu posso fazer isso… - concorda desmotivado.
Vão todos para o quarto do anjo-de-borracha prepararem-se.
-x-x-x-x-x-x-x-x-
Pouco tempo depois o avô de Luffy já ia a caminho de casa, o seu nome é Garp. A sua função é
assegurar a segurança no Paraíso e na Terra, ou seja a protecção contra os diabos e os
demónios.
-Aaahhh! – suspira cansado – Ultimamente tem andado sossegado, não têm aparecido
muitos diabos nos últimos meses. Que aborrecido! – volta a suspirar – Bem, não me posso
queixar disso. Esperemos que continue assim.
Chega à porta de casa e abre-a. Estranha as luzes estarem apagadas, mas pouco liga e vai
acende-las, pouco depois de ligar a estrela começa a ouvir uma música que reconhece. Era a
sua música favorita, "Don't you wish me?" das Rainbow Clouds (Nota: Os nomes são
totalmente inventados), uma banda composta por duas raparigas, ambas cantoras, cada uma
toca um instrumento, uma um piano e outra uma guitarra melódica. Mas desta vez quem
cantava e tocava eram, nada mais, nada menos, o seu neto, Luffy, e o seu amigo Chopper. E o
pior de tudo é que vestiam ambos saias cor-de-rosa e verde-água com topes a condizer.
(Tentem imaginar)
O quê que tinha passado pela cabeça daqueles dois? Só estavam a fazer figura de parvos,
afinal, para além disso, andavam sempre a enganar-se nas notas e cantavam mal como sapos a
guinchar de desespero (se isso for possível).
Quando a actuação terminou Garp não sabia o que fazer. Devia perguntar se eles se
sentiam bem ou simplesmente ignorar? Optou pela segunda e foi sentar-se na cozinha a
engolir orgulho (duplo sentido). Já Usopp não podia deixar de sentir vergonha alheia e decidiu
ir juntar-se ao avô de Luffy.
Quanto ao anjo-de-borracha e à reninha, estavam confusos, nem uma felicitação pela sua
boa actuação!? Nem um sorriso de alegria!? O quê que se estava a passar?
-Ei, Chopper! – chama a atenção Luffy – O mundo é misterioso.
-É. Mesmo…
-x-x-x-x-x-x-x-x-
Usopp e Chopper tiveram de voltar para as suas respectivas casas, já estava a ficar tarde. Ace e Sabo tinham sido encarregues de receber os anjos bebés e entregá-los às suas respectivas famílias, por isso iam chegar mesmo muito tarde. Dragon, o pai de Luffy, já tinha chegado, mas tinha tanto trabalho para fazer sobre a vida na Terra que estava fechado no seu gabinete, era assim quase sempre. Agora eram só Luffy e Garp e o primeiro tinha mesmo de falar com o seu avô.
Dirigiu-se até à sala onde se encontrava a ler um livro. Decidiu começar a falar.
-Ji-chan! – chamou.
O velho anjo virou a cabeça para o seu neto, não muito disposto a levá-lo a sério, como
haveria de o fazer depois do que se tinha passado.
-Diz, Luffy. – afirma desinteressado.
O rapaz fez um curto silêncio, isto chamou a atenção do avô e ganhando coragem
pergunta.
-Gostaste?
Garp engasgou-se em seco. Se tinha gostado!? Ele estava mesmo a falar a sério!? Olhou
incrédulo para o rosto do seu neto por algum tempo à procura de sinais de gozação, num
entanto não os encontrou.
-Oh meu grande palerma! – gritou sem hesitar – Aquela foi a coisa mais ridícula que já vi.
-QUÊ!? RIDICULO!? COMO ASSIM? TIVEMOS TANTO TEMPO A DECORAR AS NOTAS, A
CANÇÃO E A COREOGRAFIA… COMO É QUE PODE SER RIDICULO?
-OH SEU GRANDE CABEÇA OCA! NÃO VÊS QUE ESSAS CANÇÕES SÃO PRA RAPARIGAS
CANTAREM E DANÇAREM? AINDA POR CIMA VESTIRAM-SE DAQUELA FORMA. HOMEM QUE
É HOMEM NÃO SE VESTE ASSIM!
-EU SOU HOMEM! E BEM HOMEM! – defende-se Luffy.
-POIS NÃO PARECIA… E afinal para quê que foi essa palhaçada toda?
Luffy não queria dizê-lo, mas tinha de o fazer se queria alcançar o seu objectivo. Inclinou um
pouco os olhos para o lado e decidiu falar.
-Bem… Eu queria ver como era a Terra… E pensei que se fizesse alguma coisa que gostasses
podias me deixar ir… - admitiu finalmente.
-OH CRIATURA DE DEUS, TERIA SIDO BEM MAI FÁCIL SE ME DISSESSES LOGO!
-QUÊ!? ISSO QUER DIZER QUE POSSO IR?
-MAS É CLARO QUE NÃO! – informa tirando-lhe todas as esperanças – Afinal, porquê que
queres tanto ir?
-É que eu não consigo perceber nada da matéria da escola, e acho que talvez a matéria da
Terra eu perceba melhor. Para além disso, se fosse lá podia aprender a matéria de cá na
prática. Acho eu…
Garp ficou a pensar durante um tempinho.
-Hum… Ok!
Isto confundiu Luffy.
-Ok, o quê? – pergunta.
-Podes ir.
-A SÉRIO? – grita de alegria – YUHUUUU!
-Mas…
Luffy até ficou arrepiado com esse "mas", ficou seriamente a olhar para o avô e não disse
uma palavra à espera do que vinha.
-Mas, não vais sozinho! Podes ir com aquele teu amigo Usopp. Parece-me um rapaz
responsável, tive uma conversa agradável com ele enquanto engolíamos orgulho.
-Com o Usopp!? Posso ir com o Usopp!?
-Sim, claro.
-Yes! Vou adorar isto.
-Mas não penses que vai ser só diversão. – avisa chamando a atenção de Luffy – Tal como há
anjos na Terra há diabos e demónios. Como anjo tens o dever de guiar os humanos para o
bem e impedir os diabos de os guiarem para o mal. Espero que tenhas isso em conta.
O anjo mais jovem olha agora seriamente para o mais velho.
-Não te preocupes com isso. Ganhei duas cicatrizes há dois anos na guerra que tivemos
contra eles. Nunca me esquecerei da sua maldade.
-É bom que não o faças.
Luffy afasta-se do avô em direcção do seu quarto, era hora de ir-se deitar. Quanto a Garp,
mantem-se sentado no sofá e continua a ler o livro.
Traduções:
Kami-sama: Deus.
Ji-chan: Avô.
Uruse: Cala-te; Calem-se.
Yoshi: Certo.
Ikusou: Vamos lá.
Uso da: É mentira; Não o pode ser.
Nani: O quê.
Chotto mate: Espera um pouco.
Daijoubu ka?: Estás bem?
Doko desu ka?: Onde estás?
Konnichiwa: Olá.
Yamero: Parem; Para.
Mina: Pessoal.
E acho que é tudo.
Review, please!
Se tiverem alguma duvida apenas perguntem, sugestões também são bem vindas! Criticas são construtivas por isso ponham à vontade, claro que gosto mais de positivismo. ;)
Espero que tenham gostado de ler!
