Um Começo Diferente
Cap.1 – Novos Horizontes
Eu sempre me perguntei como as coisas seriam se os meus pais não tivessem se conhecido no hospital quando a mamãe quebrou a perna. E, aparentemente, eu não era a única a se perguntar isso.
Quando se é um vampiro o tempo parece passar muito devagar, então às vezes é necessário se distrair com alguma coisa, e essa coisa foi tentar imaginar um começo diferente pros meus pais.
Eu bem que tentei, mas nem do começo eu consegui sair, eu acho que me faltou imaginação, ou conhecimento aprofundado dos fatos.
-Edward, Edward! – Sai correndo pela casa gritando pelo meu irmão. O que era desnecessário, mas, ainda assim, me divertia.
-Já ouvi Alice. – Ele respondeu descendo as escadas e sentando no sofá da sala, ao meu lado. – Você sabe muito bem que não precisa ficar gritando, eu posso te ouvir. Então, o que você quer, já que você não teve uma visão?
- Nada de mais! Eu só quero saber se você quer me ajudar com a minha história, tirando as minhas dúvidas? – Perguntei, esforçando-me ao máximo para esconder meus pensamentos dele. Eu queria manter um pouco de suspense na conversa.
-Depende da sua história. – Ele disse pensativo, provavelmente buscando alguma pista em minha mente.
-É sobre como seriam as coisas se os nossos pais não tivessem se conhecido no hospital. – Soltei a ideia principal de meus pensamentos.
-Hum, é um bom tema. – Ele exclamou indiferente, mas com um sorriso brincando em seus olhos. Talvez me ajudar fosse um desafio para ele. - Mas para que você quer a minha ajuda?
-Bem, você sabe mais detalhes da vida deles do que eu. – Falei como se fosse a sugestão mais óbvia do mundo.
Ele parou por um tempo. Nada muito demorado, mas que pareceu um século para uma vampira como eu, que esperava uma resposta. - Isso é verdade. – Falou por fim. - E sim, Alice, eu também já me fiz essa pergunta, como todos os nossos irmãos. – Ele confirmou o que eu havia pensando agora a pouco e que voltou a minha mente enquanto eu aguardava que ele respondesse. - Tudo bem, eu aceito a sua proposta, já que eu sou um desocupado, como você acabou de pensar, certo? – Tentando parecer sério ele me repreendeu por eu tê-lo visto como um desocupado, já que ele também tinha tido a mesma ideia que eu. O que me faz de uma desocupada também, e todos os nossos irmãos como ele acabou de me confidenciar, mas isso não vem ao caso.
-Tanto faz Edward! E não pense que eu vou me desculpar por algo que somente pensei. Não tenho culpa se você lê mentes! – Impliquei com ele.
-Claro, Alice, claro. Mas, ao menos, você podia se esforçar para evitar certos tópicos enquanto eu estou por perto. Já basta o Emmet e a mente poluída dele! – Ele exclamou cansado, aparentando ter a idade que ele tinha. Afinal nós somos vampiros e nosso corpo não envelhece, só que isso não quer dizer que nossa mente se mantém jovem para sempre. Ela evolui conforme envelhecemos. - E então, vamos começar? – Ele perguntou tirando-me de meus devaneios, que, de certa forma, também passavam pela mente dele.
-Espera. – Pedi esticado o braço e segurando a mão dele. - Eu narro as partes da Esme e você do Carlisle. – Sugeri.
-Tudo bem Al, mas sem viajar muito.
Tentei fazer minha melhor expressão emburrada e um biquinho de criança mimada, no entanto, pelo o que o rosto dele indicou, não surtiu nenhum efeito. Então, no fim, eu acabei concordando com ele, que sorriu vitorioso. É claro, que não viajar na história não me impedia de pensar em coisas mirabolantes e... Ah, esquece! O Ed me lançou um olhar torto severo o suficiente que cortaria uma de minhas pernas, e eu gosto muito delas para arriscar perdê-las com tanta facilidade.
1917 – pov. "Esme" – Alice
Eu sempre me perguntei o por que de tanto sofrimento na minha vida, eu sempre fui tão boa, tão generosa, e ainda assim
a culpa de todos os problemas sempre se voltava pra mim. E ainda tinha o problema com o meu marido, Charles Evensen, que é (eternamente do mal!) um crápula, sempre fingindo que está tudo bem quando estamos acompanhados, mas quando estamos a sós tudo vira um inferno.
Engraçado é que eu não sei quando era pior, nos momentos em que o Charles estava sóbrio, ou quando ele estava bêbado.
Bem, o que era pior não vem ao caso, afinal eu sempre sofria. Os anos que passei casada com aquele monstro foram os piores de minha vida, principalmente em função das inúmeras falhas nas tentativas de engravidar, e pela minha aversão a médicos, o que fez com que o Charles achasse que eu tinha alguma doença, ou problema, que me impedia de engravidar e não era diagnosticada porque eu não ia ao médico.
Ah!Já ia esquecendo de explicar o porque do meu problema com médicos, é o seguinte:
Era 1910 e eu tinha 16 anos, e como de costume estava brincando no quintal, lá em casa tinha uma árvore que eu subia todos os dias, já fazia parte da minha rotina ficar em cima dela e observar a paisagem, porém devido à chuva do dia anterior a árvore estava um pouco molhada e eu escorreguei, quebrando a perna, e fiz meus pais me levarem ao hospital desesperadamente.
Quando eu cheguei ao hospital os meus pais gritavam de desespero, vendo a confusão que eles estavam armando os funcionários do hospital mandaram o primeiro médico disponível que eles acharam, e aquele médico não estava em seu melhor momento, já que ele aparentava uma profunda tristeza, mas os problemas dele não precisavam ser descontados em mim.
A forma como médico cuidou da minha fratura não foi das melhores, quer dizer, a minha perna nunca mais foi a mesma, eu não sei muito bem o que ele fez, só sei que depois daquela fratura eu não pude mais correr como antes, me esforçar como de costume e deixei de ter liberdade, já que os meus pais resolveram me monitorar para que eu não aprontasse outra vez (como se desse¬¬) e a partir daquele dia eu deixei de confiar em médicos e afazer de tudo para não vê-los.
Mas foi em 1917 que todas as minhas convicções mudaram, foi nesse ano que eu finalmente achei que ia ser feliz!
Eu tinha 23 anos quando aconteceu, eu descobri que estava grávida, 1º a menstruação atrasada, 2º os enjôos, não era necessário ir ao médico eu sabia que estava certa. E foi com essa convicção que eu sai correndo de casa atrás do Charles para lhe dar a notícia, eu não sabia se ia aguentar até ele voltar, isso é se ele voltasse.
pov. Alice
-Ei gente, quem conta história aqui sou eu! – Gritou o meu querido irmão atrapalhado, entrando na sala e interrompendo minha narração.
-Emmett vai embora... – Disse o Edward revirando os olhos.
-Poxa Ed! Deixa eu ajudar na história.
-Emmett ninguém te chamou...vai embora! – Ed disse meio irritado.
-...(emmett tentando achar um argumento)
-Met será que você é surdo? O ed já disse pra você sair! – Eu exclamei começando a ficar cansada de toda aquela enrolação.
-Calma Alice, eu já to saindo, tudo bem!Eu sei quando não sou bem-vindo...ah! vocês estão parecendo a Rose...Rabugentos!
-Emmett, por favor, sai – O ed disse entre – dentes.
-Ta bem, ta bem.Já Fui! – Disse o Met, fazendo cara de quem estava pensando em besteira e virando de costas.
- Emmett, para de me torturar com essa sua mente poluída! – Edward reclamou. Aposto que O Emmett só está pensando cosias obscenas para irritar ainda mais o Ed.
-Ahn...ed antes de nós voltarmos a história, por que você não narra agora?
-Hum...Já que você falou, por que não?
pov. ''Carlisle'' - Edward
É estranho que depois de uma vida inteira, e no meu caos até mais do que isso, procurando a felicidade você a encontre no corpo, na alma e no coração de uma mulher, principalmente uma mulher como a que eu conheci, aquela pela qual me apaixonei e, posteriormente, me casei.
A mulher em questão se chamava Hayley, e ela teria sido minha por toda a eternidade se não fosse pela intervenção da entidade vampírica, os volturis, aqueles que tiraram a minha esposa de minha vida (ou existência) por pura ganância e ciúme, tiraram a Hayley dos meus braços depois de todos os anos em que eu convivi com eles, depois deles me tratarem como amigo e, principalmente, sabendo de todo amor que uma nutria pelo outro. Eles nos separaram, contra a vontade dela ainda por cima. Se ela quisesse tudo bem, seria a vontade dela, a deixaria feliz e a felicidade da minha esposa era tudo o que eu queria.
Mas nem tudo é perfeito e bem, aparentemente a Hayley não se entendeu com os volturis, fez alguma coisa errada e foi eliminada. Eu não sei o porque e nem como isso ocorreu, afinal e não estava junto dela na ocasião.
Ah! Claro, como todos aqueles que são cobiçados pelos volturis a minha esposa tinha poderes, um poder de ataque magnífico e uma defesa esplendida e, é claro, poderes mágicos, já que ela era um vampira meio bruxa.
Eu não posso fazer nada se me apaixonei pela vampira mais poderosa que eu já conheci e a mesma se apaixonou por mim. Eu só sei que todo esse amor foi a nossa perdição(maldito livro...dormi lendo isso¬¬').
A Hayley só conheceu os volturis porque eu insisti, então se eu não tivesse me intrometido ela ainda estaria comigo, no fim a culpa de toda a confusão foi minha. Mas eu acho que o Aro(Volturi) também tem um pouco de culpa,pois ele se apaixonou pela Hayley e fez de tudo pra que ela gostasse dele, mas o sentimento que ela nutria por mim foi mais forte e ela resistiu e, como o Aro não suporta perder, eles se desentenderam, começando assim os problemas com os volturis.
Depois que a minha amada se foi eu resolvi me fechar pro mundo, pois eu passei a acreditar que um vampiro não pode ser feliz por completo, mesmo tendo a eternidade aos meus pés a tão procurada(desejada) felicidade não durou muito.
Foi nesse momento que eu me perguntei: Pra que tentar ser feliz se tal sensação não é duradoura?Por que tentar ser feliz se no final só se encontra sofrimento e dor?Então pude percebi que eu só conseguiria viver se eu me voltasse completamente para o trabalho e esquecesse das emoções.
