Nota do autor

Esse é um rascunho de uma historia que estou tentando criar.

Por de sua opinião, conselhos, dicas ou idéias, todas elas serão bem vindas.

História 1

Sabem aquelas histórias onde o protagonista, geralmente um cara inútil e sem talento, morrem, reencarnam em outro mundo, viram heróis e criam haréns? Bem essa não é uma delas.

Para começar eu já estou no inferno, ou numa versão grega dele. Não tenho nenhum interesse em ser um herói, havia conhecido muitos deles é a maioria não tinham tido nem uma vida, nem uma morte agradável. Criar um harém? Meio difícil, considerando que todos a minha volta já estavam mortos e me faltavam as ferramentas adequadas para satisfazer as mulheres.

Para você ter uma idéia melhor, vendo a cena do ponto de vista de um terceiro, seria o seguinte.

De um lado uma legião de monstro que só deviam existir na mitologia, cuspindo fogo e veneno. Do outro um exercito de esqueletos fantasmagóricos, de alguma legião grega armados com escudos e lanças, seguido por mais esqueletos, vestido roupas do exército nazista, armados com fuzis. Para completar a cena uma pequena garotinha loira, voando encima dos esqueletos, com asas prateadas e segurando um rifle.

Para aqueles que não perceberam, eu sou a garotinha, nesse campo de batalha insano. Agora vocês me perguntam, como eu, um assalariado japonês, conseguiu se meter em uma merda dessas?

Vamos começar com minha morte. Eu era chefe do departamento de recursos humanos, em uma grande empresa. Meu trabalho era garantir que todos os nossos recursos humanos, estavam sendo usados de forma eficiente e dispensar aqueles que não conseguiam manter a produtividade exigida pela a empresa.

Eu era um excelente funcionário e provavelmente estava a caminho de uma promoção, quando um de nossos ex-funcionários insatisfeitos, me empurrou na frente de um trem. Terminando com minha vida. Enquanto caía para os trilhos do trem, tudo que pude pensar foi.

'Se seu emprego era tão importante para você, deveria ter priorizado seu rendimento e gastando mais tempo melhorando seu trabalho, com eu tinha exigido a meses atrás. Em vez de continuar fazendo péssimos relatórios e chegando atrasado, se tornando um peso morto para a empresa.'

Enquanto olhava para o rosto do inútil que tinha demitido a apenas algumas horas atrás.

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Quando minha consciência começou a voltar, estava nebulosa e tinha dificuldade em manter meus olhos abertos. Consegui ver apenas algumas luzes e sons, antes de voltar a inconsistência. Isso se repetiu por alguns dias ou pelo menos era o que esperava, era difícil saber quanto tempo ficava inconsciente.

Quando finalmente conseguia manter minha consciência, por mais de alguns minutos, tentei avaliar minha situação. Meu corpo não estava respondendo direito, minha visão e outros sentimentos estavam confusos.

Conclusão, eu tinha sobrevivido ao meu encontro com o trem, mas tinha sofrido muitos ferimentos e por isso o estado do meu corpo. As boas notícias, era que ter conseguido chegar a essa conclusão lógica e sensata, mostrava que pelo menos meu celebro não havia sido danificado.

Depois de mais alguns dias meu corpo ainda respondia de forma confusa, mas estava melhorando, assim como meus sentidos. O que antes era apenas barulho e sombras, agora eu podia ver fôrmas e sons.

Infelizmente, isso levantou algumas questões preocupantes. Como por exemplo, o porquê de estar ouvindo o som irritante de crianças chorando? O fato das pessoas parecerem estar falando outro idioma e a maneira a estranha maneira que eu parecia estar sendo tratado.

No decorrer de alguns meses eu tinha chegado a três teorias racionais.

1: Eu estava agora no hospital, talvez em coma, sofrendo com alucinações.

2: Eu nunca fui jogado na frente de um trem e tudo isso era um sonho.

3: Eu tinha morrido e reencarnado em uma nova vida com minhas lembranças.

A 2 era a mais agradável, mas pouco provável, uma vez que levasse em consideração a duração do sonho e o realismo.

A 1 parecia bastante realista e racional, mas levando em consideração que não poderia fazer nada para mudar minha situação, além de espera o melhor, decidi deixá-la de lado temporariamente.

Tinha sobrado portanto a 3, que levava em conta as várias histórias e religiões que falavam sobre vidas passadas e reencarnação. Também era a única que poderia ser ativo sobre meu destino.

Ao chegar a essa conclusão, tentei me lembra de qualquer coisa entre meu encontro com o trem e ter vindo parar aqui. De repente um enorme sentimento de ódio inundou meu corpo, enquanto uma voz ressoava na minha cabeça.

'Será enviado a um mundo não científico, onde nascera como uma mulher e conhecerá em primeira mão a guerra'

Disse a voz desconhecida. Minha única certeza era que fosse quem fosse eu odiava esse ser com cada fibra do meu novo corpo.

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Sete anos se passaram desde aquele dia e a única coisa que tinha se tornado realidade era o fato de ser uma garota. Meu novo nome era Tanya, uma criança que tinha sido abandonada nos degraus do orfanato, ainda bebê.

Eu tinha reencarnado nos Estados Unidos, no ano de 1983 e embora minha nova vida não fosse uma maravilha não era tão ruim. Infelizmente as coisas não ficaram assim por muito tempo.

Quando a escola decidiu nós leva para uma excursão, em uma pequena floresta próxima a uma cidade onde vivíamos. Éramos cerca de quarenta alunos, a maioria com dezesseis anos, eu tinha pulado alguns anos, não tinha tempo para desperdiçar com crianças aprendendo o abc.

Tudo parecia normal até que durante nosso almoço, eu tinha ido até o banheiro, mas quando estava voltando, um garoto apareceu na trilha, ele parecia assustado, ferido e estranhamente segurava uma espada. Nos nós encaramos por um segundo antes de uma criatura enorme surgiu entre as árvores.

Àquela coisa parecia um cão do tamanho de um elefante,com duas cabeças e cauda de lagarto. Foi tudo que notei antes de sair correndo o mais rápido que pude infelizmente o garoto parecia ter tido a mesma idéia e corria na minha direção trazendo o bicho junto.

Eu tinha que pensar rápido, com minhas pernas curtas eu não tinha chance de escapar. Olhei rapidamente a minha volta e encontrei minha tábua de salvação, um buraco entre duas rochas, grande o suficiente para meu pequeno corpo, mas não para o animal que me perseguia.

Infelizmente estava longe demais para conseguir chegar antes da criatura me alcançar. Rapidamente olhei para trás e bolei um plano, tirei meu casaco e joguei no rosto do menino que estava quase me alcançando.

O garoto imediatamente perdeu a visão, tropeçou e caiu. O cachorro não perdeu essa oportunidade, pulou encima dele é começou a rasgá-lo com os dentes.

Eu não olhei para trás mesmo com os gritos do garoto, nem com o som de carne e ossos sendo estraçalhados. Usei esse tempo precioso para mergulhar no buraco e garantir minha sobrevivência.

Muitas pessoas dizem que se você faz coisas ruins, você vai acabar indo para o inferno. Bem, eu descobri que isso pode acontecer de uma forma muito mais literal e rápida do que se imagina.

Você já assistiu Alice no país das maravilhas? Se já, você vai poder ter uma boa idéia do que aconteceu comigo.

Em vez de cair em um buraco sujo, duro e com alguns insetos, eu caí direito por um buraco bem mais profundo do que imaginei ser possível, terminando em um lugar desconhecido, com várias contusões e hematomas, mas viva. Que por si só já era algo para comemorar.

Me levantei com cuidado, conferindo se não tinha quebrado nada e olhei em volta. Estava em algum tipo de caverna e mesmo sem luz eu conseguia enxergar bem meus arredores. Olhei para cima e vi de onde tinha caído, não parecia um caminho que pudesse usar para voltar. Decidi seguir pela outra passagem na parede com a esperança de me levar a uma saída.

Depois de andar o que parecia alguns quilômetros, a caverna se abril de repente. O que me aguardava era o próprio submundo, árvores negras, as almas dos mortos, eu não sabia como, mas sabia que lugar era esse.