Um Homem Extraordinário

ShiryuForever94

Fanfic YAOI

(Ou seja, contém mais que olhares passionais)

Um tanto insana, mas tem lá seu charme e história.

Universo Alternativo

Personagens: Saga e Shura

PRESENTE DE ANIVERSÁRIO PARA KAKAU

(Eu vim escrever isso para você, sabe que ando fora do fandom, então, é bom gostar ou eu te capo. XD)

Beta: Akane Mitsuko (thanks, my Love)

AVISO: Fanfiction de conteúdo YAOI, relacionamento homoafetivo entre homens. Fanfiction é trabalho feito com o humor e cuidado de cada ficwriter. De tal maneira, se a pessoa que for ler não aprecia o tema, aconselho a mudar de história. Não tenho temperamento para ser gentil com flammers nem aceito patrulhamentos quanto ao meu gosto pessoal. Críticas são sempre bem vindas quanto às qualidades ou enganos dos meus trabalhos, quanto à escolha dos pares que utilizo, não. Cada qual com seu gosto. Em hipótese de acharem o meu gosto um tanto excêntrico, tanto melhor, não sou autora de qualquer história, muito menos de qualquer leitura. Agradeço conselhos, críticas construtivas e se for o caso, elogios. Boa leitura a todos e também incentivo que corrijam algum engano que eu cometa, sem problema algum, não sou perfeita nem tenciono ser. Vivo para ser aprendiz de viver.

Disclaimer: Esta é uma fanfic, feita por fã, para fã. Feito totalmente sem fins lucrativos. Os direitos de Saint Seiya, Saint Seiya Episódio G, Lost Canvas e de todos os seus personagens pertencem à Toei Animation e Masami Kurumada. A exploração comercial do presente texto por qualquer pessoa não autorizada pelos detentores dos direitos é considerada violação legal. Em suma, os direitos sobre esta fanfic são meus e, caso queira reproduzi-la, favor entrar em contato.

Legenda:

"Entre aspas, as falas dos personagens."

"Entre aspas e itálico, os pensamentos."

Capítulo UM

Era uma vez uma pesquisa

Um dia bem tranqüilo na Universidade da Grécia. Ou quase tranqüilo. Um professor atarefado de cenho franzido digitava códigos e mais códigos em seu laptop. Precisava terminar o projeto para garantir sua verba de pesquisa. Era temporada de férias e o campus quase vazio até que ajudava em sua concentração. Se não fosse por um detalhe.

Há dois anos, Saga Kydopoulos fora aprovado no concorrido concurso para professor de história antiga. Há um ano propusera uma pesquisa sobre a influência da imigração na atuação do Exército Separatista Basco.

Alguns decanos da Universidade acharam o tema sem nexo. Outros acharam brilhante. Alguns alunos arregalaram os olhos, interessados. Outros acharam simplesmente uma completa idiotice. Saga nunca se deixara dominar pelo desânimo, até que a entidade mantenedora informara à reitoria que a verba não seria liberada para o ano seguinte. A discussão foi um tanto complexa.

- "Sinto muito, Saga. Parece que o tema não é relevante. Ainda mais para uma universidade grega."

- "Shion, isso é uma idiotice, se me permite a franqueza. Como um assunto relativo à história de um grupo tão atual quanto o ETA pode não ser relevante para uma universidade que se situa no berço da civilização?"

- "Sabe que a decisão não foi minha, mas da Fundação Kido."

- "Eles estão errados. Eu quero uma reunião com o herdeiro da fundação. E sua querida esposa."

- "Você quer dizer com A herdeira da Fundação Kido e seu querido esposo?"

- "Como se fizesse diferença."

- "Sabe muito bem que ninguém consegue uma audiência com Saori e Seiya há pelo menos uns seis meses. O que o faz pensar que conseguiria algo assim?"

- "Diga-lhes que proporei meu projeto ao mantenedor da Meikai University. Tenho certeza que o Senhor Hades não será tão alheio ao meu projeto."

- "Sabe muito bem que são entidades concorrentes e que as relações entre as duas são péssimas, não é mesmo? Você não teria coragem, teria?"

- "Diga-me você. Desde que cheguei aqui já fiz mudanças impensáveis."

- "Vou telefonar para a Senhora Kido. Talvez Seiya o receba."

- "Não os deixarei abortar o meu projeto por uma questão tão irrelevante quanto dinheiro."

Shion riu um tanto. Se era irrelevante, então por que estavam tendo aquela conversa? Saga era um tanto difícil, tinha um gênio elétrico, não sossegava, buscava sempre novidades, nuances novos. Um excelente professor e um homem e tanto.

- "Ah, Saga, chegou nosso novo professor de história contemporânea. Ele é espanhol. Gostaria de conhecê-lo? Quem sabe o convence a apoiar seu projeto? Seriam dois ao invés de um."

- "Espanhol? Por que não disse antes? Será interessante ter a opinião de um nativo do país de atuação do Exército Separatista Basco. Onde ele está?"

- "Aqui mesmo. Boa tarde Magnífico Reitor. Senhor Professor."

Saga virou-se ao ouvir a voz grossa e imponente.

Abriu a boca para responder ao cumprimento, mas um par de olhos imensamente verdes o fez calar-se.

- "Sou Shura del Cid, doutor em história greco-romana, título concedido pela Sorbonne."

- "Estou MUITO impressionado." – O tom irônico do grego de longuíssimos cabelos loiros não passou despercebido a Shura.

- "Costumo causar esse efeito nos outros. Um tanto de inveja e falta de palavras também é bastante comum." – O jovem de cabelos curtos e acastanhados, quase negros, manteve o olhar fixo nos orbes azuis que pareciam troçar dele.

- "Se o seu talento for do tamanho do seu ego, ganharemos prêmios mundiais." – Quem disse que Saga ia se dar por intimidado?

- "Creio que não. Meu talento excede, em muito, o meu ego." – Um sorrisinho meio cínico no rosto bonito. Alto, lábios cheios, nariz bem feito e postura perfeita. Usava óculos de aros finos pretos. Cabelos nem tão curtos, nem longos, madeixas escuras bem cuidadas, podia-se notar de longe.

- "Humildade é traço preponderante na sua personalidade?" – Saga cruzou os braços rindo um tanto. Estava gostando do estilo do novo professor.

- "Geralmente as pessoas costumam reparar mais em meus dotes intelectuais que nos físicos, Senhor. No entanto, geralmente mantenho contato com muito poucas pessoas, então minha amostragem deve estar viciada. A maioria são grandes estudiosos que não têm tempo para diversões mundanas."

- "Do que está falando?" – Saga franziu o cenho. Não entendeu o raciocínio do outro.

- "Que desde que cheguei já me percorreu com os olhos de cima até embaixo duas vezes. Já observou cada traço do meu rosto, já mensurou minha altura e já olhou para minhas mãos, certamente em busca de uma aliança que lhe diga se eu tenho algum compromisso. A próxima vez que quiser saber algo de mim, pergunte. É mais simples e menos irritante. Se me dão licença, tenho que ir buscar as chaves do meu apartamento funcional."

Shion ficou boquiaberto e logo que o professor novato se retirou, desatou a rir. Não conseguia sequer falar algo de tanto que ria. Saga ficou furioso.

- "Do que está rindo? Do pedantezinho arrogante? Quem ele pensa que é? Eu apenas estava olhando-o, pois não conhecia, até hoje, nenhum espanhol..." – Revirou os olhos e imitou um tanto a voz grossa do outro, dando-lhe um toque de afetação – "Doutor em história greco-romana, título concedido pela Sorbonne..."

Shion respirou fundo tentando parar de rir e assim que se controlou um pouco mais, conseguiu responder.

- "Professor Saga, vai me desculpar, mas ele deixou-o mudo e sem ação e, sinceramente, isso é mais raro que um pato que dança flamenco. Sem falar que a última palavra foi dele e que, sinceramente, adorei o jeito dele."

- "Hunf." – No fundo, Saga também ficara impressionado.

- "Vou marcar a entrevista com Saori e Seiya. Não se preocupe. E o apartamento funcional de Shura é no mesmo andar que o seu. São professores de história, afinal." – Shion deu uma piscadela e riu mais um tanto.

- "Ora, e o que isso tem de importante?" – Riu por dentro. Mesmo andar? Seria bom mesmo.

- "Eu sei que você é homossexual, Saga. Nem finja que não ficou atraído por ele. Até eu o achei instigante." – Shion riu baixo. Sim, aquele monumento grego chamado Saga não se escondia, nem era explícito. Havia histórias sobre ele e alguns poucos namorados. Saga era discreto, mas o jeito dele olhar para Shura não passara em branco.

- "Ora, nunca escondi. E ele não deu a menor chance de eu saber do que ele gosta. Tanto melhor, adoro desafios."

- "Desde que não traga problemas para a Universidade."

- "O nome não é universidade? Então que todos saibam que existem gays no mundo. Vou indo."

Shion suspirou e pensou que teria trabalho. Bastante trabalho com aquele homem. Ora, Saga tinha razão. Era algo com que as pessoas precisavam conviver. O fato de que há diversidade.

Logo os dois professores passaram a conviver um tanto mais. Afinal de contas moravam bem perto dum do outro. E havia alguns compromissos em comum. Não demoraram a até que se entender um pouco.

O problema era o jeito totalmente sem controle de Saga. Ele enlouquecia Shura, completamente.

Como naquele bendito jantar...

- "Ficou maluco? O que o faz pensar que eu poderia gostar de homens? E, somos professores aqui, que acha que vão pensar?" – Shura estava nervoso. Era o terceiro jantar que tinha com Saga e aquele grego tinha uma lábia insuportavelmente lógica.

- "Ainda não me disse se gosta de mim. O fato de eu ser um homem não é algo que eu tenha perguntado. Vou repetir. Gosta de mim, Shura? De minha companhia?"

- "Você não cansa de ser egocêntrico e genioso não?" – Shura pensou rapidamente que realmente o homem era lindo. Sensual. Inteligente. E o fazia ficar perdido em pensamentos quando sorria.

- "Gosta disso em mim, não é mesmo? Senhor certinho." – Levou à boca outro pedaço de peixe grelhado com legumes e olhou o espanhol bonito à sua frente. Ele era realmente atraente. E deixava-o louco de desejo.

- "Irritante." – Foi tudo que Shura conseguiu dizer antes de corar loucamente e trincar os dentes ao sentir o pé de Saga esfregando-se no meio de suas pernas. O homem era louco?

- "Que foi?" – Um riso sensual na boca carnuda, um jogar de cabelos para trás.

Shura arfou, sentindo o pé de Saga alisar sua virilidade por baixo da mesa. Piorou bastante quando sentiu que seu corpo não estava conseguindo se controlar. Rosnou de raiva.

- "Preciso ir. Se me dá licença..."

- "Autocontrole pode ser aprendido. Eu o deixo tão morto de tesão assim?" –Saga parecia não se importar nem um pouco e continuou comendo e olhando para o espanhol que se levantou de uma vez da pequena mesa.

- "Você é um idiota, sabia?" – Shura arfou. Estava sem ar. De repente imaginou cenas nada castas com aquele homem ali. O que aquele loiro tinha que o tirava do sério?

- "Posso ser muito talentoso com a boca. Quer experimentar?" – Saga ria de canto, positivamente um predador de olho na caça.

- "Vá para o inferno!" – Shura atirou o guardanapo em cima do outro e saiu do restaurante. Para piorar, viera com o grego. Teria que arrumar um táxi.

Saga chamou o maitre imediatamente e disse-lhe que mandasse a conta para a faculdade. Costumava comer por ali, não era um estranho. E partiu atrás do homem alto e gostoso que trouxera para jantar. Alcançou-o procurando por um táxi do outro lado da rua e o puxou para trás, para uma pequena ruela calma e bem iluminada.

- "Shura, não seja infantil. Deixar-me plantado no restaurante não foi elegante."

- "E ficar me falando obscenidades é elegante?" – Por que aquele professor tinha que ter olhos tão azuis, a voz tão sensual e ter o corpo tão perfeito que era quase um pecado?

- "Que obscenidade? O que eu falei que possa ter parecido obscenidade? Você é estranho..." – Passou os olhos em torno e viu que estavam praticamente sozinhos. Era tarde, quase meia noite. – "Vamos embora. Pode ser perigoso ficar por aqui de madrugada. O bicho papão pode querer te comer..."

- "Eu vou de táxi." – Shura passou a mão nervosamente pelos cabelos. Realmente, o grego nada tinha dito de obsceno. E isso era ainda mais irritante. Aquele homem havia plantado dúvidas em sua mente quanto ao que ele realmente queria. Queria namorar alguém? Uma mulher? Um homem? Suas experiências todas haviam sido com mulheres, nunca mais de um ou dois encontros, estava sempre ocupado demais com suas pesquisas e estudo para dar a atenção que geralmente as moças queriam dele. Não era nada bom com relacionamentos. E sabia disso.

- "Veio comigo, vai comigo. Regra básica de meus encontros. Sem discussões."

- "Arrogância é mesmo um traço seu, não é mesmo? E quem disse que foi um encontro? Você realmente se acha irresistível?" – Shura riu um pouco. Também pensava assim. Por pior que fosse um encontro, era seu dever de cavalheiro devolver a moça direitinho para a casa dela. E, desde quando tinha sido um encontro? Aquele homem o deixava estupidamente confuso.

- "Sabe o que dizem de encontros? O primeiro é para estabelecer se há algum futuro. O segundo para tentar conhecer um ao outro melhor." – Arqueou lindamente uma das sobrancelhas e segurou no braço do outro, apontando com o queixo para três figuras estranhas que vinham em direção deles. – "Vamos logo embora daqui. Ou quer utilizar seus conhecimentos de artes marciais? Briga de rua pode ser complicado para professores universitários."

- "Vamos logo, então." – Não dava para discutir ali. Shura foi andando rapidamente com o outro até o carro no qual haviam vindo e entrou, afivelando o cinto. – "Isso não foi um encontro. Apenas saímos para jantar." – Cruzou os braços e recostou-se no banco. Era uma esgrima verbal e comportamental e tanto estar perto de Saga.

- "No terceiro encontro já é possível que o casal faça sexo." – Ficou sério olhando para a frente enquanto dirigia e ouviu o sibilar da respiração do outro. – "Que foi?"

- "Pela última vez hoje... ISSO NÃO FOI A PORRA DE UM ENCONTRO!"

- "Está bem. Jovens adolescentes costumam ficar..." – Não resistiu e começou a gargalhar. Adorava tirar Shura do sério.

- "Não sou adolescente. Não sou sua namorada. Não sou nem uma mulher, para começar!" – Tentava não gritar. Aliás, tentava não parar o carro e encher o outro de socos.

- "Claro que não é uma mulher! Ficou doido? Mulheres não fazem meu estilo. Ou não notou até agora? Quanta falta de percepção, Shura!" – Quem disse que ia perder a paciência? – "Sendo bem claro: eu gosto de homens. Sabe o que é? Homem? O equivalente a uma mulher, mas com mangueirinha na frente?"

- "PUTA QUE PARIU, SAGA! VOCÊ É UM DIABO DE UM VEADO TEIMOSO! É claro que sei o que é uma mulher! Já transei com várias! Que droga! Eu não sou V–E–A–D–O!"

- "Assim você me magoa..." – Olhou para o outro com um sorriso de canto devastador e suspirou. – "Use o termo gay ou homossexual. Veado é pejorativo e nada elegante. E você tem uma reputação de certinho e cheio de finesse a manter."

- "Desculpe. Acho que me excedi. Você me enerva." – Fechou os olhos. – "Sabia que veado também é uma espécie de mandioca de talo vermelho?" Shura falou num tom mais baixo.

- "Mandioca?"

- "É. Uma raiz originária do continente americano, provavelmente do Brasil. Era cultivada pelos índios e é uma importante fonte de carboidratos para milhões de pessoas. Principalmente nos países mais pobres. Tem o formato de uma cenoura, mais ou menos, só que um tanto mais grossa e cilíndrica..."

- "Como? Grossa? Cilíndrica?" – Desatou a rir com os pensamentos nada inocentes. – "E você falou que tem uma espécie que é vermelha?" – Riu mais ainda.

- "O talo, Saga... O talo é vermelho... Oh, meu deus, o que eu fiz para merecer isso!"

- "Até o talo?" – Saga sufocava de tanto rir.

Shura não teve alternativa senão se render ao fato de que tinha ficado uma conversa muito suspeita mesmo e começou a rir também. Logo chegaram ao edifício da Universidade onde moravam os docentes e Saga enxugava as lágrimas de tanto rir.

- "Certo. Deixe-me ficar um pouco sério para dizer-lhe algo, Shura." – Respirou profundamente algumas vezes e mordeu os lábios. – "Desculpe se pareço um tanto atirado, ou mesmo se agi com algum desrespeito para com você. Trabalhamos juntos há mais ou menos seis meses. Cuidamos do projeto de pesquisa e nos vemos todo dia. Moramos no mesmo lugar. Você há de convir que para dois estudiosos maníacos, até que temos muito em comum. Isso foi o que me atraiu em você. Eu sinceramente não pensei nem um pouco se você gostaria ou não de estar com um homem e reconheço que fui egoísta e insensível. De tal maneira, vou fazer algo que raramente faço, que é pedir desculpas pelo modo como venho me comportando. E, agora que já me humilhei o suficiente, podemos subir?" – Desceu do carro na garagem mal iluminada e olhou para o acesso aos apartamentos. Outra noite revirando na cama pensando mais do que devia no espanhol.

Shura demorou um pouco para digerir o excesso de frases do outro. Estava começando a se acostumar com o jeito dele de falar demais, de fazer várias coisas ao mesmo tempo e de rir mesmo quando a situação não era a mais indicada. Bateu a porta do carro e ficou em silêncio olhando para o elevador que o levaria ao andar onde residia. Bem do lado do ocupado por Saga.

- "Saga, gosta de vinho espanhol?" – Começou a andar em direção à saída.

- "Gosto sim, por que?"

- "Tem um ótimo na minha casa. Vamos." Shura sabia que ia se arrepender... Tinha certeza que ia...


Nota: Caramba, que custo! Ok, Kakau, está aqui a primeira parte do seu presente de aniversário. Eu estou terminando a segunda, pode acalmar o gênio capricorniano aí. Eu sempre cumpro o que prometo, ok? E, sinceridade, só mesmo sendo seu aniversário e você surtando MUITO para eu voltar e escrever essa fanfiction. Não que eu não ame os cavaleiros, continuo louca por eles, mas é outro problema, você sabe muito bem o quanto eu brigo neste fandom e, não tenho mais saco pra isso, de boa. Então, fica aqui a primeira parte. A segunda? Em no máximo uma semana, vamos ver primeiro o que você acha. Beijos e Feliz Aniversário MUITO ATRASADO.