Lágrimas caiam dos olhos verdes esmeralda de Clarice Hallial, a morte da mãe não foi nada fácil. Seu pai batia na porta a horas mas não teve resposta.Clarice acaba de voltar do enterro. De vestido e tudo se trancou no quarto. Se isolou de qual quer ajuda que poderia receber. Agora era apenas ela, a coberta, e a sensação de vazio.Clarice desmanchou o penteado que prendia seus cabelos castanhos claros e lisos. Quando ela se levantou e foi até a porta, seu pai estava ali, cansado e com uma triste feição. Eles se abraçaram então choraram mais.
- Chega, sua mãe nos daria uma bronca se visse agente assim. - Roger diz
Roger nunca chorou na frente de Clarice, mas agora era uma ocasião em que ele permitiu-se fazer tal ato. Clarice tomou um banho demorado, colocou seu pijama mais confortável e foi dormir. Seu sono foi interrompido por um barulho na janela, ela olhou para o lado e viu seu gato arranhando o vidro. Midnight, um gato preto de olhos verdes, tinha um andar elegante. Quando Clarice abriu a janenela ele saltou para dentro.
- Isso é hora, Midnight?
O gato solta um miado, Clarice volta pra cama.
No dia seguinte, Roger estava fazendo panquecas na frigideira, sem dificuldade, jogando a
massa para cima e pegando depois. Ele ouve um barulho atrás dele, olhou para conferir. Deu de cara com Midnight parado ali.
- Não me olhe assim - Roger diz
- Assim como? - o gato retruca
Roger estremece, ele já escutou esse gato falar mil vezes, mais sempre era único conversar com um animal. E também estranho, muito estranho.
- Nada, esquece, oque fazemos agora com a morte de Margaret? - Roger indagou se concentrando na panqueca
- Dar o fora daqui? Quem matou Margaret foram bruxas, isso significa que vão vir atrás de Clarice.
- Tá mas pra onde vamos?
- Mistwonder - o gato diz
Roger quase derruba uma panqueca.
- Como assim Mistwonder? E o lugar com mais influência sobrenatural do pais ...
Roger iriacomeçar uma lista de motivos para não ir a Mistwonder, mas Midnigh foi mais rápido.
- Temos aliados lá, e Clarice vai fazer 17 anos daqui a quatro meses, já está na hora dela saber a verdade: ela é uma bruxa.
- Não sei, talvez ela não esteja preparada.
Clarice aparece no final do corredor, de pijama.
- Pai tá falando com alguém?
- Não filha, só estou tentando tirar o gato do balcão.
Clarice abriu um armario em cima do balcão, de lá tirou uma caixa de ração. Colocou uma tigela que estava no chão, guardou a caixa, abriu a geladeira e dali tirou uma garrafa de leite, colocou um pouco na outra tigela, Midnigh tomou um pouco de leite e ignorou a ração.
Clarice puxou uma cadeira e sentou-se. Roger serve dois pratos e dois garfos, depois serve uma panqueca para cada prato.
Clarice terminou de comer, e já iria se levantar.
- Filha, preciso lhe dizer uma coisa.
Clarice olha para Roger
- Temos que nos mudar - ele diz
- Agora?! - Clarice parece não gostar nada da ideia
- Sei que está triste, mas realmente precisámos.
- Pai, é o pior momento para isso!
- Sabe que não faria nada se não soubesse que você ficaria bem.
Clarice solta um longo suspiro.
- Para onde vamos?
- Uma pequena cidade no extremo leste de Maine chamada Mistwonder.
- Quando? - ela pergunta
- Daqui a uma semana.
Clarice soltou outro suspiro. Ela se levantou e foi para o quarto, pegou o notebook e ligou para sua melhor amiga Cassandra.
Cassandra apareceu na tela. Com seu cabelo tingido de azul, que era naturalmente castanho. Ela usava óculos quadrados e discretos.
- Ei! Clarice, como está? - ela pergunta
Clarice começa a chorar.
- Nada bem, meu pai quer se mudar!
- Agora...? Logo agora com... a morte da sua mãe? - Cassandra questiona
- Foi oque eu disse! - mais lágrimas
- Amiga daqui a duas semanas eu estou aí... - Cassandra argumenta
- Vou embora daqui a uma semana - Clarice cospe as palavras
Cassandra fica sem reação, ela joga a cabeça pra frente, fazendo seu cabelo desarrumar.
Elas conversaram sobre o assunto até Clarice se sentir melhor. As duas desligaram ao mesmo tempo depois de se despedirem.
Clarice respirou fundo.
- Mistwonder ai vou eu.
