"A afeição e a simplicidade mudas falam mais que palavras." William Shakespeare

Sentia-se desarmada com ele; não precisava de palavras para demonstrar o que sentia, nem mesmo gestos ou cartas apaixonadas. Ela tinha certeza que ele sabia exatamente o que ela sentia, somente de olhá-la nos olhos.

Quando estavam juntos, era como se nada mais existisse. O mundo exterior era apenas uma vaga lembrança de que não estavam tão sozinhos.

Certa vez, enquanto estavam deitados – em silêncio – sobre um sofá velho, Harry resolveu se pronunciar.

"Eu te amo." Ele disse.

Ela não soube o que dizer. Afinal, havia algo a ser dito? Era orgulhosa demais para admitir que o amava.

Ela nunca o respondeu, e ele nunca se incomodou. Pois, assim como Pansy havia imaginado, ele sabia o que ela sentia. Não só por conta dos olhares, mas pela suas ações.

Mas o amor é como gelo: precisa de algo para continuar existindo.

Quando disse que iria se casar, ela não chorou, não implorou nem demonstrou qualquer sinal de ter escutado.

"Vá em frente". Ela disse.

Depois de um tempo, já não tinha tanta certeza assim do que ela sentia. Mas tinha certeza absoluta do que ela havia sentido.

No fim, isso era tudo que importava.


Mais uma fic pro Projeto Shakespeare. Juro que não vou falar nada sobre reviews dessa vez.