Nota: Olá, essa fic não foi escrita por mim e sim por JessicaGoble, eu apenas fiz a tradução dela junto com minha beta Soft Leon. Muito obrigada Jess por me autorizar a traduzir sua fic! Quem quiser ler a original ( em inglês ), ela está no meu perfil na lista de fics favoritas. Boa leitura!
.
Vampire Knight – Immoral Love
–Capítulo 1—
O quarto estava escuro e frio, qualquer pessoa normal fugiria de um aposento tão deprimente como este. A garota sentou-se na enorme cama de dossel¹, as cortinas de seda macia se afastaram, permitindo que a luz da lua derramasse tristes lágrimas prateadas na camisola da garota. Os joelhos foram puxados para perto do seu peito, os braços dela apertados em suas finas pernas. Seus longos cabelos castanhos espalhados de forma descuidada em torno de seu queixo. Seus olhos brilhavam, a luz da lua refletindo as lágrimas derramadas. Ela mordeu o lábio febriu até sentir o gosto de sangue.
Vermelho cintilante.
Ela sentiu a dor, a urgência da sede de um vampiro. Isso a fez se sentir fraca, porém fortalecida ao mesmo tempo. Ela olhou para o enorme abertura da janela ao lado de sua cama e se perguntou quando ele iria voltar. Já tinham se passado duas semanas, tempo demais para o seu gosto. A dor da solidão estava empurrando dolorosamente seu coração contra suas costelas.
"Onii-sama…"
O tom de sua voz flutuou no silêncio até finalmente se aquietar. Ela então percebeu que a solidão estava devorando sua determinação.
Depois de uma hora ou aproximadamente deixando sua mente vagar, Ela ouviu um tink, tink, tink na abertura de uma das janelas. Sua cabeça se elevou ligeiramente dos joelhos e ela viu uma figura de pé em seu quarto. O cabelo dele estava coberto de neve branca e seu trench coat² flutuava preguiçosamente com a brisa. Seus olhos capturaram a atenção dela, eles eram vermelho-sangue.
A satisfação embalou-a até seu âmago e seu coração frio tornou-se imediatamente quente. Ela soltou suas pernas e se ajoelhou na cama para olhar para ele, o sangue em seu corpo bombeando ferozmente.
"Estou em casa," ele disse finalmente, os olhos vermelhos traindo o comportamento calmo.
"Onii-sama."
Ele não resistiu, ele não hesitou, ele só a pegou em seus braços, pressionando-a contra o colchão.
Ela podia sentir o cheiro, o sangue correndo nas veias dele. Ela apertou seu rosto contra seu pescoço, tendo o cheiro dele bombeando sua força vital.
"Foi um tempo muito longo, Yuuki," ele murmuro, os olhos vermelhos dele se tornando grandes e selvagens com a necessidade. Ela não hesitou ou vacilou em expor seu pescoço, puxando sua camisola para baixo do ombro para dar melhor acesso à ele.
Ela estava espantada com a delicadeza da mordida dele, comparado aos metodos violentos de alimentação dela. Ela sentiu uma onda de prazer familiar acima de sua espinha enquanto ele puxava suavemente o líquido escarlate de seu pescoço.
"Ka…Kaname," ela gemeu, e depois de um momento ele gentilmente se afastou, pairando sobre ela. Seus olhos quentes retornaram a tonalidade castanho-avermelhada e seus lábios se curvaram num leve sorriso. Ele limpou o fluxo de sangue em seu queixo e tirou seu molhado trench-coat de seus ombros largos .
"Tome, minha preciosa Yuuki, porque meu sangue é só seu."
Ela podia sentir a perturbação de sua sede em todo o seu corpo. Sua garganta estava seca e queimando de desejo enquanto ela se posicionava a fim de enganchar suas pernas uma de cada lado dele, seu peito descansando em cima dele, sua boca contra a nuca dele. A dor era quase insuportável, mas ela se afastou, seu coração esmagando com o peso da culpa.
"Eu… Eu não posso… Onii-sama…" ela chorou, e lágrimas se formaram no canto dos seus olhos. "Eu…"
Ela a olhou com uma expressão que espelhava compaixão e devoção.
"Minha querida irmã não pode sequer suportar ter suas belas presas no pescoço do seu próprio irmão?"
"Eu não posso… fazer isso com você," ela disse, os olhos vermelhos dela sendo a única coisa visível no quarto. "Eu tenho medo."
"Isso é quem você é, Yuuki-chan," ele disse. "Este método é ensinado a crianças pequenas, se você não aprender a conseguir sangue por si mesma nunca irá se tornar verdadeiramente independente com um adulto, mas será forçada a depender dos outros para conseguir sangue pra você, você vai ficar tão indefesa quanto uma menininha."
Os olhos dela se fecharam fortemente e ela balançou a cabeça de forma frenética, lutando contra a sede avassaladora em seu corpo.
"Por favor… Nii-sama," ela implorou. Suas sombrancelhas juntas e franzidas, seus olhos vermelhos esboçando desespero.
Ele olhou para ela, sua expressão espelhava preocupação e compaixão. Após um momento de hesitação ele trouxe sua mão à boca e ao luar refletindo seus dentes de vampiro ele afundou-os com firmeza em seu pulso. O sangue jorrou silenciosamente de seu pulso e para baixo de seus longos dedos gotejando nos lençóis de cetim da cama.
Ela se aproximou incontrolável quando o perfume atingiu seu nariz. Ela não hesitou em alcançar a mão estendida dele e lamber o sangue que escorria de seu dedos. Em seguida ela cobriu os furos minúsculos que as presas dele criaram com os lábios, saciando sua sede.
"Minha inocente irmã bebê," ele sussurrou, observando os lábios dela sugando o sangue em seu pulso. "Sou eternamente impotente contra você."
Ela se afastou e ele limpou o líquido escarlate dos labios pálidos dela. "Me perdoe," ela murmurou, afundado contra o corpo dele, seu corpo numa forma-encaixe para ter os braços dele envolvendo-a numa espécie de abraço.
"O que Yuuki fez que precisa do meu perdão?" ele perguntou gentilmente, olhando para o teto enquento ela se aconchegava em seu peito.
"Eu sou uma pessoa fraca."
"Fraca?"
"Eu não posso perfurar sua carne eu mesma, mas eu não posso sobreviver sem o seu sangue."
O silêncio rondeava enquanto ele considerava as palavras dela, depois de um momento ele falou. "Você não é fraca por querer o sangue de quem você ama," ele disse, beijando seus lábios carinhosamente, "Eu só me preocupo com o que aconteceria se algo acontecesse comigo, você seria capaz de sobreviver?"
Ela olhou para ele, seus olhos arregalados com o choque. "Não diga isso!" ela balbuciou, seu coração martelando em seu peito. "Nada vai acontecer com você!"
"Eu quis dizer em teoria, amor."
Ela olhou para longe. "Eu não quero viver sem você."
Ele sorriu para ela e beijou o vinco entre suas sombrancelhas.
Ela desabotoou o primeiro botão do colarinho da camisa dele. "Onii-sama, você vai ficar comigo esta noite?"
Kaname inclinou-se e descansou a cabeça em um dos travesseiros. "Eu vou estar onde você quiser que eu esteja."
Ela suspirou aliviada e aconchegou-se no peito dele. Depois de alguns momentos a exaustão alcançou-a e ela caiu num sono profundo e relaxante.
xVxKx
Yuuki acordou na manhã seguinte, o quarto envolto em trevas onde as cortinas pesadas haviam sido puxadas para bloquear o sol brilhante. Ela se esticou e aplainou a palma da mão onde Kaname tinha dormido. Ainda estava quente do corpo dele.
"Kaname…" ela murmurou, torcendo os dedos no tecido macio.
"Ohayo, Yuuki."
Ela olhou para cima, e lá estava ele, encostado na parede, observando-a. Ele estava vestindo roupas diferentes e seu cabelo estava molhado de um banho de choveiro.
"O…Ohayo, Kaname" ela respondeu, desejando um bom dia ao irmão mais velho.
O som de seu nome nos lábios dela o fez sorrir calorosamente. Ele caminhou até a cama dela, sentando-se ao seu lado nos lençóis amassados.
"Conte-me sobre a sua viagem," ela pediu, com o som de pássaros cantando do lado de fora fazendo-a se sentir presa.
Ele olhou para a janela coberta. "Eu fui falar com um dos nossos parentes distantes Akito Ganzo, para ver se ele seria aliado da família Kuran, sempre deve surgir a necessidade."
Ela inclinou a cabeça para o lado. "Um aliado da família Kuran?"
Ele acentiu. "Yuuki, você e eu somos os únicos membros restantes do clã Kuran desde a morte do Rido," ele disse. "O destino do mais poderoso clã da história da raça dos vampiros repousa em nossas mãos."
"Isso fez Ganzo-san aceitar nossa oferta de diplomacia?" Yuuki perguntou.
"Ele aceitou, embora não com muita facilidade." ele explicou, colocando a mão em concha no rosto dela. "Essa é a extensão do que você precisa saber,"
Ela olhou para longe. "Você me trata como uma criança."
Ele descansou a mão sobre a cabeça dela como tinha feito tantas vezes quando eram mais jovens. "Só porque quero te proteger dos horrores da vida de um vampiro."
"Eu não entendo," ela disse, sua cabeça caindo.
"O que confirma que o meu plano é bem sucedido," ele disse gentilmente, colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha. "O menos que você entender, o melhor."
"Eu não preciso ser protegida de quem eu sou, Kaname."
O rosto dele se tornou menos suave, seu sorriso se tornou uma carranca e seus olhos escureceram. "Yuuki, há coisas que eu vivi esta semana que eu nunca, em toda minha vida, quero que você testemunhe."
Ela olhou para longe. "Eu quero ir com você da próxima vez."
Ele sorriu calorosamente. "Será que a Yuuki-chan por acaso sentiu falta do Nii-sama dela?"
Ela olhou para ele, os olhos arregalados e cheios de emoção. "Que tipo de pergunta é essa? Você não me viu noite passada?" Ela perguntou incrédula. Ela lembrava de como tinha chupado descaradamente o sangue do pulso dele.
"Me faz feliz saber que você sentiu minha falta, mas se for necessário saciar sua sede tão desesperadamente, porque não usou qualquer um dos comprimidos de sangue que eu deixei pra você?" ele perguntou.
Ela olhou para a caixinha repousada em cima de sua mesa de cabeceira e afastou-a envergonhada.
"Eu…Eu prefiro ter…"
Ele sorriu com pena. "Yuuki…"
"Eu sou um vampiro patético, não sou?" ela perguntou, enxugando uma lágrima do seu rosto. "Eu não consigo… me satisfazer…"
"Se isso deixar você mais confortável quando eu estiver longe, eu vou designar alguém para ajudar a saciar sua sede."
Ela olhou para cima, seus olhos arregalados de horror. "Não! Eu não poderia…" ela disse, olhando para longe. "Além disso, não é o seu sangue… Eu tenho sede dele."
"Yuuki…"
Ela olhou para cima a viu-o sorrindo com ternura.
"O quê?"
Ele riu. "Há momentos em que você parece completamente madura, e depois há momentos em que eu juro que vejo aquela menininha indefesa que usava de agarrar nas pernas da minha calça para me empedir de sair."
"Me desculpe, Onii-sama," ela disse olhando para longe. "Eu não mereço você."
"Não fale bobagens," ele disse, "Nós fomos feitos um pro outro."
Ela olhou para ele quando o silêncio caiu sobre eles. "Como você faz isso?"
Ele inclinou a cabeça para o lado confuso. "Como eu faço o quê?"
"Como você… resiste… por tanto tempo?" ela perguntou.
Ele sorriu calorosamente para ela. "Eu tenho prática o suficiente."
Ela olhou para os lençóis de sua cama. Ele tinha sido forçado a vê-la a distância por dez anos após suas memórias terem sido apagadas, e seu lado vampiro selado. Tantos anos que ele tinha sido forçado a viver sem o único sangue que o satisfaria planamente, o sangue dela. No entanto ele permaneceu perto dela, sempre olhando por ela, sempre protegendo-a.
"Onii-sama… Quando você vai embora?" ela perguntou, olhando para ele.
Ele virou-se. "Eu vou embora esta noite."
"Quanto tempo você vai ficar fora?"
Ele cruzou os tornozelos. "Só poucos dias, talvez."
"Então por favor, me leve com você."
"Isso está fora de questão," ele disse a ela, seus olhos tornaram-se graves.
"Eu posso ajudar você! Se os nossos aliados em potencial verem que o clã Kuran está se reformando, talvez eles sejam convencidos a se juntar a nós."
Ele desviou o olhar e ela sabia que ele via a sensatez do que ela tinha sugerido, dois puro-sangues Kuran eram melhores que um, mas o lado protetor dele estava tendo uma batalha interior com a sensatez.
"Kaname…" ela começou, esticando os braços e pegando um punhado da camisa dele. "Eu me sinto tão sozinha, todo o tempo…"
Os olhos dele se arregalaram de surpresa. "Mas e Aidou-san, Shiki-san, Rima-san, Akatsuki-san, Ru—"
"Você sabe o que eu quero dizer!" ela balbuciou, batendo seu punho contra o peito dele. "Eu preciso de você!"
"Chega," ele murmurou, pegando o punho dela em sua mão e cuidadosamente descontraindo os dedos apertados dela.
"Não me deixe sozinha," ela disse, enterrando a cabeça no ombro dele. "Por favor… Kaname…" ela implorou.
Ele segurou-a cuidadosamente contra seu tronco, seus olhos distantes, como se estivesse pensando profundamente. Depois de um momento ou dois ele riu e tirou o cabelo castanho dela de seus olhos. "Eu nunca consegui dizer não pra você, não é?"
Ela lembrou de um momento quando ela era mais jovem. Um momento que ocorreu a mais de dez anos atrás.
O medo atingiu o âmago de Yuuki. Ela estava sentada em sua cama, seu coração martelando violentamente contra seu peito. A escuridão da sala sem janelas estava sufocando-a.
Ela saiu do seu quarto e escapou silenciosamente para as escadas da mansão de seu pai, dando o seu melhor para não fazer barulho. Sua palma pequena estava tremendo incontrolavelmente quando chegou ao seu destino. Ela não bateu ou gritou, ela apenas colocou sua pequena mão na grande maçaneta de ouro e girou-a, o alívio fluiu através dela quando abriu sem esforço.
"Nii-sama?" ela sussurrou, enquanto caminhava até a grande cama d'água. Quando ele não a respondeu pulou para a cama, pressionando seu peso sobre ela, água correu em sua volta.
"Nii-sama?" ela chamou novamente, desta vez estendendo a mão para tocar a bochecha dele.
Os olhos dele se abriram, e um disparo de surpresa se registrou na mente de Yuuki. Ele sentou-se reto, colocando os braços em torno de Yuuki enquanto procurava uma ameaça em potencial no quarto.
"Nii—"
A respiração dele estava vindo agitada e ela podia sentir seu coração martelando fortemente contra o rosto dela.
"Yuuki-chan, está tudo bem com você?" ele perguntou, colocando o queixo dela em suas grandes mãos.
"Nii-sama… Eu tive um sonho assustador…" ela murmurou. Escondendo sua face na extensão do peito de seu irmão. Após um momento de compreensão ele a tomou em seus braços.
"Me desculpe, pequena," ele confortou-a, escovando seus dedos pelos bagunçados cabelos castanhos dela.
"Eu posso dormir com você, Nii-sama?" ela implorou, virando-se para descansar a cabeça sobre o travesseiro. Ele olhou para ela com amor.
"Você sabe que Otoo-sama e Okaa-sama não querem que Yuuki-chan esteja fora da segurança de seu quarto," ele disse, olhando para a menina que fechou os olhos num falso sono.
"Nós não vamos dizer para Otou-sama e Okaa-sama," ela ofereceu, abrindo os olhos e olhando pra ele de forma suplicante. "Eu posso guardar em segredo."
"E se eu voltar para o seu quarto?" ele perguntou, colocando sua mão em forma de concha no rosto dela.
"Eu gosto da sua cama Nii-sama," ela disse aconchegando-se nos cobertores. "É sempre quente."
Ele sorriu para ela e se colocando de modo que ficasse de frente pra ela, seus olhos se conectaram e ela sorriu infantilmente. Ele retribuiu o sorriso.
"Você sabia que vai chegar um dia em que o Nii-sama e a Yuuki-chan vão ser como o Otoo-sama e a Okaa-sama?"
"Verdade?" ela perguntou, seus olhos arregalados de deleite.
Ele acentiu. "Se Yuuki quiser."
"Eu quero muito!" ela disse, aconchegando-se no ombro do irmão. Ele se inclinou e beijou a testa dela suavemente.
"Agora durma, pequena," ele ordenou. "Eu vou lutar para manter seus sonhos assustadores longe de você."
Yuuki olhou para o irmão, seus olhos cheios de lágrimas. "Por favor, Nii-sama."
A realidade caiu dura sobre ele quando ela usou o apelido infantil que ela dera para ele mesmo. Virou-se e beijou sua testa, da mesma forma de quando ela subiu em sua cama e pediu-lhe para lutar contra seus pesadelos.
"Tudo bem, com algumas condições."
Ela arregalou os olhos de deleite e sua boca se transformou num sorriso brilhante. Ela jogou os braços em volta dele. "Muito obrigada!"
"Você quis ignorar a parte em que eu disse que você deveria se submeter a algumas condições?"
Ela inclinou a cabeça confusa. "Que tipo de condições?"
Ele se levantou em seguida, caminhando para a porta. "Vista-se, vamos dar um passeio ao redor do lago."
"Lá fora? Eu vou lá fora?!" ela perguntou, saltando.
Ele fechou os olhos suavemente e balançou a cabeça. "Yuuki, você faz parecer como se eu a mantivesse prisioneira aqui."
"Eu só não fui autorizada a sair de casa por meses," ela murmurou, olhando para o chão.
"Você pode me culpar por estar preocupado com a sua segurança? Vampiros e vampiros hunters tem procurado igualmente a princesa Kuran desde a morte do Oji-sama," ele disse, olhando o sol pela janela, o qual se derramava pelas aberturas da janela. Ele se virou lentamente para ela. "Okaa-sama instruiu-me com o dever de proteger sua única filha, e eu assumi essa tarefa com o melhor da minha capacidade," ele disse.
"Você é absolutamente altruísta, Kaname," Yuuki disse, desabotoando a frente da camisola, de costas para ele.
As mãos dele pousaram em cima dela, colocando as mãos na cintura dela e impedindo-a de se despir. A camisola estava desabotoada o suficiente para expor seu pescoço para ele e ele mordeu sua carne, sugando seu sangue com cuidado.
"Eu não sou tão altruísta como você pode pensar, pequena."
Ela o assistiu sair do quarto limpando calmamente o líquido escarlate dos lábios.
xVxKx
"Kaname-sama! Você não pode estar falando sérios sobre Cross Yuuki!" Aidou gritou, de pé.
Como um flash Kaname estava ao lado de Aidou, e golpeou-o tão rapidamente que ele não podia sequer reagir.
"Você não vai falar comigo sobre a minha irmã de modo tão informal," ele vociferou. "Ela é a princesa dos Kurans, a mais antiga família de puro-sangues da história vampiresca, e eu não vou permitir que você se dirija a ela com tal intimidade."
"Onii-sama…" uma voz disse, e todos os vampiros do quarto viraram a cabeça para ver a entrada de Yuuki.
"Ohayo gozaimasu, Yuuki-sama!" Todos eles declararam, levantando-se e curvando-se em respeito.
"Oh-Ohayo," ela disse, devolvendo a reverência deles com uma própria. Ela voltou-se para Aidou. "Você pode me chamar de Cross Yuuki se quiser, Aidou-sempai."
A cabeça de Aidou se curvou em respeito. "Por favor perdoe-me por me referir a você de modo tão casual, Hime."
Ela franziu o cenho. "Eu não sou uma princesa, eu sou apenas uma estudante do ensino médio, e honestamente, eu prefiro que você me chame de Yuuki-chan," ela disse, levantando o olhar para seu irmão com um sorriso. "Eu era simplesmente a Yuuki antes de despertar, e eu gostaria de permanecer simplesmente a Yuuki."
Todos olharam para Kaname esperando sua aprovação, após um instante ele sorriu calorosamente. "Como você quiser, Yuuki."
Ela sorriu feliz. Tinha decidido usar uma saia rosa pálida com uma bota marrom alta até os joelhos e uma camiseta branca de mangas longas.
"Yuuki, está nevando lá fora, então você provavelmente deve usar um casaco." Kaname ordenou, entregando-lhe um pesado casaco azul-marinho com pele branca. Ele havia escolhido um simples par de calças e seu pesado casaco azul-marinho.
Eles caminharam até a porta e Kaname permitiu que Yuuki saísse da mansão na sua frente. Ela girou em um círculo lentamente tendo a imagem do país das maravilhas de inverno em torno dela. Tinha neve pesando nas árvores e revestindo a fonte da fachada, congelando a água. Tudo o que ela podia ver estava coberto por um manto branco. A neve estava caindo pesadamente e Yuuki estendeu as mãos, pegando os flocos de neve que caiam.
Ela virou-se de repente, sorrindo na direção de Kaname. "A neve não é linda, Nii-sama?"
Ele estava olhando para ela com uma expressão vazia. Ela inclinou a cabeça para o lado. "Está tudo bem, Kaname?"
Ele saiu de seu sonho diurno e sorriu calorosamente. "Isso todo é muito nostálgico pra mim, me lembra de tempos infelizes."
"Infelizes?"
"Estava nevando no dia em que suas memórias foram apagadas e você foi retirada dos meus braços," ele relembrou-a, mas ela virou-se para ele e tomou sua mão.
"Não é necessariamente um tempo infeliz, Nii-sama," ela disse, enquanto o levava em direção ao lago. "Você salvou minha vida naquele dia."
Ele entrelaçou seus dedos com os dele enquanto ela o puxava para a margem do lago.
"Olhe Nii-sama, o lago está congelado!" ela disse, dando um passo no gelo.
"Yuuki-chan, por favor saia do gelo, estou com medo, você me deixa muito preocupado, você pode escorregar ou até mesmo cair inteiramente no gelo," ele disse, estendendo a mão.
"Oh Nii-sama," ela disse, brigou. "Você é muito protetor comigo, mas eu não sou mais uma garotinha, eu sou uma mulher," ela anunciou, as mãos na cintura. Ele olhou para ela, paixão cintilando em seus olhos. "Eu sei muito bem," ele disse pisando no gelo. Ela estava lá, o queixo erguido e os olhos arrogantes até ele chegar até ela.
Os braços dele estavam em torno dela num abraço amoroso e seus lábios cobriam os dela, beijaram-se apaixonadamente sobre o gelo enquanto a neve caia em torno deles. Ele beijou seu queixo e pescoço, mas se afastou para se manter longe da tentação. "Considere a minha preocupada reação como a de um noivo preocupado com sua futura esposa, em vez de um irmão mais velho com sua irmã mais nova."
Ela olhou para longe. "Quando você me diz isso, eu sinto como se estivesse cometendo algo imperdoável por te amar."
Ele riu. "Eu acho que o lado humano te deixou quase tão amável quanto as memórias da menininha um pouco desajeitada que corria para o quarto do "Nii-chan" dela depois de ter um pesadelo."
Ela virou-se então, mas ela escorregou no gelo caindo para trás. Kaname pegou-a facilmente em seus braços fortes, segurando-a junto ao seu corpo.
"Você… você me pegou," Yuuki disse, atordoada com os reflexos rápidos de Kaname.
"Eu sempre vou te pegar quando você cair, Yuuki."
Ela olhou para a neve caindo, seus olhos em profunda reflexão.
"O que você está pensando?" ele perguntou, segurando-a próxima a ele enquanto cuidadosamente saia do gelo.
"Eu estava pensando sobre…" mas então ela se silenciou. "Não tem importância."
"Yuuki, você não precisa esconder nada de mim, nada o que você diga ou faça vai me afastar de você. Eu quero saber o que você pensa."
"Eu fiquei me perguntando…" ela começou, as bochechas coradas. "Eu fiquei me perguntando com Aidou-sempai, e todos os outros vampiros podem sair normalmente por algumas semanas sem precisar do sangue de alguém, mas se eu ficar sem o seu por alguns dias, eu fico inquieta?"
Ele colocou a cabeça dela debaixo do seu queixo, e ela podia sentir o sangue bombeando nas veias do pescoço dele. "Porque," ele disse. "Aidou-san e os outros tem sido ensinados a beber sangue desde que eram crianças pequenas, mas com você, você não desenvolveu a base dos modos de um vampiro. Meu sangue foi lhe dado livremente quando você era mais jovem. Seus dentes não estavam completamente desenvolvidos e você não pode conseguir sozinha, por isso eu lhe dava o meu para mantê-la forte e saudável, mas quando o seu lado vampiro foi selado sua sede também foi selada, e você perdeu a base do conhecimento da maioria dos vampiros," ele explicou. "Isso faz com que você tenha sede rapidamente e também é a razão porque você não consegue morder para obter sangue por si mesma."
Ela lambeu os lábios distraidamente quando olhou para uma veia no pescoço dele.
Ele abaixou a gola da camisa, expondo seu pescoço. "Meu sangue está sempre disponível para você, Yuuki."
"Eu… Eu não posso."
"Olhe para mim, Yuuki," ele disse e os olhos vermelhos dela brilharam em resposta à sua crescente sede. "Você pode fazer isso, você deve, é algo que você tem que fazer para crescer como um vampiro."
Ela pôs as mãos nos ombros dele e ergueu-se, ainda nos braços dele. Ela empurrou os cabelos castanhos dele para trás em volta do pescoço e enterrou seu rosto na curva de seu pescoço.
Ela expôs suas presas, mas logo que ela fez, lágrimas jorraram de seus olhos vermelhos. "Eu… Eu estou com medo."
"Não vai me machucar, Yuuki," ele prometeu. "Isso só vai me dar um grande alívio."
Ela colocou seus dentes contra o pescoço liso dele, mas quando seus lábios tocaram a pele dele ela começou a tremer incontrolavelmente. Sua respiração saia de seu peito arfante e seu peito subia e descia em uma corrida agitada.
"Morda, meu amor."
Ela começou a soluçar, lágrimas escorriam pelo seu rosto, e ela escondeu seu rosto no peito dele. "Me Deixe ir," ela disse.
"Não."
Ela olhou para cima, aturdida. "Kaname, me deixe ir."
"Você precisa aprender a conseguir por si mesma."
"Eu não posso," ela disse, lutando nos braços dele, mas depois de um chute ele libertou-a e ela caiu sobre o gelo, penetrando através das camadas de gelo e batendo na água fria.
Ela foi sugada pelo gelo, incapaz de encontrar a superfície. Ela podia sentir o seu sangue em toda parte, e o cheiro a faz gritar em agonia, o que só a levou a inalar mais água. Em poucos segundos ela sentiu um par de mãos envolvendo sua cintura e puxando-a para a superfície.
"Não! Me deixe ir!" ela lutou. Agora tudo o que ela podia sentir era o sangue, não só o seu próprio, mas dele.
"Tome," Kaname finalmente disse, um corte grande no pescoço dele. O sangue desceu de seu pescoço e encharcou a camisa dele, a água estava manchada dele. "Você vai entrar em choque se não beber, agora."
Ela não conseguiu resistir ao cheiro e começou a lamber o sangue fora do pescoço dele. Ela então sugou o corte no pescoço que agora jorrava sangue. Ela nem sequer parou para respirar, não desperdiçou uma gota do sangue que estava escorrendo do pescoço dele. O cheiro era irresistível, e provou-o, foi maravilhoso. Bebeu tanto que ela começou a se perguntar se ele estava bem.
"Eu deveria parar…" ela disse, olhando nos pálidos olhos castanhos dele.
Tão logo ela tirou seus lábios do corte, ele começou a se curar, e depois de segundos, ele se fechou completamente.
O cabelo dela ainda estava endurecido com o sangue dele, ela podia sentir o cheiro por toda parte. Seus olhos não tinham voltado para a cor marrom original. Ela ainda tinha uma sede incontrolável pelo sangue dele.
"Kaname, você precisa ficar longe de mim," ela disse tremendo nos braços dele enquanto flutuava na água gelada. "Eu… Eu não posso controlar…"
Foi então que ela fez, como se sempre tivesse conseguido sangue dessa maneira. Mordeu o pescoço dele delicadamente, apenas até o sangue começar a jorrar em sua boca. Desta vez ela se sentiu diferente. Isso não era apenas para sobreviver, Isso era para demonstrar sua adoração por seu futuro marido. Ela beijou-lhe no pescoço e começou a beber o seu sangue, incapaz de parar. Ela então beijou os lábios dele, mordendo-o suave no lábio inferior até experimentar um pouco mais do sangue dele.
"Kaname…"
"Beba até alcançar seu limite máximo, minha bela vampira adulta."
E ela fez.
¹ Dossel no contexto é um enfeite de tronos, andores e leitos que consiste em uma cortina que fica apoiada em colunas geralmente de madeira - especialmente nos séculos passados. -. Muito comum em camas de princesas.
² Trench Coat é um casaco de chuva, que protege do frio e da umidade, feito em couro, algodão ou gabardine, com tamanho na altura do joelho ou um pouco maior. Foi desenvolvido para os soldados da 1ª Guerra Mundial, e foi criado por Thomas Burberry, e hoje é a famosa grife Burberry.
Ai está o primeiro capítulo! Fiquei até as 3:00 da manhã traduzindo-o e acordei às 6:00 para terminá-lo antes de ir para a escola. Algumas coisas podem não estar fielmente traduzidas, modifiquei algumas coisas para dar mais sentido. Perdoem os erros que podem aparecer, juro que estou dando o melhor de mim para essa tradução.
Lembrando mais uma vez que eu não sou o a autora desta fic, estou apenas traduzindo com a autorização da autora JessicaGoble junto com minha melhor amiga e super beta Soft Leon. As informações acima são pequenas explicações sobre duas coisas diferentes citadas na fic.
Em breve o segundo capítulo será postado! Já comecei a traduzi-lo.
Um enorme beijo para todos, não esqueçam das reviews!
Yuuki-chan.
