Capítulo I
Era um sábado de julho. O primeiro do mês e o primeiro das férias. Eu estava sentada na minha cama olhando as malas e conferindo se meu passaporte e o dinheiro estavam na bolsa. Depois de tudo conferido eu peguei a bagagem e a bolsa e, sem me despedir, fui para a Estação King's Cross. Peguei o trem e depois de algumas horas eu estava no Aeroporto de Londres, pronta para passar minhas férias no lugar dos meus sonhos: Estados Unidos.
Eu sei que lá nem tem essas belezas, mas sempre tive vontade de conhecer o que eu já "conheço" através da aula de Estudo dos Trouxas. Enfim, depois de adiar muito decidi ir por minha conta, sem ajuda dos meus pais ou irmãos, porque eu sabia que eles nunca deixariam eu ir sozinha, então estive juntando dinheiro durante um tempo e quando já tinha o bastante criei coragem e fui em busca de um dos meus sonhos.
Mas você não deve querer saber sobre o que meus pais disseram (e para falar a verdade eu não estou querendo relembrar o que eles falaram).
No aeroporto, peguei o avião para Nova Iorque e depois de algumas horas eu estava pousando no Aeroporto de Nova Iorque e eu nem podia acreditar que estava a milhões de quilômetros de casa. Depois de pegar minha bagagem, subi num táxi e pedi ao motorista que me levasse ao Hotel mais barato que ele conhecia. Depois de quinze minutos paramos em frente a um prédio velho e sujo, o motorista tirou minhas malas do carro e eu entrei no lugar, que parecia um pouco assustador. Fui até o balcão onde um homem velho e gordo assistia a um programa na televisão.
"Senhor?"- eu disse, mas o homem parecia ter sido hipnotizado pelo aparelho trouxa.
"Senhor?"- eu falei um pouco mais alto e ele enfim me notou.
"O quê?"
"Tem algum quarto vago? Eu queria me hospedar."
"Quarto 201. Cobramos 20 dólares a diária."
"Tudo bem. Precisa preencher alguma ficha?"
"Não, mas precisa pagar logo."
"Ok."
Dei o dinheiro ao homem e fui para o quarto. O lugar era muito sujo e eu começava a achar que não agüentaria ficar ali por muito tempo, quem sabe só uma noite, afinal estava muito cansada e não agüentaria ir a procura de outro Hotel.
Quando cheguei no quarto deitei na cama e pedi a todos os Deuses somente uma coisa: que naquele quarto não morassem ratos e nem baratas.
!D/G! !D/G! !D/G! !D/G! !D/G! !D/G!
No dia seguinte acordei toda dolorida e por incrível que pareça eu me sentia mais cansada do que quando fui dormir, mesmo assim me levantei, afinal não adiantaria continuar deitada naquela cama desconfortável. Desci as escadas e ao perguntar pelo café da manhã, me mandaram a uma Padaria da esquina. Sem nenhuma opção diferente, fui até o tal lugar e pude me alimentar.
Tentei me animar um pouco, afinal eu estava nos Estados Unidos! Tinha enfrentado Merlin e todo mundo (meus pais, meus irmãos e meu namorado) e agora não podia ficar me lamentando pelos cantos.
Esses pensamentos me animaram um pouco, saí da Padaria, parei numa banca de revistas e comprei um mapa da Cidade. Fui andando e olhando o mapa e eu sei muito bem que as pessoas não devem fazer isso, mas eu estava doida para conhecer cada pedacinho daquele lugar e o que aconteceu foi que em um segundo eu estava andando feliz e calmamente pela rua e no outro eu estava sendo jogada para o lado por uma pessoa muito pesada.
Senti minhas costas irem de encontro ao chão e juro por Merlin que soltei o pior palavrão que eu conseguia me lembrar naquele instante. Abri os olhos e vi um cara lindo em cima de mim, me olhando.
"Oi?"
"Graças a Deus você está bem, Elle!"
Olhei para trás e só vi o chão atrás de mim. Aquele sujeito estava louco.
"Moço, meu nome não é Elle!"
"Eu sei, bobinha! Seu nome é Emanuelle! Claro, mas nós a chamamos de Elle!Venha, levante-se! Temos que ir para o Hotel."- ele falou me ajudando a levantar.
"Moço, olha, meu nome é Ginevra!"
"Ah Meu Deus! Que nome terrível, Elle! De onde você tirou isso? Vamos, senão você vai se atrasar."- ele disse me arrastando e eu estava chocada demais para protestar. Deixei que ele me levasse e depois de andarmos um bom tempo paramos em frente a um Hotel luxuoso, entramos e o homem me levou para o quarto no último andar. Eu realmente estava começando a ficar com medo quando a porta do elevador abriu e eu dei de cara com o quarto maravilhoso. O hotel em que eu estava cabia dez milhões de vezes dentro daquele quarto. Merlin, eu queria um quarto daquele. Mas eu acordei do meu sonho quando lembrei que não existia nenhum motivo para eu estar ali.
"Quem é você?"- eu perguntei ao homem.
"Sou Gigi, seu agente! Você tomou seu remédio hoje, amorzinho? Fique aí, vou chamar o Daniel."
Ele saiu e eu fiquei pensando numa forma de sair daquele lugar. Mas não tive muito tempo, cinco minutos depois Gigi estava de volta e ele trazia um rapaz...muito familiar...era incrível como ele me perseguia em todos os lugares.
"MALFOY?"
Ele me olhou com desprezo e disse para Gigi, que parecia um pouco atordoado com o meu grito:
"Saia. Preciso falar com Elle."
O rapaz saiu e ele disse:
"Weasley? O que você está fazendo aqui?"
"Malfoy, eu que pergunto! E outra, Daniel? O que foi? Está fugindo?"
"Não, sua idiota, eu não estou fugindo, mas quando cheguei aqui decidi deixar o passado para trás e adotei esse nome."
"Hm..."
"E você? Como entrou aqui?"
"Por Merlin! Aquele rapaz, Gigi, me encontrou na rua e me trouxe para cá dizendo que sou uma tal de Elle. Eu disse que não sou, mas ele insistiu."
"Que idiota! É claro que você não é a Elle! Elle e eu brigamos e ela não voltará mais."
"Namorada é, Malfoy?"
"Não que te interesse, mas não. Elle era minha companheira de palco. Se você não sabe, Weasley, agora eu sou cantor."
Eu senti um nó subir em minha garganta até explodir pela minha boca em uma gargalhada estrondosa. A cena de Malfoy cantando era demais para mim.
"Não sei porque você está rindo. Eu sou famoso. Quer dizer, era. Eu e Elle, mas agora que ela partiu...eu..."
Ele me olhou estranho. Era como se ele me visse pela primeira vez. E de repente um sorriso maquiavélico brotou nos lábios dele.
"Weasley...você se parece muito com ela..."
"Olha...nem vem...o que te faz pensar que logo eu vou te ajudar?"
"Não olhe por esse lado. Olhe pelo lado do dinheiro. Você pode ficar rica, Weasley. E também é só por algum tempo, até essa turnê terminar."
"Mas...eu não vou morar aqui, sou estou de férias."
"As férias já bastam."
Eu me calei e ele continuou:
"Pense...fama...dinheiro... e diversão..."
Olhei para ele e ele continuou:
"Além de me ter como companhia."
"Você quer que eu aceite ou recuse? Porque você com certeza é a parte ruim de todo o negócio."
"HaHaHa.Vamos Weasley, o que me diz?"
Pensei mais um pouco e enfim decidi:
"Tudo bem. Eu topo."
Afinal, não tinha nada o que perder.
!D/G! !D/G! !D/G! !D/G! !D/G! !D/G!
Quando eu disse "sim" eu não sabia que ia doer tanto.
Ok. É uma dor suportável, mas que droga, esses puxões são de lascar qualquer um.
Essa mulher puxou meu cabelo várias vezes, em todas as direções possíveis e eu acho que se sair viva dessa, saio careca.
Tudo bem.
E o pior é que eles ficam me chamando de Elle, Ellezinha, Le, E., pôxa! Eu estou usurpando o lugar de uma pessoa. Isso deve ser crime em algum lugar (e nome de novela também). O Malfoy disse que a condição principal para o trato era que em hipótese nenhuma eu revelasse que sou Ginevra Weasley, para o mundo eu agora me chamo Emanuelle Rey. Por Merlin, que nome estranho! Ai Merlin, Merlin Merlin Merlin! Eu estou me arrependendo de ter aceito isso! Eu quero ir para casa. Ai, acho que vou desmaiar.
!D/G! !D/G! !D/G! !D/G! !D/G! !D/G!
Tudo bem.
Saí viva da sessão puxa-puxa.
Colocaram uns tons loiros no meu cabelo e eu juro que se minha mãe, meu pai, o Rony ou o Harry virem meu cabelo, eles vão me matar. Tudo bem que até que está bonito, mas eles não vão gostar. Mas eu não ligo para eles.
Está bem.
Ligo. Só um pouco.
Além disso, o Malfoy me deu dinheiro para comprar roupas e sapatos. Comprei alguns, mas ainda sobrou dinheiro. Acho que ele me deu uma quantia muito alta só para me humilhar. Deixe estar. Ele ainda me paga. (ou o contrário)
E para completar eu me mudei para esse Hotel chiquééééérrimo e essa foi a parte melhor! Eu duvido que aqui tenha baratas, ratos e camas desconfortáveis!! Merlin! Tudo que eu queria. O que é ruim é porque o meu quarto é ao lado do quarto do Malfoy e de vez em quando ele entra sem bater, coisas típicas de um Malfoy mal educado.
Ah! E eu me esquecendo da parte melhor de todas.
Eu vou ter que aprender a cantar! E isso só vai acontecer daqui a uns dois milhões de anos.
Definitivamente eu estou ferrada.
!D/G! !D/G! !D/G! !D/G! !D/G! !D/G!
Nota da Autora: Gente! Que saudade de escrever!! Essa fic está na minha cabeça há séculos, mas ando sem tempo de digitar porque estou com problemas, por isso peço desculpa em relação às outras fics!
Emanuelle Rey foi inspirada em mim, oras! Mas meu nome é Emanuela Reis, é só um ajuste...hihihi!
Essa fic não vai ser cópia daquele filme "Lizzie McGuire um sonho popstar", não se preocupem!hehehehehe
Se possível, comentem!
Beijos,
Manu Black.
