Autora: Mary Spn
Beta: Euzinha! Os erros são todos meus.
Dedicatória: Essa fic é um presente para a AnarcoGirl. Sei que estou super atrasada com o seu aniversário, mas é de coração, viu?
N/A: Cada capítulo será uma nova aventura dos pequenos Winchesters.
The new adventures of little Sam and little Dean.
Capítulo 1 – Sammy e o Cão.
Eu estou ficando cada vez mais faminto, minha barriga faz uns barulhinhos engraçados e eu já estou cansado de esperar.
Faz mais de meia hora que Dean saiu para comprar leite e o meu cereal favorito e ainda não voltou. Pelo menos eu acho, porque o ponteiro grande do relógio está no oito e o pequeno... Melhor deixar pra lá, ainda não sei ver as horas, eu confesso. Mas o Dean não pode saber disso, senão ele vai rir de mim.
Ele me mandou ficar quietinho aqui dentro deste quarto de motel fedorento, enquanto ele foi à mercearia. Por que ele não podia me levar junto? Mandão, sempre mandão! Humpf!
Cruzei os meus braços e espiei mais uma vez pela janela. Eu sabia que ia levar uns petelecos por isso, mas não resisti e abri a porta do quarto. Tinha um sol lindo lá fora e eu não podia ficar ali trancado, não mesmo!
Fui até a calçada, olhando ao redor o tempo todo para ver se Dean não estava voltando, mas por sorte não o encontrei.
Foi então que eu vi um gatinho preto do outro lado da rua e não pude me conter. Eu tinha que pegá-lo, pelo menos um pouquinho. Afinal de contas, brincar com um gatinho não podia fazer mal a ninguém e eu tenho quatro anos, já não sou mais criança!
Atravessei a rua, não sem antes olhar para os dois lados e conferir se não vinha nenhum carro, afinal Dean me mataria se eu morresse atropelado.
Então me aproximei bem devagar e peguei o bichinho no colo. Ele tinha o pelo macio e parecia faminto, assim como eu. Brinquei com ele durante alguns minutos e decidi que era hora de voltar, pois meu irmão ficaria furioso se me visse ali na rua, sozinho.
E foi só quando eu me virei para voltar ao motel que percebi que não estava sozinho. Um cachorro preto enorme, quase do meu tamanho, estava parado a menos de um metro de mim, com a sua bocarra aberta e os dentes arreganhados.
Ele rosnava, olhando para mim com seu olhar assassino e cruel, então eu senti algo molhado e quente escorrendo pelas minhas pernas.
Eu pensei que seria devorado por aquele monstro ali mesmo, mas então meu irmão apareceu. Dean, o meu herói!
Dean jogou uma pedra, que eu tive que desviar para não acertar em minha cabeça e espantou o cão, gritando alguns palavrões. Aliás, Dean conhecia um montão deles!
Depois que o animal foi embora, Dean parou na minha frente com as mãos na cintura e me olhou de cima em baixo, parando o olhar nas minhas calças molhadas. Ele desfez a cara feia e riu da minha cara, pelo menos por alguns segundos.
Eu fiquei envergonhado e sorri amarelo, então Dean me deu um peteleco na cabeça, voltando a ficar carrancudo.
- O que você faz aqui na rua, seu pestinha?
- Eu, eu... – A minha coragem sempre ia embora quando Dean me olhava daquele jeito zangado.
- Quando eu mando você ficar dentro do quarto, é pra ficar dentro do quarto, entendeu? – Ele me pegou pela mão e me arrastou de volta para o quarto de motel.
- Eu sei, mas... Dean...
- E se eu não chegasse naquela hora? Aquele pinscher poderia ter mordido você. Ou te arranhado! Os cachorros transmitem raiva, você sabia?
- Pinscher? – Franzi minha testa, indignado. Ok, talvez o cachorro nem fosse assim tão grande quanto eu havia imaginado, mas que meteu medo, isso sim! E ele até podia ser pequeno, mas era assustador!
- O que você pensou que era? Um Pit Bull? – Dean não perderia a chance de me zoar.
- Um Rottweiler? – Eu tentei disfarçar.
- Sammy, você precisa me obedecer, entendeu? E se te acontecesse alguma coisa? Se você fosse atropelado, ou sequestrado, ou se algum monstro pegasse você... O que seria de mim? E o papai? Ele iria me matar! – Dean falava num tom de desespero, fazendo eu me sentir terrivelmente culpado.
- Me desculpe, Dean! – Olhei pra ele de um jeito triste, arrependido, o que ele costumava chamar de olhar de filhotinho abandonado. Então ele sorriu e me abraçou apertado.
- Tudo bem, Sammy! Eu sempre vou estar aqui pra cuidar de você. Mesmo que você seja um pirralho irritante! – Ele bagunçou meus cabelos e me atirou na cama, fazendo cócegas em minha costelas. – Você está fedendo! Melhor ir para o banho, maninho!
FIM... Deste capítulo!
