Título da fic: Liebe.

Anime: Weiss Kreuz.

Casal: Schuldich x Nagi/ Crawford x Nagi

Classificação: Yaoi/ Lemon / Angust/ Ação/ Dark?!

Autora: Yume Vy

Beta: Evil Kitsune

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Aviso

Essa fic é continuação direta de 'Jogo de Sedução' e 'Eu Apaixonado?!', sendo, portanto, o fim da trilogia. o// Você pode até lê-las em separado, mas com certeza absoluta só entenderá todos os acontecimentos se ler as duas últimas.

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Liebe

Capítulo 01 – Tocando sua Mente...

O sol estava se pondo... O céu era tingido de vermelho com nuances violetas que escureciam mais e mais, permitindo que as primeiras estrelas pudessem ser vistas. O vento frio do início do outono lhe trazia um certo ar de melancolia, mas nada podia fazer. Na verdade não sabia definir desde quando se encontrava assim, mas... Quem queria enganar? Ele sabia... Sabia perfeitamente.

Seu problema... Toda sua melancolia devia-se a apenas uma coisa... Ou deveria dizer a uma pessoa? Sim, tudo era por causa daquele garoto de cabelos macios e suaves que possuía uma cor única de chocolate, o perfume natural inebriante que parecia o mais puro elixir, a pele de porcelana macia e cremosa e aqueles olhos de um azul tão profundo como o fundo do mar.

"Nagi... Nagi... Nagi...", Suspirou, fechando os olhos em seguida.

Se você tem um amor em vista, cuidado... O amor morde!

Sua vida agora era um suplício! Queria muito tocá-lo, abraçar o corpo menor e o cobrir de beijos, provando daqueles doces lábios. Deseja senti-lo estremecer sob seu toque, mas... Isso não era mais possível! Nagi o evitava e agora estava nos braços do maldito vidente. Sua criança agora pertencia a outro e tudo... Tudo isso era culpa dele. Deixou-se levar por um joguinho no qual se achava o mestre e perdeu aquilo que lhe era tão especial e isso porque...

"Maldito amor.", Praguejou internamente, mas agora já era tarde demais.

Ele... Schuldich, o grande telepata, aquele que manipulava e brincava com a mente dos outros, que explorava seus mais profundos sentimentos para conseguir aquilo que desejava, fracassou! Controlar sentimentos... Podia distorcer os sentimentos alheios, manipulá-los, mas... Não podia controlar seus próprios sentimentos, tornando-se assim, escravo dele... Escravo do maldito amor!

Riu sarcástico, achando tudo muito irreal, mas essa era a verdade. Ele vivia aquilo que mais repudiava, mas... Talvez não fosse assim tão ruim, não? Claro que desde que se descobriu apaixonado por Nagi sua vida tornou-se um pequeno inferno... Seu tormento por ficar longe do telecinético, a dificuldade para manter-se indiferente, porque... Ficar com aquela feição de besta apaixonada quando pensava em Naoe não combinava com ele, mas sim, acabava com sua reputação!

"Mas eu vou virar o jogo, Brad. Você não vai ganhar essa!", Sorriu malicioso. Talvez o americano tenha achado que ele desistiu, afinal, passaram-se quase dois meses e ele ainda não agira, mas precisava daquele tempo pra pensar e... Para dar tempo a Nagi.

Por mais que estivesse frustrado, sabia que isso era necessário... Necessário para fazer Nagi entender certas coisas e... Afinal, ele não estava assim tão longe do adorado garoto de cabelos chocolate. Na verdade estava mais perto do que Brad Crawford podia imaginar! Passeou com os longos dedos por entre os fios cor de fogo como se os desembaraçasse, enquanto seus olhos azul-céu observavam o firmamento ser tomado pela escuridão completa.

" Perfeito!", Ouviu a voz de Farfarello e virou-se, vendo que o mesmo estava muito entretido admirando o brilho de uma cimitarra com cabo entalhado em ouro e algumas pedras preciosas.

" ...!", Não sabia o que ele estava pensando e nem queria saber... Os pensamentos dele geralmente atiçavam seus ímpetos homicidas em relação a uma certa pessoa, por isso erguia barreiras para que aqueles pensamentos caóticos não o tocassem.

Começou a ficar entediado, talvez devesse sair e se divertir um pouco, aplacar a melancolia presente em seu ser como fez algumas vezes, mesmo sabendo que de nada adiantava, pois nenhuma daquelas pessoas era quem realmente queria. Às vezes se impressionava em ver como Nagi roubou-lhe a mente e o coração e...

"Aqui estou eu pensando como o maldito Fujimiya.", Resmungou algo completamente ininteligível ao se lembrar dos pensamentos que captou do líder dos Weiss no último confronto, onde o mesmo estava disposto a morrer pelo pequeno Bombay, pois sabia... Tudo na mente de Aya resumia-se apenas uma pessoa... Omi Tsukiyono.

Parou repentinamente no primeiro degrau da escada que o levaria ao segundo andar, onde estavam os quartos e direcionou seu olhar para o corredor adjacente ao lado direito da escada e simplesmente dirigiu-se até lá. Sabia que naquela parte da casa encontravam-se os cômodos usados como sala de reuniões, escritório e biblioteca. Viu a porta entreaberta e parou ao escutar um pequeno gemido.

Aproximou-se mais e seus olhos logo captaram aquilo que sua mente já sabia... Crawford estava no escritório... Com Nagi. Via as mãos grandes percorrerem o corpo pequeno que estava de costas para ele, não podendo assim ver a face bela, apenas escutava os gemidos roucos que o mesmo emitia apesar de tentar contê-los.

A blusa branca logo foi retirada sendo jogada no chão, a cabeça estava erguida e os macios e finos fios chocolate caíam displicentes para trás enquanto arqueava graciosamente. Ouviu o barulho do zíper sendo aberto e o pequeno sendo virado bruscamente, podendo enfim ver a face jovem expressando aquele doce sofrimento enquanto era penetrado, fazendo um gemido mais alto ser emitido por Nagi.

Quando você faz amor se olha nos espelho?

Em quem você pensa... Ele se parece comigo?

Você mente e diz que é pra sempre?

Você pensa duas vezes ou apenas aposta para ver?

" Aahnnn... Crawfo... Crawford...", Gemeu, sua voz mesclava dor e prazer.

Os olhos azul-céu cintilaram, estreitando-se e fixando-se na imagem de Nagi, na face dele, em cada expressão que o mesmo mostrava enquanto Brad Crawford o penetrava em um vai-e-vem quase insano, fazendo o corpo menor ir para frente e para trás. Sua mente captava os pensamentos de Nagi e... Será que ele realmente preferia Crawford?

Continuou observando, vendo a mão pequena fechar-se em algum papel e morder os lábios enquanto Crawford o penetrava incansavelmente, masturbando-o na mesma velocidade, fazendo seus gemidos aumentarem e uma lamúria indefinida ser emitida por aquela boca rósea e suculenta.

Virou-se, abandonando aquele local, não vendo o olhar malicioso lançado pelo belo vidente que continuava com seu prazer. Passou rapidamente pela sala, subindo para o quarto sem dar atenção ao que Farfarello dizia. Entrou e deitou-se na cama, pensando no que sentiu, no que captou vindo dele e sorriu... E logo seu sorriso tornou-se uma gargalhada quase insana, terminando alguns instantes depois, permitindo-se apenas fitar o teto e fechar os olhos, mantendo uma expressão enigmática na face.

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Aproximadamente uma hora depois ouviu uma batida na porta e uma das empregadas da casa abriu-a devagar, fitando aquele homem sensual que estava deitado bem a vontade sobre a cama como se instigasse quem o visse a se jogar nela e se deixar levar pela mais profunda luxúria.

" Senhor Schuldich?", Ela chamou, vendo os olhos azul-céu abrir-se e fitá-la.

" Sim?", A voz nasalada chegou ao ouvido dela com uma melodia instigante.

" O Senhor Crawford ordena que vá ao escritório. Ele deseja falar-lhe.", Respondeu, dando um sorriso ao ruivo.

" Hum... Ele quer falar comigo.", Disse sarcasticamente, deixando um sorriso malicioso e impreciso novamente tomar conta de seus lábios.

" Sim.", Ela respondeu, vendo-o se levantar.

Schuldich caminhou suavemente como um felino pelo quarto passando pela jovem empregada e lançando-lhe um olhar intrigante, vendo como ela se derretia. Sabia que só precisaria chamá-la com o dedo, que a pobrezinha faria tudo e muito mais do que ele quisesse, mas ela não lhe interessava... Seu interesse era apenas um.

"E agora começa nossa nova batalha... Crawford!", Pensou, dirigindo-se novamente ao escritório.

Chegou rapidamente no mesmo, entrando sem bater, vendo o americano arrumando uns papéis na mesa, o papel amassado por Nagi ainda estava da mesma forma e o garoto encontrava-se no canto direito, próximo a janela, parecendo muito, mas muito envergonhado, o que o deixava adorável!

Quando está sozinho... Você se solta?

É selvagem e voluntarioso... Ou é apenas um show?

" O que quer, Brad?", Perguntou, voltando seu olhar para Brad, sentando-se displicente na poltrona e mesmo assim mantinha um ar casualmente sensual.

" Eu viajarei hoje, a negócios, com Nagi.", Falava enquanto arrumava os óculos, fitando o belo ruivo que estava sentando displicentemente na poltrona.

" E por que está me avisando? Eu não me interesso por seus assuntos pessoais.", Fala, passando a mãos nos longos fios avermelhados, sua face mostrando todo o desinteresse que tinha no assunto.

Nagi o fitou por um segundo, voltando a olhar pela janela sem nada dizer.

Crawford o observava. A face de Schuldich mostrava um desinteresse completo, podia dizer que o ruivo estava até mesmo entediado naquele momento e não se abalou com suas palavras. Arrumou os óculos, recostando-se e lançando um olhar de superioridade ao alemão.

" Você está sendo avisado pelo fato de que preciso deixar alguém encarregado de cuidar dos assuntos referentes à proteção de Takatori. Sabe que os Weiss podem atacar... Caso eu tenha uma visão sobre isso avisarei.", Disse sério, naquele tom frio e arrogante que lhe era tão comum.

O pequeno telecinético novamente volta seu olhar para os dois homens que pareciam centrados no assunto que tratavam. Crawford mantinha aquela pose superior que lhe era natural enquanto Schuldich apesar de sério, mantinha um ar de quase divertimento e tudo o que ele podia pensar era em como eles eram diferentes...

"Não. Na verdade eles não são diferentes...", Com esse pensamento, voltou a observar o ambiente lá fora, recostando a cabeça na janela, deixando que a melancolia voltasse a assolar seu pequeno ser.

"No fundo o que ambos querem é apenas diversão.", Pensou e fechou os olhos.

" Ah, sim... Nossa pequena diversão...", Ri baixinho, sua frase deixada no ar, parecendo perdido em pensamentos... Captando outros...

"Ele se refere aos Weiss ou...?", Perguntou-se internamente, apesar de não demonstrar nada em sua face, que continuava tão impassível como sempre foi.

" Era só isso. Retire-se.", Falou, tentando ver através daqueles olhos azul-céu.

Conhecia Schuldich o suficiente para saber que estava tramando algo, afinal, não acreditava que ele teria desistido assim tão facilmente. Sabia muito bem que o alemão era inteligente o suficiente para perceber sua pequena e eficaz manobra e a questão agora era... O que e como ele faria para vingar seu orgulho ferido? O que aquela pobre e tola alma apaixonada poderia fazer contra ele? Nagi fora ferido... Ferido por palavras e este tipo de ferida... Elas não cicatrizavam tão facilmente, talvez não cicatrizassem nunca!

" Divirta-se... Brad.", Schuldich disse naquele tom nasalado e sexy, levantando-se e saindo rapidamente do cômodo, sorrindo.

" Pare de me chamar de Brad.", Respondeu sério, lançando um olhar frio. Aquilo... O modo como ele falava seu nome o incomodava na verdade, por mais que quisesse negar.

Schuldich apenas sorriu, olhando sobre o ombro.

"Ele realmente está tramando algo.", Brad pensou sem deixar de fitar o ruivo.

"Não se preocupe, Nagi. Eu não vou te deixar sozinho!", Nagi abriu os olhos rapidamente ao ouvir a voz nasalada ecoar em sua mente, virando-se e vendo a porta se fechar.

" O que foi?", Os olhos escuros de Crawford recaem sobre Nagi.

" Nada.", Disse sem alarme, apesar do coração bater descompassadamente.

" Arrume-se. Sairemos em uma hora.", Ordenou, voltando ao trabalho.

Nagi ficou observando-o por alguns instantes. Às vezes se perguntava como Crawford podia mudar tanto. Sabia que ele não era alguém volúvel, mas... Ele se mostrava carinhoso em certos momentos, para no seguinte ser uma pedra de gelo, uma criatura seu alma... Sem coração. Isso o confundia e... O amedrontava.

Virou-se, saindo da sala em silêncio. Caminhou lentamente pelo corredor, chegando á sala e percorrendo com os olhos a mesma, virando-se e subindo as escadas. Precisava se preparar. Tinha plena certeza de que seria um tédio total aquela viagem. Crawford sem dúvida voltaria toda sua atenção para o trabalho e ele ficaria de lado. Não podia reclamar, sabia disso, mas... No fundo, ele sempre quis mais.

"Droga! Por que eu tenho que me sentir assim?", Perguntou-se, suspirando. Seria mais fácil se não tivesse coração como os outros dois.

Sem perceber parou a poucos passos da porta de seu quarto. Sentia-se sozinho, muito sozinho na verdade. Sempre parecia que faltava algo e ele não sabia o que era, mas não adiantava saber a pergunta, pois nunca encontrava a resposta e isso era definitivamente frustrante.

" Chateado... Mein kind?", Ouviu a voz nasalada chegar a seus ouvidos.

" Schuldich?", Virou-se rapidamente, encarando o ruivo que sorria enigmático.

" Sim, sou eu!", Deu alguns passos para frente, seu caminhar lânguido e sensual, parando a alguns centímetros de Nagi.

" O que quer dizer com 'mein kind'?", Estreitou os olhos, fitando-o irritado.

Não quero te tocar muito, baby...

Pois fazer amor com você pode me levar a loucura!

Eu sei o que você pensa... Que o amor sai do jeito que a gente fizer.

Por isso não quero estar por perto quando você decidir rompê-lo, não...

Schuldich debruçou sobre Nagi que deu um passo para trás, encostando-se à parede. O perfume suave, mas instigante do telepata podia ser sentido com perfeição. Os olhos azuis claro pareciam atravessar o pequeno menino que se encontrava paralisado sem ter como fugir daquela aproximação, deixando que seus lindos e maravilhosos olhos mostrassem o quanto estava alarmado.

" Quis dizer 'minha criança'.", Respondeu, curvando-se mais e aspirando o perfume que aquele corpo pequeno exalava.

" Quê?! Saia daqui! Eu não sou 'sua criança'.", Respondeu irritado, colocando as duas mãos no peito de Schuldich e empurrando-o, seus olhos expressando um misto de revolta e confusão.

" Se esse é o seu desejo... Liebe.", Sorriu enigmaticamente, afastando-se um pouco, seus olhos ainda fixos nos dele, até que virou-se, caminhando em direção ao próprio quarto.

" E pare de falar palavras em alemão comigo!", Disse Nagi alterado.

" Guten Nacht!", Falou, rindo daquela maneira sarcástica que só ele sabia.

" Vá dar boa noite para seus amantes, seu maldito!", Respondeu em um rompante.

" Hum... Mas só você é meu amante... Beliebt.", Schuldich disse em tom baixo, sorrindo, afinal, por mais que tivesse outros amantes, apenas Nagi poderia receber o título de 'querido'.

" Eu não sou seu amante!", Gritou irritadíssimo, virando-se e entrando no quarto, batendo a porta.

Sem motivos para ficar parado no corredor, o sexy telepata entra em seu quarto, fechando a porta e levando os longos dedos aos botões de sua blusa clara, abrindo um por um, até que deixa a blusa deslizar por seus ombros, enquanto caminhava em direção a cama, deixando a peça cair no chão e sem preocupações, permitiu que seu corpo repousasse sobre a mesma. Seus olhos brilhavam e seu sorriso era o de quase deleite ante as manobras que pensava para ter aquele de quem mais gostava de volta.

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Em um quarto extremamente organizado onde nada está fora do lugar, Nagi encontrava-se escorado a porta. Seu coração ainda batia descompassadamente como se quisesse sair de dentro de seu peito e ele teve que levar a mão ao mesmo, como se o gesto pudesse acalmar os batimentos cardíacos. Sua mente estava impregnada de imagens do maldito telepata, que como sempre queria apenas brincar.

Suspirando profundamente, o jovem de cabelos chocolate desencostou-se da porta e caminhou até a cama, sentando-se nela, lembrando-se das palavras de Schuldich. Por que o maldito telepata tinha que ser tão inconveniente? Ele não tinha a resposta, mas... A aproximação dele ainda o perturbava, por mais que tentasse negar.

Olhou para o armário, abrindo-o telecineticamente, escolhendo as roupas que iria levar na viagem com Crawford. Sua mente fazia isso automaticamente enquanto as peças voavam para dentro da pequena mala, mas seus pensamentos... Estes estavam presos no que aconteceu à poucos minutos, na aproximação feita por Schuldich... No corpo dele quase colado ao seu e o perfume instigante que o envolvia.

Levantou-se repentinamente assustado com os pensamentos que percebeu impregnar sua mente. Balançou a cabeça negativamente tentando afastar os mesmos sem muito efeito e se irritava com isso. Fechou os olhos e caminhou em direção ao banheiro, trancando a porta com cuidado e encostando-se nela, deixando que um longo suspiro escapasse.

Retirou a roupa com lentidão, deixando as peças dobradas sobre um pequeno armário que estava próximo a bancada da pia. Caminhou até o box e ligou o chuveiro sentindo com as costas da mão a temperatura da água, verificando que estava como ele gostava. Suspirou e foi molhando os braços, dando um passo à frente e deixando a água cair sobre seus ombros, até que todo seu corpo estivesse molhado.

"Por que ele simplesmente não me deixa em paz?", Nagi se perguntava em pensamento, enquanto seus dedos deslizavam pela pele de porcelana, queria esquecer tudo, mas simplesmente não conseguia...

Em sua mente ainda estava ele... Ainda podia sentir o perfume almiscarado de Schuldich, do maldito telepata que sempre o rondava, que o cercava com seu corpo perfeito e sensual, sussurrando em seu ouvido... Em sua mente, com aquela voz sexy e nasalada que lhe dava um charme extra e o deixava arrepiado. Lutava para se manter impassível ao ruivo, mas não conseguia. Sempre... Sempre se sentia estremecer por dentro quando ele simplesmente se aproximava.

Seus olhos azuis profundos estavam fechados, a água quente caía sobre seu corpo, sua franja, ligeiramente molhada, estava suavemente colada à testa e seus dedos deslizavam por seu corpo lentamente, fazendo suaves arrepios percorrerem sua pele enquanto sua mente divagava recordando a recente aproximação de Schuldich, o sussurro em seu ouvido... Aquela voz...

" Droga!", Disse, abrindo os olhos e balançando a cabeça em uma negativa, querendo com isso, espantar aqueles pensamentos.

Fechou o registro, fazendo a água parar de cair sobre seu pequeno corpo e logo se enrolou na toalha, enxugando-se apressado e tentando não pensar em nada. Repreendia-se e xingava-se mentalmente por ver que ainda pensava nele, mesmo depois de dois meses... Mas às vezes era inevitável, principalmente depois de um 'encontro' como aquele no corredor.

"Schuldich maldito!", Pragueja em pensamento.

Voltou ao quarto e rapidamente trocou de roupa, não se dando tempo de pensar em mais nada. A hora estava passando e ele precisava estar pronto em menos de dez minutos. Crawford odiava se atrasar e ele não queria ouvi-lo repreendendo-o de novo. Suspirou e assim que terminou, pegou sua mala e saiu do quarto, vendo a porta do quarto do alemão no final do corredor e virou-se, descendo a escada e logo chegando ao primeiro andar, onde o americano já o esperava.

" Estou pronto.", Disse em tom baixo.

Crawford apenas olhou o relógio, verificando se Nagi havia atrasado e virou-se.

" Vamos.", Disse no tom frio de sempre, sendo seguido por Nagi.

Saíram no carro do americano e este olhava para frente sério. Parecia irritado com algo, mas Nagi não fazia idéia do que seria e nem mesmo tinha coragem de perguntar. Olhou para Crawford por alguns instantes, mas depois desviou o olhar para a janela, observando tudo lá fora com certa melancolia.

" Algo o incomoda, Nagi?", Perguntou repentinamente, quebrando o silêncio.

" Hã?! Não, nada. Por quê?", O pequeno telecinético teve que se segurar para não pular no banco quando ouviu a voz de Crawford, seu coração batendo mais rápido.

" Parece incomodado.", Disse apenas, sem olhar para o garoto.

Nagi ainda o olhava, a face séria, mas na verdade estava espantado. Por que aquele repentino interesse? Por que justo agora ele estava perguntando se estava bem, se tinha alguma coisa que ele não estava gostando? Crawford nunca fora de ficar perguntando coisas assim, na verdade eles mal se falavam!

" Mas... Por que está perguntando?", Nagi deixou escapar sua dúvida, para no instante seguinte gelar ao ver os olhos azuis tão escuros, quase negros, recair sobre ele.

" Não posso?", A pergunta foi fria e cortante.

" Não. É... Quer dizer, claro que pode. Apenas... Achei... Inusitado.", Falou de maneira quase inaudível, abaixando a cabeça. Sentia que a qualquer momento seu coração poderia sair pela boca de tão rápido que batia.

Não estava acostumado com isso. Na verdade, cada vez que Brad Crawford o observava em silêncio, falava com ele, sentia um frio na barriga, como se pudesse ser morto no segundo seguinte. Não tinha idéia de porque isso acontecia, mas essa insegurança sempre o acompanhava em todos os segundos que estava com o americano. Apenas quando estavam no quarto, é que esse medo sumia um pouco, até que desaparecia em meio ao prazer que sentia.

O carro parou no sinal de trânsito e Crawford levou a mão a face de Nagi, fazendo o menino congelar, olhando-o com espanto, mas o que veio foi apenas uma carícia suave e os dedos longos percorrendo seus lábios, deixando-o atordoado com aquele gesto tão estranho vindo da parte do líder dos Schawrz.

" Não estou com raiva de você. Fique calmo.", Disse em tom suave, como se visse através da alma do menino, puxando Nagi pela nuca e beijando-o lentamente.

Nagi simplesmente estava sem reação. O que era aquilo que Crawford estava fazendo? Achou que ele simplesmente lhe daria um tapa e o mesmo acariciou sua face e agora o beijava com suavidade. Demorou alguns segundos para corresponder, mas deixou-se levar por aquele gesto tão carinhoso da parte do moreno, por mais que ainda achasse estranho.

Continuaram se beijando até ouvirem alguém buzinando atrás e viram que o sinal já tinha aberto. O telecinético ficou vermelho e o vidente apenas sorriu malicioso, dando a partida e aumentando a velocidade rapidamente, determinado a chegar logo em seu destino, afim de colocar em prática seus objetivos.

" Você é especial, Nagi!", Falou calmamente, enquanto dirigia.

" O que?", Perguntou em choque. Como assim? Por que isso agora?

" Queria apenas que soubesse.", Respondeu sem fitá-lo, ouvindo o celular tocar e atendendo rapidamente, não dando tempo para que Nagi indagasse sobre sua afirmação.

O jovem de cabelos chocolate e olhos azuis profundos fitava Crawford com espanto, as palavras do americano repetindo-se em sua mente. Sem saber o que pensar voltou a fitar a janela, surpreso com a ação e palavras ditas à apenas alguns segundos. O que o vidente acabara de fazer era algo... Chocante? Fora de sério? Não tinha palavras para definir... Não conseguia compreender o motivo pelo qual foi presenteado com aquelas palavras e gestos. Sabia que devia se sentir feliz e muito satisfeito, mas ainda assim aquilo lhe dava... Medo.

"Isso é tão irônico.", Pensou consigo mesmo, fechando os olhos enquanto se acomodava melhor no banco. Por que simplesmente não estava contente? Essa era apenas mais uma... Mais uma pergunta sem resposta!

Crawford observou o garoto de relance, vendo como seu pequeno gesto carinhoso e palavras sutis o perturbara, deixando-o confuso. Sabia que ele esperava apenas a frieza típica vinda de si e que um beijo cálido e uma frase 'reveladora' balançaria aquele frágil coração. Realmente Nagi era 'adorável' aos olhos de qualquer pessoa.

"De certa forma, eu o compreendo...", Sorriu malicioso, continuando a dirigir, concentrando-se na pequena viagem que fariam.

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A melodia gótica espalhava-se como névoa por toda a boate, corpos se moviam sensualmente no ritmo da dança, provocando e incitando as pessoas que observavam. O ar respirado era de pura luxúria, enquanto os freqüentadores deleitavam-se em bebidas e deixavam que seus corpos roçassem em outros de maneira excitante.

Andando calmamente dentro daquele ambiente, como se estivesse num mundo à parte, um homem de longos cabelos ruivos brilhantes como os raios de sol ao entardecer, cortava caminhando entre a multidão, chegando enfim ao bar, sentando-se e fazendo um pequeno movimento de mão ao barman, que logo lhe trouxe um drinque.

Aquele não era o primeiro drinque da noite, mas essa constatação não era importante! Protegia sua mente, erguendo barreiras psíquicas, dos pensamentos mundanos que impregnavam todo o local, mas ocasionalmente captava um ou outro que era mais intenso. Ainda não tinha certeza do porquê ter vindo àquele local, mas era melhor do que ficar sozinho com Farfarello. Realmente apenas Crawford conseguia suportá-lo nos momentos em que ele ficava mais insano... Como quando resolvia brincar, testando o corte de suas facas nas vítimas de Takatori, que eram traidores.

"Crawford...", Repetiu mentalmente o nome do vidente, enquanto seu dedo indicador circulava a borda do copo.

O maldito americano havia atrapalhado sua vida, mas de certa forma tinha que agradecê-lo, ao menos por uma coisa... Graças ao sinistro joguinho de Crawford, ele percebeu que estava apaixonado por Nagi... Percebeu que amava aquele garoto de olhos tão melancólicos, mas ainda assim, o vidente era um grande filho da mãe, porque o separou do garoto, fazendo-o acreditar em algo falso.

"Eu não quero apenas brincar.", Disse a si mesmo, mas sabia que Nagi acreditava exatamente no contrário.

O amor morde... O amor sangra...

Está me deixando de joelhos!

O amor vive, o amor morre... Surpresa nenhuma!

O amor mendiga, o amor implora... É o que eu preciso.

A questão agora era fazê-lo crer em suas palavras, mas novamente Crawford estava em seu caminho, sempre arrumando um jeito de manter o garoto afastado de si, mas isso não podia ser mantido pra sempre. E quando falasse com ele, mostraria seu carinho e... Seus sentimentos.

"Arg! Me tornei mesmo um maldito apaixonado.", ¬¬ Pensa, suspirando irritadamente. Aquilo não combinava com ele.

Às vezes revoltava-se com o estado em que se encontrava, era difícil admitir que amava aquele garoto, não que fosse mentira, mas... 'Feria' o seu orgulho. Queria poder continuar fingindo que aquele moreninho não tinha alcançado seu coração, mas isso não era mais possível, principalmente quando se lembrava de que era nele que Nagi pensava enquanto chegava ao clímax nos braços de Crawford.

" Nossa! Você parece tão triste.", Uma voz suave chegou a seus ouvidos, fazendo-o erguer os olhos para ver quem estava falando com ele. Logicamente captou mais os pensamentos do que a voz em si, uma vez que a música estava muito alta.

Logo as orbes azul-céu focaram uma mulher extremamente atraente, possuidora de longos cabelos loiros encaracolados nas pontas, olhos azuis profundos, pele clara, seios fartos que quase saltavam do minúsculo e colante vestido negro... Uma mulher que definitivamente estava interessada nele, visto os pensamentos pornográficos que captava vindo dela. Riu sarcástico ao perceber que a carinha de anjo nada tinha a ver com o interior de demônio.

" Está interessada em me alegrar?", Perguntou com um sorriso sarcástico, fitando-a mais intensamente daquela maneira maliciosa que só ele sabia fazer.

" Hum... Estou tentada.", Falou a mesma, sentando-se ao lado dele e cruzando as pernas, sem deixar de fitá-lo, apoiando-se no balcão e inclinando-se propositalmente em direção ao sexy ruivo de maneira insinuante.

Schuldich riu tomando o resto de seu drinque, enquanto ainda a fitava, captando cada pensamento e desejo daquela mulher. Levantou-se, ainda fitando-a e colocou uma mão em cada coxa dela, aproximando a face como se fosse beijá-la, mas parou a alguns centímetros de distância, vendo-a morder os lábios em expectativa e direcionou-se ao ouvido da loira.

" Então você me quer tanto assim... Que eu poderia te encostar em um desses pilares e te comer aqui no meio de todo mundo que você nem iria ligar?", Ele sussurra de forma sexy e insinuante, deixando que seus lábios roçassem de leve na orelha dela, causando arrepios no mesmo instante.

" Hummm... Sim...", Sua resposta sai em um murmúrio, lambendo os lábios, excitada em ver como ele parecia ler sua mente, descobrindo seus mais profundos desejos.

Schuldich vai se movendo, direcionando-se a boca da mulher, deixando seu hálito tocar a face clara, seus lábios a milímetros dos dela, que já estava de olhos fechados esperando que aquela boca tocasse a sua, mas isso não ocorreu e os olhos da loira se abriram afim de saber o motivo da demora e tudo o que vê é o sorriso cínico que adornava aqueles lábios carnudos e tentadores.

" Se você tivesse macios cabelos chocolate... Olhos azuis profundos... Se você fosse tão deliciosamente irresistível... Isso já estaria acontecendo, mas...", A voz nasalada cortou o ambiente de maneira melodiosa, enquanto ele descrevia aquele que simplesmente o enlouquecia, enquanto a olhava dos pés a cabeça.

" Como?!", Ela piscou, sem entender aquela súbita mudança.

" ... Você sequer chega aos pés dele!", Virou-se, acenando para a loira.

" Espere! Você disse... DELE?", Indignada, ela gritou a última palavra, mas pareceu apenas um murmúrio devido à música que soou mais alta naquele momento, segurando o braço do alemão.

Schuldich voltou seu olhar para a loira, sério.

" Eu não acredito que você...", Ela parou de falar quando sentiu a mão dele em sua face, segurando-a pelo queixo.

" Bonita, mas... Não excitante. E... Além de tudo, vulgar!", Soltou-a, afastando-se e sumindo na multidão.

Os corpos dançavam exuberantes ao seu redor, roçando, instigando, enquanto a música tocava ao fundo, forte e constante deixando o ambiente ainda mais erótico, mas... Nada daquilo era suficiente para excitá-lo. Atualmente era assim, nos últimos meses até teve alguns amantes ocasionais, homens e mulheres... Alguns garotos, mas tudo o que sentia após o sexo era irritação e uma grande frustração. Sabia o motivo... Não era nenhum deles que queria, quem ele desejava era apenas uma pessoa... Apenas um garoto!

Continuou caminhando, ou ao menos tentando, entre aquela multidão de corpos que dançavam de forma frenética. Schuldich não parecia ver exatamente ninguém. Parou no meio da pista e começou a se mover, deixando-se levar pela sexy batida, jogando a cabeça para trás, chamando a atenção das outras pessoas que logo repararam no ser que se movia felinamente entre eles.

Todos os olhares eram voltados para a figura sensual de Schuldich, que vestia uma calça preta extremamente justa, parecendo uma segunda pele, usava um coturno e sua blusa de manga longa num tom ameixa era de tecido mais fino, quase transparente que tinha os cinco primeiros botões abertos, fazendo a mesma cair pelo ombro direito enquanto ele dançava, jogando os cabelos avermelhados para os lados enquanto as mãos, das quais só apareciam os dedos, percorriam o corpo másculo e definido de maneira provocativa, atiçando o desejo de quem o observava.

Sua mente vagava em direção a lugares distantes, fazendo-o recordar-se de quando o teve nos braços... Daquele corpinho pequeno e sensual, dos cabelos macios, da pele creme que tinha um gosto extremamente viciante... Ah, não sabia como viver sem ele! Aqueles olhos azuis tão lindos, profundos como o mar... E a face dele quando sentia prazer... Deus! Ia enlouquecer e...

" Nagi.", Sussurra, seus olhos captando um pequeno corpo entre a multidão.

Schuldich simplesmente parou, sendo preso por aquela visão... O pequeno corpo deslizava de um lado para o outro, movendo os quadris sensualmente em uma clara provocação na sua opinião. A calça jeans justa moldava-se com perfeição as nádegas redondas e nas coxas, os cabelos chocolate balançavam com o lançar da cabeça no ritmo hipnotizante da música e levado por aquela imagem hipnótica, foi aproximando-se, sentindo a eletricidade percorrer seu corpo.

Em um segundo chegou por trás, segurando a fina cintura, colando seu tórax as costas dele enquanto aspirava o perfume atípico, mas nem por isso menos excitante de seu querido menino, que se tornou seu sonho, sua perdição... Estava ali com ele e sem delongas beijou a pele clara, subindo e mordiscando a orelha, sentindo o corpo menor encolher-se com o contato e então o virou, parando tudo no mesmo instante.

O até então sorriso satisfeito presente nos lábios de Schul se desfez ao ver diante dele olhos mel que brilhavam em clara empolgação enquanto ainda o olhava e continuava a dançar ansiando voltar ao que estavam fazendo, mas o ruivo continuava parado, vendo agora que estava mais perto da luz que o garoto era mais alto, que os cabelos dele eram mais claros que os de Nagi, que a pele não era tão macia quanto à de seu Prodígio... Que aqueles não eram os mesmos olhos...

Antes que o garoto pudesse falar qualquer coisa, Schuldich se vira e vai caminhando irritadamente para fora da boate. Toda a excitação que havia se manifestado em seu corpo dissipou-se como que num encanto, praguejando em alemão e usando todos os xingamentos possíveis quando viu que não se tratava de Nagi. Rapidamente chegou e rua e sentiu gotas finas tocarem sua pele, percebendo que estava chovendo.

"Desde quando Nagi estaria aqui também? Ele não viajou com Crawford?", ¬¬ Resmungava mentalmente por ter delirado que era Nagi ali com ele. Fez uma nota mental de não tomar mais que um copo de bebida e de preferência algo não alcoólico, para que seu cérebro não o pregasse peças dessa forma.

Continuou caminhando debaixo daquela chuva, que por não ser forte, não o incomodou. Realmente não conseguia tirá-lo da cabeça... Estava apaixonado, não. Ele simplesmente o amava e agora que já admitia isso pra si mesmo tinha que conseguir uma forma de ter Nagi de volta de qualquer maneira.

"Ele nunca será capaz de entendê-lo, Nagi. Não como eu.", Disse em pensamento, convicto de sua afirmação.

Na verdade sempre entendeu Nagi, apenas nunca fez nada a respeito e ele nem precisava de telepatia pra saber o que o menino realmente desejava, porém foi tolo demais e deixou-se levar pelo jogo de Crawford. Errou em achar-se no controle, mas viraria o jogo... Faria o americano provar do próprio remédio.

Sorrindo maliciosamente, Schuldich deu sinal para um táxi e logo pediu que o levasse para casa, permanecendo de olhos fechados todo o percurso, começando a sentir uma leve dor de cabeça e amaldiçoando-se por ter bebido um pouco além da conta e antes que pudesse perceber já havia chegado a seu destino.

Entrou na mansão, vendo tudo escuro, mas não se importou. Direcionou-se para o segundo andar, captando os pensamentos de Farfie, mas deixou que o irlandês ficasse quieto, não tinha nada a ver com ele e não queria mesmo falar com ninguém... Abriu a porta de seu quarto e fechando-a logo em seguida, trancou-a, direcionando-se a cama e se jogando nela, relaxou o corpo.

Permaneceu na mesma posição por quase vinte minutos de olhos fechados, tentando dormir, mas nada acontecia, sua cabeça ainda doía e estava desconfortável. Praguejou algo ininteligível. Levantou-se e dirigiu-se ao banheiro, livrando-se da blusa ameixa semitransparente, jogando-a pelo caminho e abrindo o zíper da calça preta super justa, brigando com ela para conseguir despir-se, mas finalmente conseguiu, deixando-a pelos cantos também. Abriu o box e ligou o chuveiro, entrando debaixo logo depois.

Suspirou longamente e relaxou, permitindo que um gemido escapasse de seus lábios, para só então perceber que ainda usava a peça íntima... Alguns palavrões em sua língua natal foram ditos e a peça ficou jogada no chão, enquanto Schuldich passava xampu nos fios avermelhados, esfregando-os com calma e minutos depois se enxaguava e lavava o corpo, terminando o banho em menos de trinta minutos, pois ficou enrolando lá debaixo, apenas sentindo a água quente caindo sobre os músculos, deixando-o mais relaxado.

Voltou rapidamente ao quarto com uma toalha enrolada na cintura e uma na cabeça, que usava para secar ao máximo seus cabelos, que foram penteados em seguida. Olhou para o relógio, vendo que o mesmo marcava uma e meia da manhã... Havia voltado cedo pra casa, mas não tinha nada de interessante nas ruas de qualquer forma... Terminou de se enxugar e vestiu uma calça de moletom azul-acinzentada e desceu para tomar um copo de água.

"Vou aproveitar e tomar algo pra acabar com essa maldita dor de cabeça.", Pensou enquanto descia as escadas, chegando rapidamente a cozinha.

Abriu a geladeira e pegou água, tomando e aproveitando, engoliu um comprimido comum para dor de cabeça. Percebeu que tudo estava silencioso, mais que o normal e soube que Farfarello devia estar dormindo, mas assim era melhor. Passou a mão pelos cabelos e começou a caminhar preguiçosamente de volta ao próprio quarto, subindo as escadas, mas parando quando passava pela porta do quarto que pertencia a Nagi.

Quando estou com você... Você está em outro lugar?

Estou conseguindo me comunicar ou você é que se serve do seu prazer?

Quando acordar vai cair fora?

Não pode ser amor se você ficar jogado pelo chão.

Perdendo-se em pensamentos, Schul se recorda dos momentos em que conseguia conversar com Nagi depois que este começou seu relacionamento com Crawford. Ao mesmo tempo em que ele parecia presente, estava distante. A mente do menino estava tão confusa, mas... Crawford não notava isso. Não era capaz de captar a melancolia e o desespero que às vezes se apoderava daquele pequeno coração. Sabia que Nagi estava mergulhando numa profunda solidão, voltando a ser aquele menino de 'aura abandonada' e tudo o que ele queria era despertá-lo, mostrar que Brad não o amava, apenas... O usava.

Ficou olhando por um bom tempo, até que sua mão moveu-se e tocou a maçaneta, abrindo-a, para em seguida fechá-la e encostar-se nela. Seus olhos azuis percorreram o cômodo prestando atenção a cada detalhe, mesmo na penumbra em que o ambiente se encontrava. A luz vinda da janela iluminava precariamente o ambiente e logo passos foram dados. Schuldich podia sentir o cheiro característico de Nagi... O quarto todo estava impregnado deste doce perfume e o alemão sentou-se na cama que pertencia ao garoto de cabelos chocolate, passando a mão sobre os lençóis frios, imaginando o corpo pequeno deitado sobre ele.

Levantou-se por um momento, caminhando até a janela e abrindo a mesma, pois sentia calor e logo voltou à cama, deitando-se nela. Acomodou a cabeça no travesseiro macio, aspirando mais profundamente o cheiro de Nagi e sorrindo. Ele era um idiota! Mas... Ainda assim sentia-se muito bem ali, estava relaxado... Aquele lugar trazia-lhe uma paz que não sabia explicar apesar de certa melancolia que afligia seu tolo coração apaixonado e antes mesmo que percebesse, Schuldich adormeceu profundamente.

OOO

06:30 AM.

O quarto encontrava-se em uma suave penumbra, as cortinas movimentavam-se lentamente de acordo com a quase imperceptível corrente de ar que entrava pela janela aberta. Dormindo tranqüilamente sobre a cama de colcha azul-turquesa encontrava-se um homem de vinte e dois anos, que ressonava tão suavemente que mal se notava sua respiração. Os longos fios cor de fogo estavam espalhados sobre o travesseiro enquanto a revoltosa franja cobria sutilmente os olhos ainda fechados. A pele clara permanecia descoberta revelando os delineados contornos de seu tórax e o belo telepata continuava a dormir...

Logo pequenos movimentos de seus olhos podiam ser percebidos através das pálpebras, revelando que o ruivo estava despertando aos poucos. Seus sentidos foram captando as coisas ao redor... A brisa ligeiramente fria da manhã, o perfume suave das flores do jardim, o canto dos pássaros... A voz melodiosa de Nagi em um gemido...

Abriu os olhos repentinamente, fitando o teto, alarmado. Piscou as orbes azul-céu repetidas vezes, ficando parado como se uma força externa o pregasse a cama. Como...? Não. Ele devia estar sonhando... Desde quando ouviria Nagi gemendo? Suspirou longamente e levou a mão à cabeça, entrelaçando nos fios ruivos e cobrindo os olhos com o braço.

"Tenho que resolver logo esse problema.", Disse a si mesmo. Não podia mais deixar Nagi com Crawford, não queria que aquela situação perdurasse por mais tempo... Ele sofria... Sabia que o melancólico menino de cabelos chocolate não estava feliz!

"Schul... Uhhmmmm...".

Schuldich sentiu seu corpo gelar no mesmo instante quando escutou aquela voz novamente... Sim, ele não estava enganado. Havia escutado a voz dele em sua cabeça, mas... Como... Como podia sentir Nagi se o mesmo estava em outra cidade a quilômetros de distância com Crawford? Ele estava tão longe e ainda assim... Podia captá-lo? Levou a mão à cabeça, tocando a testa, massageando-a e fechando os olhos.

" Droga! Não acredito nisso.", Sua voz saiu rouca e baixa por ter acabado de acordar.

Ainda estava surpreso. Não pensou que aconteceria isso, mas aconteceu! Ele tinha um elo mental com Nagi. Pensando agora, talvez fosse por isso que conseguiu captar que o mesmo pensava em si quando o viu pela primeira vez nos braços de Crawford. Achou que fosse apenas sua telepatia em ação, mas pelo visto... Era algo mais profundo...

"Schul...".

" Gott!", Estremeceu quando uma onda de calor pareceu invadir seu corpo.

"Um elo mental. Gott! Quando eu fiz esse elo?", Perguntava-se em pensamento, sentindo-se arrepiar em um misto de ansiedade e... Medo?! Seria essa a palavra?

Schuldich tinha consciência e pleno controle de seus poderes, ou assim achava... Um elo mental era uma ligação íntima... Muito mais forte e intensa do que qualquer outra coisa que conheça e ele... Ele criara um elo com Nagi sem sequer perceber? Isso era ridículo! Mas... Aconteceu.

Captá-lo dessa forma era perturbador! Era necessário lacrar o elo, mas... Não conseguia fechá-lo completamente, não podia quebrar e... Não podia? Não podia ou simplesmente não queria? Não. Não podia porque estava apaixonado pelo menino, completamente envolvido, porque, por mais que não quisesse admitir, amava aquele adorável garoto de olhos azuis profundos e não mais conseguia ficar longe dele! Essa era a verdade e a prova disso era aquela ligação... Criada pela simples vontade de estar sempre com ele, mesmo que inconsciente.

"Aahnnn...".

Suspirou, tentando se controlar e erguer barreiras psíquicas, mas... Parte de si estava curioso demais pra saber o que estava acontecendo com o Prodígio. Crawford não estava com Nagi e... Sentiu um arrepio percorrer seu corpo quando captou uma sensação... E não era algo dele, era algo vindo de... Piscou os olhos quando certo formigamento percorreu seu corpo. Descendo para certas partes e soube... Nagi estava excitado e...

Eu não quero te tocar muito, baby...

Pois fazer amor com você poderia me levar à perdição!

" Oh, scheiße! Ele está sonhando.", Praguejou em voz alta, percebendo claramente que era isso... Seu pequeno Nagi estava sonhando e o pior... Ele estava captando e... Pra seu maior desespero... Vendo o que ele sonhava.

Todo o local estava na penumbra, o corpo pequeno, vestido precariamente... Apenas um short preto curto, uma blusa transparente também escura de manga longa que deslizava por seu ombro, deixando-o exposto e uma bota cano alto que chegava a cobrir os joelhos e... Ele caminhava para trás e alguém... Alguém parecia aproximar-se, dando passos lentos como um predador enquanto caça...

E Schuldich se reconheceu como sendo aquele que caçava o menino, o que fez um arrepio cortar sua coluna no mesmo instante. Mordeu os lábios ao ver que Nagi sonhava com ele e... Deus! Como o garoto podia estar tão sexy naquele sonho? Naoe nunca se vestiria assim, mas em sonhos... Seria uma fantasia? Adrenalina começava a correr solta em suas veias, aumentando pouco a pouco enquanto sua mente captava as imagens do sonho do japonês.

Não podia definir onde estavam, mas sabia que era um local desabitado, uma casa abandonada talvez. Seus olhos percorriam o corpo menor e este mordia os lábios em antecipação e também parecia conter a avalanche de emoções quando foi prensado contra uma parede fria que lhe causou arrepios, fazendo-o gemer, enquanto os seus lábios percorriam aquele pescoço convidativo.

" Humm... Schul seu tarado!".

"Há! Ele que sonha que está sendo agarrado e eu sou o tarado?", Schul pensa consigo mesmo, seus olhos fechados enquanto apreciava o que via no sonho do menino. Não pensava que Nagi o visse assim, tão sexy!

Suas mãos percorriam as coxas expostas, enquanto seus lábios ocupavam-se de cobrir os de Nagi, invadindo a boca pequena com fome e sendo correspondido com paixão. Também vestia negro, calça apertada baixa, tão justa que modelava perfeitamente suas coxas, um sobretudo longo, as fivelas que o prendiam soltas permitindo que seu tórax pudesse ser visto e aquelas mãos pequenas estavam sobre ele, arranhando sua pele e deixando marcas vermelhas, aumentando a loucura que os envolvia... Podia ver sua mão lá, acariciando o membro ainda coberto por aquele short indecente de tão minúsculo, mas que o deixava completamente apetitoso...

E Schul ofega, remexendo-se desconfortavelmente. Aquele sonho estava perturbando-o, sabia que devia fazer algo pra impedir, mas simplesmente não conseguia. Estava no quarto dele... Sentia o cheiro de Nagi no ar e isso, somado as imagens que captava vindas da mente do pequeno telecinético, fazia seu corpo pegar fogo e tudo o que ele queria era abraçá-lo, beijar aqueles lábios finos e macios, tocar o garoto e levá-lo ao clímax, preparando-o e então o penetrando com vontade, fazendo-o gritar seu nome em êxtase...

" Merda! Isso não está me ajudando.", Praguejou em voz alta ao notar que, ao ficar pensando no que gostaria de fazer com o garoto, sua ereção despertou. Onde estava seu controle?

As bocas se encontravam famintas, devorando-se em beijos cada vez mais intensos, não saberia definir mais onde estavam, pois só via uma cama enorme de lençóis vinho que faziam a pele de Nagi destacar-se enquanto ele envolvia as pernas em sua cintura, ainda vestido, mas as roupas sumiam rapidamente sendo jogadas para longe e seus dedos puderam tocar aquele pele de seda enquanto os gemidos que abandonavam aquela boca preenchiam todo o local. O corpo menor se contorcia, remexendo os quadris languidamente contra o corpo maior em uma provocação sensual que era capaz de levar qualquer um a perder a cabeça.

Schuldich não queria... Não queria simplesmente se deixar levar pelo que via, mas era impossível. Antes mesmo de se dar conta, ele já havia levado a mão ao próprio membro dentro da calça de moletom, apertando-o e deixando que um gemido rouco escapasse de seus lábios, as sensações que captava vindas do pequeno corpo o deixava loucamente excitado.

Aquelas mãos fortes seguram seus quadris, enquanto a boca descia pelo peito em formação, deixando um rastro de fogo onde tocava com seus lábios, ouvindo alguns resmungos desconexos do menor, que tentava se mover, mas ele não permitia, deixando que sua risada sexy ecoasse pelo quarto, fazendo o garoto excitar-se mais e olhá-lo intensamente, os olhos azuis pareciam em chamas... Chamas de pura luxúria.

Um forte estremecimento percorreu cada célula de seu ser ao ver aqueles olhos e mesmo que uma pequena parte de si dissesse pra erguer barreiras psíquicas pra se proteger do turbilhão de sensações que com certeza viria de Nagi, a outra dizia exatamente o contrário e antes que pudesse pensar uma segunda vez no assunto, o telepata abriu mais suas defesas psíquicas afim de captar o menor suspiro mental vindo de Nagi, deixando-se viajar naquela doce e solitária psiquê.

"Hummm... Nagi! Sie regen mich auf!", Schul gemeu, projetando esses pensamentos para Nagi sem sequer perceber.

"Hummm...", Sentiu uma pequena confusão na mente de Nagi quando falou em alemão e deixou que sua risada rouca e nasalada ecoasse até o garoto.

"Eu disse que... Você me excita!", Repetiu na língua do menino, enquanto sua mãe apertou com mais força o próprio membro, mordendo os lábios para não gemer.

Nagi realmente o fazia perder o controle! Sabia que não devia fazer isso, mas agora estava agindo em sintonia com ele, sussurrando palavras na mente do outro, tornando aquele sonho mais real para Nagi do que realmente deveria, mas... Simplesmente continuou, movendo sua mão para cima e para baixo sobre seu membro lentamente, sua respiração ficando mais rápida, enquanto seus olhos permaneciam fechados.

"Aahhhh... Schuldich... Hummmm...".

As pernas macias e longas estavam de cada lado de seu quadril e o pequeno corpo subia e descia sobre a grande ereção, sentindo-o tocá-lo por completo, preenchendo-o e proporcionando um tipo de prazer que há muito não sentia e Nagi não queria parar... Queria aquilo mais do que tudo!

" Nagi...", Schuldich gemeu o nome do telecinético, abrindo os olhos azuis.

Uma fina camada de suor cobria o corpo másculo. Os fios cor de fogo espalhavam-se sobre o travesseiro e estavam ligeiramente grudados a testa do alemão. Estava completamente entregue aquela sensação, deixando-o captar tudo o que sentia naquele momento, o seu prazer, e sabia que isso apenas deixava o pequeno mais enlouquecido.

"Você é meu e eu não vou te deixar ficar mais longe de mim... Liebe!", Schul sussurra na mente de Nagi de forma arrastada, ouvindo aqueles gemidos aumentarem, chegando até ele de forma intensa.

O amor morde... O amor sangra...

Está me deixando de joelhos!

O amor vive, o amor morre... Surpresa nenhuma!

O amor mendiga, o amor implora... É o que eu preciso.

As sensações presentes em seu corpo intensificavam a cada segundo e era difícil conter suas próprias emoções... Elas atravessavam as barreiras erguidas pelo pequeno e transbordavam, chegando ao outro lado... Tocando Nagi de maneira plena e sentindo que o corpo do menino estava no limite e tudo o que ele desejava era alcançar aquela plenitude com ele.

"Aahhh... Não... Eu... Schulll...".

"Es genießt für mich!", O sussurro rouco de Schul saiu num tom que mesclava pedido com ordem, tendo conseqüências devastadoras.

"Aaaahhhhhhhhhhhh... Schuldiccchhhhhhhh...".

Aquele gemido era tudo o que precisava ouvir e sentir a onda de êxtase que varreu o pequeno corpo quando Nagi chegou ao clímax fez todo seu corpo formigar, sua respiração acelerou-se e arrepios percorreram cada célula acompanhado de correntes elétricas intensas. Sua mão subia e descia rapidamente sobre sua ereção e sem mais resistir, Schuldich deixa-se levar pelo prazer, gemendo ao chegar ao orgasmo, molhando a própria mão quando tocou os céus junto com o telecinético.

Sua respiração estava acelerada e seu corpo tremia levemente. Voltou a fechar os olhos, sentindo uma paz gostosa invadir seu ser e uma certa sonolência apoderar-se de sua mente como acontecia após fazer sexo com Nagi de manhã. Abriu os olhos ainda escurecidos, vendo que agora era quase sete horas e quinze minutos.

Estreitou as íris azul-céu quando sentiu a mente de Nagi fugir... Provavelmente ele estava despertando. Riu ao pensar que ele acordaria deliciosamente molhado e que o causador disso NÃO era o maldito americano. E o que começou com uma risada se transformou em uma gargalhada sonora que beirava a insanidade, mas parou repentinamente.

" Maldição!", Praguejou, olhando a própria mão suja de sêmen e... Sua calça também estava... Completamente suja.

"Prazer momentâneo...", Sussurrou mentalmente a si mesmo.

Aquilo era tão... Frustrante. Sim! Essa era a palavra. Frustrante. Completamente... E acima de tudo, irritante. De que adiantou tudo aquilo? Nada! Nem sabia porque simplesmente se deixou levar. Devia ter erguido as malditas barreiras psíquicas. Estava ficando fora de forma, só podia ser...

"Afinal, o que foi isso? Amor por telepatia?", Pergunta-se sério.

Os longos fios ruivos cobriam os olhos azuis quando Schuldich sentou-se na cama, não permitindo que os mesmos mostrassem seu brilho desolado e furioso. Trincou os dentes fortemente e se conteve segundos antes de pegar algo no criado-mudo para jogar contra a parede. Surpreendeu-se pela raiva repentina que sentiu e balançou a cabeça negativamente.

Levantou-se, não gostando nada de ver sua calça suja de sêmen. Como ela era larga, acabou masturbando-se e tudo ficou nela. De certa forma era melhor assim, pois não teria que trocar os lençóis da cama de Nagi. Apenas o ajeitou precariamente e saiu do quarto, sabendo que ninguém o veria mesmo. Fechou a porta e foi até o seu aposento, entrando e dirigindo-se a suíte, para um longo banho. Estava precisando agora.

Não quero te tocar muito, baby...

Pois fazer amor com você pode me levar a loucura!

Eu sei que você pensa que o amor sai do jeito que a gente fizer.

Por isso não quero estar por perto quando você decidir rompê-lo, não...

" Eu tenho que acabar com isso logo...", Disse em um suspiro cansado, deixando que a água cristalina caísse sobre seu corpo, relaxando seus músculos agora tensos.

OOO

07:30 AM.

" Aaaahhhhhhhhhhhh...", Um grito profundo abandona a boca de Nagi quando seu corpo não é mais capaz de resistir. Ele arqueia as costas, sentindo-se fora de si... Sendo envolvido por sensações e emoções tão intensas que tudo o que pôde fazer foi se entregar.

Os olhos azuis escuros de Nagi se abrem quando ele finalmente desperta. Sua respiração está completamente ofegante, seu corpo todo trêmulo e gotas de suor adornavam sua pele clara e macia. Sua expressão era de visível confusão enquanto sua mente tentava reconhecer onde estava, percebendo após alguns minutos que se encontrava em um hotel... Agora estava se lembrando. Estava com Crawford. Remexeu-se na cama ainda sentindo leves arrepios percorrerem seu corpo, conscientizando-se do que houve...

"Um sonho...", Disse em pensamento, ainda sentindo todo o corpo entorpecido.

Fechou os olhos lembrando-se de cada parte daquele sonho... Os olhos azul-céu que o fitavam profundamente, queimando de luxúria e o envolvendo por completo! As roupas negras que apenas o deixavam mais lindo... Aquelas mãos em seu corpo, tocando-o, apertando cada pedaço de pele exposta, a voz rouca e nasalada... O riso sarcástico que lhe concedia um ar sexy.

" Deus! Como eu pude ter um sonho desses?", Perguntava-se levando a mão à cabeça, respirando fundo.

"Você é meu e eu não vou te deixar ficar mais longe de mim... Liebe!".

As palavras de Schuldich lhe vieram à mente... O tom usado... Parecia que ele estava ali do seu lado... Podia senti-lo perto, ouvir seus gemidos prazerosos com precisão, cada sussurro e ele ainda lhe falava em alemão. Não entendeu todas as palavras, mas era tão sensual e... Excitante que não conseguia resistir e...

"Mas... Não me lembro de Schuldich falar aquelas palavras em alemão comigo antes...", Recorda-se no instante seguinte.

Ele havia dito 'es genießt für mich'... Isso lhe parecia uma ordem para que chegasse ao orgasmo. Seria mesmo isso? E... Levantou-se, permanecendo sentado. Seus dedos percorreram o abdômen molhado pelo prazer que sentiu com aquele sonho... Sonho que lhe parecia real demais.

"Schuldich maldito!", Pensou, olhando para o próprio corpo para então seus azuis percorreram os lençóis. Pelo visto estava sozinho há horas. Tudo não passava de um sonho. Não havia ninguém... Novamente estava sozinho.

Deitou-se novamente, ficando em posição fetal, abraçando-se como se esse ato pudesse protegê-lo, mas não parecia funcionar. Ainda sentia medo... Ainda havia a maldita insegurança que o corroia por dentro como um câncer sem cura. Mas... Do que mesmo queria se proteger? De Schuldich? De Crawford?

"Crawford...", Lembrou-se do americano... Daquele que lhe ofereceu carinho quando foi rejeitado por Schuldich que nada mais queria do que brincar. Não deveria sonhar com o maldito telepata. Isso não era certo, não estava com ele... Aquele sonho era uma... Traição.

Sentiu-se culpado, muito culpado. Aquela não era a primeira vez... Que isso acontecia. Quantas vezes pensava nele enquanto estava com Crawford? Isso era uma traição. O que aconteceria se o líder dos Schwarz descobrisse isso? O abandonaria? O descartaria como sempre fazia com o que não lhe era mais útil? Tinha medo de descobrir a resposta. Não queria pensar nele... Em Schuldich. Por que era tão difícil esquecê-lo? O ruivo queria apenas brincar... Queria apenas usá-lo.

"Como se Crawford também não fizesse isso.", Pensou amargo, uma parte de si lembrando-lhe disso. Crawford não estaria com ele se isso não lhe trouxesse algum benefício, mas outra parte lhe dizia que devia gratidão ao americano, afinal, o mesmo o retirou das ruas.

Depois que começou seu relacionamento com Crawford, se é que o que tinham podia ser intitulado dessa forma, percebeu que sentia medo de ficar sozinho... Percebeu que sempre fôra muito carente, que necessitava ter alguém perto dele, queria tanto ser amado... E Schul começou a suprir sutilmente essa carência, mesmo que soubesse que não passava de diversão para o telepata, porém tornou-se escravo disso... Escravo dessa maldita paixão e com Crawford era a mesma coisa. Sabia que estava usando-os, mas... Será que não eram eles quem se aproveitavam de suas necessidades?

Fitava o teto de forma melancólica e então fechou os olhos querendo com isso, parar de pensar, mas era em vão. Suspirou profundamente abrindo as orbes azuis quando em sua mente o tormento veio na forma do belo homem de cabelos cor de fogo. Por quê? Por que ele tinha que habitar suas lembranças? Por que simplesmente não podia esquecer aquele que nunca gostou dele?

" Droga! Por quê?", Sussurrou de forma angustiada.

O amor morde... O amor sangra.

Está me deixando de joelhos!

O amor vive... O amor morre...

Queria se matar nessas horas quando sentia seu corpo quente e um ligeiro formigamento incômodo em seu baixo-ventre. Era estranho, mas às vezes podia quase senti-lo... Às vezes lhe parecia que Schul nunca o abandonava por completo, como se estivesse ali, perturbando seus sonhos... Com toques sutis... Com palavras envolventes que tinham como propósito apenas enganá-lo.

Mas agora ele estava com Crawford. Não era de todo ruim... O americano era frio, mas estava lhe dando a atenção que queria... Ou deveria dizer quase? Sempre acordava sozinho, porque o líder dos Schawrz nunca estava lá, afinal, tinha coisas mais importantes pra fazer e fora daquele quarto tudo era como antes... Apenas faziam parte do mesmo grupo, embora às vezes ele parecia esquecer disso e o tomava em algum dos cômodos, como fizera no escritório da mansão.

Ainda se recordava... Os toques intensos... Os sussurros ininteligíveis... Tudo aquilo que o deixava sem ar, como se estivesse à beira de um abismo, prestes a cair para sempre e aqueles olhos frios por detrás dos óculos apenas o fitavam com prazer quase sádico e estupidamente sensual. Realmente ele era um maldito nesse sentido. Um demônio que sempre tinha o que queria... Submetendo-o completamente, excitando-o e fazendo-o se perder, mas quando fechava os olhos... Podia sentir os toques suaves... Os murmúrios lascivos que despejavam palavras doces e de pura sedução, fazendo-o flutuar em êxtase enquanto aqueles lábios o tocavam em uma quase reverência enquanto faziam amor... Ou seria melhor dizer sexo, fazendo-o mergulhar dentro daqueles olhos claros enquanto as mechas cor de sol tocavam sua pele em um roçar instigante.

"Não se preocupe, Nagi. Eu não vou te deixar sozinho!".

" Droga!", Disse em voz alta, mostrando certa revolta. Seus problemas tinham apenas um nome... Schuldich!

Era realmente uma maldição! Não era nem oito horas da manhã e ele encontrava-se em um inferno. Todo o prazer que sentira não serviu para nada além de perturbá-lo. Quando é que teria paz? Seu corpo permanecia parado, sem mover um músculo, mas sua mente... Esta estava longe, em um local onde pudesse esconder-se de todos para não se ferir, mas não adiantava... Era sempre a mesma coisa e por mais que quisesse, não conseguia evitar.

Continuava em seu nostálgico devaneio onde apenas um ser habitava sua mente, quando a porta do quarto se abre repentinamente e um homem vestido impecavelmente em um terno Armani adentra lentamente, trancando a porta atrás de si, colocando seus olhos escuros e frios sobre sua pessoa, fitava-o de forma tão profunda que parecia cortar sua pele a fim de invadir sua mente e escanear seu interior.

" Crawford?!", O jovem se senta rapidamente na cama, assustado com a entrada repentina dele no quarto, seu coração acelerando-se a cada segundo.

Olhos frios podiam ser vistos através das lentes transparentes, observando-o... Ainda parecendo percorrer seu interior, fazendo seu corpo estremecer e um leve receio dançar em sua mente quando o americano começou a caminhar em sua direção, parando aos pés da cama, ainda olhando-o profundamente, viajando por seu corpo com aquelas íris de um azul quase negro, até que um sorriso que mesclava sensualidade e um prazer quase sádico se desenhou nos lábios de Crawford.

" Pelo visto está animado hoje... Nagi.", Falou sarcasticamente, referindo-se ao abdômen molhado de sêmen que o mesmo deixava a vista. Sabia que o menino não era fã de se masturbar sozinho, mas pelo visto...

" Hã... Eu...", Sentia-se desconfortável com aquele olhar. Parte de si ainda não se acostumara com os olhares de Crawford e pelo visto ele achava que havia se masturbado, o que não era verdade, mas... Não ia dizer nunca que fora devido a um sonho, porque se ele soubesse com quem sonhara...

" Hum... Tenho tempo agora, então resolverei o seu problema.", Disse em tom indiferente, mas que ainda podia ser notada certa malícia.

Logo o belo americano vestido impecavelmente se ajoelhou na cama e apoiou a palma da mão esquerda na mesma, sem nunca deixar de fitá-lo, prendendo o olhar de Nagi ao seu, puxando calmamente os cobertores, deixando o corpo pequeno à vista e então foi engatinhando lentamente, ficando entre as pernas esbeltas, vendo aquele olhar apreensivo que apenas fazia um prazer indefinido tomar conta de seu ser, deixando que um sorriso predador pudesse ser visto pelo telecinético, que parecia cada vez mais acanhado.

" Crawford...", Desviou o olhar, corado. Estava realmente envergonhado. Era estranho, mas ficava muito sem jeito quando o moreno o olhava assim.

Sentiu Crawford debruçando-se sobre ele e sua face sendo virada, para no segundo seguinte ser tomava pelos lábios quente do vidente em um beijo deveras urgente, capaz de retirar todo o ar contido em seus pulmões rapidamente, tamanha voracidade empregada naquele ato e quando o oxigênio finalmente o fez falta, sentiu seus lábios sendo abandonados e seu pescoço sendo atacado, enquanto as mãos viajavam por seu corpo, tocando-o de forma intensa.

A respiração de Nagi acelerava-se ante os toques intensos feitos por Crawford, que descia a boca e agora tomava entre os lábios seu mamilo, sugando e dando mordidas quase dolorosas, mas que proporcionavam prazer ao mesmo tempo. A mão inquieta descia por seu abdômen, tocando o sêmen que ali fôra derramado, espalhando-o e então chegando ao membro, envolvendo-o entre os dedos e apertando de leve, iniciando uma masturbação firme e intensa.

" Ahmmm...", Gemeu baixo, encolhendo um pouco o corpo, sentindo seus cabelos sendo segurados firmemente pela mão esquerda de Crawford, que passou a manipulá-lo com rapidez.

O americano não dava trégua, percebendo a respiração do garoto cada vez mais rápida, estimulando-o de modo a excitá-lo o mais rápido possível, porque o queria agora. Beijava, mordia e arranhava o corpo de Nagi, deixando marcas avermelhadas bem visíveis na pele de porcelana, percebendo que o corpo pequeno se rendia a seus toques, mostrando de forma visível o quanto apreciava o que fazia. Deu um sorriso depravado e chegou ao membro do japonês, começando a sugá-lo, enquanto os dedos molhados pelo sêmen do próprio menino encaminhavam-se para o meio das nádegas dele, preparando-o para a penetração.

Nagi estava ofegante. Os toques de Crawford eram sempre intensos e rápidos, o deixando desnorteado. Eram prazerosos, não podia negar, mas sempre vinha acompanhado de outras sensações... Os toques fortes às vezes o marcava, o levava a um quase desespero, fazendo-o cair em um caos sem fim onde uma loucura inexplicável o tomava... Era sempre assim, loucura... Nunca paz.

" Crawf... Crawford...", Nagi gemeu ao senti-lo sugando mais forte, arqueando.

A mão forte de Crawford apertava a coxa de Nagi, vendo o corpo menor estremecer e continuou o vai-e-vem seguindo os movimentos dos dedos no interior quente do menino, ouvindo gemidos mais alto sendo emitidos enquanto ele repuxava os lençóis e respirava pela boca. Ergueu-se, abrindo o zíper da própria calça, colocando para fora sua ereção, posicionando-se entre as pernas alvas, seus olhos brilhando em pura luxúria, fixos na face corada de Nagi.

" Aahhhhhh...", Ouviu o grito de dor e prazer emitido pelo garoto quando o penetrou sem aviso, enlaçando-o pela cintura e iniciando os movimentos cadenciados.

A respiração do telecinético estava rápida e entrecortada, bem como seus gemidos, arqueando as costas. Seus olhos estavam fechados e Nagi repuxava os lençóis com mais força a cada investida profunda efetuada por Crawford. A intensidade dos movimentos quase o machucava, mas ainda proporcionava prazer. Sentia o hálito dele em seu pescoço, os lábios roçando a pele e então mordendo o mesmo local, fazendo-o gritar no meio de toda aquela loucura... E tudo o que ele queria era ouvir aquela voz nasalada dizendo coisas em seu ouvido afim de enlouquecê-lo mais e...

" O que foi?", Ouviu a voz fria e controlada de Crawford, abrindo os olhos.

Nagi se alarmou por um instante. Crawford parou por um segundo, olhando-o seriamente, as madeixas negras emoldurando aquela face máscula e séria, via a respiração ligeiramente descompassada dele, sentia o hálito ir de encontro a sua face... Estava ali com Crawford... Era Crawford que estava com ele ali, apenas o americano que lhe dava prazer e permanecia a seu lado, mas... Ainda assim...

" Está calado. Não está gostando?", Pergunta, fazendo um novo movimento, tocando o menino fundo, roçando naquele ponto especial que o fazia se arrepiar.

" E... Eu...", Sua voa saiu baixa e rouca. O que dizer?

Por um instante seu coração pareceu parar, quando aqueles olhos frios pareciam vasculhar seu interior e um medo profundo enraizou-se em cada célula. E se ele descobrisse? E se o abandonasse? Não... Não suportaria isso. Ele gostava de Crawford não gostava? Não aceitou ficar com o americano? Então por que o... Medo? Não tinha que pensar em mais ninguém e deixando isso fixo na mente o abraçou, respirando fundo e então o fitando longamente.

" Continua...", Sua voz saiu trêmula e rouca.

Um sorriso enigmático se desenhou nos lábios de Crawford, que se curvou sobre o menino e reivindicou aqueles lábios doces, acelerando os movimentos num vai-e-vem banhado em luxúria, ouvindo os gemidos de Nagi e deliciando-se com eles. Rapidamente o moreno levou a mão ao membro negligenciado, passando a masturbá-lo na mesma intensidade das investidas, rápido e quase brutal, mas o menino parecia gostar assim, visto a maneira que gemia.

Nagi arqueou as costas e gemeu alto, estava ofegante e sentia que seu coração poderia parar a qualquer momento devido aos batimentos acelerados. O americano continuou, movendo-se rapidamente e com força, fazendo o pequeno corpo estremecer em espasmos cada vez mais fortes e o japonês sabia que não resistiria por muito tempo visto os estímulos que sofria.

" Aahhhhh...", Nagi gritou mais alto quando sentiu seu corpo sendo atingido por espasmos mais intensos, derramando seu sêmen nas mãos de Crawford, contraindo o corpo e deixando aquele tórrido prazer o levar.

" Hummm...", Crawford gemeu baixo, sentindo as contrações do interior de Nagi massagear seu membro fortemente, apertando mais o menino e investindo profundamente, chegando ao clímax e inundando o interior do garoto, caindo sobre ele logo em seguida.

Ficaram parados por longos minutos, apenas esperando a respiração voltar à normalidade. Nagi sentiu o vidente retirar-se dele e se erguer, fitando-o, percebendo que ele estava todo vestido, exceto pela calça que estava no meio de suas coxas. Crawford ergueu a mesma, fechando o zíper e levantando-se da cama, vendo algumas gotas de sêmen em seu caríssimo terno e praguejando algo em inglês devido a isso.

" Vou tomar um banho.", Disse, saindo do quarto, deixando Nagi ainda deitado na cama.

O amor morde... O amor sangra...

Está me deixando de joelhos!

O amor vive, o amor morre... Surpresa nenhuma!

O amor mendiga, o amor implora... É o que eu preciso.

O garoto de apenas 1,60 de altura virou-se de lado, abraçando-se, ficando em posição fetal. Fechou os olhos, permanecendo no mesmo lugar, quieto sem mover um músculo sequer. Seu coração ainda estava acelerado. Só agora lhe veio à mente o motivo de Crawford ter aparecido ali tão repentinamente, logo após ele ter sonhado com Schuldich e o amor... Seria amor? Que sentia vindo dele. Será que o americano teve uma visão sobre isso?

"Droga!", Tinha medo... Muito medo. O que aconteceria se Brad descobrisse?

Continua...

OOO

SIM! É ISSO MESMO QUE VOCÊ ESTÁ VENDO!!! Finalmente eu terminei Liebe! Whauuhauhahuahuhauhuuhauhaauhauhauh... Rindo insanamente Ah! Como eu estou feliz!!! Não acredito que posso respirar!!! XDDDD menos uma XP

Eu sei que realmente demorei em lançar essa fic, afinal 'Eu Apaixonado?!' foi escrita em 14 de janeiro de 2006, mas... Eu travei! ¬¬ E se não fosse apenas isso, ainda tive outros problemas, meu Office dava erro e eu não conseguia escrever três páginas no Word que ele fechava. Ai, me dava um ódio! Mas graças a minha amiga Evil Kitsune, isso foi resolvido! Mas também tive problemas de saúde e no trabalho... Que ainda estão sem solução. ¬¬

Agradeço a todos que esperaram ansiosamente por essa continuação e não me pressionando muito a fazê-la mais rápido! XD E antes que alguém se desespere por eu ter lançado Liebe em capítulos e não como oneshot, já aviso que a fic está toda escrita, mas por ter ficado muito longa, eu resolvi dividir.

Bem, agora vamos ao que interessa! u.u

As cenas que se referem ao sonho de Nagi estão escritas em itálico.

A música que está nesse capítulo é a tradução de Love Bites do Def Leppard. Eu simplesmente amo essa música! Quando eu escrevi o resuminho de Liebe, encontrei a versão em português - Mordida de Amor - , cantada pelo grupo Yahoo, na novela Bebê Abordo - Eu tava em dúvida entre ela e a Barriga de Aluguel, mas a Lady Anúbis, me confirmou que ela é de Bebê Abordo. - . Eu tinha uns cinco ou seis anos, era bem pequena, mas mami ouvia e eu adorava! Ia colocá-la na fic, porque a letra combina com o que eu havia pensado e daria uma boa 'trilha sonora' e então a Evil me apresenta a versão em inglês e... Aahhh!!! Era mais perfeita ainda!

Para aqueles que não sabem alemão... Como eu também não sei. XD Aqui vai um pequeno glossário! Peguei as traduções do site do Wordlingo, mas a Lady Anúbis olhou se estava tudo certinho! Obrigada por isso, Lady! o//

- Mein kind – Minha criança.

- Liebe – Amor. o//

- Guten Nacht – Boa noite.

- Beliebt – Querido.

- Gott – Deus.

- Scheiße – Merda.

- Sie regen mich auf – Você me excita.

- Es genießt für mich – Goza pra mim.

Eu tive um pouco de medo enquanto escrevia Liebe, a insegurança batia em meu coração a cada frase escrita, porque as pessoas gostaram muito de 'Eu Apaixonado?!' e eu temia não conseguir escrever essa fic no mesmo nível. Mas tive o apoio de pessoas muito importantes!

Quero agradecer de coração a Mey Lyen e a Evil Kitsune, que me ajudaram muito nesse capítulo, sempre me incentivando e dizendo que as cenas estavam boas, quando eu achava que não estava... Graças a vocês eu consegui! Obrigada pelas dicas e por agüentarem minha súbita insegurança.

Agradeço a Evil Kitsune por betar a fic pra mim! Adoro a sua betagem! \o/

Dedico esse capítulo a Uara, que me pedia por Liebe antes mesmo de eu ter escrito a segunda fic. XDDD Espero que goste, querida! E também... Acho que ela morreria se eu não fizesse essa dedicatória. XDDD

Quero agradecer a Litha-chan, Ryui-chan, Freya, Mystik, Mey Lyen, Evil Kitsune, Dark Wolf, Elizabeta, Uara e Nii-chan pelos comentários de 'Eu Apaixonado?!'. Eles foram muito importantes pra mim e eram constantemente relidos como forma de me dar mais ânimo para escrever essa fic! Valeu pessoal! o//

Peço que envie seus comentários dizendo o que acharam! Afinal, quero saber como estão vendo essa fic... O que pensam desse Schul que finalmente admitiu para si mesmo que não apenas está apaixonado, mas ama Nagi? E quanto à aproximação 'sutil' dele? Nagi, como vocês viram ele está muito confuso e... Comparando que é uma beleza! XD E o Brad lá... Empatando... ¬¬ Vamos! Manifestem-se!!! \o/ Ei! - Olha de um lado para o outro. - E a cena do sonho hein? Me digam... Foi legal? Õ.o

Se não quiserem dizer, tudo bem... ¬¬ Eu demoro a lançar os outros capítulos pra compensar! XDDD

01 de Novembro de 2006.

14:09 PM.

Yume Vy