Siguinti!!! Nem, Shun, nem Hyoga, nem nenhum dos cavaleiros me pertencem... Que peninha!!! Bom, eles são do tio kurumada e isto é somente uma fic sem fins lucrativos!

Notas da autora: Segundo conselhos da Alkimedes: "ANTES DE COMEÇAR E LER TENHA EM MÃOS UMA CAIXINHA DE LENÇOS. VC IRÁ PRECISAR"

Fic dedicada a todos que compreendem a arte de amar!

DESTINO

Tóquio, amada Tókio, cidade onde tudo é tecnologia, arte, cultura, dinheiro, emoção! Cidade que nos mostra o futuro, o ensino, nos mostra a educação. Creio ser impossível alguém ter tempo e paciência de admirar todas as belezas que Tóquio tem a nos oferecer, certo? Errado!

Do alto de um luxuoso edifício, um jovem de cabelos e lindos olhos verdes observava a tudo, parado no tempo, como se estivesse hipnotizado! Costumava ficar assim por minutos, horas, sem se importar com nada!

- Shun, seu pai ligou e quer saber se você se esqueceu que combinou de se encontrar com ele no escritório hoje!

- Hã? Ah, desculpe Mama, estou tão distraído... Esqueci completamente, desculpe!

- Meu filhinho, sabe que não tem que pedir desculpas, além do mais eu disse a ele que você estava muito ocupado verificando a listagem das faculdades que ele lhe entregou hoje.

Dizendo isso, Mama e Shun fizeram uma careta de nojo um para o outro.

- Por que é tão difícil de ele entender? Será que eu nunca vou fazer o que eu quero? Será que esse mundo é só dinheiro e ambição?

O garoto dizia com tanto sentimento e convicção que seria capaz de emocionar e fazer chorar a mais dura das pedras!

- Lindo, não faça a velha mama chorar, eu sei que existe sempre uma esperança e você será muito feliz, pode acreditar em minhas palavras? O mundo às vezes nos faz sofrer por puro aprendizado!

- Ah Mama, como eu te amo!

Abraçaram-se e trocaram olhares confidentes que só eles sabiam fazer. Kazu, na verdade, era a babá que sempre cuidou de Shun desde que ele nasceu. Sua mãe havia morrido no parto e o pai estava muito abalado com os acontecimentos e Mama como era carinhosamente chamada por Shun, amava demais o garoto como se fosse a sua mãe verdadeira e seria capaz de dar a vida por ele. Somente ela conhecia todos os sonhos e desejos do garoto, era ela quem o consolava, ajudava e dava atenção, pois o pai era muito fechado e queria que Shun fosse uma réplica dele.

Tomou um banho, vestiu uma camiseta pólo de manga curta branca e calça jeans de um azul muito escuro e desceu correndo, não antes de pegar a chave do carro, dar um beijo em mama e se retirar.

Enquanto estava para entrar no elevador, uma jovem muito bonita, loira de olhos azuis chegava afobada, fazendo com que Shun segurasse a porta:

- Ah, oi, er, Shun, tudo bem?- Disse corando quase que por completo.

- Sim, June tudo bem, e você? – O garoto dizia com um enorme sorriso no rosto, quando ele sorria daquela maneira, June e todas as outras garotas do edifício paravam até de respirar, tamanha a beleza que ele exalava!

- Er, ótima! – Disse saindo "forçadamente" do transe.- Eu, eu, estava pensando, será que você não queria me fazer companhia e comer um lanche comigo? Eu não queria ir sozinha...

- Nossa June, eu adoraria, mas estou indo ao escritório do meu pai, ele quer resolver certas "pendências" comigo! Mas quem sabe um outro dia? Ou melhor, eu te deixo lá, e você aproveita o lanche por mim, que tal?

- Ah, pode ser, mas ta combinado e anotado, você ainda vai ter que tomar um lanche comigo!

- Lógico que sim, June, só que não hoje, desculpe!

Desceram na garagem e Shun desativou o alarme de um bonito Honda Civic, último modelo de cor Prata, June estava adorando tudo aquilo.

"Rs, eu quero só ver a cara das garotas quando eu contar que o Shun me deu carona, vão morrer de inveja"

Shun abriu a porta da frente para a garota entrar seguido de um gesto de cavaleiro, que fez o dois rirem muito.

- June! Não esquece de por o cinto, hoje em dia está tudo uma loucura e é super perigoso andar sem cinto de segurança.

Deu a partida e saiu dirigindo pela avenida, Shun havia ganhado o carro de presente do seu pai, por saber que o filho era responsável e que saberia guia-lo muito bem, o que ele fazia com certeza, sempre respeitando os sinais e regras de trânsito. Quanto ao seu irmão mais velho, este, havia ganhado um Mitsubishi, mas não por ser cuidadoso e sim por ter se formado no que o pai queria e quando o pai quis.

Chegando ao Centro Comercial de Tóquio, Shun deixou June na Mr. Burguers, a preferida dos jovens e seguiu caminho até o edifício The Law, que o seu pai presidia.

- Bom dia Annita, meu pai ou meu irmão?

- Bom dia, Sr. Amamiya, o Sr. Ikki está no escritório dele e o seu pai está terminando uma reunião.

- E como está a fera? – Disse se aproximando da garota e fazendo esta perder totalmente a compostura.

- Er, bem, ui, está até feliz, o Sr, Ikki ganhou uma causa que há muito tempo era do interesse dele.

- Bom, hoje estou vendo que é o meu dia de sorte, obrigada Annita, vou ver o meu irmão!

Foi seguido pelos olhos da secretária que o devoraram até que sumisse de sua vista!

Toc, toc.

- Sim?

- Sou eu irmão!

- Entre Shun!

- Irmão! – Saiu correndo e deu um enorme abraço em seu querido irmão que há tanto não via!

Ikki era o irmão mais velho de Shun, quase não se viam, pois o irmão trabalhava e se divertia demais, sobrando pouco tempo para a família, sem falar quando nas férias e feriados prolongados este viajava sem deixar notícias por dias! Conviveram a infância quase inteira juntos até que o Sr. Kanon resolveu manda-lo para estudar no exterior. Ele fez tudo o que o pai queria, conseguiu entrar em uma das melhores faculdades do exterior, se graduou em Direito nos Estados Unidos pela Yale, e quando retornou um homem formado, muitas atitudes haviam mudado e podia se dizer que Ikki perdeu o gosto pela vida, pelos seus sonhos. Demonstrava-se duro, menos diante de Shun, pois ao ver o irmão perdia toda a sua postura séria e era só atenção ao caçula.

- Sente-se Shun! Queria muito falar com você!

Shun se esparramou na cadeira do escritório do irmão que contava com mais duas cadeiras, uma de Ikki e mais uma para acompanhante. A sala era luxuosamente decorada em alto requinte, continha uma mesa de vidro enorme com detalhes em preto, uma ampla janela da qual se via toda a paisagem turbulenta que era Tóquio, e atrás da mesa, uma enorme prateleira repleta de livros de Direito.

- Diga irmão, a última vez que nos falamos foi a tanto tempo, não? Como está?

- Oras, Shun, como estou? Estou ótimo, mas e você, se decidiu? Colocou a cabeça no lugar? Pensou a respeito?

- Fiquei sabendo que ganhou a causa do Sr. Stroski, estou muito feliz por você!

- Não desconverse garoto, estou falando de você! -Foi por trás do garoto e abraçou seu pescoço com seus braços.

- Ah, não tenho do que reclamar, a vida anda... Bem... Ela está... Hum, Ótima, por que não estaria?

- Porque simplesmente o papai quer lhe mandar para o exterior, para você poder se formar um ótimo advogado e ganhar uma sala aqui.

- Bem, ele me deu sim um monte de papelada de faculdades para eu escolher, mas estou fazendo o possível para tardar a decisão dele. Ele está me cercando, todo dia a mesma pergunta, as mesmas opiniões! Mas ele nunca perguntou a minha opinião, o meu sonho, Ikki, papai não me conhece, ele não sabe nem os meus sonhos!

Uma lágrima começou a brotar dos lindos olhos e Ikki mais que depressa a recolheu, confortando mais ainda o irmão assustado.

- Sabe Shun, no começo, quando fui mandado para o E.U.A, eu fiquei muito revoltado, triste, mas agora, estou bem, faço o possível para que papai fique orgulhoso de mim, mas você Shun, é a paixão dele, mesmo que ele não demonstre. E além do mais, foi muito bom o tempo que eu passei no exterior, aprendi e vi muitas coisas, mas já voltei, estou de volta e fazendo o que eu aprendi!

- Mas não o que você gosta, certo?

Um brilho de emoção passou pelos seus olhos:

Ikki desde pequeno nutria verdadeira paixão por artes marciais, amava os movimentos, os golpes, e pelo seu porte daria um ótimo profissional. Porém seu pai, sempre manteve, ele e Shun em outros esportes que não tinha afinidades. Faziam Esgrima, Vôlei, Tiro, Tênis, mas nada que pudesse machuca-los gravemente, sem nenhuma ação, sem nenhum hematoma. Seu sonho era aprender as Artes Marciais e leva-las ao Mundo, mostrando a todos e ensinando ás crianças. Mas o destino teve outros planos para ele. Apesar de ter se formado em Yale, nunca foi bom o bastante para o seu pai, que vivia dizendo que se ele fosse bom realmente teria conseguido passar em Harvard, a melhor universidade, e que inclusive ele havia se formado. Mas não que Ikki não tivesse capacidade, mas sim pelo fato de não estar fazendo o que queria não se esforçou em nada para passar na Universidade e foi rejeitado. Seu pai esbravejou com a notícia e ameaçou deixa-lo sem mesada e sem passagem de volta ao Japão caso tivesse recusa de mais alguma Universidade. Então, conseguiu entrar em Yale, se tornando o melhor aluno de sua sala.

- Bom Shun, vamos deixar o passado como está, enterrado!

- Sei, e a Esmeralda? To com saudades dela!

- Ah, Shun, nem vai acontecer nada, não quero me amarrar.

- Você diz isso há três anos!

E os dois se acabaram de rir!

Esmeralda era a ficante-namorada de Ikki, um não assumia o outro. Ikki era muito bonito, os cabelos azuis na nuca, mais curto do que o do irmão, um porte de príncipe e um par de olhos azul escuro que encantava a todas as garotas. Quanto a Esmeralda, era linda também, e sabia disso, tanto que se usava de sua beleza para ter aos seus pés homens dos mais diferentes níveis sociais, quer dizer, quando digo diferentes níveis sociais, faço menção aos Ricos Riquíssimos e Podres de ricos! Mas quando um via o outro, a paixão era avassaladora. Na verdade, os dois se amavam, mas nenhum assumia.

Neste momento de descontração entre os irmãos, adentra um homem sério, imponente, vestido impecavelmente e com um semblante assustador.

- Pai, como está, que saudades!

Shun abraçou o pai que se emocionou com as palavras do filho, mas logo se esquivou do abraço fazendo o filho se entristecer profundamente. Ikki, que notou o ocorrido, apenas abaixou a cabeça, sentindo o sofrimento do irmão.

- Shun, você por um acaso, se esqueceu que eu disse que queria você aqui as 15:00 e não as 16:30? Eu tive tempo até de emendar uma reunião por conta do seu atraso!

- Desculpe-me pai, eu esqueci, fiquei estudando e perdi a hora – Mentiu o garoto.

- Que seja, vamos a minha sala, quero conversar pessoalmente com você. E quanto a você Dr. Ikki, quero ver mais convicção em suas palavras. Quase perdemos o caso do Sr. Stroski novamente.

- Mas pai, eu ganhei a causa! Isso não é o suficiente?

- Não fez mais do que a sua obrigação, creio que em Harvard teriam lhe ensinado a fazer um verdadeiro discurso.

Fechou a porta levando consigo o caçula, do lado de dentro, na sala agora escura, lágrimas escorriam por entre os olhos azuis marinhos.

Adentraram por um corredor e entraram em uma sala que deveria ter pelo menos o dobro do tamanho da sala de Ikki. Kanon sentou, fazendo um gesto para o filho se sentar e começou a analisá-lo.

- Você é muito bonito sabia? Me lembra a sua mãe! E como! Sempre que te olho, vejo os olhos dela!

Um brilho de emoção passou pelos olhos de Shun, mas não deixou que o seu pai reparasse, ele odiava demonstrações de emoção, embora o fizesse sempre que ficava ao lado do filho mais novo.

- Eu sei papai, amo demais a mamãe, apesar de não a ter conhecido, a Mama me conta muitas coisas sobre ela.

- Sim, mas vamos ao que interessa! Se decidiu sobre o que fazer?

- Na verdade, estava analisando melhor o material que o Sr. me deu, mas ainda não me decidi por nenhuma.

- Podemos começar por Stanford, é uma ótima faculdade, a primeira na Inglaterra, mas sei que tem potencial para a melhor faculdade atualmente, e

- Eu sei, pai, Harvard. – Se levantou indo até a janela e olhando calmamente para a avenida movimentada de Tóquio.

- Se sabe, então quer dizer que já se decidiu, vou mandar ver instalações, não o quero em qualquer quartinho!

Shun nem se virou para encará-lo, por um momento, a avenida estava muito mais interessante.

- Shun, será que eu tenho que lhe dizer novamente o quanto é importante a geração Amamiya? Todos os clientes nos querem para defendê-los, pois somos bons, há séculos. É a tradição da família!

- Advogados mentem papai. Jamais conseguiria mentir para alguém em benefício próprio meu.

- Você foi criado com tudo, com o maior luxo e conforto que o príncipe mais rico jamais teve e mesmo assim é ingrato! Você sempre tirou as melhores notas, irá desperdiçar o seu talento em que? Está no nosso sangue Shun!

- Existe muito mais do que dinheiro na vida, pode ter certeza!

- Bom, você irá para Harvard mesmo que seja a força e não tente me contrariar!

- Alguma vez eu o fiz?

O olhar era vazio, frio, ele estava triste por dentro, queria ser mais do que um advogado, queria levar alegria a todos, satisfação, amizade. Seu maior sonho era fazer arquitetura, se encantava com decoração, projetos, mas se o pai soubesse enfartaria!

- Bom, eu vou para casa, não vai adiantar eu tentar falar com o senhor mesmo!

- Aonde você pensa que vai mocinho? Não saia daí!

Era tarde, o garoto já havia abandonado o edifício e se caminhava para o carro que estava parado em frente ao prédio e pensava em tudo o que foi dito. Como um pai podia obrigar um filho a ser o que ele queria? Viver atrás de uma máscara, assim como o seu irmão. Lágrimas rolavam pelo rosto e ele as deixava rolar, sem medo, somente dor, agonia!

Não viu quando ao abrir a porta para entrar no carro um motorista veio e o atingiu em cheio o jogando longe.

Sentiu a aflição, sentiu o cheiro de morte. Pessoas o rodeavam e ele não queria resistir, não queria mais ficar neste mundo, estava indo de encontro a sua mãe em uma viagem sem volta!

Viu Annita, seu pai, um Ikki desesperado que chorava copiosamente no corpo ensangüentado do irmão! Mas não tinha mais coragem, não tinha mais vida. Haviam tirado a sua há muito tempo.

Fitou todos e então desistiu da vida, seus belos olhos verdes fecharam-se quem sabe eternamente, mas não antes de ouvir um grito de desespero sair dos pulmões do seu irmão!

-SHUN!!!!!!!!!!! NÃO ME DEIXE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Continua

Hahahahaha, mó suspense néh!!!!

Siguinti, monte de beijos para todos que me deixaram rewies da minha fic Medo, Felipe, Dani, e todos os outros, fiquei muito feliz em saber que gostaram, bom, esta é uma U.A. com Yaoi de Shun e Hyoga, que será postada sempre de dois em dois capítulos. Só pra matar todo mundo do coração já estou com 6 prontas, mas, vou pondo por semana, assim aumenta a espectativa. Mas podem ter certeza de algo, vocês ainda vão chorar muito!!!!!!!! E um final feliz nem sempre é do jeito que a gente gostaria, mas, ainda é feliz!!!

Deixem rewies, ou