O anjo que eu matei.

By: Pah-Uchiha-chan.

Disclaimer: Naruto não é meu, mas se o Masashi-sama quiser me dar o Sasuke e o Itachi de presente, eu aceito.

Sasuke's POV.

— Papai! Papai!

— Sim Daisuke?

— Conta pra mim uma história?

— Daisuke, está na hora de dormir.

— Por favor, papai...

— Está bem... Que história quer ouvir?

— Eu quero ouvir a história daquele anjo.

— Aquela que um dia eu contei ao Yue?

— Isso!

— Muito bem. Mas, antes de começar, eu quero que você saiba que essa história não é só desse anjo, mas é minha também. Eu vivi isso e quero que você preste muita atenção, pois um dia você deverá contar essa mesma história para os seus filhos, está bem?

— Sim papai.

"Essa história começa comigo. Eu era um garoto de 7 anos de idade. Eu era muito feliz. Tinha uma mãe adorável. Meu pai era bem durão, mas sempre me amou. E eu tinha um ótimo irmão. Itachi Uchiha. Esse era meu irmão.

Eu sempre me inspirei nele. Para tudo. Ela era o prodígio do clã Uchiha. E eu queria ser como ele.

Mas tudo mudou em questão de minutos em uma noite.

Eu voltava do treino. Já estava tarde e eu estava atrasado. Eu corria pelas ruas, mas algo chamou minha atenção. Tudo estava escuro. Era estranho. Nunca apagavam as luzes tão cedo.

Foi quando eu vi o horror e o meu pior pesadelo se tornando realidade.

Todos do clã estavam mortos. Bem diante de mim.

Eu não sabia o que pensar.

Eu não queria que aquilo fosse real.

Segui para minha casa, horrorizado e preocupado. Temia que meus pais tivessem o mesmo destino e ao mesmo tempo rezava para que não tivessem.

Quando cheguei, procurei em vários cômodos, até que escutei um barulho vindo do quarto dos meus pais. (n/a: Eu não sei exatamente onde o Itachi matou os seus pais, então eu inventei. Se não foi no quarto deles, me desculpem.)

Segui até lá, mas quando ia abrir a porta, eu parei.

Estava com muito medo.

Medo do que poderia ver.

Medo do que me aguardava.

Medo de ser o próximo.

Mas, ainda assim, entrei.

Quando entrei, vi algo que me neguei a acreditar.

Meus pais estavam ajoelhados no chão.

E, em pé, na minha frente, estava meu irmão.

Ele estava com seus trajes Anbu e sua espada estava suja de sangue.

O sangue dos Uchiha.

O sangue que corria nas veias dele.

Antes que eu pudesse absorver tudo aquilo, ele matou nossos pais.

Na minha frente.

Sem dó, nem piedade.

Eu corri.

Eu Fuji.

Estava assustado.

Eu era só uma criança indefesa.

Ele me encontrou e me disse para odiá-lo.

Disse-me para odiá-lo como nunca odiaria uma pessoa na vida.

E, no dia que meu ódio fosse grande o bastante, eu deveria ir atrás dele e matá-lo, para vingar o clã.

Desde aquele dia nunca mais fui o mesmo.

Continuava na academia ninja e sempre treinava para ficar mais forte.

Eu precisava ficar mais forte. Forte o bastante para matá-lo.

Minha vida continuou. Eu cresci. Mas, dentro de mim, minha alma estava morta.

Até que, durante o treinamento ninja, nos separaram em grupos.

Meus colegas de equipe eram Naruto Uzumaki, o atual Hokage, e Sakura Haruno, alguém que você conhecerá melhor depois.

Achei isso completamente desnecessário e uma perda total de tempo.

Naruto era um idiota. Sempre escandaloso e bobão.

Sakura era uma fraca. Sempre declarava seu amor por mim e sempre tinha que ser protegida em alguma missão.

Kakashi Hatake era o nosso sensei. Apesar de aparentar ser um idiota pervertido, era extremamente forte e nos ensinou várias coisas. Especialmente a mim.

Mesmo inconscientemente, eu comecei a criar laços com eles. Laços de amizade.

Naruto era como um irmão para mim. Nós cuidávamos um do outro, mas sempre fomos rivais. E era justamente por isso que eu sempre queria me superar.

Kakashi era como um pai. Ela ensinava mais do que apenas jutsus e técnicas de combate. Ele ensinou modos de vida diferentes.

Sakura era como uma melhor amiga. Mesmo com a minha atitude fria, ele sempre sorria. Ela sempre se preocupava e sempre estava lá. Do meu lado. Apoiando-me e querendo o meu melhor.

Mas eu sempre a ignorava.

Um dia, durante a prova chunnin, eu encontrei um homem chamado Orochimaru. Ele me deu um selo amaldiçoado e disse que se eu o seguisse, conseguiria mais poder.

O selo consumiu minhas energias e acabei desmaiando.

Depois de um tempo acordei me sentindo melhor do que nunca havia me sentido.

Mas, quando eu acordei, eu vi Naruto desmaiado ao meu lado e vi minha companheira de Time, Sakura, lutando contra três ninjas que tentavam chegar até mim.

Ela já estava totalmente ferida.

E o que mais me chamou a atenção foi o fato de seus cabelos incrivelmente longos estarem cortados.

Um poder incrível tomou conta de mim e eu quase acabei matando os ninjas.

Mas, antes que eu pudesse fazer isso, ela, Sakura, me abraçou e me implorou para parar.

De repente, minha fúria cessou. Eu voltei ao normal. Mas ainda estava muito confuso sobre o que tinha acontecido.

Um dia, depois desse episodio, me reencontrei com meu irmão. Tentei lutar contra ele, mas fui nocauteado.

Eu ainda não era forte o suficiente.

Pensei muito durante algum tempo e vi que o que estava me atrapalhando eram os meus laços.

Eram as pessoas que se preocupavam comigo que me distraíam e por isso eu ainda não era forte o bastante.

No dia em que percebi isso, tomei uma decisão drástica.

Eu arrumei minhas coisas e fui para a saída da vila.

Achei que, como sendo tarde da noite, ninguém me veria.

Estava enganado.

Ela, mais uma vez, estava lá.

Enquanto dava as costas a tudo e a todos, ele me implorava que não fosse.

Ela declarou seu amor por mim.

Ela tentou me parar.

Ela chorou por mim.

Ela implorou para que ficasse ou ao menos a levasse comigo.

Mas eu não poderia fazer isso.

Ela ameaçou gritar.

Isso iria me revelar.

Com minha velocidade ninja eu parei atrás dela.

Não poderia deixá-la me atrapalhar.

Antes de desacordá-la, lhe disse uma última coisa: 'Obrigado'.

Então, a desacordei.

A coloquei em um banco próximo e parti.

Mas não sem, antes, secar suas lágrimas.

Durante a minha viagem até Orochimaru tive que enfrentar meu melhor amigo.

Quase o matei, mas não o fiz.

Quando vi que ele não acordaria tão cedo, fui embora.

Abandonei tudo que tinha e segui em frente.

Anos se passaram.

Eu treinei.

Fiquei mais forte.

Dominei técnicas impossíveis.

Matei várias pessoas no caminho, mas, na época, isso não importava para mim.

Só importava matar meu irmão.

Orochimaru se tornou inútil.

Ele não tinha mais nada para me ensinar e ele só queria meu corpo.

Eu o matei também.

Reuni um time de ninjas e fui atrás de Itachi.

Foram anos de busca atrás dele, mas, um dia, eu finalmente o encontrei.

O momento que eu tanto esperava havia chegado.

Era o momento.

Era a minha chance.

E eu não a desperdicei.

Foram horas de uma batalha sangrenta, onde somente um poderia sair vivo.

E esse um, fui eu.

Mas, antes disso, Itachi me disse o porquê de ter feito o que fez.

Ele me contou sobre um homem chamado Danzou e tudo o mais sobre o clã e Konoha.

Logo antes de morrer ele me disse: "Seja um herói."

Mas eu ainda estava cego pela vingança e pela escuridão.

Agora eu queria vingança contra Danzou, que obrigou meu irmão a matar todo o nosso clã.

Cheguei até a me tornar parte da Akatsuki por isso.

Mais sangue escorreu por minhas mãos em busca da vingança.

Mas, tinha uma coisa que dificultava um pouco as coisas.

Meus amigos.

Meus laços.

Mesmo depois que fui embora de Konoha, eles não desistiram de mim.

Eles me seguiam.

Perseguiam-me.

Tentando a todo custo me levar de volta.

Mas eu não queria isso.

Eu queria mais vingança.

Eu já os havia encontrado várias vezes, mas eu sempre dava um jeito de escapar e seguir em frente.

Até que em um dia de neve, ela veio atrás de mim.

Ela veio pronta para um combate.

Ela ainda me amava. Ela me disse isso.

Mas também disse que era justamente porque ela me amava que eu deveria morrer.

Ela não suportaria ver-me afundando mais nas travas e no ódio.

E, então, nossa luta começou.

Ela havia melhorado muito.

Ela havia crescido muito.

Ela já não era mais a garotinha fraca e irritante que eu protegia durante as missões.

Ela havia se tronado uma mulher forte.

Mas não tão forte quanto eu.

Nossa luta durou várias horas e eu fiquei impressionado com o quanto ela havia crescido.

Mas, é claro, não demonstrei.

Aquela luta estava indo longe demais, então, decidi dar um fim a ela.

Deferi minha espada contra seu pulmão. Aquilo teria sido fatal se eu não soubesse que ela era uma médica ninja.

Ela caiu no chão.

Sua respiração descompassada.

A neve branca sendo manchada.

Manchava pelo sangue.

O sangue dela.

Eu disse um simples: "Você continua fraca".

Mas eu só queria esconder a verdade de que ela estava mais forte do que eu poderia imaginar.

Fui embora sem olhar para trás, para ver se ela estava me seguindo ou não.

Mas não senti o seu chakra por perto, então deduzi que ela não me seguira.

Meses se seguiram e nunca mais a vi.

Depois desses meses consegui matar Danzou.

Mas, quando achei que estava tudo acabado, descobri que Uchiha Madara fora o verdadeiro maestro de toda aquela orquestra de mortes e sofrimentos.

Meu cenário para a última batalha foi em Konoha.

Bem, a destruída Konoha.

Eu a havia destruído para matar Danzou e os conselheiros.

E, quando descobri a verdade, ali também foi meu campo de batalha contra Madara.

Dessa vez, não sei se lutamos por horas, minutos ou dias.

O tempo pareceu parar, apenas para nos assistir.

Uma batalha sangrenta.

Mas no final eu, novamente, venci.

Mas eu estava muito cansado e debilitado.

Achei que logo morreria, mas, naquele momento não importava.

Eu achei que estava feliz e que poderia morrer em paz.

Eu fechei meus olhos, esperando que tudo se tornasse escuro e que minha alma fosse sugada para o vazio.

Mas não foi bem isso que aconteceu.

Eu estava no escuro.

Mas, ao invés de ter minha alma sugada para o vazio, senti que estava de pé. O chão era solido.

"Chegou na Hora, Sasuke-kun."

Ela me disse e levantei a cabeça sem compreender o que ela fazia ali.

Como se ela lê-se meus pensamentos, me disse:

"Estou aqui para conversar e ver se está pronto para partir."

"Como assim? O que você está fazendo aqui? Como chegou aqui? De onde veio?"

Era muitas perguntas as que sondavam a minha mente.

"O que faço aqui, eu já lhe disse, de onde eu vim, não importa agora."

Ela estava calma e serena, como se nada pudesse abalá-la. E completou:

"Você está verdadeiramente feliz com sua vingança?"

"É claro que estou."

Que pergunta idiota. Aquilo era meu sonho. Sempre fora. Agora que o cumpri, por que não estaria feliz?

"Não minta para si mesmo Sasuke-kun. Pense um pouco. Esta verdadeiramente feliz? Você gostou de ver seu irmão morrer? Você gostou de ver mais sangue Uchiha sendo derramado, mas dessa vez pelas suas mãos?"

Eu ia responder, mas me calei.

Eu não havia visto por esse ângulo.

Eu não havia pensado nisso.

E agora, ela me dizia algo que nunca passara pela minha cabeça.

Tentar desvendar o que estava sentindo.

Percebi que felicidade, não era o nome daquilo.

Rejeição? Desprezo por mim mesmo? Decepção? Talvez isso fosse mais apropriado para o que eu estava sentindo.

"Você está verdadeiramente feliz?"

Ela perguntou novamente.

Pensei um pouco e finalmente disse:

"Não."

Ela abriu um doce sorriso.

"Você quer ser feliz?"

"Mais do que tudo."

Aquilo não era tão difícil de responder.

Tudo o que eu queria era ser feliz novamente.

Só restava saber como.

Mais uma vez era como se ela lê-se meus pensamentos, porque ela disse:

"Eu sei como você pode ser feliz."

Em um instante, estava cheio de esperança. Estava cheio de esperança de ser feliz novamente.

"Como? Diga-me, por favor."

"Ame."

Ela respondeu simplesmente.

"Amar?"

"Sim, ame. Ache alguém que te ame e que faça você se sentir amado. Ame essa pessoa com igual intensidade. Forme uma família com ela. E logo vera como poderá ser feliz."

'Ache alguém que te ame e te faça sentir amado. Ame essa pessoa com igual intensidade. Forme uma família com ela. E logo verá como poderá ser feliz. '

Aquelas palavras ficaram ecoando na minha mente.

Achar alguém que me ame e me faça sentir amado.

Mas quem?

Então eu levantei meus olhos e vi seu rosto.

Nele, um sorriso lindo estava estampado.

Um sorriso que sempre fora dedicado somente a mim.

'Ache alguém que te ame e te faça sentir amado. '

Ela sempre me amou, mesmo quando eu duvidei e ignorei esse sentimento.

Ela sempre me fez sentir especial e querido, mesmo quando não ligava para o seu sofrimento.

'Ame essa pessoa com igual intensidade. '

Eu poderia amá-la?

Eu sou capaz disso?

Sim.

Pois nenhuma outra fez metade do sacrifício que ela fez por mim.

"Já sabe de alguém com quem poderia fazer isso?"

Perguntou-me ela docemente, nunca deixando de sorrir.

"Sim. Você."

Seu sorriso se tornou mais gentil do que antes.

"Creio que isso não será possível, Sasuke-kun."

"Como assim?" Perguntei incrédulo.

Ela deu uma leve risada e respondeu:

"Um humano não pode ter um romance com um espírito."

Não entendi do que ela estava falando.

Espírito?

De que espírito ela falava?

Não sei se ela percebeu minha confusão ou leu meus pensamentos de novo, mas ela disse:

"Chegue mais perto Sasuke-kun."

E assim o fiz.

Quando estava bem de frente dela, ela disse:

"Tente me tocar."

Ela estendeu sua mão, mas, quando tentei tocá-la, minha mão passou direto. Tentei novamente, e o mesmo resultado.

Toda vez que tentava tocá-la, minhas mãos passavam direto e podia sentir o frio dela.

Afastei-me assustado.

"Entende agora, Sasuke-kun?"

Ela era um espírito.

Não. Ela não era um simples espírito.

Quando me afastei e prestei mais atenção, pude ver duas asas.

Brancas. Puras. Angelicais.

Ela não era um simples espírito.

Ela era um anjo.

"Fui enviada para ver se estava realmente pronto para partir. Mas eu pude ver que não está."

"Mas, como?"

Se ela era um anjo, isso só podia querer dizer uma coisa:

Ela havia morrido.

"Tem certeza que não se lembra? Afinal, foi você quem me matou."

Olhei incrédulo para ela. Como eu poderia tê-la matado?

Ela soltou sua leve e angelical risada novamente. Não entendi o porquê de ela estar rindo.

"No dia em que você partiu de Konoha, eu fiquei muito triste. Deprimida. Mesmo sem saber, você matou meu coração emocionalmente. Naquela noite fria, você me matou. Pela primeira vez.

Então, os anos se passaram. Um atrás do outro. Mas eu não desisti.

E por não desistir de um amor, eu fui atrás de você para te matar.

Mas, como você disse, eu era fraca. Continuava fraca.

Você desferiu um golpe em meu pulmão. Eu percebi que você fez aquilo para me atrasar e poder fugir, e não para me matar.

Mas, o que você não soube, é que aquilo me matou.

Apesar de ser uma médica ninja, eu não tinha mais chakra sobrando.

Eu não pude me curar.

E eu sangrei até morrer.

Não sei se você percebeu a coincidência, mas, no dia em que você me matou pela primeira vez, era uma noite fria na vila e, no dia em que você me matou pela segunda e última vez, eu morri na neve, e novamente no frio.

Sozinha e sem ninguém para me aquecer."

(N/a: Pra quem não entendeu toda a fala acima, desde o inicio das aspas, até o fechamento destas, era uma fala da Sakura.)

Eu a matei. Não podia ser verdade.

Mas, se não fosse, ela não estaria aqui.

Eu não queria isso.

Eu queria que ela fosse feliz.

Mas, quando eu descubro que a amo, descubro também que fui eu o autor de seu assassinato.

"Não se sinta culpado Sasuke-kun. Eu morri em paz. Tornei-me um anjo e finalmente me reencontrei com todos que perdi."

Não. Ela não havia se tornado um anjo com sua morte.

Ela já era um anjo em sua vida.

Um anjo que tentou iluminar meu caminho.

Um anjo que cuidou de mim quando eu precisava.

Um anjo que me amou e nunca pediu nada em troca.

Um anjo que ficaria feliz, se me visse sorrindo, mesmo que não fosse ao lado dela.

Um anjo que não tinha asas, mas que passou a ter quando se foi.

"Sasuke-kun, não fique triste. Você já descobriu que não é feliz com a vingança e descobriu que para ser feliz deve amar. Meu trabalho acabou Sasuke-kun. Você deve voltar e ser feliz."

Como eu poderia ser feliz sabendo que ela havia ido para sempre?

Como poderia ser feliz sabendo que fui eu que a fez ir?

Como eu poderia ser feliz, seu fui eu quem apagou a luz do seu sorriso e seus olhos?

"A resposta para suas perguntas Sasuke-kun, é o amor."

De repente uma luz pairou sobre mim.

Ela era intensa.

Ela olhou para mim e deu um sorriso grande, meigo e gentil e disse-me:

"Sua hora de voltar chegou. Ame e seja amado. Constitua uma família e não se deixe abalar. E proteja sua família, para que seu legado eles possam levar. E lembre-se de uma coisa, Sasuke-kun."

Olhei para ela e esperei que continuasse, mas ao mesmo tempo, não queria partir e saber que não a veria mais.

"Lembre-se de que o verdadeiro amor é eterno, mas o meu, durará muito mais do que só o 'Para sempre'. Quando você voltar, estarei esperando por ti, como sempre, de braços abertos."

Ela sorriu para mim e me permiti, pela primeira vez em muito tempo, sorrir de volta e compreendi que a veria novamente. E que quando isso acontecesse, seria pela eternidade.

Então, eu voltei a esse mundo.

Conheci sua mãe, e vi nela a alma daquele anjo.

Depois disso permiti-me apaixonar por sua mãe.

Ela sabe que ainda amo meu pequeno Anjo.

Ela sabe que sempre a amarei.

Mas também sabe que vejo nela meu anjo, e que assim em permito amá-la como ela me ama.

Depois dela veio Yue.

Depois dele veio você.

E sabe por que conto essa história a vocês?

É para que vocês aprenderem que aquele que mostra seus sentimentos em vida, não é fraco.

Na verdade, ele é o mais forte dos homens ou a mais forte das mulheres.

Aquele que mostra seus sentimentos abre seu coração. Ele se doa sem esperar nada em troca e só quer sua felicidade.

Então, dê valor ao amor.

Dê valor à amizade.

Diga que ama alguém, quando amar.

Pois você nunca sabe se será tarde demais para isso.

Eu sei que onde esse anjo estiver, está orando e zelando por nós.

Porque esse anjo sempre foi forte.

Porque esse anjo sempre iluminou meu caminho.

E porque esse anjo nunca deixou de amar.

Essa é a minha história.

Uma história de ódio e amor.

Eu matei um anjo sem asas.

Mas essas vieram depois, com sua dor.

Eu matei esse anjo duas vezes.

Mas sequer percebi isso.

Quando percebi era tarde.

Mas, como o anjo disse.

"O verdadeiro amor é eterno, mas o meu durará muito mais do que o 'Para sempre'."

Eu a amo.

Não vou deixar de amar.

E quando retornar para ela,

Sei que ela me receberá,

Com os braços abertos.

Como sempre o fez.

Eu matei um anjo.

Mais hoje conto sua história.

O nome desse anjo,

Você já deve saber.

O nome do anjo é o nome da mais bela flor da primavera.

Aquela que renasce após o inverno e nunca desiste.

Mas que quando chega perto desse, morrer por causa do seu frio.

O no do Anjo era Sakura. Sakura Haruno.

Fiz de minha história a dela.

E hoje me arrependo disso.

Mas quando eu morrer,

Poderei pedir por seu perdão,

Mesmo sabendo que ela nunca deixará de me amar.

— Papai, isso é verdade mesmo?

— Você deve acreditar se quiser.

— Anjos existem mesmo?

— Sim.

— Podemos vê-los?

— Só em nossos sonhos.

— Você a vê?

— Sempre que fecho os olhos.

— Papai?

— Hn?

— Você matou um anjo?

— Sim.

— Você se arrepende, né?

— Sim.

— Então não se preocupe. Um anjo é bom demais para guardar rancor.

— *Sorriso* Durma Daisuke. É tarde.

— Boa noite, papai.

— Boa noite meu filho.

Owari.

Pra quem ainda não sacou, o pai do Daisuke é o Sasuke.

O que acharam?

Merece uma review?

Espero que sim.

Eu sei que deveria estar trabalhando em "Mais um conta da Nova cinderela" e em "O retorno de Sasuke", mas é que eu simplesmente tive e urgência de escrever isso, caso contrário, eu teria um ataque do coração.

Espero que tenha ficado bom.

REVIEWS!

Ja ne!