Nota: Eu escrevi isso depois que vi uma texto bonitinho sobre Paul Walker ter virado um anjo (pra quem não sabe ele faleceu anteontem 30/11/13) e como de costume me levou a imaginar minhas duas maiores inspirações se encontrando em um possível céu, rs.
Nota¹: Eu não tenho beta, então caso encontrem erros em perdoem e me avisem, se possível ;)
Nota²: Comentários, ruins ou bons, eu aceito como presente de Natal.
Disclaimer: Todos os personagens pertencem à J.K Rowling e afins.
Boa leitura!
Remus teve dificuldades em abrir os olhos e quando conseguiu o Sol forte machucou por alguns segundos seus olhos despreparados. Apoiou-se nos cotovelos e respirou profundamente o cheiro de sal ao notar que estava em uma praia. Não se desesperou o barulho e o caos da batalha ainda estavam nítidos em sua cabeça e sua última lembrança era de um clarão verde esmeralda vindo da varinha de Dolohov. Estava morto.
Não havia mais guerra, não haveria mais batalhas, nem missões, nem transformações, ao menos era o que ele imaginava.
Teddy. Pensou no filho recém-nascido que havia deixado em meio a Guerra. Harry tomaria conta dele? Como seria a vida dele sem os pais? Sentiu um enorme aperto no peito, uma dor incalculável e percebeu o quando de fato amava aquele pequeno serzinho de cabelos coloridos.
Postou-se de joelhos e sob a fina camada de tecido da calça velha conseguiu sentir os grãos de areia quente sob si e chorou, deixou as lágrimas rolarem por seu rosto, limpando-lhe a alma, sem vergonha, só saudades, preocupação, raiva e frustração por não poder beijar o filho pela última vez.
Theodore saberia que o amou tanto? O amaria mesmo morto? Entenderia porque teve de morrer? Morreu lutando, morreu em batalha com o único objetivo de fazer do mundo um lugar melhor para se viver, para que seu filho vivesse, em segurança.
A dor não cessou, mas as lágrimas pareciam ter secado em seu rosto. Queria abraçar o filho, queria beijá-lo, dizer o quanto o amava, queria vê-lo crescer e agora nada disso poderia acontecer. Ele sabia que se não tivesse lutado se não houvesse guerra Voldemort venceria e o pequeno Lupin nunca poderia viver uma vida tranquila, ele sabia que morrera por uma boa causa, pela causa pela qual tinha vivido a vida toda. Mas mesmo essa ciência, não diminuía a dor.
O abraço veio no momento exato em que Remus deixou-se desabar e foi o melhor abraço que ele já havia recebido. Não precisou abrir os olhos, ele sabia quem era.
O cheiro era o mesmo, a força do abraço inconfundível, o toque. Era ele, estava ali e assimilar aquilo só fez Remus chorar ainda mais.
'-Estou aqui Remy, está tudo bem. '
Não estava tudo bem, a batalha estava acontecendo, Harry estava lá, Teddy, Dora, todas aquelas crianças de Hogwarts, todos os membros da Ordem.
'-Está tudo bem Aluado, nós vencemos, nós ganhamos. Voldemort está morto. Teddy está bem e seguro com Andy. '
Ficaram abraçados, um ao outro por um tempo não cronológico. Não fazia sentido nenhum contar agora, não tinham mais pressa, não tinham mais medo. Estavam juntos finalmente, juntos depois de tanto tempo, juntos depois de passarem uma vida inteira se desencontrando um do outro.
E Remus sorriu. Sentiu-se em paz pela primeira vez em anos, se sentiu completo, se sentiu inteiro, invencível. Alguma coisa dentro de si havia eliminado cada uma de suas apreensões. Ele estava vivo como nunca.
'-Eu sabia que iria me esperar. '
'-Sempre. '.
