Atenção: esta história não é minha. É apenas uma tradução de uma história já existente. A história original chama-se «Why won't you kiss me?» e foi escrita por Fictionista48.

Muito obrigada desde já a ela por me deixar usar a sua história. Tem mais dois capítulos e se gostarem deste vou publicá-los aqui também.

Digam-me o que pensam.

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Eles não têm nenhum caso e nade de especial está a acontecer. Todos se encontram sentados na área das secretárias, á espera de algo para fazer. Deeks foi buscar café e, ao entrar, ouve risos.

"É um milagre termos saído de lá com vida," Kensi diz e Callen ri.

"Vocês conseguiram vender a vossa história. Essa é a única razão pela qual conseguiram," Sam diz. "É bom que nunca tenhas que ir sobre disfarce com o Deeks assim. Ele nunca conseguiria fazê-lo."

"Achas mesmo que não?" Ela pergunta.

Isto é errado. Eles estão a falar sobre ele nas suas costas. Mas afinal que é isto? Ele entra de rompante, café nas mãos. Entrega um a Kensi e olha para Sam. "Que é isto, pessoal? Eu saio por 10 minutos e começam a falar mal de mim?"

"Foram trinta. E não, não estávamos a falar mal de ti. Esclarece-nos uma coisa. Se tu e a Kensi fossem sobre disfarce como casal, conseguias que alguém acreditasse na vossa história?"

O seu coração começa a bater mais forte. De repente, ele deseja que se tivesse demorado mais a comprar o café. "Uh…acreditar na minha história?"

"Sim, acreditar na tua história. Conseguias fazer com que fosse credível o suficiente para vos manter vivos?"

"Eu sei o que quer dizer acreditar na minha história. Claro que conseguia. Sou um profissional."

"Porque sabes que, mais cedo ou mais tarde, vai acontecer."

"Sim, bem, então que aconteça. Já passei imenso tempo disfarçado de alguém que não sou. Sou bom nisso, lembras-te?"

"Sim, és bom a fingir que és um sem-abrigo ou um tipo qualquer. Mas a questão é que nós não costumamos ir atrás desse tipo de pessoas, lembras-te? Normalmente é um trabalho infiltrado bem mais sofisticado."

É aí que ele começa a jogar na defensiva. "Sim, bem, eu consigo usar um fato tão bem como qualquer um de vocês. Posso sempre fazer a barba, sabes?"

Callen ri. "Não é bem esse tipo de trabalho infiltrado que estamos a discutir aqui."

Ele fica confusa.

Kensi ri para disfarçar o nervosismo mas falhando miseravelmente. "Eles acham que não conseguias convencer ninguém se tivéssemos que ir infiltrados como um casal romântico, Deeks"

Esta não é a conversa que ele quer ter. "Claro que conseguia, Fern. Eu consegui fingir que gosto de ti durante uns dias."

Sam olha para ele. "Nós estamos a falar a sério. Vai acontecer. Vocês os dois vão ter que, mais cedo ou mais tarde, safar-se de uma situação desse género. É por isso que fazem parte de uma parceria homem/mulher."

"E, mais cedo ou mais tarde, eu vou fazer o que tem que ser feito. Ninguém precisa de se preocupar."

"Pareces um bocado…nervoso, Deeks," Callen diz, a sorrir.

"Eu não estou nervosa."

Kensi sorri e bebe um pouco do seu café. "Pareces bastante nervoso."

Sam ri-se. "Ele está definitivamente nervoso."

"Eu não estou nervosa. Isto é ridículo. Nem sei porque é que estamos a falar sobre este assunto…"

"Estamos a falar disto porque quando acontecer algo assim, queremos ter a certeza que a Kensi vai estar a salvo contigo."

"Sam, ela está a salvo. Eu protejo-a. Já provei isso antes."

Sam sorri, um brilho traiçoeiro nos seus olhos. "Prova-o agora mesmo."

Kensi olha para cima de repente.

Deeks quase que se engasga com o seu café. "O quê? Provar como?"

"Beija-a. Como se sentisses mesmo algo por ela. Faz-me acreditar que são um casal."

"Isso é ridículo. Não vou fazer isso. Isto é uma piada estúpida ou algo assim."

"Não é não. Eu não acho que o consegues fazer," Callen diz.

"Eu também não. Kensi, é bom para ti que esse dia nunca chegue."

Deeks olha para os seus colegas de equipa, o seu coração a bater com força. Eles não podem estar a falar a sério. Eles não podem mesmo querer que ele faço isto. E Kensi? Ela ainda não disse uma palavra sobre o assunto. Claramente, ela também está a par da partida que estão a pregar nele.

"Como queiram. Eu vou mas é fazer exercício."

"Tu nunca fazes exercício. Estás com medo! Estás mesmo com medo de a beijar," Callen diz, rindo-se.

"Eu não estou com medo. Isto é uma partida que vocês decidiram todos pregar-me. Se não fosse, Kensi, estarias a tentar parar isto. Tem que ser isso."

Ela encolhe os ombros. "Parte do trabalho, Deeks. Nada que eu nunca tenho feito antes."

Ela não pode estar a falar a sério. Tem que haver alguma coisa que lhe está a escapar. "Bem, confia em mim, se esse dia alguma vez chegar, podes contar comigo. Não tens que te preocupar com isso."

Sam abana a cabeça. "Estás morta, Kensi."

Ela parece irritada. "Deeks, faz isso. Vais provar que tens razão e calá-los."

Oh meu Deus. Toda a gente perdeu a cabeça- é a única coisa que faz sentido nesta situação. "Tal como eu disse, Kensi, isto é ridículo. Eu não estou a cair nesta partida portanto já podem dizer qual é a piada metida nesta situação e acabar com isto. Já percebi que isto deve ser uma pida privada qualquer entre vocês os três ou então uma desculpa para tu me dares um murro assim que eu te tocar. Não obrigada."

Callen levanta-se e encosta-se á secretária. "Não é nenhuma partida. Se acabares infiltrado com ela e não conseguires fazer ninguém acreditar na vossa história, podes acabar por ser morto. E ela também. E acredita, se isso acontecesse, ressuscitávamos-te só para te podermos matar nós mesmos."

"Tens que levar isto a sério, Deeks. Um pequeno deslize e ela pode morrer. Bem, nós sabemos que ela consegue fazer isto. Tu, não temos tanta certeza. E aí esta o problema."

Eles estão mesmo a falar a sério? Mesmo? Eles querem mesmo que ele a beije. Aqui e agora, na frente deles. De maneira nenhuma. Nem pensar. "Tal como eu disse, não têm nada com que se preocuparem. Já estive a trabalhar infiltrado milhões de vezes. Eu sou bom nisto."

"Existem diferentes níveis de disfarce, no entanto. Podem ir como amigos, conhecidos, amantas, um casal casado á mais de dez anos…"

Kensi parece ofendida. "Dez?"

Sam sorri. "Podias ter casado aos dezassete."

"A questão é," Callen diz, "que vocês têm que conseguir fazer-se passar por qualquer uma dessas coisas. Tens que ser específico, capturar as emoções características de cada situação e a interacção correcta a ter em cada caso."

Deeks passa uma mão pelo cabelo. "E consigo."

"Então prova-o."

"Não. Eu podia ser o amigo ou o homem casado. Sem problema. Não tenho nada a provar."

"Então percebes as diferenças subtis entre cada uma das situações? Sabes a diferença entre a maneira como um casal agiria em comparação com duas pessoas que estão a ter um caso?" Callen pergunta.

"Podia descobrir, sim."

"Não é bom o suficiente. Enquanto pensas nisso, ela podia levar um tiro. Sam, Kensi, mostrem-lhe."

Kensi e Sam levantam-se e olha um para o outro, depois encolhem os ombros. Deeks não pode acreditar no que está a ver.

"Okay, Sam, como um bom amigo," Callen propõe. Sam agarra Kensi e dá-lhe um beijo na cara e um abraço. Ela sorri e retribui o gesto.

"Agora como um casal com crianças á espera em casa."

Sam abraça Kensi e deixa um beijo não platónico mas definitivamente não muito apaixonado nos seus lábios. Mais uma vez, ela retribui o gesto mas desta vez com um sorriso gentil.

"Como dois amantes," Callen propõe desta vez e Deeks sente o seu coração a acelerar. Claro que eles não fariam isso.

Sem um segundo de hesitação, Sam puxa Kensi para os seus braços e olha-a nos olhos. Ela olha para ele e põe-se em bicos de pés com os braços á volta do seu pescoço. Ele envolve a sua boca num beijo suave, depois noutro mais apaixonado. O que se segue é tão intenso que é quase embaraçoso de ver. Quando se separam, Sam acaricia a sua face e deixa um beijo breve nos seus lábios antes de lhe dar um abraço.

"Obrigado. E é assim que se faz." Callen anuncia e Kensi e Sam voltam para as suas secretárias, Kensi a rir e a dar um murro no braço de Sam.

Deeks não consegue fazer mais nada a não ser olhar para eles. Sente como se tivesse visto algo que não era suposto ver, nunca. Sente-se embaraçado, chocado e surpreendido. Nem pensar que ele vai fazer uma coisa dessas aqui, com a equipa inteira a ver. Ele encolhe os ombros. "Eu podia fazer isso."

"Sim? Prova-o," Callen responde.

"Ela é a minha parceira e vocês estão todos a ver. Seria estranho."

"E qual é o problema de serem parceiros? A questão aqui é exactamente essa." Callen diz-lhe.

"Então conseguias beijar o Sam?

"Se esse fosse o nosso disfarce e as nossas vidas dependessem disso, claro."

Sam arrepia-se mas concorda. "Tal como ele disse, Deeks, prova-o."

Quando Deeks está prestes a dizer que não, Hetty chama-o. "Graças a Deus," ele sussurra para ele mesmo enquanto se dirige ao escritório dela.

"Eles têm razão, sabe?" Ela diz, sentando-se na sua cadeira.

"O quê?"

"Eles têm razão. Vocês os dois vão ter que ir infiltrados como um casal mais cedo ou mais tarde. E quando esse dia chegar deve estar preparado. Se não estiver, coisas muito más podem acontecer."

"Hetty, vai correr tudo bem. Não sou um miúdo qualquer que nunca beijou uma rapariga na vida. Consigo fazer uma mulher tremer com um beijo. Só não sinto a necessidade de o provar ao Callen e ao Sam."

"E a sua parceira? E se ela precisar dessas provas tanto quanto eles?"

"Ela não disse que precisava. Ela mal disse uma palavra ali."

"Talvez ela não o queira embaraçar."

"Ao contrário de todos os outros?"

Hetty sorri, "Não a deixe ficar mal. Ela nunca faria isso consigo."

"Bem, claramente ela já esteve infiltrada como amante de alguém portanto não estou preocupado."

"Exactamente. Você viu as provas."

Deeks levanta-se para se ir embora. "Ela está a salvo comigo, Hetty. Kensi não tem nada com que se preocupar."

Quando ele volta para a zona das secretárias, Sam e Callen já não estão lá. Kensi está sentada na secretária dela, a fazer algo no seu computador. "A actualizar o teu perfil de namoro online," ele diz com um sorriso.

Ela parece um pouco…quê? Ofendida? Irritada? "Engraçadinho."

"Bem, uh…aquilo foi bastante impressionante, Kens."

Ela encolhe os ombros. "Tal como eu disse, é parte do trabalho." Ela levanta-se e vai embora. Deeks fica ali sozinho a pensar qual é o problema dela.

Ele vê-a ir embora e um estranho sentimento apodera-se dele. Não pode acreditar no que testemunhou nos últimos quinze minutos. Nunca a tinha isto beijar ninguém e admite, mesmo que só para ele mesmo, que já pensou em como seria beijá-la. Ela é linda, tem um corpo fantástico e o seu sorriso é a morte dele.

Definitivamente, Deeks não se importava de a beijar. Apenas não com Callen e Sam a assistir. A maneira como ela e Sam conseguiram fingir aquele nível de paixão em frente de amigos é algo que o ultrapassa. Claramente, são ambos bons profissionais. Claramente, já fizeram isto antes. Ainda assim, Deeks não consegue imaginar-se a fazer isto em frente deles.

Existem outras razões que o impedem de o fazer mas ele não se atreve a partilhar essas com eles. Razões imensamente privadas. Ele nem tem a certeza sobre os seus sentimentos por ela. Kensi é a sua parceira. Já a salvou mais de uma dúzia de vezes. Tem que trabalhar com ela todos os dias. Ele finalmente ganhou a sua confiança, finalmente consegue sentir-se confortável com ela. Não pode deitar tudo isso a perder. E também há ainda o factor emocional, um que ele prefere nem sequer pensar. Não, ele não beijará a sua incrivelmente bonita, sexy parceira num futuro próximo.

Ela consegue evitá-lo durante o resto do dia. Ele não consegue perceber bem porquê mas ela está a agir de forma estranha. E não apenas a sua forma estranha habitual. Parece chateada ou zangada. Ele não consegue perceber qual delas porque ela não se aproxima o suficiente dele para poder olhar para ela ou falar com ela. E está a deixá-lo completamente doido. Ele odeia quando ela o deixa de fora. Ele devia estar habituado a isto, mas não está. Na verdade, tem quase a certeza que nunca estará. Ele importa-se com ela. Não quer fazer nada que possa danificar a sua frágil parceria.

Ele vai contra tudo aquilo que aprendeu até hoje e aproxima-se dela. Kensi evita olhar para ele, organizando a sua já organizada secretária. Claramente, ela não consegue encontrar mais nada para fazer mas tem a necessidade de fazer alguma coisa.

"Estás bem?" Não era bem essa a pergunta que ele queria fazer.

Ela não olha para ele mas a sua voz diz-lhe tudo o que ele precisa de saber. "Óptima."

"Que se passa, Kens? Estás chateada comigo?"

"Porque é que estaria?

"Não faço a mais pequena ideia mas tens andado a evitar-me desde esta manhã, depois daquela conversa toda sobre irmos infiltrados."

"Tive coisas para fazer. Não penses mais nisso."

"Sabes que podes confiar em mim, certo? Se fossemos infiltrados daquela maneira, estarias a salvo comigo."

Ela finalmente olha para ele. "Okay."

"Não querias mesmo que te beijasse em frente ao Callen e ao Sam, certo? Quer dizer, isso seria simplesmente estranho."

Ela olha para ele mais uma vez. "É um trabalho, Deeks. Um que talvez tenhas que vir a fazer. Sabes que se formos infiltrados dessa maneira, Sam e Callen vão estar a ver-nos o tempo inteiro, assim como a Hetty, o Eric e provavelmente a Nell."

"Não estariam mesmo ao nosso lado, a olhar para nós."

"Podem estar. Sam e Callen podem ter que estar na mesma sala para oferecer apoio. Então, o que me estás a dizer é que se esse fosse o caso, não o conseguias fazer. Eu estaria lixada."

Ele abre a boca e fecha-a outra vez. "Não, não, não é isso que eu estou a dizer. É só que…"

Ele levanta as mãos para o parar. "Esquece isso. Eu percebo," ela diz furiosamente e vai embora.

Ele está a estragar isto de uma maneira que pode ser impossível de melhorar. Eles não são parceiros assim á tanto tempo e o que têm não é ainda nada muito seguro. Não lhe pode dizer porque é que não a beija. Isso arruinaria tudo, de certeza absoluta. No entanto, mais nenhuma justificação é boa o suficiente. Não a pode culpar, ele está a brincar com a segurança deles. Ela tem que saber que pode confiar nele em qualquer situação. E agora não consegue. Porque é que ele tem que se sentir assim em relação a ela? A atracção é ridícula. Às vezes ele olha para ela e nem consegue respirar. E agora é suposto beijá-la com a equipa a ver, como se não significasse nada? Pois, nem pensar que ele consegue fazer uma coisa dessas.

Umas horas passam e ele ainda não a viu outra vez durante mais de um segundo, o tempo que ela demora a atravessar o escritório quando se dirige para algum lado. Finalmente, ele apanha-a na sua secretária depois de Sam e Callen saírem. Ela continua a não olhar para ele, continua sem falar com ele. Está a dar cabo dele. Ele aproxima-se da secretária dela e quase que deseja que ele pelo menos lhe batesse. Ao menos um deles sentir-se-ia melhor. "Olá."

Ela olha para cima de relance mas não diz nada.

"Olha, Kens, desculpa, okay?"

Ela olha para ele com uma expressão que ele não consegue ler mas com fúria na voz. "Porque é que não me beijas?

Wow. Não era bem isso que ele esperava. "O quê?"

"Porque é que te recusas a beijar-me?"

"A sério? Isto chateia-te assim tanto?" Ele está espantado.

"Sim, por acaso até chateia. Ou és completamente pouco profissional e claramente não apto para teres uma parceira ou então achas-me repulsiva. E se é esse o caso, está tudo bem, mas…"

Ele pára-a, levantando uma mão. "Kensi, meu deus, não. És a mulher mais linda que eu já conheci. Eu não te acho repulsiva."

"Então qual é o problema, Deeks? Não és uma pessoa envergonhada. Não acredito que te aborrecesse assim tanto fazeres algo só para provares qualquer coisa aos outros."

Ele solta um pequeno suspiro e move-se até estar directamente na frente dela. Ele olha para esses olhos lindos e põe a sua mão nos seus longos cabelos castanhos.

Os olhos dela abrem-se mais de repente. "O que estás a fazer?"

Ele inclina-se ligeiramente e sussurra suavemente contra os seus lábios. "A deixar-te descansada."

Ele encosta os seus lábios aos dela, num beijo gentil ao início. Ele sente-a suster a respiração e acaricia o seu cabelo, pondo o seu outro braço á volta da sua cintura para a puxar para mais perto dele. Ele intensifica o beijo, a sua língua encontrando a dela. Tem que se conter para não soltar um gemido, para não sussurrar o nome dela enquanto a beija. Em vez disso, ele põe toda a sua paixão naquele beijo, deixando-a sem dúvida alguma que ele estaria a salvo com ele, se algum dia fosse preciso este tipo de disfarce.

Para a sua surpresa, ela geme, ligeiramente. Isto fá-lo tremer. A sua respiração torna-se ofegante, os seus dedos emaranham-se nos seus cabelos, puxando-a cada vez mais para perto dele. Ele força-se a lembrar-se quem é e onde está. Ele quebra o beijo e olha-a nos olhos. Meu Deus, ela é linda.

Ela olha para ele, claramente em choque. "Meu Deus. Isto foi…"

"Real? Convincente?" Ele pergunta-lhe enquanto tenta recompor-se. "Ainda bem."

Ela respira fundo. "Eu ia dizer fantástico. Porque é que não querias fazer isto?

Ele morde o lábio inferior, a sua voz mais suave agora. "Porque sabia o que ia sentir. E sabia como me ia sentir ao parar." Ele solta-a se dá um passo para trás quando vê que ela tira as suas conclusões.

"Deeks…"

"Vai para casa. Vejo-te segunda-feira." Ele diz, andando para a sua secretária.

Ele deixa bem claro que não quer falar mais sobre isto agora e ela aceita, sem discutir, algo que é estranho para ela. "Okay. Vejo-te segunda."

Ele vê-a organizar as suas coisas e ir embora e coloca as duas mãos na secretária para s apoiar. Ele fecha os olhos e tenta acalmar o seu coração. Passos atrás dele alertam-no para a presença de alguém e ele sustém a respiração por uns segundos.

"Fê-la tremer," vem a voz suave de Hetty.

Ele endireita-se e olha para ela. "Bem, ela fez o mesmo. Acredite em mim."

A mulher mais velha dá-lhe um sorriso, como se percebesse o que se passa. "Vá tomar uma bebida. Precisa disso."

"Nem imagina o quanto." Ele pensa para ele próprio. "É que nem lhe passa pela cabeça."