Outra vez aquele rosto, outra vez aquela voz fria sussurrando coisas em seus ouvidos, outra vez o medo, outra vez os beijos ardentes, e a luxúria. Ginevra acordou tremendo, e se culpando por aqueles sonhos, sim, eram sonhos, ela gostava deles. Mas não podia gostar. Nem ao menos sabia o que sentia.
Ela estava cursando o sexto ano em Hogwarts. Era estranho ver a escola com tão poucos alunos, mas não era de se admirar, pois a guerra estava acontecendo. E o famoso Harry Potter, como não poderia deixar de ser, havia a deixado de lado para bancar o herói. Patético. Todos o admiravam agora que descobriram que o Lord voltou, mas a ruiva, por mais que tentasse admirá-lo, apenas sentia indiferença, ou até mesmo pena, pois não achava que Harry poderia contra Lord Voldemort com todos os seus poderes.
Também sentia raiva, por mais que ela fosse uma das mais belas garotas de Hogwarts, como alguns lhe diziam, parece que quem sempre conviveu com ela não a viu crescer, aos olhos deles ela continuava sendo a garotinha inútil que foi salva de um destino terrível nas mãos do sádico Tom Riddle.
Inútil... Sabia que por mais que eles não quisessem aceitar, ela não era inútil. Era uma bruxa poderosa. Poder...Fora Ele que ensinou essa palavra, naquele seu primeiro ano onde foi usada, e ela gostava do som.
Levantou-se
lentamente e se dirigiu ao banheiro. Ao esticar o braço para
alcançar a maçaneta, gritou.E gritou mais
alto, correu até a cama, sentou-se abraçando as pernas.
As lágrimas desciam. Era verdade. Ali estava a prova que seu
sonho era real. A porta de seu quarto foi escancarada, e dela
saiu uma Hermione preocupada, correu até Gina. As garotas do
dormitório a olhavam sem entender nada, ao mesmo tempo
preocupadas, esse é um lado bom da guerra: aproxima as
pessoas. H: O que houve
Gi?
Gina
não conseguia falar, apenas chorava desesperadamente, seus
olhos ardiam e sua garganta doía, não conseguia falar,
mas tinha. Sentia medo. Só falaria com uma pessoa.
G: Cha-ame a prof-fessora Minerva
Alguns minutos depois, a professora apareceu no quarto, acompanhada da garota-gênio da grifinória. A fitou com olhos indagadores e ao mesmo tempo preocupados. Gina já havia parado de soluçar e agora apenas apertava o braço com força, fixando o olhar em algum ponto desconhecido da parede, e balançando o corpo debilmente para frente e para traz.
Levantou os olhos para a professora e pediu para ficar a sós com ela, todas saíram do dormitório relutantes, querendo saber o que ela iria dizer. Inclusive Mione.
M: E então...O que aconteceu?
G: Ele...Ele voltou...Os sonhos que
eu tinha...Eram reais e...Eu não sabia...
Ela
estava andando em um jardim de inverno, a neve caía
graciosamente ao redor dela e pousava no alto das muitas plantas que
ali havia.
Um vulto.
Seu
coração falhou uma batida, para depois vir em um ritmo
dobrado. Era ele, ela sabia, novamente aquele pesadelo vinha
perturbar o sono da jovem, ou seria sonho? Aproximaram-se lentamente
um do outro. Ônix e chocolate, olhavam-se nos olhos. Mais
perto. Suas respirações mesclavam-se de uma maneira
perturbadora.
- Gina...Outra vez nos
encontramos, diga-me, gosta desses sonhos não é? -
falava ao pé do ouvido dela, sua respiração fica
ofegante - Poderia ter isso de verdade se quisesse... Seus
lábios se encontraram num beijo quente. As mãos dele
passeavam perigosamente pelo corpo da ruiva, abre os botões do
vestido lentamente. Enquanto isso as mãos dela arrancavam a
camisa preta que ele usava, revelando um corpo alvo e esbelto, que
tinha uma aura de mistério e de morte, ela não se
importava com isso, não enquanto os lábios dele
exploravam sedentos o seu colo. A inclinou
lentamente até as costas dela bater em algo macio - uma cama -
, eles podiam fazer tudo naquele mundo de sonhos. Ele se deitou sobre
ela, ainda beijando os seus seios desnudos, descendo lentamente até
a barriga, tirou finalmente a última peça de
roupa.
Beijava os seus lábios
enquanto as mãos se ocupavam em uma carícia íntima.
Seu nome era dito entre a respiração acelerada, sua mão
se mexia cada vez mais rápido. Até que parou, dando
passagem para sua língua quente, Gina puxava o cabelo dele
carinhosamente para trás. Ergueu a cabeça e olhou-a por
alguns instantes, a moça inverteu as posições e
o livrou das peças de roupa restantes, arrancando um sorriso
malicioso dele.
Os corpos então se
encaixaram graciosamente, os quadris de ambos faziam movimentos
rápidos. Depois do ápice, ela deitou-se ao lado
dele. - Tom...Por que faz isso? -
Quer que eu pare? - disse sorrindo de um jeito cínico
-
Não foi isso que eu quis dizer... Mas... eu não
entendo, não é real... não pode ser... -
Quer uma prova? - Que tipo de prova? - o
olhou interrogativamente - Essa -
colocou sua mão pelo braço dela por alguns instantes,
emanava calor delas, quando as tirou uma imagem se formava no braço
da garota. Ela olhou-o assustada, se sentiu puxada para baixo e
acordou.
Mostrou o braço para a
professora depois de narrar a história omitindo, é
claro, que ela passava quase todas as noites fazendo sexo com Lord
Voldemort, sem saber que era verdade. Entenda, nos sonhos ela podia
fazer tudo sem se preocupar com certo ou errado.
Um arrepio
percorreu a espinha, ao mesmo tempo uma sensação
ansiosa e agradável na barriga, ao se lembrar dos sonhos. Mas
o que estava pensando?! Caíra mais uma vez nos encantos de Tom
Riddle?
Minerva a olhava agora, como se ela fosse um filhotinho de cachorro abandonado pela mãe - e depois atropelado -, não sabia direito o que dizer, se pelo menos Dumbledore estivesse aqui! A única coisa em que conseguiu pensar foi em alertar a Ordem o mais rápido possível.
- Professora... Deixa o Harry e o Ron fora disso, por favor... - sua voz ainda não queria sair direito, estava agora assustada com o fato de que queria mais do Lord das Trevas, queria sentir os seus beijos outra vez, e sentir suas mãos explorando o seu corpo atrevidamente
- Você não usa mais a oclumência? - perguntou se referindo ao primeiro ano da garota em Hogwarts, onde, devido aos acontecimentos, essa prática lhe foi ensinada.
- Não... Nunca pensei que ele fosse querer algo comigo de novo, mas agora, eu vou voltar a usar...- será que ela queria mesmo parar de vê-lo?
- Pode deixar Ginevra, tire o dia de folga, sim? - dizendo isso se retirou do quarto.
Hermione entrou logo em seguida, sabia que ela era amiga dos dois, mas confiava nela, por isso lhe contou tudo. Ao terminar recebeu um olhar penalizado.
- Gi, tente não se preocupar com isso, ok? - dizia enquanto mexia nos cabelos ruivos da cunhada
- Não te acontecerá nada... - mas a própria não tinha tanta certeza.
A Weasley se levantou da cama e foi finalmente tomar o seu banho, olhando cuidadosamente a marca negra que agora possuía, e, ao tirar a blusa, pode ver que tinha outra marca, mas essa, era só dela, disso ela tinha certeza. Sentiu um orgulho súbito que logo tratou de afastar, mas não consegui esconder a sombra de um sorriso...No canto inferior de sua barriga estava escrito, com a letra dele: Lady das Trevas.
