Cuddy "alegrinha"
Era aniversário de Wilson e pra comemorar a data ele tinha convidado Cuddy para jantar, House não sabia de nada, nem do aniversário por nunca lembrar mesmo e nem do jantar porque o amigo não contou e nem pretendia contar.
House, macaco velho que era, notou que Wilson estava lhe escondendo algo e não sossegou até descobrir.
Cuddy estava na lanchonete do hospital comendo uma salada, quando House já chegou perturbando a coitada.
- Traidora! - colocando um prato de batata frita sobre a mesa, sentando em seguida.
- Do que você tá falando?
- Do seu jantar com Wilson. Já está de olho no esperma dele outra vez? - ele não admitia o fato de ambos não terem contado.
- Não seja imbecil, é aniversário dele e ele me fez esse convite. - meio que ofendida com a pergunta.
- É, e vocês não me contaram nada. Já escolheram pra qual motel vão depois do jantar?
- Acho que vamos pra sua casa, assim a gente termina a comemoração numa suruba. Que tal? - ela resolveu descer ao nível dele.
- Uh, adorei a idéia. Kekichup? - um olhar safado.
- O que?
- Ketchup! Não da pra comer batata sem ele, e não tem aqui na mesa. - procurando pelo ketchup nas mesas que estavam na sua frente.
Ele olha para a mesa de trás e vê o ketchup, pede ao cara da mesa e logo volta a sua atenção para Cuddy.
- Já combinei tudo com Wilson, nada de jantar a dois, vamos para um bar. - colocando varias batatas na boca.
- Como assim um bar? Ele não me falou nada. - descontente com a idéia.
- Acabei de falar com ele e vim te avisar. Vocês não tem escolha. - um sorriso debochado lhe veio nos lábios.
- Eu não vou pra bar nenhum com você.
- Vai fazer essa desfeita com o pobre do Wilson? Justo no aniversário dele?
- Ninguém merece um amigo como você, muito menos o Wilson. - o olhando com reprovação.
- Vai ser legal, você vai ver. - pegando a bengala discretamente.
- House, tira essa bengala das minhas pernas agora ou então quando eu pegá-la você vai ver onde vou colocar. - ela ficou peidada com a brincadeirinha dele debaixo da mesa.
- Nossa você me fez imaginar coisas terríveis agora. - fingindo um olhar assustado.
- Se você gosta de se divertir com objetos compra um vibrador, vai ser bem mais confortável pra você. - levantando.
- Não vai esquecer, hein! Hoje é dia de Wilson, bebê. - gritou assim que ela deu as costas, chamando a atenção de todos pra ele.
Wilson não teve escolha a não ser ceder ao que House queria, ou eles iam ao maldito bar, ou House iria transformar o tal jantar num inferno. E Cuddy, essa é que não teve escolha mesmo, tinha que ir em consideração ao Wilson. O combinado era que depois de saírem do hospital, Wilson iria buscar Cuddy em casa, e assim eles encontrariam com House no bar.
Ao chegarem ao bar e restaurante, Cuddy e Wilson já avistaram House sentado a uma mesa, a noite prometia.
- Achei que não vinham mais com essa demora toda.
- House nós estamos dez minutos adiantados. - Wilson puxa uma cadeira pra Cuddy sentar.
- Você já esta bebendo? - Cuddy ao sentar.
- Eu estou num bar, o que você queria que eu estivesse fazendo, rezando?
- Pega leve, House. Não quero ter que carregar você até sua casa, isso não é um bom presente. - sentando.
Todos estavam ali como House queria, o ambiente era bem agradável, tinha um ótimo atendimento e uma boa musica. Eles pedem uma comida leve e uma garrafa de vinho tinto. A conversa rolava solta, a noite realmente estava sendo legal como House havia dito.
- É impressão minha ou você está com medo do vinho? - tava demorando pra House começar a cutucar Cuddy.
- Você deveria se preocupar com o seu copo e não com os dos outros.
- A única preocupação que House tem com o copo, é de esvaziá-lo logo. - eles riem com o comentário de Wilson.
Eles terminam a comida e continuam no vinho, House continuou provocando Cuddy em relação a pouca bebida que ela estava ingerindo, e ela sem perceber ia caindo no joguinho dele e bebia cada vez mais. O bar estava cheio, a presença de homens era maior do que de mulheres. Cuddy já bem alegrinha por conta do vinho decide ir dançar, House e Wilson percebendo que ela havia bebido um pouco a mais tentam convencê-la de não ir, mas é em vão, Cuddy vai linda dançar. Ela estava com um vestido vermelho, acima do joelho e um pouco justo, sem nenhum decote escandaloso, discreto, porém, não deixava de estar exuberante. Cuddy chamava a atenção de todos enquanto dançava, todos os homens ao seu redor estavam fascinados com sua beleza. House a observava da mesa, inquieto e incomodado, ele não estava gostando nada, nada da cena que estava vendo, mas não a de Cuddy dançando e sim a do bando de marmanjo que estavam babando por ela, a desejando descaradamente.
- Wilson já está na hora de você acabar com esse showzinho da Cuddy. - ele já estava com um faniquito de tanta raiva
- Deixa ela, House. Ela só está dançando. - ele se divertia vendo todo o ciúme do amigo.
Um cara se aproxima de Cuddy e começa a dançar com ela, chegando cada vez mais perto de seu corpo. House não aguentando mais presenciar aquela cena, que para ele estava sendo patética, resolve ir até lá e acabar com a alegria do cara. Ele a pega pelo braço e a leva de volta pra mesa, Cuddy dando risada só fazia aumentar a raiva que ele estava sentindo dos caras que estavam secando a medica dele.
- O House é um idiota Wilson, acabou com a minha diversão. - com uma voz engraçada, quase sentando no colo dele.
- Acho melhor a gente ir.
- Não, não! Nada disso, é o seu aniversário. - ela senta e já vai ao copo de whisky que estava na mesa
- Chega de bebidas por hoje. - House pega o copo das mãos dela.
- Você ficou com ciúmes do cara, não foi? - rindo da cara de House o deixando sem graça.
- Vamos embora. - Wilson levanta.
Cuddy não aceita logo de cara a idéia de ir embora, mas com a insistência dos amigos ela acaba aceitando. Wilson já havia pago a conta e eles finalmente saem do bar.
Ao chegar à casa de Cuddy, House diz pra Wilson não se preocupar e pede pra ele ir embora, que ele era quem iria cuidar dela a partir dali.
- Feliz aniversário, Wilson. Espero que você tenha gostado da noite, eu adorei. - pendurada no pescoço dele.
Ela dá um beijo no rosto dele o fazendo sorrir e segue em direção a porta. Ele vai embora e House entra na casa com Cuddy.
- O que você ainda está fazendo aqui? Porque não foi embora com Wilson?
- Porque eu tenho que colocar a bebezinha alcoolizada pra dormir.
- Eu não preciso que ninguém me coloque pra dormir, vai embora. - tirando o sapato, só não caiu porque House a segurou.
- Você mal consegue ficar de pé, vamos para o chuveiro tirar a metade do efeito do vinho. - a levando para o banheiro.
- Você não vai me ver pelada, se é isso que você pretende.
- Não mesmo, infelizmente. - tirando o vestido dela.
- Você tá louco pra transar comigo, não é? - sorrindo o segurando pelo pescoço quase o beijando.
- Não faz isso. - temendo que não conseguisse resistir.
- O que? Isso... - dando beijos no pescoço dele.
House poderia ser a peste que fosse e ter o maior desejo por ela, mas ele jamais iria se aproveitar do estado em que Cuddy se encontrava, para tentar algo com ela. E conseguindo resistir às investidas de Cuddy, ele se afasta e liga o chuveiro a colocando debaixo do mesmo. Cuddy fica por alguns segundos com a cabeça baixa e depois a ergue recebendo a água em seu rosto. House a observava fascinado, Cuddy estava quase nua tomando um banho na frente dele, a lingerie branca e toda a sua transparência ao entrar em contato com a água o deixou perturbado, mas não era hora de pensar naquilo, não naquela situação em que ela estava. Ela vai ficando com frio, House pega um roupão e a entrega, ele sai do banheiro pra deixá-la mais a vontade. Ela tira a lingerie, coloca o roupão e sai do banheiro direto pra cama, a bebedeira já tinha passado um pouco, House surge no quarto com uma caneca de chá e a entrega.
- Isso vai fazer você se sentir melhor e se der sorte não vai acordar com dor de cabeça.
- Obrigada. - toda com vergonha, ela começa a tomar o chá.
- Bom, eu queria ficar e fazer sexo com você, mas vai ficar pra próxima. - pegando a jaqueta que havia deixado na cama.
- Até amanhã, Cuddy. - com um sorrisinho sacana.
- Ate amanhã, House. - aquele sorriso a fez temer o dia de amanhã.
