N/A.: Bem, essa é uma das minhas primeiras fics, e é bem pequena com apenas dois capítulos, mas eu realmente gostei dela e espero q vcs tb gostem! ; ) Eu gostaria de agradecer a todos que vão ler a fic, e especialmente a Anne, a Thais, e a Mila por me darem apoio para escrever, e tb por aturarem minhas crises de insegurança! ^^ Obrigada gente!!

Única

Eu não sei o que faço, eu não sei o que sou, eu não sei por que existo.... Se sofro, se minto, se corro do meu destino, por que as pessoas tem de ser coerentes comigo?? Eu me escondo atrás desses livros, eu escondo os meus sentimentos, fugindo deles através do estudo. Eu choro no meio da noite por não ser eu mesma, por saber que ele está feliz e não é comigo, porque eu fugi até mesmo dos meus amigos. Me sinto sozinha, arrasada, estou desmoronando sem piedade, eu comecei a me matar no momento em que eu fugi até mesmo da minha sombra. Eu não sei quem está lendo isso, eu não sei nem ao menos se alguém vai ler. Está frio, chove, a tempestade não dá trégua, está desabando junto comigo. É irônico pensar isso, porque não tenho ninguém, digo que a chuva é que está comigo, devo estar louca... Foram tantos os momentos bons com Harry e Rony, foram tão felizes. Eu queria poder voltar e não ter cometido o erro de me trancar longe do mundo, tudo isso por um amor. Às vezes me pergunto: se o amor é glória de tantos, por que ele foi o meu fim??? Lembro-me como se fosse ontem do nosso primeiro ano, eu com aquele meu jeito mandão entrando na cabine deles e perguntando se haviam visto Trevo. Também me lembro de que eles não gostavam de mim, aliás, eles tinham motivos de sobra, mas como heróis me salvaram daquele trasgo, tão queridos, os melhores amigos que alguém pode querer, como me arrependo, como eu queria estar de novo com eles, como era antes. Meus amigos queridos, saibam que amo muito vocês, me perdoem por favor, eu errei, fui precipitada, medrosa, mas não há tempo e nem como voltar atrás, adeus. E a você meu amor, eu sei que você sabe o que eu sinto. Não se culpe, quem errou fui eu, mas realmente quero que você me perdoe.

Amo vocês, um abraço Hermione Granger

Um baque foi ouvido na silenciosa enfermaria de Hogwarts.......uma pena, um tinteiro quebrado e um pergaminho escrito haviam caído ao chão. Hermione morrera.

Todos estavam calados, as expressões eram de tristeza e dor. Não podiam acreditar que ela que fora a melhor aluna que aquela escola já tivera morrera assim, era lamentável. Mas os mais abatidos do local não haviam pronunciado uma palavra até aquele exato momento, desde que haviam recebido a notícia de sua morte não haviam dito uma só palavra, apenas chorado, como faziam nesse momento.

Harry não podia acreditar que Mione havia morrido, ela não podia, ela não devia. O destino era cruel, a realidade era assustadora, ele perdera mais uma pessoa querida, mais uma vez arrancavam um pedaço do seu coração.

Rony olhava o caixão com dor, remorso, tristeza, solidão. Pela primeira vez na vida ele podia dizer o quanto era triste perder uma pessoa querida, imaginava como Harry havia suportado viver sem os pais, a dor era imensa. Isso doía muito, ela era o suporte do trio, ela era a sabe-tudo, ela não havia feito nada de mais, por que morrer?? Sentiria saudades das brigas que tinham, dos sorrisos de satisfação quando finalmente resolviam um caso, da sua mania de carregar livros... Enfim, ele sabia que, por mais que todas as pessoas falassem, ele e Harry não seriam mais os mesmos, porque faltava ela.

Os amigos se olharam, chorando e sentindo a mesma dor no olhar do outro: a depressão por terem levado-a deles, o sofrimento pela amiga que ia sem poderem abraçar, dos conselhos que não iriam mais ouvir, das broncas que não iriam mais receber, simplesmente do vazio que ela deixava. Foram um em direção ao outro e se abraçaram, chorando, sofrendo, compartilhando a dor que eles sentiam.

Uma brisa passou no cemitério iluminado somente pela lua e estrelas levando algumas pétalas de flores do túmulo de Hermione Granger, grande aluna, filha e amiga. Duas pessoas saíam do cemitério, para sempre ali voltarem, porque o lugar dela, o vazio deixado, ninguém iria preencher, ela era única.