Flor de Inverno

Essa é minha primeira Fic e ela é GSR. A história se passa após a 4ª temporada. Sara sofre um acidente durante uma investigação, após quase morrer decide abrir mão de tentar conquistar Grisson e resolve deixar o caminho livre para que um possível relacionamento entre ele e Sofia deslanche. Mas será que ela vai conseguir abrir mão da pessoa que ela ama quando ela descobrir um segredo que mudará sua vida?

Hehehe. Se alguém quiser comentar e dar idéias e correções estou aberta a opniões.

Essa história não tem fins lucrativos e os personagens não me pertencem, é apenas uma história de fã para fãs da série e do casal mais fofo de CSI. Opnião da autora, lógico… rsrsrsrs

Capitulo 1

Caia uma leve garoa lá fora. O relógio na parede em cima da geladeira marcava 10:30 da noite. Ela estava mais uma vez com uma xícara de café na frente, o radio policial desligado ao lado juntamente com o aparelho celular recém trocado.

- Não, nem pensar... – murmurou grogue com a cabeça recostada contra o tampo da mesa envidraçado. Faziam mais de 24 horas que estivera de serviço. Ela acabara de encerrar um caso de uma mulher morta na banheira. O marido a havia matado para pegar um seguro feito em seu nome e fugir com a amante. Mas até aí, qual a novidade?

As pessoas tratavam a vida como algo banal, o amor se resumia a sexo e os sentimentos a meros caprichos de pessoas sem ambições. Longas horas de trabalho e os muitos casos já acumulados durante os 7 anos desde sua entrada no mundo dos CSI a haviam tornado um tanto apática e fria com relação as pessoas: um rosto bondoso e inocente nem sempre denotava aquilo. Ou melhor, quase nunca.

Levantou a cabeça olhando com cara de poucos amigos ao aparelho que já ia para a terceira chamada. Retirou uma mecha preta de cabelo enroscada no rosto e ajeitou atrás da orelha. Sabia de quem era a ligação: Grisson. O motivo era mais provável ainda. 99,99% de certeza: TRABALHO. Só poderia ser ele, era o único que tinha o número do novo celular que ele comprara em lugar de um que ele mesmo destruíra ao pisar em cima dele no Lab.

- E bom ser realmente importante. – grunhiu para o celular – Sidle?

- Temos um caso de homicídio e preciso de você aqui o mais rápido possível. Centro, esquina com a Nichels. – ele disse conciso e suave e uma pontinha de esperança dentro dela desapareceu.

- sim... – ela disse – Grisson eu acho que...

- Olha Sara aqui está uma confusão de repórteres, te encontro aqui. – disse e desligara o aparelho celular. Droga. Estava cansada e a sua enxaqueca estava começando a dar indícios de surgimento. Poderia simplesmente ignorar a ordem. E Ecklie teria a desculpa perfeita para infernizar ainda mais Grisson por ser seu supervisor e ainda perder o emprego. Teria que ir lá, de qualquer forma.

Conhecia esse endereço. Dava em um beco. E esse fator mais a imprensa só poderiam querer dizer que era mais uma vitima do chamado maníaco dos becos. Na última semana o número de vítimas subiu de três para quatro em 6 meses. Sempre mulheres entre 25 e 32 anos, pele clara, bem vestidas e com os cabelos de cor escura.

Tomou uma ducha, apanhou seu kit e a caneca de café se encaminhando em direção ao sedan. Uma hora em casa e chamado de novo. Deveria ser sério mesmo para Grisson ignorar o seu cansaço.

Sorriu meio amarga para a cena que se formou em sua cabeça. Sofia já deveria estar na cena de crime ao lado dele. A última noite fora folga coincidente dos dois e hoje seria plantão deles e de Greg e Nick.

Pelo menos o trabalho manteria sua cabeça anestesiada.

- Um morador de rua diz ter visto uma vã saindo daqui a menos de duas horas Grisson. – Nick disse após ter percorrido o perímetro e não encontrado nenhuma pista que não fossem as marcas de pneu de um carro entrando e saindo daquele beco. – Você acha que pode ser mais um caso desse psicopata?

- Bate com as outras cenas de crime – Grisson disse enquanto observava o corpo da vítima ser removido da cena. Estava limpa. Sem marcas de sangue ou lividez no corpo. Segundo David a hora da morte ocorrera a mais de 10 horas. Ali era apenas o local de desova escolhido pela pessoa. Abaixou-se ao se deparar com um pequeno retalho xadrez onde a vítima estivera anteriormente recolhendo-o como evidência.

- Parece a mesma encontrada nos dois últimos corpos . – Nick disse observando a evidencia – você acha que ele está nos mandando uma mensagem?

- Tomara que este nos conte algo. Nick vá ao lab e processe esta evidencia e as roupas. – Grisson disse entregando sério a evidencia a ele. Precisavam correr contra o tempo se ainda quisessem encontrar digitais ali.

Olhou para os dois lados do beco. O assassino entrara e saira sem ser visto. Já era o quinto beco visitado, o segundo em quase duas semanas. O que ele estava tentando fazer? Pelo tempo, ele estava apertando o cerco sobre ele mesmo e sobre as vítimas. Olhou o relógio. Faziam quarenta minutos desde a sua ligação para Sara. Estavam atolados de trabalho e Catherine em um seminário em Los Angeles.

Todos estavam cansados. Ecklie com o xerife cobrando resultados. Ninguém mais do que ele gostaria de pegar logo esse psicopata.

- Grisson, veja isso – Sofia o chamou mostrando uma bolsa nas mãos.

- Não é típico dele trazer pertences da vítima para o local – Warrick disse duvidoso da identidade do suspeito – Será que não é alguém tentando imitar a cena do crime?

- Um fã talvez? – Sofia disse observando Sara chegando após ter feito uma rápida análise do local.

- Ou o porque desse teatro? – Grisson disse sério por cima dos óculos.

- Boa noite. Grisson desculpe pelo... – Sara disse quando observou a bolsa nas mãos de Sofia – Da vitima? O que isso quer dizer?

- Eis a questão... – Sofia disse apontando ao redor – Sem pistas ou indícios de quem quer que seja o responsável.

- Bem. Vou verificar as redondezas. – Warick disse se afastando.

- Sara, o que esteve fazendo? – Grisson disse aborrecido. – Te chamei a quase uma hora.

- Minha casa é distante. Sabe que estive ocupada...

- Preciso que vá ao laboratório e veja o que o Dr. Robbins diz sobre a vítima. – Grisson disse a dispensando.

- E você? Grisson eu estou cansada, mande o Greg ou Sofia. – Sara disse direta.

- Greg está cuidando de um caso do outro lado da cidade. Eu e Sofia estamos indo para a casa da vítima.

- E aquele papo do cansaço comprometer a investigação? – disse irônica.

- Sara eu sei que esta cansada, mas este caso precisa ser tratado com urgência. Sei que não teve muito tempo para descansar. Após processarmos a evidencia está de folga por dois dias. – Grisson disse e ela sentiu uma pontada na cabeça. Droga de enxaqueca pensou reprimindo o gemido de dor.

Sara se encaminhou para o carro mas se esquecendo de algo que não falara sobre o caso voltara.

- Então a sua noite foi divertida? – Sofia perguntou insinuante.

- Boa companhia faz milagres – ele dizia com o mesmo tom de voz que poucas vezes ela o ouvia utilizar. A não ser pelas vezes em que o vira fazendo piada com Catherine, não que ela fizesse parte da conversa. Eles estavam falando sobre Terri Miller, ainda no seu primeiro ano como CSI em Las Vegas. Era a mesma afirmação, sempre subentendida.

Teimou com as lágrimas que ameaçavam rolar de seus olhos. Não era de relacionamentos de qualquer forma. Efeito do cansaço e desgaste físico sobre o seu corpo.

- Dr Robbins? – Sara chamou em meio a um bocejo na singular sala de trabalho dele.

- A vítima é Chloe Andrews. 31 anos, caucasiana, cabelos negros. Causa da morte: asfixia por estrangulamento. – Dr Robbins disse mostrando a vítima sobre a bancada. Uma mulher bonita e cheia de marcas de agressão. – E a propósito, umas horas de sono te fariam bem – comentou ao ver seu quinto bocejo.

- Eu ainda consigo algumas horas – disse com enorme sorriso.

- Pode deixar que eu dou uma palavrinha com seu supervisor – disse jocoso embora encarasse o rosto abatido com expressão séria.

- Ele vai me dispensar após a autopsia, então doutor se apresse pra que eu possa ir logo para casa – Sara encarou o corpo da mulher notando várias marcas rochas em torno dos pulsos – Ela parece ter sido amarrada...

- E foi. Há cortes no seio, coxa e braços. Marcas de agressão por todo o corpo. – Sara olhou nauseada para a vitima. A única parte intacta era o rosto. O assassino estava ficando mais cruel a cada vitima. Provavelmente se divertindo mais a cada assassinato. – Ele tem aumentado o padrão de tortura – Dr Robbins continuou a assinalar – pelas marcas provavelmente deve a ter torturado por horas e depois a desovado no becos, aos pés da lata de lixo.

- Quando tiver o laudo pronto me avise – disse se encaminhando para a porta. As pontadas de dor de sua enxaqueca cada vez mais constantes. Definitivamente tinha que tomar uma aspirina e uma grande caneca de café, pensou massageando a têmpora, reprimindo uma careta.

- Sidle – disse amaldiçoando o toque de telefone que piorava o mal estar.

- Sara é Sofia. Grisson pediu pra você passar pela casa.

- hmm. E minha folga? – disse irônica pra ela.

- Sara eu tive que sair. Só estou te passando um recado do Gil. – disse e desligou. Depois a de pavio curto era ela. E desde quando ela o chamava pelo primeiro nome? Estava exausta, quase 30 horas de plantão. Precisava descansar. Não fosse por Ecklie já teria mandado Grisson as favas a muito tempo. Mas ele não estava fazendo isso por capricho. Era necessário, quanto mais cedo pegassem esse idiota menos vitimas ele faria.

Pegou o sedan se dirigindo a um bairro distante do centro, na verdade próximo a sua casa, uma hora a mais não faria diferença. A cabeça latejava e a visão começava a desfocar no contraste com o sol que começava a surgir nas ruas.

- Mais duas ruas – disse a si mesma olhando o nascer do sol iluminando a rua. – Ótimo, abriu o sinal.

Estava na rua da vitima e podia ver Grisson ao longe em frente a um jardim. Seu ultimo pensamento coerente foi que ele sempre fora e seria apenas um amigo seu. O trabalho seria sempre em primeiro lugar.

Nota da autora: E então, deixem comentários… Logo logo coloco a continuação…

Att…