Maaais uma fanfic.
É. Falem a verdade, estão cansados de mim.
Ok, nem estão, porque, na verdade, só tenho 3 fics de Mentalist. E a maioria de vocês só deve ter lido uma ou nenhuma.
Kristina Frey's Case, Red John's Case –q
É, sim, a história é minha, chamo do que quiser. Se eu quiser aproveitar o ibope do Red John's Case, vou fazê-lo, é. Na cara dura.
Puta falta de criatividade.
Mas então, RESUMO:
Dois meses após o sumiço de Kristina, Jane começa a se recuperar. A vida do consultor parece querer entrar nos eixos quando Lisbon lhe oferece sua ajuda. A vida engrena, um caso misterioso surje. Mas um fantasma não se deixa calar: Kristina vai infernizar a vida de Jane e Lisbon, mesmo tendo desaparecido.
AVISO:
1 – Pra quem leu Red John's Case, por favor, não espere que essa fic tenha o mesmo nível de ação. Ela é muito mais Jisbon, apesar de ainda ser menos Jisbon que as demais.
2 – Red John dará as caras. Sim, eu sei que prometi não escrever mais sobre ele, mas tio John foi espero e se embrenhou nessa fic.
3 – Minhas postagens dependem dos comentários. Sem comentários, significa que, ou tá um lixo (o mais provável) ou ninguém leu. Então não tem porque continuar postando.
4 – The Mentalist não me pertence, blábláblá.
Capítulo 1 – Move AlongDois meses.
Dois meses desde a poesia, desde tão fatídico encontro. Fazia dois meses, exatamente, naquela sexta feira fria, que Jane ficara cara a cara com Red John.
E ele parecia começar a se recuperar aos poucos.
O resto da equipe simplesmente olhava, ressentida. Observava os lentos gestos do consultor. Tentavam agir normalmente, mas é claro que ele percebia o desconforto de Rigsby. A preocupação de Van Pelt. A inquietação de Cho. A insegurança de Lisbon.
Por eles, mais do que por ele mesmo, Patrick estava se recuperando.
Já sabia sorrir. Já sabia fazer brincadeiras e truques.
Mas havia algo, lá no fundo dos seus olhos azuis, que mantinha viva a chama de angustia e sofrimento.
Algo que ele tentava esquecer e apagar colocando outras coisas no lugar. É o tipo de pensamento que poderia até dar uma trégua por um tempo, mas sempre voltava, como se fosse um tiro, causando uma dor repentina, um afazer que é sempre deixado pro dia seguinte, como se não estivesse ali.
Mas estava.
E Lisbon sabia disso.
Ela saía de sua sala constantemente e ia até o resto da equipe. Oferecia um café, sugeria pizzas, qualquer coisa que o tirasse do sofá. O problema é que normalmente Jane nem ouvia.
Não havia caso algum naquele dia. A equipe saiu por volta das seis da tarde, após terminar o trabalho burocrático de outros casos. Como sempre Lisbon ficou, tal qual Jane.
Até dois meses atrás, Jane e Lisbon ficariam conversando até altas horas, sobre tudo que estava acontecendo naquela semana. Ele era seu porto seguro, aquele que ia perguntar se estava bem após um dia estressante. Conversar com Jane era realmente muito bom. Alguém que realmente a compreendia, que sabia ler nas entrelinhas, pra que ela não tivesse que explicar o que estava sentindo.
Mas eles já não conversavam. Agora ele simplesmente ficava deitado, olhando para o teto.
Coincidência ou não, foi naquele dia, em que faria dois meses desde o motivo pelo qual Jane estava daquele jeito, que ela, sem saber de tal data, resolveu falar com ele. De início insegura, Lisbon tateava o caminho que faria até chegar ao coração amargurado do consultor. Nunca fora muito sensitiva, nem sabia o que dizer, mas faria o possível.
- Jane?
Ele pareceu até se espantar por ela chamar seu nome. Virou a cabeça na sua direção como se perguntasse o que queria.
- Como você está?
Por dentro, Lisbon se puniu por tal pergunta. A verdade é que passara horas pensando em algo pra dizer, e não achava palavras.
- Bem, e você?
Ela o encarou por poucos segundos. Ele tinha um leve sorriso na face. Honesto, porém abatido.
Lisbon se levantou, deu a volta na mesa e se aproximou devagar.
- Haverá outras chances, Jane.
- Haverá. – ele confirmou.
- E quanto à Kristina…
- Eu não quero falar sobre isso, Lisbon.
Ela mordeu o lábio inferior. Não imaginava que a tal conversa seria assim.
- Tem algo que eu possa fazer pra te ajudar?
- Não. Eu estou bem. Mesmo.
Ela olhou para baixo, procurando o que dizer. Balançou a cabeça e voltou a olhar pra ele. Havia tristeza em seus olhos.
- Jane, todos estamos vendo como você está. E não é preciso sequer ver. Estar ao seu lado é o suficiente pra sentir sua amargura. Seu tom de voz. Ninguém precisa ser um mentalista pra perceber. Você está segurando isso sozinho, querendo levar o mundo nas costas, tentando apagar o incêndio quando tudo que você tem é um conta-gotas.
- E o que você esperava que eu fizesse? Deixasse tudo queimar?
- Nós podemos te ajudar.
- Não, vocês não podem.
- Eu sei que Kristina era muito importante pra você. Eu sei que está preocupado, e ouso dizer que na sua cabeça não há grandes chances dela estar viva. Mas não adianta ficar deitado nesse sofá o dia todo. Vai precisar de uma psiquiatra de novo?
- Você não vai conseguir entender o que Kristina significava.
Lisbon não conseguiu é entender tal frase.
- Por que acha que não? Acha que eu não sou capaz de amar?
Ele deu aquele sorriso irônico que podia significar um milhão de coisas diferentes.
- De qualquer forma… - ele continuou, após levantar-se para ficar apenas sentado no sofá – Kristina é mais uma falha. Mais uma mulher que eu entrego a Red John.
- Acredita mesmo nisso?
- Não acredito. É a verdade, Lisbon. Kristina significa muito mais do que você pode imaginar. Perdê-la dessa forma significa que eu já não posso ser feliz. Eu já sabia disso. Perdê-la apenas confirmou tal fato.
Os olhos de Lisbon marejaram nessa hora. Em partes por pena de Jane. Mas o principal motivo era vê-lo falar de amor daquela forma, em relação a quem, pra ela, certamente estava viva e bem, ao lado de Red John.
- Eu realmente não acredito que ela esteja morta, Jane.
- Se não estivesse, já teria voltado.
Ela não quis dizer sua teoria. Achou que não seria hora.
- De uma forma ou de outra, você não pode continuar guardando isso dentro de você. – ela reafirmou, sentando-se ao seu lado no sofá.
- E que quer que eu faça? – ele não a olhava nos olhos.
- Chore.
Ele a encarou, um tanto quanto espantado por aquilo.
- Sabe… - ela continuou – Quando o mundo parece estar contra mim, quando eu tenho que dizer obrigada pela incompetência alheia… quando nada dá certo… eu sou obrigada a manter uma postura de chefe. Eu preciso, tenho a obrigação de contar até dez e seguir em frente sem pestanejar. Depois de um tempo, me sinto tão carregada que parece que vou desabar. E aí então eu choro. – ela corou ao dizer isso e desviou o olhar. – Eu choro e parece que alivia o peso. Admitir que as coisas não estão bem e esbravejar um pouco é bom.
Ele achou agradável ouvir isso partindo de Lisbon. Sentiu que ela realmente estava abrindo seu coração pra ajudá-lo. Era acolhedor. Porém tais palavras trouxeram um nó na garganta de Jane. O qual ele gastou força vital para controlar.
- Obrigado por se importar, Lisbon. – ele se esforçou para dizer sem mudar o tom de voz.
- Jane… se você precisar de um ombro pra chorar… eu vou estar aqui.
- Obrigado. – disse, baixando a cabeça disfarçadamente.
Lisbon então o abraçou. De início ele não teve coragem pra retribuir, mas quando as lágrimas fugiram de seu controle, sentiu que precisava de calor, precisava ser acolhido. Então retribuiu, abraçando-a forte, molhando o ombro dela com suas lágrimas, enquanto ela se esforçava pra não chorar junto e continuar sendo o porto seguro de Jane.
No próximo capítulo de Kristina Frey's Case:
Jane se vê na obrigação de ser honesto com Lisbon. Isso pode desencadear brigas que giram em torno de uma única pessoa: Kristina.
