Era aproximadamente duas da manhã, quando o telefone tocou em um apartamento da zona Sul da cidade. O som estridente se repetiu uma, duas, três vezes, antes de despertar o morador daquele apartamento. Com uma expressão de sono na face, Inuyasha se aproximou do aparelho telefônico, tirando-o do gancho. Levou-o ao ouvido, antes de murmurar qualquer coisa em voz baixa.

– Sim? – resmungou.

– Precisamos de você aqui, daqui 4 horas. – a voz rouca e de aparência juvenil soou do outro lado.

– Entendido. – disse com mais respeito, desligando.

Inuyasha era um jovem de 27 anos, que trabalhava para uma espécie de Unidade Especial de segurança. Desde que terminou o curso – ao mesmo tempo que a faculdade de engenharia -, aos 24 anos, começou a pegar casos. Na maioria das vezes, difíceis. Outros, nem tanto. Tinha aproximadamente 1.85 metros de altura, era másculo e de porte admirável. Muito bonito, tinha longos cabelos escuros e olhos cor violeta. Na maior parte do tempo, deixava as madeixas soltas, que se perdiam nas camisetas e coletes à prova de balas preto que sempre usava. Era invejado no batalhão, por ser sempre a primeira opção quando uma mulher procurava por proteção. E ainda assim, nunca havia tido nenhum relacionamento com nenhuma delas, chegando a perder trabalhos específicos.

Apesar da pouca idade, era muito maduro. Tinha princípios bem esclarecidos, e nunca descumpria regras ou normas. O que era certo, era. O que não, não. E ele sempre fazia o que era certo. Isso fazia de seu trabalho algo competente e sério, sem falhas; o fazia ter uma profissão estável. E aquele telefonema só poderia significar algo: que suas 'férias' de duas semanas havia chego ao fim.


Alguns minutos para as seis da manhã, e um carro negro parava à frente de um grande prédio, luxuoso e escuro. Estacionado, dele saiu Inuyasha, sem muita pressa. Caminhou até a entrada, se identificou e subiu de elevador, até onde deveria. Sem bater à porta, entrou na sala de seu chefe, sem nenhum minuto de atraso ou adianto.

– Aqui estou. – se apresentou, enquanto se dirigia até próximo da mesa. Do outro lado dela, um homem abriu um sorriso, olhando para o relógio.

– Como sempre, pontual. Tenho até dó de te mandar fazer o que vou mandar. – respondeu o outro, um jovem simpático que aparentava ter a mesma idade do moreno. Também tinha cabelos escuros, mais curtos, fora o brinco na orelha. Era o diretor de lá.

– O que é, Mirok?

– Um milionário está nos pagando, e diga-se de passagem, MUITO, para que coloquemos um homem para cuidar da filha dele. Não, ela não está sob ameaça. Não há nenhum motivo aparente. – suspirou. Parecia estar contando algo inacreditável.

– Ele quer uma babá para a filha? E você vai.. Me mandar para fazer isso..? – perguntou Inuyasha, cético. Não era possível que após trabalhar com tantas coisas sérias, agora viraria uma isso.

– Ele insistiu que queria nosso melhor e mais confiável agente. Pela quantia que ele está pagando diariamente, não posso negar a oferta. Fora que a menina é bonita, e não confio completamente nos meus outros homens. Você é o menos seduzível aqui, amigo. – Mirok havia tentado se explicar, sem sucesso. A face do outro continuava assustada com a questão. Então, tomou um pequeno papel e a empurrou para o homem. – É esse o endereço. Você a buscará hoje, na Faculdade. E apartir de hoje, irá com ela para onde ela for. A vigiar e fazer relatórios, como em qualquer operação. A garota já sabe que um agente nosso vai ficar por perto, então relaxe. Você vai dormir no apartamento dela no centro. Se tocar nela, é um homem despedido. Sorte que sei que não fará isso.

– Qual o nome dela?

– Kagome Higurashi.


Gente, repostando porque mudarei as coordenadas da história. E confiem em mim, será para melhor. Novo capítulo em breve.