Estúpido.

Sempre fora um estúpido. Nunca superava o Orochimaru em nada. Sempre falhava nas missões, sempre perdia as apostas que fazia comigo. Você era um estúpido.

Um estúpido que sempre tentara provar seu valor, que lutou avidamente para ser notado. Notado pelas pessoas, notado por mim. Me desculpe por isso, Jiraya. Eu, neste exato momento, me sinto em pedaços por isso.

Eu sempre te subestimei, nunca acreditei que suas tolas palavras fossem, um dia, se concretizar. Me desculpe. Talvez eu sinta-me tão culpada por te amar tão tardiamente, que poderia me diagnosticar fraca o suficiente para cair no choro.

Eu perdi meu irmão. Perdi o Dan. Eu não queria perder mais ninguém importante, me isolei, fui viver das minhas falhas apostas, da minha vida medíocre de barganha. Até que você apareceu, de novo. Uma fagulha surgiu dentro do meu peito, mas eu fui tola. Neguei a essa fagulha que se alastrasse por todo meu ser, neguei-me a chance de ser feliz. Você nunca precisou me falar, eu nunca precisei perguntar. Você me amava. Eu te amei. Mas agora você não está mais aqui, e toda minha esperança fora por ralo abaixo.

Você se foi, e eu fui estúpida o suficiente para não ter coragem de expressar tudo que senti. Estúpida, sempre fui.

Estúpida.