1. MOTOCICLETA.
(420 palavras.)
Sirius, Remus, James e Peter e uma rápido momento na frente de uma motocicleta.
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Para falar a verdade, Remus não se recordava de ter visto uma motocicleta na vida, e muito menos ter andado numa. Ele observou cautelosamente enquanto Sirius fechava sua jaqueta de couro e passava uma perna pela moto, agindo como alguém que sabe exatamente o que fazer. Remus simplesmente ficou parado, se sentindo meio idiota. Sirius virou a cabeça para o amigo e deu um de seus sorrisos, e então olhou para James.
"Você realmente nunca montou uma moto," Remus ouviu James dizer, sem um pingo de interrogação na sentença. "Ok, regras básicas para quem monta na garupa: sente-se direito, não se contorça ou tente ficar olhando para os lados ou qualquer coisa do tipo," ele pausou, e então considerou, "mas você não gosta de altura, então acho que isso não vai ser um problema," ele sorriu.
"Espera aí—" Remus interrompeu, ligeiramente assustado, "Pontas, você tá tentando me dizer que esse negócio voa?"
"Não é culpa do James se você sumiu durante meses," Sirius respondeu, emburrado, "Ele e o Pete já montaram inúmeras vezes nessa beleza."
"É, e ainda estamos vivos," Peter acrescentou, num tom excepcionalmente encorajador. Remus sorriria, se não sentisse o pânico tomando conta de si.
"Não é como se você fosse cair da moto ou qualquer coisa do tipo, Aluado!" James exclamou. "Monta logo, a gente vai se atrasar." James observou com ar crítico enquanto Remus escalava, inseguro, a garupa da motocicleta. "Hum, procure ficar sempre no centro do banco. Não, você vai ter que ficar mais perto que isso..." James empurrou as costas do amigo ligeiramente, até que a virilha de Remus se pressionasse contra Sirius, e toda a extensão de suas pernas, dos tornozelos até as coxas, se tocassem.
"Uma outra coisa," James continuou, "é você que tem que se segurar nele, ou se não você com certeza vai cair." Ele estendeu o braço como se fosse ajeitar os braços de Remus com as suas próprias mãos, mas não foi preciso — nesse momento, Sirius ligou o motor, e Remus instintivamente enlaçou o amigo com ambos os braços, assustado com o estrondoso barulho que a moto fazia.
"Diz pra ele," Sirius sussurrou, numa voz artificialmente estrangulada, "que também é importante deixar o motorista respirar, ou as chances da moto capotar crescem significamente."
"Só... dirige esse negócio, Almofadinhas," Remus respondeu sem relaxar o aperto, a voz abafada pela jaqueta do amigo. Sirius obedeceu, e não demorou muito para que ambos desaparecessem no céu estrelado, deixando apenas um rastro de fumaça atrás de si.
