- Corra Dan!

- Estou tentando, mas essa mochila pesada me atrapalha...

- Deixe ela aí, ou eles vão nos pegar...

- Mas... Mas...

- Dan, faça o que eu mando... E pare de falar assim como aquela idiota de sua irmã!

Ele jogou a mochila e acertou bem na cabeça de um deles. As risadas tomaram conta de Dan. E por incrível que pareça ele não parou para correr.

- O que foi garoto?

- É a sua cara feia...

- Pare de fazer piadas idiotas...

- Você sabe que eu te amo!

- Cale a boca e corra! – Ela deu um suspiro – Não vamos conseguir chegar a tempo!

- Eles vão nos pegar e aí tudo vai ser em vão! – Dan olhava para ela e percebia que por mais que ela corria seu vestido de linho nem ao menos amassava e principalmente ela nunca perdia a pose. Dan a olhava já não mais com desprezo, mas de um modo diferente, que nem mesmo ele conseguiria entender.

- Não vai ser em vão! O que vamos encontrar lá será muito compensador.

Ao longe se podia observar o topo do monumento. Pisa. A Torre de Pisa. Os homens de Isabel corriam como loucos, mas sempre Dan e Natalie, eram mais rápidos nas vielas de Pisa, e somente faltavam alguns metros para a bilheteria.

- A fila está enorme – Natalie pegou uma arma que estava em alguma parte do vestido que era impossível de ser notada. – Vamos ter que dar um jeito!

- Nada de violência, tudo na paz! – Sua cara de retardado impressionava qualquer um que estava ali parado para comprar os tickets de entrada para a visitação.

Os homens estavam cada vez mais perto.

- Por aqui! – Gritou Dan após encontrar uma porta " Somente para Funcionários ". Ao tentar fechar ele notou o que não dava pra notar antes: todos os homens estavam armados e um deles, o mais forte de todos que estava na frente, estava com uma faca em mãos. – Eles estão se aproximando!

-Feche essa porta logo Dan! – Por mais que sua cara parecia deslumbrante, dava pra ver o medo. Eram homens que a sua própria mãe tinha mandado.
" O que mais ela pode fazer pelas pistas?" Natalie se perguntava. - Ela parecia estar mudando.

- Eu não consigo fechar a porta! – Dan já estava completamente desesperado. Como aqueles homens são capazes de ser tão inescrupulosos? Eles são capazes de matar até uma criança? Dan não queria ficar lá para descobrir.

Natalie pareceu esquecer todo o charme e usou toda a sua força para fechar a porta. Os homens estava muito próximos.

- Natalie, cuidado – Dan percebeu que o homem mais forte estava ao lado da porta e deferiu um golpe com sua faca. Iria acertar diretamente em Natalie. Sem mesmo pensar, ele se jogou na frente dela e usou toda a sua força para fechar a porta. – Aaaaaaai!

- O que aconteceu?

- Você está bem?

- Sim, mas o que aconteceu? – Natalie estava realmente preocupada.

- Nada de mais, acho que só foi um pequeno corte em meu braço.

- DAN!

- O que?

- Tem um grande corte em seu braço e está sangrando muito.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! SANGUE! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

- Acalme-se! – Natalie rasgou um pedaço de seu vestido de linho e amarrou no braço de Dan. – Dan?

- O que?

- Você salvou a minha vida... – Natalie disse com toda a calma do mundo.

- Eu... Eu? Sim... Mas... É...

Silêncio. Nenhuma palavra. Natalie percebeu que já não tinha muita distância entre eles.

- Dan, você está bem?

Apenas uma coisa aconteceu. Natalie olhou nos olhos de Dan, Dan olhou nos olhos de Natalie e agora ela compreendia como que ele e Amy conversavam por pensamentos.

- O que acon... – Ela foi interrompida. Dan a beijou.

Dan considerou este momento mágico. Mágico. Essa é a definição. Nada mais. Eles se entreolharam.

- Me desculpe. – Disse Dan

Silêncio novamente. Natalie retribuiu o beijo. E sabia que ninguém ou nada poderia barrar o amor entre eles. Um amor que eles ocultaram há anos.

Nem Amy, nem Isabel, nem ninguém.