Em um castelo em Gandara
Capitulo I
Por Josiane Veiga
Nota: Presente pra Sandy Youko. Minha mestra, minha fofa que eu amo mtoooooo... a pessoa que me apavora com os papos pervertidos. Sandy, te adoro! Espero que goste do fic... agora que eu sai do primeiro capitulo, quem sabe os proximos eu te entrego mais rapido... Ah, e bjos especiais pro Kamui que leu o fic antes de todo mundo e ficou dando os pitacos dele...
Lábios úmidos deslizaram pela boca de Kurama. O desejo incontrolável tomou conta do Kitsune que não pensou em mais nada que não fosse entregar-se aquela angustia que nutria seu ser e deixava ansioso seu corpo. Suas mãos deslizaram em busca do corpo do companheiro e se estreitaram contra a pele quente do amado...
A língua do koorime adentrou sua boca o fazendo gemer. E quando o membro rígido do youkai do fogo imitou a língua ele só pode gritar na efervescente vontade de fazer amor.
-Hiei- balbuciou baixinho.
-Shuiichi, acorde.
A voz da senhora Shiori entrou pelos ouvidos de Kurama e lhe arrancou do sonho sensual que estava tendo com o koorime. Ele encarou a mãe apreensivo e tentou se localizar. Seus olhos se chocaram com a claridade e percebeu que estava no quarto. Tateou a cama pra ter a garantia que realmente se encontrava ali e triste ficou quando percebeu que realmente o sonho que estava tendo não passava exatamente disso: um sonho.
-Estava falando enquanto dormia meu filho... –ela disse se sentando na cama e lhe dando um calmante.
Youko estivera doente já fazia dois dias. Tivera uma forte gripe e seu corpo humano não resistiu. Após beber o liquido que a mãe lhe dera para tomar, ele descansou a cabeça no travesseiro. Estava abatido, sem ânimos e força. Quando youkai não ficava doente. Era estranho sentir que agora estava indefeso contra as mais frágeis doenças humanas.
Ele fechou os olhos na esperança vã de voltar ao seu sonho. Um sonho quente com Hiei. O mesmo Hiei que não aparecia a mais de uma semana e que não viera ver Kurama doente. Lógico que o belo Kitsune se ressentia pela falta de demonstração de sentimentos do irmão de Yukina, mas mesmo assim não conseguia sentir raiva. Na sua mente tentava encontrar justificativas para o koorime não ter aparecido ate àquela hora... Provavelmente ele estava ocupado com alguma atividade imposta por Mukuro e nem devia saber que seu amante se encontrava enfermo.
Mais tarde o cansaço venceu o belo rapaz de olhos esmeraldas e ele voltou a dormir. Desta vez sem sonhos, apenas com a dorzinha pelo corpo, fruto da sua doença.
Perto dali, em um prédio Hiei descansava. O belo moreno, deitado contra um pilar de concreto era uma bela visão. Mas ele não tinha consciência disso. Quantas vezes se perguntou o motivo do youko o ter como amante. Não conseguia acreditar na verdade dos sentimentos do namorado. Era muito estranho que um demônio que pudesse ter um Yomi como companheiro se encantasse por alguém sem atrativos como o koorime.
Hiei não percebia que seu complexo de inferioridade sempre tornava a sua relação com Kurama algo desequilibrado. Não conseguia enxergar o amor simplesmente porque também não conseguia se amar. Mas ... se existisse uma prova... Se houvesse uma maneira da verdade aparecer talvez tudo entre eles mudasse. Um teste. A palavra passou pela mente do Koorime como se fosse um relâmpago aplacando todas as reações do youkai.
Ele nunca conseguiria ter certeza do que Kurama sentia sem fazer um teste. Um teste que poderia colocar em risco a sua relação e ao mesmo tempo podia destruir sua vida. O que faria se Kurama falhasse no seu teste? Como reagiria a certeza da indiferença do kitsune? Mas ele tinha que arriscar! Nada podia ser feito, nenhuma esperança para o futuro podia ocupar sua mente enquanto ele não pudesse confiar inteiramente no demônio ladrão.
Para o plano dar certo seria necessária a ajuda de alguém. E não poderia ser Mukuro porque ela poderia confundir as intenções de Hiei. O Koorime começou então a arquitetar a maneira que procederia e quem o auxiliaria. E ali naquele úmido e frio prédio em construção, ele fez o que jamais pensou em fazer... Iria armar contra seu único amor.
-Senhor Yomi, o senhor Hiei esta no seu escritório e gostaria de lhe falar.
Yomi sentou-se na cama intrigado. O empregado jamais o acordaria tão cedo de manhã para algo que não fosse urgente.
-Ele disse do que se tratava?
A resposta não veio. E Yomi sabia o motivo. Ele puxara as cobertas e se levantara. Estava nu. Aliais, sempre dormia desta maneira e isso provavelmente deixou seu mais novo empregado de olhos arregalados.Não seria uma surpresa...Aliais, não podia culpar o jovem porque Yomi tinha consciência que qualquer ser vivo se excitava ao ver seu corpo perfeito e seu pênis avantajado.
-Avise a Hiei que eu irei encontrá-lo dentro de meia hora.
O rei de Gandara foi até o banheiro tomar banho e sorriu ao perceber que o empregado ainda não havia se movido. Talvez devesse dar uma lição deliciosa no jovenzinho. Mas isso teria que esperar, porque naquele momento existiam duas coisas mais importantes: a sua curiosidade para saber o que Hiei queria e seu banho matinal.
Quando o liquido começou a descer por seu corpo esculpido ele pensou em Kurama. A água era tão quente quando os lábios do Youko. E pensar que já teve noites memoráveis com aquele demônio safado. Era inacreditável pensar que aquele mesmo sem vergonha agora era o puro e recatado Shuiichi. O mesmo youkai que transava com quatro ou cinco na mesma noite em surubas interminaveis agora era o fiel e decente humano ruivo. Mas o irônico é que até este humano delicado atiçava as fantasias de Yomi. Ele queria Kurama. E queria Shuiichi também...
Nestes pensamentos seus dedos procuraram o membro já duro que se erguia majestoso e audacioso pelas suas pernas.
Meia hora depois Yomi se apresentou no escritório. Hiei não se levantou quando ele adentrou a sala e continuou sentado em uma poltrona, apenas o olhando com um olhar de desdém.
O Yokai de cabelos longos e negros sorriu com o canto da boca e observou bem o seu rival. Não sabia o que aquele koorime insignificante tinha pra despertar um lado tão sensível em Kurama. O que ele tinha feito pra conseguir a lealdade e fidelidade do raposa? O corpo dele não era grande e forte como o Kitsune gostava, mas devia ter algo especial lá pra ter feito Kurama se apaixonar. E Yomi pensou que seria gostoso ter acesso a este "algo".
-E então Hiei? O que queria falar comigo?
-Você não imagina o que seja?
O tom da voz do Koorime era extremamente sensual. Isso excitou Yomi. Ele tinha um defeito terrível. Era o fato de qualquer coisa relacionada à sensualidade o despertar.
-Não... Não tenho idéia do que o amante de Youko Kurama quer comigo.
Yomi tentou ser seco, mas sua voz saiu chorosa. O que estava acontecendo com ele? Até Hiei ele queria agora? Tinha homens na sua cama todas as noites. Às vezes mais de um. E agora estava ali, prestes a convidar o namorado do seu único amor verdadeiro pra transar.
O Jovem empregado chegou com o chá e observou malicioso a cena. Pegou o bule e despejou o chá nas xícaras. Logo o cheio aromatizante invadiu a sala. Ele serviu Hiei e após colocou a peça de porcelana branca nas mãos do seu rei. Seus dedos se tocaram e Yomi sorriu malicioso.
-Obrigado Hynde!
Yomi não precisava de olhos pra saber o quanto o empregado poderia diverti-lo. Tinha quase a mesma altura dele próprio e as formas já eram bem masculinas. Devia ter no máximo uns 20 anos. E devia ser virgem também.
Nada daquela cena passou despercebido por Hiei. Ele havia notado a atitude do empregado e do senhor de Gandara.
-E Kuronoe?- Hiei perguntou
Yomi sentou-se mais confortavelmente na cadeira antes de responder.
-Cansei dele. Como cansei de todos os meus amantes comuns. Sexo com a mesma pessoa, sempre... Tem uma hora que perde a graça.
Yomi tocou em um ponto fundamental da conversa. Agora ela não teria como ser formal ou discreta. As coisas seriam ditas de maneira clara e profunda. Yomi e Hiei sabiam que nenhum deles podiam fugir disso.
-Eu não acho-falou diretamente Hiei.
-Com um amante como Kurama eu também não acharia. Mas tente trocar um pouco de parceiro. Vai perceber que depois de alguns meses com sexo sempre com a mesma pessoa se torna rotineiro.
-Sempre existem novas posições. – retalhou Hiei
-Até a malicia perde a graça.
-Sexo é um jogo e este jogo pode ter várias alternativas só depende dos jogadores.
A maneira como Yomi falava já estava incomodando o Koorime. Hiei tomou um gole de chá e após colocar o pires sobre a mesinha disparou:
-De Kurama você nunca cansou. Sei que já transaram muitas vezes, mas mesmo assim você ainda o quer.
Yomi não apareceu abalado.
-Eu já disse que Kurama como amante faz a situação ficar diferente.
Os dois Youkais se encararam. Dois seres tão diferentes, mas com o coração batendo da mesma maneira. Dois apaixonados por um youkai que naquele momento estava doente em seu leito, sem que nenhum deles soubesse disso.
-Eu vim te propor um negócio de seu interesse.
-E qual é o negocio de meu interesse?- perguntou Yomi divertido.
Hiei se sentiu mal por ter que falar de seus sentimentos na frente de Yomi, mas não havia outra maneira.
-Eu quero testar Kurama. Quero saber o porque ele esta comigo. Se Kurama demonstrar que apenas esta se divertindo, eu saio do seu caminho e deixo-o livre para você retornar aos braços dele.
Yomi quase engasgou com o chá. Como assim Hiei não sabia o porque Kurama estava com ele? Será que aquele Youkai seria tão estúpido pra não perceber que o Kitsune estava apaixonado.
-Você me surpreende Hiei! –balbuciou
-Eu sei.
-E o que faz você achar que eu vou aceitar ser usado?
-Você poderá vencer nossa batalha fria, Yomi. Já falei que se Kurama sentir algo por você eu me retiro da luta pelo coração dele.
-Você não acha que esta arriscando demais?
-Tenho consciência de tudo que posso perder...
Yomi molhou os lábios já disposto a aceitar. Só tinha a ganhar com este plano maluco. Mesmo que Hiei descobrisse a verdade dos sentimentos do seu Youkai, ele ainda teria a vantagem de ter o Koorime consigo até esta descoberta, e quem sabe enfim saber o porque de Kurama ser tão doente de amor pelo baixinho.
-E de que maneira você pretende descobrir a verdade Hiei?
-Você quer que eu te diga ou te mostre?
Yomi sorriu sabendo que agora as coisas realmente estavam de acordo com o que ele queria.
Continua...
