FÊNIX

Eu sempre vivi nas trevas, no frio e na solidão. Meu mundo era rodeado de sonhos que me faziam ser prisioneiro e carcereiro. Ate, que seguindo um sonho eu vi na escuridão um feixe de luz. Eu vi uma bela constelação.

Eu!
Prisioneiro meu
Descobri no brêu
Uma constelação...

Na noite escura, eu notei a luz de seu olhar azul. Tão belo, tão cálido, tão brilhante e puro. Uma esperança nos meus sonhos perdidos. Você não me viu na hora, não se aproximou. Mas eu fiquei ali a contemplar, o puro céu do teu olhar.

Céus!
Conheci os céus
Pelos olhos seus
Véu de contemplação...

A noite se foi, a luz do Sol te fazia brilhar. Eu me aproximei, nos apresentamos, nos conheciamos. E mais uma vez eu me vi perdido, entre seu amor e meu odio. Entre o rancor que compartilhavamos. E a vontade de transpor tudo, de mudar tudo. Ate as leis mortais.

Deus!
Condenado eu fui
A forjar o amor
No aço do rancor
E a transpor as leis
Mesquinhas dos mortais...

Mas o dia acaba e mesmo com o brilho das contelações, a escuridão é grande. O odio é forte e a morte eterna. Mas você é meu guia, sua luz minha esperança, e minha chance de resgate possivel. Tudo por você. O vermelho se mistura com o dourado e se perdia no azul de seu céu. Eu respirava cores, nossas cores. Um sonho lindo. Mas não imortal.

Vou!
Entre a redenção
E o esplendor
De por você viver...

Sim!
Quis sair de mim
Esquecer quem sou
E respirar por ti
E assim transpor as leis
Mesquinhas dos mortais...

Eu te amava. Jamais duvide disso. Mais esse amor tinha um preço pra mim. Talvez pra nós. As cores se apagariam, se eu estivesse disposto a pagar. Eu havia prometido a terra perfeita para completar o céu. Você era a luz, mas a luz faz sombra, e nesta mesma meus pensamentos sombrios vivam. Pois vivamos para o ego que se vestia de sonho, esperando o fim da noite ou da vida.

Agoniza virgem Fênix
O amor!
Entre cinzas arco-íris
Esplendor!
Por viver às juras
De satisfazer o ego mortal...

Tão fragil, tão forte, tão perfeito. Tantas quedas e mesmo depois no fim, você continuava a brilhar. Renascendo de si mesmo, renascendo de uma unica centelha. Por eles. Você estava ferido, eu te deixei ferido. Mas você vai atingir o paraiso ? Mesmo que por eles. Brilhe.

Coisa pequenina
Centelha divina
Renasceu das cinzas
Onde foi ruína
Pássaro ferido
Hoje é paraíso...

Eu voltei a me perder. Você voltou a brilhar. E mesmo no fundo do pôsso eu podia ver sua luz. Minha para nos erguer, você deixa tudo pra renascer. Jamais poderei fazer isso: renascer das cinzas.

Luz da minha vida
Pedra de alquimia
Tudo o que eu queria
Renascer das cinzas...

È confuso o fato de você aida me amar. De seu sorriso ainda me aquecer, mesmo sob teu olhar frio, mesmo sobre a noite sem estrelas, você ainda ser a luz. Você ainda esta aqui, por que eu sou a escurdão. Somos identicos opostos. Sua dor nasce de algo bem maior, algo indiscutivelmente esplêndido ate mesmo a meus olhos...

Você não ira me matar. Pois sabe que não posso renascer. Pensavamos que eu poderia mudar. Mas eu não pudia. Você me aqueceu, eu te fiz passar frio. Você brilhou em minha noite. E eu nasci dessa escuridão. Nossas diferenças nos aproximaram, nos afastaram. E no fim somente restou a lembraça de um sonho. Com um nome.

Quando o frio vem
Nos aquecer o coração
Quando a noite faz nascer
A luz da escuridão
E a dor revela a mais
Esplêndida emoção...

O Amor!

Fênix.