Capítulo Um

-Lissa, desista nunca que vou abandonar você. Sou sua guardiã, é meu dever ficar aqui na corte, protegendo você! – Eu disse um pouco alto demais. Estávamos em seu quarto de grande rainha, que agora ela ocupava. Mas não adiantava ser rainha, tinha que ser teimosa também.

-Rose... Por favor, agora que sou a rainha tenho muitos e muitos guardiões, sério, eu queria você do meu lado na universidade, você sabe que... – Ela começou a dizer com a cabeça baixa, mas eu continuei.

- O laço não existe mais, e blá blá blá. Eu sei Lissa, mas mesmo assim, agora sou igual aos outros guardiões, mas mesmo assim, ainda tem Dimitri, ele não pode largar Christian assim – Falei pensando que tinha ganhado a briga, mas ela tinha uma carta extra na manga.

-Você acha mesmo, que eu não já resolvi tudo? Até Dimitri concordou – Disse ela baixinho, mas acabei escutando.

-Como assim? Ele concordou com esse absurdo? O que aconteceu com o deus dos guardiões? Com toda aquela responsabilidade? Vou falar com ele agora – Disse já me dirigindo para a porta, mas ela parou em minha frente, impedindo-me.

-Dimitri não está na corte. Está com Christian, eles... Sairam – Disse ela saindo de minha frente e indo sentar-se na cama. Senti que tinha algo contra mim ali.

-Ok. – Eu disse batendo as palmas das mãos em minha perna e jogando as mãos para cima. – Vocês são terríveis, mas não me farão mudar de ideia – Eu disse sem olhar para ela, e saí do quarto. Andei pelos corredores puta da vida, como eles poderiam me privar de escolher ou não, sair de férias? Eles vinham primeiro. Era esse o lema, nada tinha mudado. Tudo bem que passamos por coisas extremas, mas o lema dos guardiões ainda era esse: Eles vinham na frente, e realmente eu não queria ficar longe de Lissa.

Tudo bem que eu queria ficar com meu Dimitri, e me perder naquele maravilhoso corpo dele. Mas, eles vinham primeiro. Às vezes a vontade é mandar as regras irem para o inferno, mas Lissa além de minha amiga era a rainha, e tinha feito Dimitri, meu Dimitri voltar a ser dampiro. Eu devia tudo a ela, e ele tinha feito aquela promessa para ela, que sempre seria grato e tudo mais, mas acabou como guardião de Christian, namorado de Lissa, para podermos ficar juntos.

Andei pacientemente lento até o meu quarto, que ficava praticamente do outro lado da corte. Ao entrar, tranquei a porta e fui logo tirando a roupa, primeiro à camisa, a calça, e estava a desabotoar o sutiã, quando um pigarro me assusta. Olho para a cama, e vejo aquele deuso sentado, as grandes fendas castanhas no lugar dos olhos me encarando com um desejo indescritível. Seus braços musculosos, estava para trás, apoiando seu másculo corpo na cama.

-Pode continuar – Ah! Aquela voz maravilhosa, rouca e com o leve som sexy. Meu grau de excitação já estava máximo com certeza.

Porém, ele estava de complô com Lissa, eu não iria ceder hoje, apesar de querer muito, muito mesmo. Aquele 1,95 de pura luxúria se levantou e tão graciosamente se moveu até mim, me envolvendo em seus braços fortes. Minhas mãos desceram por seu peito, e brincaram com o fecho de sua calça, mas só brincaram. Por fim, bati em seu peito e o empurrei, mas ele era, com toda certeza mais forte que eu. Segurou meus punhos em seu peito, desceu seus lábios por meu pescoço, e por um momento lembrei quando seus caninos de Strigoi perfuraram minha pele, e me deixei ser a prostituta de sangue dele. " Ele pressionou os lábios contra minha bochecha e então seguiu um surpreendente caminho de beijos carinhosos até meu pescoço. Novamente senti meu corpo ansiando por ele e odiei a mim mesma pela fraqueza" . Voltei a realidade com seus lábios em meu ouvido, sussurrando:

-O que houve? Por que está tão... Diferente? – Perguntou ele voltando a beijar meu pescoço. Seus dentes, não mais tão afiados quando era Strigoi, mordiscaram minha pele, fazendo-me jogar a cabeça para trás, dando todo espaço possível para ele possuir.

Suas mãos já desciam por minhas costas, fazendo movimentos para cima e para baixo em minha coluna, quando delicadamente suas mãos pararam para desabotoar o fecho do sutiã, parei, e com muito esforço, me afastei. Ele fez uma cara descrente.

-Que história é essa de férias? – Perguntei me afastando, praticamente nua, ele se virou não prestando atenção no que falava, só ficou me encarando. – Alou, Dimitri! – Estalei os dedos e ele acordou rapidamente do transe. – Férias? Que historinha é essa?

Ele ficou meio pensativo ainda em pé, onde eu tinha o deixado. Depois se aproximou e sentou em minha frente.

-Rose, entenda, depois de tudo que a gente passou, nós passamos, Lissa veio com essa história de dar "férias" para nós. Christian claro, que concordou com ela – Disse ele revirando os olhos teatralmente – Então, não tive escolha a não ser ceder, e você vai comigo, deixo até você escolher o destino – Disse ele sorrindo e se aproximando ainda mais de mim, nossos rostos estavam a centímetros um do outro, mas quando nossas bocas iam se encontrar, desviei me levantando, deixando-o de boca aberta, chocado.

-Mas e o sistema de guardiões? Vai mudar completamente sem nós dois temporariamente – Eu disse com as mãos na cintura em sua frente.

-Pelo amor de tudo que é mais sagrado Rose, Lissa é a rainha, deixa de besteira – Falou ele puxando-me mais para perto pelo elástico de minha calcinha. Ok, eu estava sendo chata. Sentei em seu colo, e enlacei seu pescoço com meus braços.

-Ok, Sr. Belikov – Eu disse dando um beijinho em seus lábios – Você venceu, mas como nosso acordo, eu escolho para onde iremos. E não tente trapacear – Eu disse estreitando os olhos para ele. Ele riu e me virou na cama, ficando em cima de mim. Trabalhei ardilosamente para tirar sua camisa, e quando finalmente consegui, com um pouco de sua ajuda, tirar toda sua roupa, uma montinho se formou ao chão, ao lado da cama. Agora estávamos finalmente no corpo a corpo. A sensação de sua pele na minha era algo realmente de outro mundo, ainda me perguntava se poderia algo ser tão bom, como sexo com esse muso maravilhoso.

Nossa noite tinha apenas começado. Como nossas férias começariam, e não seriam tão diferentes.