Disclaimer: Inuyasha não me pertence.
Dedicatória: Para quem gosta de um bom Romance, Isis Silvermoon.
Ficwriter: Bulma-san.
Beta: Isabella B.
Re-betado por: Rayane Luzes.
'·.¸.ღ. Lady Rin .ღ.¸.·'
'·.¸.ღ. Capítulo I: Salve Rin .ღ.¸.·'
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Minha Senhora, se tu lutas tanto, por que eu deveria hesitar?
Não me recordo, não com exatidão, do período em que passei acreditar em Deus.
Receio, desespero, solidão, morte e quem sabe um pouco de medo pairavam dentro de mim quando me vi sem chão e sem alternativas. Outra vez eu estava sem saída, perto dela e longe de seu coração e de seu pensamento. Aquela distância atormentava-me o espírito deixando-me inquieto a toda vez que eu via Minha Senhora não se recordar de mim. Toda essa inquietude e perturbação me levavam a crer em alguma força superior, já que somente Deus poderia explicar aquela situação em minha vida.
Em oração, em silêncio e sozinho eu suplicava: "Devolva a memória de Rin". Aquela pequena oração e clemência tornaram-se repetitivas durante as noites de outono e inverno, seguiriam na primavera e no verão caso eu não visse o milagre. Eu tinha fé que tudo iria acabar bem, pelo menos eu tentava não ser pessimista...
Mesmo depois do erro, depois da minha ignorância e de meu egoísmo, eu continuava ali, como uma grande muralha intacta que não abria suas comportas por nada. Meu tom passivo era minha única retaguarda e conforme o passar do tempo eu vi que somente Rin poderia modificar-me; somente ela tiraria as teias de aranha, o pó sujo e derreteria o gelo de meu coração... Ela era minha salvação. Ao lado dela eu sentia que tudo havia algum significado, tudo havia uma importância e exigia uma proteção. Em meu mundo, ela era tudo e eu não era nada.
Os tratamentos eram pesados e por isso eram raras as ocasiões em que eu tinha o privilégio de estar na presença de Lady Rin – Senhora das Terras do Oeste. Estar em sua presença era como construir torres que me levassem até os céus, era como se ela desse-me asas e me conduzisse ao paraíso, pintasse o incolor com seu jeito meigo. Nada comprava a tranquilidade, o sorriso, a paz e a inocência de Mi Lady.
Sempre que dava, eu segurava a sua mão e saía a passear pelo jardim ao sudeste do feudo. Longe de todos, onde havia somente eu e ela, nada mais. Seu instinto instigador não mudara e tampouco amenizara com a maturidade e isso me cativava. Ela fazia perguntas e eu sempre respondia. Querendo ou não eu já tinha me apegado a Rin há muito tempo e com certeza não conseguira viver um dia se quer longe dela, pelo menos eu não conseguiria viver tranquilamente longe de minha eterna pequena menina.
Naquela manhã, eu me encontrava num estado espiritual estável, contente talvez por estar com Rin; passeando pelo jardim ainda encoberto pela pouca neve. Já era primavera, mas ainda era possível ver que o inverno havia deixado rastros.
Havíamos parado na ponte, olhando o lago ainda congelado e um fenômeno único que a natureza nos proporcionava naquele momento.
Olhei bem para aquele canto e analisei:
Sobre sua textura delicada e singela esteve o último rastro da estação passada; encoberta pelo gelo perturbador, ela deixava que os primeiros raios de sol iluminassem sua superfície cristalizando no ar as gotículas em formatos ovais perfeitos e formando um magnífico conjunto de cores exóticas – o reflexo do arco-íris. Não demorou muito e logo, livrou-se do peso que a atormentou durante três meses. Harmonicamente, sua face estava virada para o nascente dando o devido contraste com sua linda cor. Em seguida, o vento soprou numa brisa gentil e levantou o corpo escultural tirando o cristal e o pólen de forma sedutora; e em lentos passos ela põe-se a desabrochar, num único botão de rosa azul com ainda algumas gotículas de água presas em suas pétalas dando-lhe o devido charme.
A natureza era perfeita e inquestionável no ciclo da vida, e por mais que eu antes não notasse esse universo, agora eu podia ver claramente certas coisas antes turvas, coisas que foram apagadas e destruídas pelo meu orgulho e pela minha ignorância.
"Você sabe me dizer quantos flocos de neve caíram encima do botão azul?"
"Não, eu não tenho essa resposta."
Nunca em minha existência havia parado para analisar a fundo um "desabrochar de uma flor". Analisar de perto e pacientemente um ciclo tão natural nunca foi algo realmente interessante para mim. A menos que não se tenha algo para ocupar a mente, e refletir sobre a vida se torna uma coisa, no mínimo, viciante; de fato eu precisava de algo para estimular a minha mente a fim de esquecer os acontecimentos que antecederam minha fase analítica. O problema era que só ver a primeira flor nascer na primavera não era o suficiente para apagar os erros do passado.
"As rosas não são sempre vermelhas?", ela perguntou tirando-me de meus devaneios.
"Nem sempre. Também há rosas azuis.", respondi serenamente olhando ainda o botão azul.
"Isso quer dizer que para toda regra tem uma exceção?"
"Não. Isso quer dizer que em cada exceção há uma regra."
"Não compreendo suas palavras, Lorde."
"Nem tente, Minha Senhora...".
Eu sabia e podia sentir que meu tempo estava acabando, logo a sacerdotisa viria e pediria que eu me retirasse daquele lugar, expulsando-me e levando Rin para longe de meus cuidados. Mesmo contragosto eu precisava sair de perto de Minha Senhora que agora passava por um tratamento rigoroso...
Apesar de tudo eu estava confiante. Naquela primavera, eu pegaria em sua mão, guiar-lhe-ia até o lado leste do castelo, responderia mais suas perguntas e a deixaria em seu aposento real... Nada mais. Eu não podia me aproximar... Eu não podia beijá-la, nem ao menos abraçá-la ou sentir seu cheiro tão cítrico de acerola com laranja que me encantava e me seduzia.
Era mais uma primavera em que Minha Primeira Dama encontrava-se doente. Quase sem nenhuma salvação eu pus a me empenhar a protegê-la com minha alma e fazer de tudo para vê o sorriso estonteante de Lady Rin, pois nada teria mais importância do que ela. Rin era tudo que eu tinha...
"Obrigada por mais uma vez acompanhar-me Lorde Sesshoumaru."
Ela não mais se referia a mim com o sufixo respeitoso de -sama, nem mesmo sorria com tanta frequência, sempre soltava de minha mão quando chegava perto de seu quarto e nunca desviava o olhar envergonhada. Ela estava fria e vazia por dentro, mas eu não a condenava... Angustiava-me quando eu ouvia seu coração bater tão sereno e calmo, fazia-me crer que ela não mais estava apaixonada por mim. Doía, agonizava e matava tudo aquilo que demorei tanto para construir, para me acostumar, para me adaptar...
"Irás ao Festival da Primavera?", argumentei um pobre comentário.
"Se a Kagome-sama me autorizar, certamente.", ela não sorriu e só respondeu como sempre respondia: serena e calma.
"Avise-me caso ires. Terei o prazer em acompanhá-la."
"Lembrar-me-ei disso, Sesshoumaru."
Em centenas de anos, eu nunca poderia imaginar que conseguiria amarrar-me apenas a uma pessoa. Eu ainda mantinha meus devidos preconceitos e continuava a odiar os seres humanos e os meios-yokais, mesmo depois de conhecer Rin eu mantinha meu orgulho quase intacto. Só que o tempo me provou que havia coisas das quais eu nunca poderia mudar. Uma vez – recordo-me – minha mãe disse-me que eu não podia ser Deus. De fato. Eu não consegui controlar todos em minha volta, nem mesmo ela, Lady Rin.
Eu me lembro de tudo. De sua infância, quando a conheci, de sua adolescência quando a busquei na vila de Inuyasha para me acompanhar novamente em minha jornada, de sua fase adulta quando a tornei Senhora das Terras do Oeste e de tudo mais... Querendo ou não eu preparei Rin para ser a minha única fêmea. A única com quem eu realmente poderia conversar e amar para o resto de minha existência. Eu não sei que feitiço ela usou para me prender a ela, nem mesmo pretendia desvendar tal mistério, eu apenas queria aproveitar o final feliz da minha história e seguir em frente, mas não foi assim que aconteceu.
Não tive sorte e isso foi o suficiente para eu mudar...
Há duas primaveras passadas Rin passou por um processo chamado de "aceitação". Na noite do festival da primavera Rin se esqueceu de como voltaria para trilha a fim de me encontrar; entrou em pânico; chorou por horas e tropeçou em uma pedra. Quando a encontrei estava desmaiada dentro da floresta. Vi que sua cabeça estava sangrando e tratei de levá-la para o castelo.
Ela dormiu durante três dias e três noites, depois dos curativos feitos; recuperou-se rápido; voltou a sorrir por um bom tempo, mas depois...
Aos pouco e de forma gradual Rin ia esquecendo pequenas coisas como o que havia almoçado ou o nome de suas subordinadas, algum tempo depois ela começou a esquecer de coisas mais graves como palavras, lugares e pessoas. Toda essa situação não passou despercebida pelos meus olhos e isso me preocupou. Mesmo sem nenhum conhecimento sobre aquele fato um instinto, dentro de mim, gritava e forçava-me a fazer algo que eu não estava acostumado chamado de conversa.
Todas as noites, depois da ceia e antes de dormir eu conversava com Rin. Falávamos sobre diversos assuntos, como a luta de Naraku, de suas aventuras com Jaken, do período em que ela ficou no vilarejo de Kaede, de nós, de mim e dela mesma.
Na maioria das vezes ela sempre sorria de orelha a orelha e passava mão em meu cabelo, depois mordia os lábios e dizia: "Linda história, Sesshoumaru-sama". Eu fechava os olhos impaciente, irritado talvez... Pois estava ficando séria toda aquela situação.
Eu tinha medo de tocá-la e durante a noite ela esquecer-se de mim. Então comecei a evitar. Concentrava-me nas minhas terras, nas batalhas que eu travava, nos obstáculos que apareciam e no meu objetivo. Meu suposto amor por Rin então começou a esfriar. Antes eu estava aberto à mudança e naquele momento eu havia me fechado a qualquer possibilidade. Afinal eu não estava conseguindo lidar com aquilo tudo.
Todos perceberam e eu tampouco fiz questão de esconder o quão afastado eu e Rin estávamos. Passamos a dormir em quartos separados e eu mal a olhava, mal trocava palavras com ela. Foi quando eu deixei meu orgulho e meu preconceito reinarem novamente sobre minha mente e sobre o meu chamado coração; depois de pensar muito, eu resolvi que a deixaria de vez no vilarejo para assim ela lidar com sua própria imperfeição, porque eu jamais conseguiria tal façanha. Talvez estávamos enfrentando uma grande crise... Ou simplesmente era só o meu medo de aceitá-la.
Porém, um dia antes de eu tomar minha decisão, eu estava caminhando pelo corredor do castelo quando ouvi um barulho de pratos, vasos ou algo parecido quebrarem de forma violenta e ao mesmo tempo senti o sangue de Rin transbordar e inundar aquele ambiente com seu cheiro tão exótico. Inconscientemente, eu corri até seu encontro, parei metros antes e fiquei analisando aquela cena de longe e intacto, por não conseguir dar mais nenhum passo.
Seus dedos estavam sangrando e ela encontrava-se olhando intensamente para os cacos do vaso de porcelana que havia caído de suas mãos. Logo uma de suas empregadas se aproximou joelhando-se a sua frente e começou a tirar os cacos de porcelana que podiam machucar mais ainda sua Lady Rin.
"Rin-sama! Rin-sama! A senhora está bem?", perguntou a empregada já com muitos cacos em suas mãos. "Estou preocupada Senhora. Vejo que seus dedos sangram! A senhora precisa fazer um curativo com urgência!"
A empregada estava mesmo preocupada com ela, mas Rin não falava nada e apenas olhava para os cacos de vidro restantes no chão até que depois de um tempo ela olhou para a empregada e fez uma pergunta que chamou minha atenção. Não só a pergunta, mas o diálogo todo.
"Quem é você?", essa foi sua primeira pergunta arqueando as sobrancelhas e olhando para empregada desconfiada.
"Senhora. Sou eu..."
"Não lembro... Não sei o que ia fazer...", Rin interrompeu a empregada brutalmente olhando em outra direção. "O que eu estava segurando?"
"Rin-sama..."
"Por que não... Não... Consigo... Por que tudo é tão escuro na minha cabeça?", seu transtorno já estava muito evidente.
Ora ela olhava para suas mãos, ora olhava para os lados desesperada. Aquela cena eu já tinha presenciado antes e sabia muito bem no que poderia dar. O pânico a levaria a uma crise de choro constante e só pararia quando ela adormecesse. E dependendo de como seu cérebro agia em relação à doença ela poderia voltar ao normal ou faria com que sua situação se agravasse.
"Rin-sama. Desculpe-me, mas não sei como ajudá-la...", a empregada estava chorando ao ver a Senhora daquele castelo cainho sobre os joelhos em tamanha frustração.
Caída sobre os cacos ela chorava ao ver suas mãos encobertas por sangue. Seu coração pulsava descompassado, sua pele estava mais pálida do nunca; ensaiava falar alguma coisa, mas sempre fechava a boca quando via que não conseguiria explicar a sua situação. Desesperou-se e em prantos caiu no mais profundo abismo da depressão.
Nunca tinha visto minha Senhora tão abalada, nunca me senti tão inútil quando vi que Rin não estava nada bem. Pensei que me afastando dela tudo poderia está resolvido, mas pelo contrário, as coisas só haviam piorado. Lembro-me de ter dado dois passos para trás ao ver aquilo e de ver a empregada abraçando Rin e implorando que alguém a ajudasse a controlar a crise da Senhora das Terras do Oeste.
Eu fui incapaz de fazer algo naquela hora. Incapaz de me aproximar, de prestar ajuda àquela que sempre me quis bem, que sempre me ajudou. Eu tinha medo de encarar a realidade de um fardo tão pesado e pela primeira vez pensei em fugir. Pensei em abandonar tudo, pois sabia que eu não teria forças para presenciar a terceira morte de Lady Rin. Eu sabia que a alma dela estava entregue ao submundo, que ela não teria salvação, que ela viraria pó e sumiria do mundo sem deixar nem se quer um herdeiro. Herdeiro esse que nunca conseguimos gerar.
Não havia colunas para me apoiar, não tinha ninguém que poderia verdadeiramente ajudar ela. Estávamos sozinhos no mundo.
"Ajude-me, por favor, Lady Rin precisa de ajuda!", ela gritava para todos do castelo ouvir, ela clamava em piedade e eu sabia que todas suas indiretas eram para mim.
Abandonei-a quando ela mais precisou, mas foi por uma justa causa.
Não tinha como eu ficar ali, não de braços cruzados, não poderia tomar decisões precipitadas, pois eu a amava. Eu a amava do meu jeito, mas a amava, intensamente e verdadeiramente.
Vir-me-ei de costas e rapidamente saí do castelo sem ninguém perceber. Naquela hora não pensei em nada mais e nada menos que a sacerdotisa que morava com Inuyasha, a tal Kagome. Cruzei fronteiras, passei por florestas, subi e desci montanhas, naquela altura do campeonato eu já havia feito a minha escolha.
Eu salvaria Lady Rin...
Mesmo com o passar dos anos, mesmo querendo beijá-la intensamente, mesmo conciso cometo estupidezes. Orgulho! Deixou-me surdo e cego, quantas vezes? Eu acredito que um dia depois dessa tormenta quando eu menos esperar vai sair o sol. Aquela certamente era a maior lição que eu tinha que aprender. Agora eu via que um e um nem sempre são dois, que eu havia somado tanto, tanto que perdi a conta! Perdi-me de Lady Rin. (...)
Quando cheguei à vila dos humanos já estava amanhecendo e logo Inuyasha veio ao meu encontro perguntando-me qual o motivo me levava até aquele local, respondi de forma direta e disse-lhe que queria falar com a sacerdotisa Kagome. Só que ele não deixou e começou a questionar-me, claro! Eu devia suspeitar que isso fosse acontecer e a coisa mais lógica a se fazer era travar uma luta contra ele e quando o mesmo estivesse por um fio de morrer a tal mulher iria surgir misteriosamente de algum canto para salvá-lo.
Era sempre assim. Lastimável.
"O que quer com Kagome?"
Nunca considerei aquela coisa como meu meio-irmão ou muito menos irmão. Obviamente eu tinha motivos de sobra para odiá-lo. Ele era repugnante, insolente, sangue impuro, ignorante e impertinente. Eu o via totalmente diferente de como as pessoas o via, no caso, como um heroi. Eu o via como um verdadeiro demônio imperfeito.
"Não é da sua conta.", respondi com o meu tom de sempre, calmo. "Saia do caminho, hanyou, deixe-me passar antes que eu te mate."
"Claro que não! Se é luta que você quer, é luta que você vai ter Sesshoumaru."
Naquele dia eu não estava com muita paciência e quando eu ia sacar Bakuseiga para dar outra surra no meu irmãozinho sua tão protetora chegou. Mandou-o sentar e o mesmo caiu de cara no chão no mesmo instante bufando e proferindo milhares de palavras obscenas. Eu achava estranho esse 'tipo' de união. Uma união em que a mulher humana tinha mais autoridade que o macho meio-yokai.
Inuyasha era de se dá pena. Pobre infeliz...
"Desculpe-me por esse transtorno, Sesshoumaru.", ela direcionou a palavra a mim tirando a minha atenção de Inuyasha. "Posso ajudá-lo?"
"Sim, pode."
"E o que deseja?"
"Que vá até as Terras do Oeste comigo. Preciso de sua sabedoria humana para desvendar a doença de Rin."
Ela engoliu em seco, recuou um passo, colocou a mão direita na boca e arregalou os olhos. Eu pensei que ela iria questionar alguma coisa ou me fazer milhares de perguntas já que isso seria o natural, mas não aconteceu. Ela desviou o olhar para uma pedra no chão com os olhos totalmente perdidos em nostalgia. O mesmo aconteceu com Inuyasha que estava sentado no chão com a cara suja de barro. Ele havia desviado o olhar e parecia fitar uma formiga distraidamente.
"Ande! Responda! Você virá?"
"Está muito grave a situação dela Sesshoumaru?", a mulher falou num sussurro ainda fitando a pedra. E por um momento não consegui compreender a atitude tanto dela quanto de Inuyasha.
"Grave?", questionei. "O que você define como grave?"
"Na verdade não posso julgar o que pode ser leve, grave ou gravíssimo, então... Eu vou com você para ver Rin-chan", ela olhou para mim ainda com os olhos vazios.
"Então, vamos."
Algo me incomodou. Inuyasha não questionou a decisão de sua fêmea em nenhum momento e quando comecei a andar rumo as Terras do Oeste, o hanyou levantou-se e virou-se em direção a vila onde morava. Sem falar nenhuma palavra. O mesmo aconteceu na viagem com Kagome. Ela parecia pensar em milhões de coisas ao mesmo tempo. Lembrando-se de algo do passado ou alguma coisa assim.
Quando chegamos até ao castelo mandei chamarem Rin.
A primeira coisa que olhei foi para suas mãos que estavam devidamente curadas. Depois olhei seu tão sereno rosto abatido. Os olhos fundos como se não tivesse dormido na noite anterior, os lábios ressecados e sua palidez mais avivada.
"Rin-chan!", a sacerdotisa correu em direção de Lady Rin e a abraçou.
A mesma retribuiu ainda com o olhar instigado. Provavelmente, Rin não se lembrava dela.
"Você está bem Rin-chan?"
"Você está tão bonita..." , falou Rin sorrindo. "Como anda as coisas na vila?"
Kagome sorriu, talvez aliviada por Rin se lembrar de algo. Eu também fiquei aliviado.
"Todos estão bem, Lady Rin."
"É... Desculpe-me, eu esqueci o seu nome..."
"Normal, chamo-me Kagome."
"Ah sim! Kagome. Desculpa por isso, prometo não esquecer mais.", ela sorriu e passou a mão no cabelo.
Quando aquele momento passou, quando eu vi que havia uma luz no fim da trilha mal iluminada, quando percebi que Rin tinha salvação comecei a acreditar no milagre. Eu faria de tudo. De absolutamente de tudo para salvá-la. Eu ia correr atrás da chamada esperança, tentando de todas as formas possíveis para realizar o milagre. Eu a tiraria do frio, do vazio, da escuridão e da solidão. Eu nunca mais ousaria abandonar Rin, pois ela era o meu objetivo maior, a minha prioridade.
Eu sentia e via que aquela tempestade estava passando e que o sol sairia radiante e iluminaria o caminho.
Minha Senhora, eu irei salvá-la...
-Notas da Autora: (: Ooooi galerinha! Tudo beleza? Trago uma fanfic novinha, já que Sacrifices of a Lord está em sua reta final. :/ Então resolvi começar essa. :D A fanfic vai tratar um assunto beeeeem delicado, o Mal de Alzheimer. Para quem não sabe é uma doença degenerativa que atinge as células nervosas afetando a memória, o equilíbrio, a personalidade das pessoas e essas coisas. É uma doença que não tem cura. Então fica a dica, mas ninguém vai morrer tá? ^^' vai ser tudo emocionante e espero que gostem.
Capítulo que vem a história vai mostrar seu verdadeiro foco e claro que isso vai levar a milhões e milhões e spoilers (eu não sei como se escreve) [nota da beta: nem eu '-'] do anime Inuyasha Clássico e Kanketsu Hen. Fiquem atentos.
-Notas da Beta: Nathi-chan falou que eu tinha um espaço pequeno de três linhas, então vou resumir. Espero que, assim como eu, todos vocês tenham se apaixonado por esse Sesshoumaru. *o* ele é perfeito gente! Gentil, excêntrico, charmoso e ao mesmo tempo frio e egoísta. Espero que se apaixonem assim como eu já estou apaixonada por essa fanfic. Beijinhos a todos, Isabella.
Faça uma autora feliz,
Comente! :D
