Domo pessoal
Olha eu aqui de novo, eu sei, vocês já devem estar se cansando de mim, mas o que eu posso fazer, escrever fics tem se tornado um hobby, um passatempo e minha mais nova paixão, extremamente viciante, então. Sinto dizer pessoal, mas vocês vão ter que me aguentar mais um poquinho. Entonses, vamos ao que interessa. Tempestade de Verão é minha mais nova fic, precisamente se passaram três semanas desde que Saga e Litus começaram a namorar, então não assustem ao vê-los em cenas regadas a muito açucar no decorrer da história. Bem, essa fic terá como protagonistas dois casais, um deles extremamente inusitado, mas espero que gostem. Não vou estragar a surpresa e contar quem é, vou deixar a cargo da imaginação de vocês concluir. Então, vamos ao que interessa...
Boa Leitura!
Nota: Os personagens de Saint Seya não me pertencem, pertencem ao grande mestre e genio criativo M. Kuramada.
Legenda:
-"ajs jhssss"; (pensamentos)
-'sjsjsjsmsm'; (dialogos de segunda pessoa)
-dkjks jsjs; (dialogos normais)
--Lembranças-- (em italico)
--Flash Backs-- (normal)
Tempestade de Verão
Capitulo 1: As Peripécias de Eros
I – O Leão e a Águia.
Quem poderia dizer que justamente no meio de um dia de verão uma tempestade daquelas estivesse se formando.
Caminhava pelo santuário sem ser visto, afinal, como explicaria a irmã que estava entediado e queria andar entre os mortais. Foi quando ouviu alguns risos divertidos vindo de uma janela entreaberta de uma casa próxima.
Nem se dera conta de que chegara ao vilarejo das amazonas. Sua curiosidade era maior do que a prudência que ignorava. Como sempre fora acostumado a agir impulsivamente. Sentou-se abaixo da janela para ouvir melhor a conversa que tanto lhe atraia.
-Para de falar besteiras, Shina; a voz soou irritada, indicando não ser um assunto muito agradável.
-Admita, você ama o Aiolia; Shina respondeu se divertindo com o desconcerto da amazona.
Embora estivesse sem poder ver os rostos das amazonas, ele logo tirou uma conclusão por si só.
-"Que triste, é um amor não correspondido"; ele pensou com um brilho triste em seus orbes dourados. –"Mas nada que não se possa dar um jeito"; Eros concluiu dando um sorriso iluminado, como se algo realmente extraordinário tivesse passado por sua cabeça.
-Shina, não tenho nada para admitir, eu e Aiolia somos apenas amigos; Marin respondeu alterando mais a voz. Para a sempre tão calma amazona de Águia, essa alteração poderia ser considerada perigosa.
-Sei! Quer apostar quanto que o Aiolia esta treinando na praia próximo ao Cabo; a amazona falou com ar de desafio. –Porque você não vai lá falar com ele, já que são só amigos; Shina completou com ironia.
--"Hun! Interessante"; Eros pensou desaparecendo em seguida.
Logo após isso, Marin saiu da casa deixando uma Shina as gargalhadas, irritar a amazona de águia era só comentar em meio a uma conversa casual o nome do leonino. Parecia que o santuário em peso estava querendo ser o intermediário entre os dois, tornando a situação muito constrangedora para ambos.
Marin andava a passos largos sem saber ao certo para onde ia, até trombar com algo... Ou melhor, alguém. O choque foi tão grande que ela iria cair no chão se não fosse prontamente socorrida.
-Esta tudo bem Marin? – a voz calma do leonino soara preocupada, nunca há vira tão aérea que nem o notara se aproximar.
-Ai-aioloia! – Marin falou hesitante, erguendo os olhos para encarar aquele par de orbes verdes a fitando preocupado. –Her! Estou bem, obrigada! – ela agradeceu, corando furiosamente ao dar-se conta de como estava. Ele a segurando pela cintura, próximo... Muito próximo de si. Recompondo-se do leve torpor, ela se soltou dos braços dele. – Uh! Desculpe-me, estava distraída e não lhe vi; ela completou com um sorriso sem graça.
-Tudo bem, eu estava pensando e só parei... Bem, você sabe! – ele falou encabulado, passando a mão de forma nervosa nos cabelos rebeldes.
-Entendo! – Marin respondeu de forma casual, embora não querendo demonstrar o quanto aquela ação inocente lhe perturbava. – Bom, agora tenho que ir; ela disse ameaçando se afastar.
-Vai treinar? – Aiolia perguntou demonstrando curiosidade.
-Não! Só estava apenas andando... Sabe, sem rumo; ela disse sorrindo e gesticulando de forma displicente, fazendo-o corar.
-Coincidência, eu fazia a mesma coisa, só que acho que estava indo para a praia; ele comentou. – Se importa se eu lhe fizer companhia? – Aiolia perguntou com um sorriso charmoso.
-N-não; ela respondeu engolindo em seco e começando a caminhar ao lado do cavaleiro.
II – Primeiras confusões.
Enquanto isso no Cabo Sunion, precisamente na praia...
Já fazia algum tempo que estava caminhando na beira da praia. Os cabelos curtos em tom anis ficavam levemente arrepiados e rebeldes com o vento. Os pés descalços deixavam-se afundar um pouco na areia. Calça e camisa branca de tecido fino moviam-se displicentes com o andar calmo dele.
Embora seu olhar fosse vago, quem poderia crer naquela mudança, justamente ele, agora demonstrando tanta paz com simples passos que marcavam aquela areia fina que logo seria tocada pela chuva.
--Lembrança—
(...) – Há coisas que não podemos mudar, apenas fazer diferente uma segunda vez (...).
(...) – Não os trouxe de volta para sofrerem (...).
--fim da Lembrança--
Ele lembrava-se perfeitamente do que a namorada de Kamus dissera há alguns meses atrás quando tudo aquilo aconteceu.
-"É, a garota não estava brincando"; ele pensou, notando que estranhamente sorria. Não era um sorriso irônico e sádico como os que dava na maioria das vezes. Ele apenas... Sorria.
Sem rumo certo, Mascara da Morte deixava-se levar por aquela atmosfera de paz. Caminhando pela beira da praia olhando as águas quebrarem em alguns rochedos e notando estranhamente a tempestade se anunciar. Era verão, não deveria chover daquela forma.
Caminhou até um amontoado de pedras. A possível entrada para o santuário de Posseidon que outrora ali se encontrava.
Aproximou-se mais da beira da água. Deixando que os pés fossem tocados pela água salgada e com ar cansado jogou a cabeça para trás se espreguiçando.
-Ah! Vai chover; ele falou voltando os orbes anis para o mar, aproveitando da calma que o ambiente lhe proporcionava.
-Parece mesmo; uma doce voz soou ao alto fazendo-o se sobressaltar. Não imaginava que tivesse mais alguém lá.
Na entrada do Templo, precisamente no topo de um antigo pilar, jazia uma jovem de longos cabelos prateados e olhos verdes, também olhava o mar. Balançando de maneira infantil os pés suspensos.
Na saída do bosque que ligava o santuário ao cabo...
Um belo jovem de cabelos e orbes dourados presenciava a cena confuso.
-Como foi que ela conseguiu chegar mais rápido do que eu? – ele se perguntou, lembrando da conversa que ouvida das amazonas anteriormente. – Puff! Isso não importa agora, apenas facilita as coisas; Eros completou a si mesmo, com um sorriso maroto. – Vamos dar um empurrãozinho nessa relação! – ele murmurou sem pensar muito o deus do amor fez surgir em suas mãos um arco dourado e nas costas uma aljava, usando apenas uma flecha, ele começou a retesar o arco.
Não era necessário mirar muito. Séculos de experiência lhe garantiam uma boa mira.
Podia-se ouvir o som da flecha cortando o vento numa velocidade incrível, a olhos comuns ela não seria vista.
Mascara da Morte olhava o mar, embora se sentisse incomodado com a presença da jovem sem saber ao certo o porque. Não sentiu um cosmo diferente se manifestar, num milésimo de segundo.
Foi quando sentiu algo lhe atingir pelas costas na direção do coração. Foi uma dor aguda, como se tivesse sido atingido pela Antáres do Escorpião. Viu o mar girar diante de seus olhos antes de cair desacordado na areia.
O
OO
OOO
OOOO
OOO
OO
O
Yuuri resolvera ir até o cabo, alem de ser um lugar calmo era também solitário. Ótimo quando se necessitava pensar com calma.
--Lembrança—
-Não tem problema usar a mascara por cima das bandagens? – o jovem de cabelo prateado perguntou para a amazona que arrumava alguns mapas na biblioteca do observatório.
-Fazer o que? Esse é o dogma, a tradição diz que toda mulher que se juntar aos cavaleiros deve abandonar completamente a feminilidade, escondendo o rosto; ela explicou fazendo uma pausa. – Sabe qual é o outro dogma? – Yuuri perguntou num tom quase maroto, antes de colocar-se de pé em posição de ataque, ensaiando aplicar um golpe na garganta de Mei. – Para uma amazona ficar com o rosto exposto é mais humilhante do que ficar nua em publico, se alguém vir seu rosto a amazona tem de matar essa pessoa.
-Essa regra eu conheço; Mei (1) sorriu. – Então você matou os médicos, como é que eles operaram sua cabeça sem olhar? – ele perguntou debochado.
-Os médicos são outra história.
-Hei! Não tinha uma outra alternativa? Como amar aquele que vir seu rosto? – ele perguntou fazendo-se de inocente, embora os intensos olhos azuis tivessem um brilho diferente.
-Você esta tirando sarro de mim; Yuuri suspirou. – Que imprudente. Acha que eu não seria capaz de mata-lo? – Yuuri falou com um sorriso vitorioso por baixo da mascara.
-Você não tem motivo! Infelizmente não vi seu rosto, ou melhor, eu não me lembro. Minhas lembranças ainda estão confusas por causa do poder de Tiffon. Lembro-me que quebrei a mascara... Mas não me lembro dos detalhes; ele falou com um tom decepcionado na voz.
-Que amnésia mais conveniente; Yuuri disse saindo da posição de ataque a contra gosto. – Se for para amar um homem irresponsável, prefiro acreditar que não viu mesmo meu rosto... Aonde já se vou um desleixado como você ser ordenado cavaleiro. As estrelas devem estar protestando. Que tipo de aprendizado você teve com seu mestre?
-Ah! Vários tipos; ele respondeu piscando. – Aprendizados da vida.
--fim da lembrança—
-"Mesmo com as coisas difíceis ele não perdia o bom humor, eu me pergunto se ele já não sabia o que aconteceria no fim?"; Yuuri pensou deixando que um brilho triste nublasse seus olhos por um momento, pois logo sua atenção foi atraída para outro lugar.
-Ah! Vai chover;
-Parece mesmo; ela respondeu, somente dando-se conta que não estava sozinha depois de responder.
Olhando de esguelha para a praia onde teve uma visão que a seus olhos seria divina, a imagem do cavaleiro de Câncer vestido de forma simples, embora sem perder o charme singular e ar misterioso que tanto chamava a atenção das amazonas, mas... Não dela.
Yuuri o olhou indiferente, notando o cavaleiro pouco se incomodar com a sua presença e voltar a olhar para o mar.
A quem ela queria enganar que não se sentira frustrada com aquele pouco caso, mas também não poderia admitir a si mesma que não era só aquilo que lhe perturbara.
Foi quando sentiu por um breve instante um cosmo diferente e quando voltou seus olhos para a praia pode ver o cavaleiro de câncer cair como se fosse em câmera lenta de encontro a areia da praia.
Ignorando a recém adquirida antipatia pelo canceriano, Yuuri saltou do pilar e foi correndo até a areia.
-Hei! Tudo bem, cavaleiro? – ela perguntou nervosa. Quando o viu cair por completo na areia e não se levantar ela se aproximou, virando-o de bruço e colocando a cabeça dele apoiada em seu colo.
Yuuri olhou para todos os lados procurando o que poderia tê-lo atingido, mas não avistou nada. E o cosmo estranho que sentira a pouco também desaparecera.
-Por Zeus, o que eu vou fazer agora com ele desmaiado? – ela se perguntou desesperada.
Pensando em se certificar que ele estava respirando, ela inclinou um pouco a cabeça para baixo se aproximando do nariz do cavaleiro, mas assim que o fez, o mesmo abriu os olhos num misto de confusão e curiosidade.
-Quer me matar do coração idiota? – Yuuri quase gritou devido ao susto, colocando instintivamente a mão no coração.
-Desculpe-me, não foi a intenção; Mascara da Morte disse, se levantando e sentando na areia, massageando a cabeça que batera no chão quando a amazona pulara de susto e o derrubara.
-Uh! Você bateu a cabeça quando caiu por acaso? – Yuuri perguntou confusa, olhando pra ele.
-Como?
-"Será que ele esta com febre, por isso ta agindo assim, deve ser delírio"; ela pensou enquanto se inclinava pra frente se aproximando do cavaleiro, tocando lhe a testa com uma mão, enquanto a outra servia de apoio na areia. – Não! Não esta; ela respondeu a si mesma.
-O que quer dizer? – ele perguntou segurando lhe a mão, impedindo-a de se afastar.
Os intensos orbes anis brilhavam de forma diferente, como se fossem capazes de hipnotizar aquele que olhasse por muito tempo.
-Alguém já lhe disse que tem belos olhos, Srta? – ele perguntou serenamente, numa constante aproximação.
-N-não! – Yuuri respondeu gaguejando. Algo dentro de si mandava-a sair dali e outra a impedia de mover-se.
-Melhor assim, não gosto de repetir clichês; ele respondeu sério, embora seus olhos tivessem um brilho divertido.
Foi quando um estalo na mente de Yuuri a despertou, fazendo-a piscar, voltando os olhos ao foco normal e puxando sua mão.
-Her! Você parece melhor. Eu tenho que ir; ela disse com a voz corrida, se levantando, sob o olhar atônito do cavaleiro.
-Qual é o seu nome? – ele perguntou segurando lhe o pulso, impedindo-a de correr.
-Y-yuuri!
-Foi um prazer conhece-la, Srta! – ele disse com um sorriso charmoso beijando lhe a mão respeitosamente.
Assim que se viu solta. Yuuri saiu em disparada, como se estivesse fugindo de alguém. Não! O cavaleiro não a estava seguindo. De certa forma ela fugia. Tentava fugir do que parecia estar começando a sentir e que lhe assustava.
-"O que esta acontecendo?"; ela se perguntou, fazendo um tremendo esforço para não olhar para trás.
A tempestade se iniciava, fazendo com que os treinos cessassem em todo o santuário. Mascara da Morte ainda permaneceu um tempo vendo-a se distanciar. Alguma coisa estava diferente, ele sabia que não era dado a agir daquela forma... Delicada. Sempre teve fama de cruel e lutou para manter isso. Mas agora... Simplesmente não se via agindo dessa forma com ela.
Não havia duvidas que a amazona de orbes verdes estava confusa. Talvez não mais do que ele, por não saber de fato o que o levaria a desmaiar daquela forma. A única preocupação no momento era que isso não chegasse ao ouvido dos outros. Sendo assim resolveu voltar para câncer.
Não muito longe dali...
-Acho que deveria ter usado uma flecha mais fraca; Eros falou pra si mesmo. – Esse não parece ser o tipo de cavaleiro meladinho; ele falou torcendo o nariz em reprovação. – Mas vamos ver o que acontece e pedir a Zeus que a mana não descubra, pois se não terei sérios problemas; ele falou deixando uma gotinha escorrer da testa.
Continua...
Nota:
(1): Mei, cavaleiro de bronze de Coma Berenices. Aparece em Gigantomaqui a História de Mei e a História de Sangue. Ele era o aprendiz de Mascara da Morte, mandado ao Etna para treinar, mas acabou sendo possuído pelo espírito do titã Tiffon.
