Essa história é o resultado de um surto de inspiração após reler Phantom de Susan Kay. Eu não pretendo me estender muito com essa fanfiction, por isso se você é um leitor de Violinos não se apavore que eu não vou abandonar a história. A Sami tem um lugar especial no meu coração.
Essa história se baseia no primeiro capitulo do livro Phantom de Susan Kay e se passa durante a infância de Erik. E também é a minha primeira experiência com a primeira pessoa, por isso não hesite em me mandar criticas tantos nos reviews quanto nas PM eu estou sempre aberta a conversas.
Boa Leitura.
Eu nunca fui uma pessoa muito espiritual. O conceito de destino nunca me interessou muito e por isso eu nunca poderia acreditar que os últimos eventos que aconteceram na minha vida poderiam estar apenas me levando em direção à coisa mais encantadora que me aconteceu.
Era a primavera de 1837. Eu e meu marido havíamos acabado de nos mudar do nosso pequeno apartamento em Paris para uma bela e espaçosa casa em um vilarejo na Normandia. Eu confesso que não estava muito animada com a ideia de sair da cidade grande onde eu cresci. Eu temia acabar morrendo de tédio presa em um lugar onde nada acontece. Eu sentiria falta das minhas amigas e dos nossos chás da tarde.
Mas Julien, meu marido, queria paz para trabalhar em seu próximo livro. Ele tinha se formado na escola de medicina a mando do seu pai, mas sua paixão sempre foi escrever. Ela era um escritor com uma fama já bem constituída. Seus romances de mistério tinham recentemente caído no gosto da sociedade parisiense. E essa fama lhe rendeu alguns incômodos. Julien sempre foi um homem reservado e solitário. Ele veio de uma família extremamente rica e influente o que facilitou muitas coisas em sua carreira, mas o seu status por ser um De Lavigne combinado com a crescente massa de leitores de suas obras o fez temer o simples ato de sair de casa. Desesperado pelo iminente perigo de não conseguir concluir suas obras no prazo estipulado pelo seu editor, Julien me convenceu a viver por algum tempo em uma velha casa que ele herdou de seu tio.
Admito que a princípio a casa me encantou. Ela era antiga, mas bem conservada. O jardim parecia ter sido negligenciado nos últimos anos, as ervas daninhas haviam tomado conta do gramado. Eu fiquei feliz com a perspectiva de ter o que fazer durante meus primeiros meses aqui. A jardinagem sempre foi um dos meus hobbies preferidos. Desde criança eu gostava de cuidar e manter as flores que cresciam em frente à casa dos meus pais. Meu trabalho era tão bom que meu pai nunca precisou ir atrás de um jardineiro para auxilia-lo.
E foi em um dia trabalhando no jardim da minha nova casa que aconteceu algo que naquela época eu jamais teria imaginado o quanto foi decisivo na minha vida. Foi naquele dia que tudo começou.
Era um dia ameno e levemente ensolarado. Julien tinha atravessado a madrugada teclando furiosamente em sua máquina de escrever e por isso ele estava dormindo até mais tarde. Eu estava plantando pequenas mudas de roseiras no quintal quando um pequeno tumulto chamou a minha atenção.
Alguns garotos que deveriam ter por volta de uns doze anos estavam correndo em direção à casa vizinha com as mãos carregadas de pedras. A casa mais próxima a minha estava a cerca de 40 metros de distância. Eu não soube muita coisa sobre quem morava lá. Quando a noticia da minha mudança se espalhou pelo povoado de St. Martin de Boscherville, minha casa se tornou o principal ponto de encontro de todas as esposas do vilarejo. O que me alegrou bastante, mas que quase levou Julien ao ponto de enlouquecer. Todos fizeram questão de nos dar as boas-vindas, mas a família misteriosa que vivia na casa próxima nunca participou dessas visitas. Eu cheguei a perguntar algo para uma jovem simpática que me trouxe um estoque de doces para uma vida, mas ela desviou o assunto rapidamente e isso encerrou o assunto. Eu imaginei que talvez fossem pessoas como Julien que preferem o isolamento e por isso tornam a distância algo sagrado. Por isso eu nunca me animei a visita-los.
Mas hoje algo apertou no meu peito e eu tive uma intuição de que algo muito grave estava para acontecer com esses meus vizinhos misteriosos. Quando dei por mim, eu estava correndo em direção a casa sem me importar muito com o meu cabelo bagunçado e meu avental sujo de terra.
Quando eu cheguei, havia três garotos gritando coisas ininteligíveis na frente da casa. Eu gritei para eles quando a primeira pedra voou em direção a casa quebrando uma das janelas do andar térreo. Nenhum deles me deu atenção. Após a janela ser quebrada, uma janela do andar superior se abriu revelando uma mulher magra que gritava em resposta aos garotos.
"Parem com isso! Deixem-nos em paz!"
Um dos garotos respondeu:
"Madame, o monstro! Deixe-nos ver o monstro!"
Outro garoto jogou mais uma pedra que voou certeira e acertou a mulher na cabeça. Eu gritei de susto quando a vi cair para trás.
"Saiam daqui suas pestes!" Eu gritei no alto da minha coragem. Eu não conhecia nem tinha autoridade sobre eles, mas meu medo do que poderia acontecer a pobre mulher me fez perder toda a compostura.
Os garotos pararam, mas quando viram a minha aparência tremula e desgrenhada, passaram a me ignorar.
Quando eu fiz menção de tentar uma nova investida, um homem apareceu gritando:
"Já chega!" berrou a voz de Padre Mansart há uma pequena distância na rua. "Seus demoniozinhos! Eu prometo que essa arruaça lhes garantirá penitências o suficiente para mantê-los de joelhos por um mês! Sim... Eu sei seus nomes... De cada um de vocês! Saiam agora, eu digo!"
"Padre! Rápido, por favor!" Eu disse tomando sua mão nas minhas. "A pobre moça foi atingida por uma das pedras. Veja se ela está bem, eu vou buscar o meu marido. Ele é um médico e pode ajudar."
Eu ignorei completamente a expressão do padre perante a minha atitude. Eu tinha o terrível hábito de tomar a frente em qualquer coisa o me fazia parecer um militar dando ordens aos seus subordinados. Mas a sensação de medo me impediu de voltar e pedir desculpas pelos meus modos. Ao invés disso eu corri de volta para a minha casa gritando por Julien aos plenos pulmões.
Sua figura alta e loura apareceu na sala de estar. O pobre homem estava com tinta preta manchando sua camisa branca e o seu nariz longo. Se a situação não fosse tão grave eu teria rido.
"Sophie? O que aconteceu? Você está ferida?" Disse ele em um frenesi de preocupação tão típico dele. Eu me senti culpada por deixa-lo nesse estado.
"Eu estou bem, Julien. Mas preciso de sua ajuda. Uns garotos jogaram pedras na casa vizinha e acertaram uma jovem. Ela se feriu na cabeça. Vamos!"
Eu agarrei o seu braço e fiquei feliz por ele se deixar conduzir. Nós atravessamos o gramado e corremos pela rua em direção à casa vizinha.
Nós batemos na porta. Levou algum tempo até eu ouvir o som de passos provavelmente descendo uma escada. Fomos recebidos por Padre Mansart que sorriu ao ver que eu tinha trazido meu marido.
"Oh! Dr. De Lavigne, por favor, venha aqui. Madeleine tem um corte horrível na cabeça e eu temo que seja mais grave do que parece."
Julien de um aceno de entendimento e seguiu o padre até o pé da escadaria quando um movimento chamou a nossa atenção.
Um menino que deveria ter seus oito anos apareceu timidamente na porta que levava para os cômodos mais internos da casa. Não havia como dizer quem estava mais surpreso. O garoto ao ver dois intrusos em sua casa, uma mulher desgrenhada com as roupas sujas de terra ou o homem alto com tinta no rosto. Ou nós ao ver uma criança extremamente magra que usava uma horrível máscara de couro branco que cobria todo o seu rosto exceto parte do lábio inferior e o queixo.
"Erik, meu jovem." Disse o padre Mansart se dirigindo ao garoto. "Esses são Monsieur e Madame De Lavigne."
Como o menino não respondeu, eu dei alguns passos em sua direção e sorri carinhosamente para ele. Eu tinha um fraco terrível para crianças e a estranheza dessa não fez diminuir o estranho afeto que me vinha automaticamente ao ver um menino da sua idade.
"Vamos?" Perguntou o Padre para Julien, ignorando o garoto. Julien sorriu para mim e fez um aceno respeitoso para Erik antes de seguir o padre pelas escadas.
Eu caminhei até o garoto que mesmo com a estranha máscara parecia estar extremamente temeroso.
"Quem é ele?" Perguntou Erik repentinamente.
Eu sorri ao descobrir que a criança não era muda. Ele tinha uma voz melodiosa, mas ainda tinha o timbre assexuado comum às crianças de sua idade.
"Ele se chama Julien. Ele é meu marido e é um médico. Eu o chamei para cuidar de sua mãe." Eu disse me abaixando na altura dele. "E você? Está tudo bem com você?"
O menino fez que sim com a cabeça. Eu não podia deixar de imaginar o quão assustada essa pobre criança poderia estar depois de um episódio horrível como esse. Eu não entendi o motivo do ataque a uma casa onde só havia uma mulher e uma criança.
"Maman não me deixou vê-la. Ela se escondeu no quarto e ficou chorando." Disse o menino parecendo apreensivo. "Os meninos a machucaram. Havia sangue no rosto dela."
Em acesso de ternura eu abracei a criança para conforta-la. O garoto enrijeceu imediatamente e não respondeu ao abraço. Eu o segurei por alguns segundo antes de ele falar.
"Maman vai morrer?" Perguntou ele.
Oh meu Deus! A pobre criança parecia tão assustada que eu o apertei ainda mais contra meu corpo. Eu senti seu corpo tremer levemente e eu só podia pensar que era por causa de soluços tentando ser contidos.
"Oh! Querido não se preocupe." Eu disse em um tom de voz calmo para tranquilizar a criança. "Sua mãe vai ficar bem. Tudo que ela vai precisar é de um curativo e um pouco de repouso. Julien é um bom médico ele vai cuidar bem dela."
Erik se afastou de mim. Eu pude ver que seus olhos por trás da máscara eram de um tom bonito e exótico de dourado. Seus olhos pareciam ter um brilho de desconfiança enquanto ele estudou meu rosto. Eu imagino que ele estava procurando algum sinal de falsidade por trás das minhas palavras.
"Por que você e seu marido estão nos ajudando?" Perguntou Erik.
Eu ponderei um pouco sobre a resposta. Não era natural que um garoto fosse capaz de tamanha desconfiança. Erik não aparentava ter a confiança cega que vem da inocência típica da sua idade. Mas ao me lembrar do que aconteceu a cerca de uma hora atrás, eu soube que havia muitas coisas para descobrir ainda.
"Seria cruel deixar sua mãe ferida sem ajuda. Não fizemos mais do que o nosso dever como bons cristãos."
O menino me olhou com curiosidade. Eu me levantei e perguntei.
"Acho que vou preparar um chá. Você pode me mostrar onde estão as coisas na cozinha?"
Erik concordou e me puxou pela manga do meu vestido até a cozinha.
Eu preparei o chá em um silêncio que só era quebrado com as minhas perguntas sobre a localização dos utensílios da cozinha. Quando estava pronto eu servi duas xícaras e coloquei uma na sua frente.
"Onde está o seu pai?" Eu perguntei para acabar com o silêncio.
"Morto." Respondeu ele sem nenhuma emoção.
"Eu sinto muito."
Erik deu de ombros. Ele bebericou o chá e não disse nada por um bom tempo. Eu estava me sentindo um pouco desconfortável com o silêncio dele, ele provavelmente era uma criança tímida demais para iniciar uma conversa. Eu não tive coragem de perguntar sobre a máscara. Talvez eu fosse falar com a mãe dele mais tarde.
Ele estava batendo com a colher de chá no pires. Não era um gesto notável se não fosse pela melodia que eu reconheci vagamente. Eu sorri instintivamente e sem perceber. Erik parou de bater e me olhou com curiosidade.
"Você gosta de música?" Perguntou ele ao ver a expressão no meu rosto.
Eu ri um pouco antes de responder.
"Eu costumo gostar, mas nunca vi ninguém fazer o som de uma colher batendo em uma louça parecer bonito."
Erik olhou para mim com uma expressão levemente surpresa. Provavelmente ele não esperava uma resposta como a minha.
"Maman não gosta quando eu faço isso." Sussurrou ele. "Mas eu não consigo deixar de fazer. A Música não sai da minha cabeça."
"Que música?" Eu perguntei estranhando o rumo da nossa conversa.
Erik sorriu abertamente pela primeira vez. Eu senti meu coração aquecer com essa visão. Ele tinha um dos dentes incisivos faltando, provavelmente por causa da troca de dentição. Isso me fez lembrar o quão jovem ele era. Seus modos e o jeito claro e sem hesitação que ele falava me fez esquecer a sua idade. Ele parecia mais como um adulto em miniatura com voz de criança.
"Existe música em tudo que está ao nosso redor." Disse ele misteriosamente. "Tudo que você deve fazer é escutar."
Eu sorri novamente para ele. Erik não era uma criança comum. Ele era extraordinário. De algum modo o seu jeito de falar e pensar lembrou Julien. Ele também tinha esse jeito particular de ver o mundo que ainda era um mistério para mim. Eu já tinha conformado com o fato de que eu nunca iria conseguir desvendar os abismos da imaginação infindável do meu marido. Tudo o que me restava era me juntar com o resto dos mortais e louvar a sua mente brilhante.
Erik estava se mostrando tão especial quanto ele. E eu estava mais do que disposta a sentar e admirar a sua inteligência.
"Madame De Lavigne..." Começou ele.
"Pode me chamar de Sophie, querido." Eu respondi.
"Sophie." Tentou ele. Eu sorri em resposta.
"Sim."
"Você gostaria de ouvir uma música?" Perguntou ele hesitantemente como se esperasse pela minha recusa.
"Eu adoraria." Respondi suavemente.
Erik me presenteou com mais um de seus sorrisos e me levou pela mão até a sala de estar e me fez sentar em uma poltrona. Ele por sua vez caminhou até o piano e se sentou na banqueta. Ele ficou parado em silêncio por alguns momentos antes de colocar as suas mãos sobre o teclado.
Naquele momento o mundo desapareceu. Em toda a minha vida eu nunca tinha ouvido algo tão perfeito e extraordinário. Na verdade eu creio que meu vocabulário não tem nenhuma palavra boa o suficiente para descrever a sensação que eu tive enquanto fiquei mergulhada em êxtase no mundo de som que Erik me apresentou ao tocar o piano.
Eu senti algo se transformando dentro de mim. Eu já havia ido a inúmeros concertos antes, mas nenhum artista foi capaz de produzir algo tão maravilhoso. Parece exagero dizer algo assim sobre o trabalho de uma criança, mas Mozart que me perdoe, ele encontrou um rival à altura.
Quando a música acabou eu senti algo ser tirado violentamente de dentro de mim. Meu coração murchou um pouco. Erik ainda estava sentado no banco me observando com ansiedade. Ele estava esperando uma resposta minha.
"Eu estou sem palavras, Erik." Eu disse em um tom de profunda admiração. "Isso foi positivamente a música mais linda que eu já ouvi. Quem a compôs?"
"Eu a escrevi há alguns meses atrás." Respondeu ele em um tom de orgulho infantil que me fez olhar para ele em total assombração.
Eu já tinha notado o quão inteligente e encantador aquele garoto era, mas isso era algo que a minha mente levou mais tempo para absorver. Eu estava totalmente perplexa. Erik não só podia tocar com uma perfeição que derrubaria muitos músicos como também era capaz que compreender a teoria musical bem o suficiente para criar a suas próprias composições. Composições que fariam inveja a qualquer compositor que eu conheço. Ele tinha uma identidade musical que se destacava perante as outras composições. E tudo isso eu notei ouvindo uma única peça.
"Você pode compor? Isso é incrível, Erik." Eu disse ainda em um tom de total adoração.
O seu sorriso orgulhoso só se ampliou. Esse garoto sabia o quão bom ele era. E ele parecia bem feliz em ver o meu assombro. Modéstia não era uma de suas características.
Ele continuou tocando para mim até que o som de passos na escada nos tirou do nosso momento de êxtase musical.
"Maman!" Exclamou Erik se levantando da banqueta e indo em direção a sua mãe, parecendo muito preocupado e até assustado. "Você está bem?"
Eu também me levantei sorrindo para a jovem mulher. Madeleine era extremamente bonita. Ela tinha um pequeno curativo na testa, mas, além disso, ela parecia estar bem e saudável.
Meu sorriso se desfez lentamente ao ver a expressão que ela olhava para Erik. Eu fiquei muito assustada. Ela olhava para a criança com algo que parecia muito com ódio. Eu me esforcei para caminhar civilizadamente até ela e me apresentar, apesar dos seus modos hostis.
"Muito prazer, eu sou a esposa do Dr. De Lavigne, Sophie De Lavigne."
A mulher me estudou por alguns momentos antes de responder.
"É um prazer conhecê-la. Chamo-me Madeleine Levievre." Respondeu ela de um modo duro, mas educado.
Eu sorri por educação. Algo naquela mulher me deixou extremamente incomodada. Eu poderia afirmar que nós não poderíamos ser boas amigas.
Julien veio atrás de mim e segurou minha mão. Eu a apertei em resposta e sorri com o contato.
"Madame teve muita sorte." Disse Julien nos seus modos profissionais. "Eu só recomendo que não durma durante as próximas duas horas. E que me avise caso sinta algo diferente como tonturas ou dores de cabeça."
"Muito obrigada." Respondeu Madeleine. "Quanto custou os seus serviços?"
"Você é bem vinda." Respondeu Julien. "Vamos deixar isso como um favor entre vizinhos, me procure se precisar."
Eu sorri para Julien. O homem era tão fechado, mas tinha um coração generoso que às vezes o arrancava de seu casulo. Mas assim mesmo eu fui incapaz de conter uma leve chama de ciúmes que foi despertada pelo modo que Madeleine olhou para o meu marido. Julien era um homem extremamente bonito e não era novidade que mesmo estando casado ele ainda atraia olhares das mulheres a sua volta. Eu não era uma mulher ciumenta, eu confiava na fidelidade e no amor dele. Mas era impossível não reagir todas as vezes.
Erik se mexeu atrás de mim e eu olhei para ele com um sorriso.
"Seu filho é uma criança encantadora, madame Levievre. E um ótimo anfitrião." Eu disse para Madeleine.
A mulher não sorriu e nem me respondeu. Ela olhou para Erik sem nenhuma espécie de carinho. Eu senti meu sangue gelar com o modo que ela olhava para aquela criança. Ela não parecia ser a mãe dele. E por um momento eu me preguntei se ela realmente era.
"Vá para o seu quarto." Disse Madeleine friamente se voltando para Erik.
O menino não discutiu, mas parecia bem óbvio que ele fizera isso com muita relutância. Antes de subir as escadas ele olhou para trás e seus olhos de ouro se cruzaram com os meus. O olhar que eu vi nos olhos daquele menino fez meu coração se partir em inúmeros pedaços. Eu me senti tão mal que tive que lutar contra meus instintos de correr até ele e abraça-lo. Eu vi o pedido silencioso por trás daqueles olhos.
Não me deixe aqui sozinho.
E foi naquele exato momento que eu fiz a promessa que selaria o destino de todos naquela sala.
Então o que acharam? Amaram? Odiaram? Por favor não deixem de mandar um review. Isso é muito importante para quem escreve.
