Battousai ou Kenshin?
Notas da autora:
Oi gentem! Meu codinome é Rafa Himura e estou começando meu primeiro fic, espero que gostem! Algumas explicações antes de começarmos a ler, bom, neste capítulo aparece o nome do pai de Kaoru como Nobuiro Kamiya, o nome dele não é esse, na realidade eu nem sei o nome dele por isso, eu inventei!
Outra coisa, a história é depois de 2 anos que Kenshin mora com Kaoru no dojo dela, Sano e Yahiko também estão lá, só Megumi que aparece lá de vez em quando... Por enquanto é só isso que precisam saber, boa leitura!
Obs: Os personagens de Rurouni Kenshin não são meus, isto é apenas uma homenagem que ofereço ao autor deles e aos leitores e fãs do anime e mangá. Mas, a história é de minha autoria.
Resumo da história: Você tem controle de seus sentimentos? O que fazer quando seus sentimentos mais adormecidos vem á tona quando não está preparado para isso? E se tudo em que você acredita vai por água á baixo? E se você não te mais controle sobre sua vida?
*^-^*= Música traduzida.
() = Opinião da Autora.
"" = Falas dos personagens.
'' = Pensamentos dos personagens.
Capítulo 1: Sensações.
Já se passaram dois anos desde que Kenshin está assumindo uma vida praticamente normal. Cansado de um dia ter sido um andarilho, sem lugar para ir, agora encontrara finalmente um lar para se refugiar de tantas lembranças ruins do passado. Que ás vezes insistiam em remoê-lo novamente, como hoje...
Kenshin - "Outra vez esse sonho! Da última vez que tive esses sonhos repentinos, foi antes de lutar com Hajime Saito, será que serão predições?".
Kenshin não consegue dormir, realmente fica nervoso ao ter esses sonhos da época em que ele era um hitokiri. Battousai, era um passado que ele jamais poderia se desvencilhar, por mais que se sentisse tranqüilo com a companhia de tantos amigos que encontrou no dojo Kamiya.
Então ele se levanta e anda pela casa até chegar á porta de um quarto, um lugar que ele bem conhecia... Ele abriu a porta devagar e com muito cuidado se sentou ao lado dela, Kaoru. A garota decidida e forte que um dia conheceu, como se lembra daquele dia... Não imaginava que depois de ter conhecido ela de um modo tão diferente, iria viver no mesmo lugar e vê-la todos os dias.
Ela se vira um pouco ainda com olhos fechados, talvez para encontrar uma posição melhor para dormir e seus cabelos negros como a noite, reluzem quando as luzes da lua se refletem neles. É um momento único para aquele que um dia fora um andarilho, nunca havia percebido tamanha beleza numa expressão tão singela.
Seus olhos violetas não paravam de admirar a beleza incomparável da cena, ela parecia tão serena, não estando apar de tudo o que se passava ao seu redor. Será isso o amor? Ele não sabia, mas, estava mais tranqüilo após ver Kaoru e decidiu voltar a cama e dormir.
No dia seguinte, Kenshin começou a preparar o café da manhã. Os raios de sol começam lentamente a surgir no imenso céu azul, o que faz Kaoru levantar-se da cama.
Kaoru - "Bom dia, Kenshin!".
Kenshin - "Bom dia, senhorita Kaoru!".
Kaoru - "Yahiko já se levantou?".
Kenshin - "Este servo acha que não, não ouvi nenhum barulho...".
Kaoru - "Depois ele diz que eu é que sou preguiçosa! Onde já se viu!".
Kenshin fica olhando Kaoru e dá um leve sorriso, ela envergonhada tenta manter a pose de 'mulher forte' e por fim, fica calada.
Kenshin - "Senhorita Kaoru?".
Kaoru - "Sim".
Kenshin - "Hoje a senhorita vai dar aula em algum dojo?".
Kaoru - "Aí meu Deus! Agora que você me falou tinha esquecido que tinha começar a aula daqui a trinta minutos num dojo do Senhor Takasugi, eu tenho que ir. Tchau, Kenshin!".
Kenshin - "Espere, senhorita Kaoru! Você ainda não tomou o café da manhã!".
Quando foi atrás dela, ela já estava longe e provavelmente não ouviu o que Kenshin acabara de dizer, logo veio Yahiko meio sonolento ao seu encontro.
Yahiko - "Eí Kenshin, o que houve? Que gritaria é essa?".
Kenshin - "A senhorita Kaoru saiu sem comer e...".
Yahiko - "Ah Kenshin, e você se preocupa com isso? Aquela bruxa não morre tão cedo e de fome muito menos... Agora, me fala o que tem pra comer que eu estou azul de fome!" e saiu puxando Kenshin pelo braço, á força.
Depois de muito correr, Kaoru finalmente chega ao dojo.
Tagasugi - "Olá senhorita Kaoru! Pensava que não viria mais!".
Kaoru - "Esqueci da hora, desculpe senhor Tagasugi...".
Tagasugi - "Não, não tem problema! Meus alunos estão esperando aquela aula 'especial' para eles".
Kaoru - "Ah, eles não perdem por esperar!".
A aula tem início, os garotos ficam impressionados com a desenvoltura de Kaoru, que apezar de ser mulher, mostra muitas habilidades com algumas técnicas com a 'espada de bambu'.
Tagasuki - "A aula foi ótima, senhorita Kaoru! Vou chamá-la muitas vezes mais!".
Kaoru - "Fico muito feliz em saber isso, senhor Tagasuki!".
Tagasuki - "Tome aqui o dinheiro! E mais uma vez, obrigado!".
Kaoru - "Sou eu que agradeço!".
Kaoru saí do dojo a caminho de casa e não percebe que alguém estava á sua espreita, vigiando tudo o que ela havia feito.
Yamamoto - "Então, quer dizer que essa é a protegida de battousai?".
Takashi - "Parece que sim senhor Yamamoto. Fizemos alguma pesquisa e descobrimos que ele está morando no dojo com ela e mais duas pessoas, que parecem ser uma criança e um lutador de rua...".
Yamamoto - "Bom, não imaginava que ele tinha pontos fracos mas, isso é ótimo para os meus planos... Descubra tudo o que puder, não quero e nem admito erros dessa vez, entendeu?".
Takashi - "Sim, senhor!".
Um garoto de estatura média saiu de seu esconderijo e desapareceu nas trevas da noite que começava a se aproximar. O homem que estava ao seu lado apenas sorria maquiavelicamente, ao observar a bela menina vestida para praticar kendô, andando distraída pelas ruas de Tóquio.
Yamamoto - "Você não perde por esperar, Battousai Himura!".
Kaoru olha para trás meio receosa, tinha quase a plena certeza de estar sendo observada, mas, ao virar-se não se deparou com ninguém. Odiava o sentimento da dúvida, por isso, começou a andar mais atenta pelas ruas. Todos o conheciam pela cidade, afinal não era popular em época, uma garota de apenas 20 anos dar aulas de kendô mas, logo depois de morte do pai, Nobuiro Kamiya, ela se sentiu responsável em passar a técnica de sua família adiante.
Finalmente chegou ao dojo, ela se sentiu confusa com as várias perguntas que Sanosuke, Yahiko e Megumi faziam por quererem saber onde estava até aquela hora, ela explicou dizendo que se atrasou explicando alguns golpes aos aprendizes um pouco mais inexperientes.
Yahiko - "Se eu fosse lá teria ganhado de todos eles!".
Sanosuke - "Até parece que esse garotinho ia dar conta do recado!".
Yahiko - "Repete isso para você ver, Sanosuke!".
Megumi - "Parem de brigar vocês dois! Kaoru, você está bem?".
Kaoru - "O quê?".
Kenshin - "Senhorita Kaoru, está pálida, o que houve? Aconteceu alguma coisa coma senhorita na volta para casa?" (É incrível como Kenshin é esperto! Por isso, eu o amo tanto, lindo!).
Kaoru - "Estou bem, Kenshin... Só estou com fome, não comi nada hoje...".
Megumi – "Como não comeu nada hoje, Kaoru?! Está louca!"
Kenshin – "Isso mesmo, senhorita Kaoru! Não pode se descuidar dessa maneira, pode ficar doente... Vou te dar o que comer agora, espere aqui...".
Kenshin saiu da sala e foi até a cozinha preparar as coisas para um jantar na sala com todos, Sanosuke e Yahiko foram ajudá-lo a levar tudo para a sala. Um senso de urgência do hitokiri adormecido despertou, olhando para os lados procurou algum vulto mas, não viu nada, apenas sentiu a presença por uns instantes e se foi (Isso é verdade, Kenshin pode sentir presenças, e não é das cartas clow e muito menos da jóia de quatro almas. No capítulo em que lutou com o Sano pela primeira vez, ele sentiu o espírito de luta dele antes de ele chamá-lo na frente da casa de Kaoru. Mais uma vez, um viva para o Kenshin!).
Sanosuke – "Kenshin, o que houve?".
Kenshin – "Nada, este servo só estava pensando por que a senhorita Kaoru não comeu nada hoje...".
Sanosuke – "Se estiver me escondendo alguma coisa de mim Kenshin, eu te quebro!" (Esse cara é muito pretensioso, onde já se viu? Bater no MEU Kenshin?! Só pode estar louco!)
Kenshin nada respondeu, apenas ficou quieto olhando para o nada, Sanosuke realmente não gostava quando Kenshin ficava calado demais, isso indicava sempre que algo estava para ocorrer.
Vulto1 – "Battousai ficou desconfiado... Será que nos descobriu?".
Vulto2 – "Não, senão teria vindo atrás de nós... Vamos relatar ao chefe".
Vulto1 – "Sim".
Dois vultos saíam na escuridão que envolvia á noite, percebendo que tinham cumprido o seu trabalho, vigiar quem morava naquele dojo. Kenshin, Sanosuke e Yahiko levaram todas as coisas para a sala a fim de comerem, conversaram animadamente entre eles, apenas Kenshin de vez em quando estava meio alheio aos assuntos.
Kaoru – "Kenshin você está me escutando?!"
Kenshin – "Oro? Claro que sim, senhorita Kaoru!".
Kaoru – "Então, o que eu falei?".
Kenshin pensou 'teria que dar uma resposta convincente á ela', já que não estava ouvindo o que diziam, resolveu mudar de assunto.
Kenshin – "Estão sabendo do festival do dia de tanabata?" (Realmente, o Kenshin não existe! Só ele para dar uma desculpa dessas! Quem viu o anime sabe o que é esse dia mas, para quem não viu, é parecido com o dia dos namorados aqui no Brasil.)
Todos olharam perplexos para Kenshin, eles se assustaram ao ver que ele tinha avisado sobre o festival, todos sabiam que o rurouni não era de interessar em festas. Vendo que o seu plano não dera muito certo, resolveu apenas continuar com a conversa.
Kenshin – "Foi a senhorita Otai, quem me contou".(Para quem não sabe, Otai é uma das amigas de Kaoru, esse personagem não aparece no mangá, apenas no anime.).
Megumi – "Agora entendo por que você ficou sabendo... Por que não vamos juntos, Kenshinzinho?!" (Tava demorando muito para Megumi colocar as orelhinhas de raposa para fora!)
Kenshin – "Eu não sei, senhorita Megumi...".
Kaoru – "Pára de ser oferecida, Megumi! Você está na minha casa!" (Isso mesmo Kaoru, bota pra quebrar!)
Megumi – "Por acaso, o Kenshinzinho também é seu?!"
Kaoru – "Claro que não, Megumi! Mas..."
Megumi – "Se ele não é seu, não tem que se meter!"
Kaoru – "Ora... Sua raposa!"
Kenshin – "Olha, está ficando tarde, é melhor todos irem para a cama. Amanhã todos teremos o dia cheio."
Megumi –"Todos, menos o Sano, ele nunca faz nada!"
Sanosuke – "O quê?! Sua raposa de uma figa!"
Kaoru – "Chega! Kenshin tem razão, vamos dormir!"
Megumi – "Mas, vai pensar na minha proposta, né Kenshinzinho?!"
Kenshin – "Depois nós falamos sobre isso, senhorita Megumi... Boa noite!"
Todos se despediram e foram para os seus quartos dormir, Kaoru um pouco contrariada com a situação foi dormir chateada, enquanto os outros não demoraram á pegar no sono. Depois de muito refletir e ver que aquele ciúme todo não valia á pena, Kaoru tentou se tranqüilizar e dormir mas, a lembrança dele invadia seus pensamentos.
Ela pensava que Kenshin nunca a veria como uma mulher e sim, sempre a trataria como uma criança desprotegida. Toda vez que ia dormir, era essa tortura, estava apaixonada por ele mas, nunca teve coragem de declarar os seus sentimentos á Kenshin. Lágrimas vertem de seus olhos azuis em pensar que nunca poderia tê-lo com ela, amá-lo e ser amada por ele, era o seu maior sonho mas, ela sabia que não podia concretizá-lo.
Kaoru – "Por que as coisas tem que ser assim?! Por que?!" (Ah, tadinha da Kaoru! Ela não merece sofrer tanto... Como sou má!)
Ela acaba por dormir cansada de tanto chorar, Kenshin levantou-se mais tarde para fazer sua ronda noturna pela casa (Só o meu Kenshin para fazer uma ronda pela casa altas horas da noite. Já falei que ele é lindo?). Ele passa por todos os cômodos da casa como um gato á espreita da preza, anda nas pontas dos pés para não ser percebido pelo inimigo mas, não vê ninguém desconhecido ao redor do dojo ou dentro dele.
Então, Kenshin se esgueira pelas paredes e chega ao local aonde mais gosta de ficar quando está confuso, o quarto de Kaoru. (Safadinho, ein?) Ele chega devagar e se senta ao lado de sua cama, lá observa ela deitada, enrolada em dos lençóis. Em um momento, uma brisa passa pela janela entreaberta do quarto, nisso Kaoru se encolhe um pouco, Kenshin percebendo que ela estava sentindo frio, pegou um dos lençóis que estavam perto da cama dobrados e a cobriu com um deles.
Por um instante ela se sentiu acalentada por um imenso carinho parecia que estava recebendo um sentimento no seu coração além de sua imaginação, como queria que fosse Kenshin á estar com ela. Dormindo, ela soltou um belo sorriso, Kenshin olhava atento á cada detalhe, ela parecia um anjo, tão tranqüila... Nunca na vida se sentiu tão em paz, saber que Kaoru estava bem era tudo o que importava para ele, num impulso tocou levemente o rosto dela, estava úmido.
Eram lágrimas mas, por que estaria chorando? Essa perguntava martelava a cabeça do rurouni que não pode deixar de se preocupar, Kaoru era sua vida, seu motivo para viver e talvez, se fosse preciso, seu motivo para morrer. Pela primeira vez em sua vida, admitia isso para si próprio, não suportaria vê-la sofrer, não agüentaria ficar sem ela, o que passaram com Enishi já tinha sido doloroso demais. (Para quem não sabe, Enishi é o irmão de Tomoe, que já foi casada com o Kenshin e que tentando salvá-lo acabou sendo morta pelo próprio Kenshin. Depois de anos ele voltou e fingiu a morte de Kaoru, Kenshin ficou desesperado e se afastou de todos, em muita depressão. Tadinho do meu Kenshin!)
Depois daquele dia, Kenshin decidiu poupá-la de tantos sofrimentos e tentar esquecê-la de vez mas, seu sorriso, suas lágrimas, eram tudo o que faziam com que aquele guerreiro continuasse a sua vida, queria deixá-la mas, não conseguiu foi flagrado por ela na tentativa e ela o fez prometer que nunca mais faria isso.
Kenshin – "Kaoru... Por que faz isso comigo? Por que me fez prometer que não a deixaria? Por que?" (Por que ela te ama, seu burro! Meu Deus, como é lerdo!)
Ele continua a observá-la em seu silêncio, ela era o seu mais precioso tesouro, por ela seria capaz de tudo, matar, morrer... Não tinha dúvidas disso mas, estava disposto á não ser levado por sentimentalismos, foi assim que perdera Tomoe e quase a perdeu, não ia deixar que mais nada de ruim acontecesse, nem que para isso tivesse que abdicar de sua felicidade ao lado de Kaoru.
Resolveu sair, estava com a cabeça mais tranqüila, apezar que não gostava da idéia de sonhar sempre com os tempos em que era Battousai, isso o incomodava e muito. Sabia que não eram apenas sonhos e sim predições para algo pior ainda por vir. Ajeitou Kaoru mais confortavelmente na cama e saiu de seu quarto, pensando que teria um dia longo pela frente.
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É isso aí gente! Esse é primeiro capítulo de Battousai ou Kenshin! Gostaram? Odiaram? Me mandem e-mails, estou curiosa para saber sugestões, opiniõee ou críticas, tudo bem?
Aguardem e confiem! O próximo capítulo virá cheio de novidades, quem será o tal inimigo que vigia Kaoru e os outros e qual será o objetivo dele? Isso só no próximo capítulo, beijinhos para todos e até lá!
