Ele havia perdido seu navio, só lhe restara um caminho a seguir e um objetivo a alcançar. Mas agora mesmo com tudo em mãos ainda faltava algo. E uma jornada atrás de seu precioso Pérola poderia ser mais longa, e mais difícil do que sua cobiçada imortalidade jamais foi. Ele sabia das dificuldades, porém não temia. Afinal ele era...

– ... O Capitão Jack Sparrow, savvy?


E do outro lado do mundo na fronteira que ligava o mundo dos vivos do mundo dos mortos estava o Holandês Voador. O destino de Will não parecia tão bom quanto ele sonhava na humilde ferroaria em que viveu a vida toda. Ele não tinha mais Elizabeth, e sua vida estava ligada ao Holandês, parecia que nada o tiraria dali, só lhe restava se conformar. Mas como seu coração reagiria a uma nova esperança?


A ilha de San Sebastian era pequena, muito humilde, era povoada por pequenas vilas, recheada de comerciantes que se sustentavam com o pouco que conseguiam.

Julia caminhava por entre as ruas esburacadas da região, ela era uma moça muito bonita, tinha os cabelos castanhos, e os olhos na mesma tonalidade, não era muito alta, mas tinha uma ótima aparência, levava consigo uma cesta para seu pai, o mês havia sido bom, e ela aproveitou para comprar alguns alimentos para a família. Eram humildes, mas estavam em situação melhor que muitos por ali.

Já estava por anoitecer quando ela alcançou a porta de casa. As ruas estavam vazias, todos estavam com medo, havia boatos de pilhagens em ilhas próximas, histórias terríveis naquela região. Ela não gostava de piratas, já ouvira o suficiente para não gostar, lembrava-se da história de vida que sua amiga tinha, e estava tão apreensiva nesses dias.

Logo que entrou em casa notou uma agitação estranha. Barulhos estrondosos começaram a ser ouvidos pela jovem assustada. Seus pais estavam com expressões pavorosas, estavam apressados tentavam arrumar tudo que tinham.

– O que está acontecendo?–Perguntara atordoada.

– Julia corra, pegue o que poder e vamos fugir – Seu pai estava aflito parecia prever o pior.

Quando tentava descer as escadas ouviu o barulho da porta sendo arrombada, dois homens muito sujos surgiram, eles portavam armas e espadas, não deram a menor chance a seus pais e os mataram ali mesmo no pequeno hall. Ambos pegaram os pertences que a família Beck levava e sumiram na noite escura.

Ela correu para perto da família, mas só ouviu um suspiro de sua mãe. Não tinha mais o que fazer ali, foi embora no calar da noite, se esconder na praia.


Em outro extremo do Caribe, velejava o velho navio Karma, sua tripulação era liderada por uma jovem corajosa e misteriosa.

Lílian Hernandes viveu naquele navio desde muito nova, sua mãe morreu quando ela ainda tinha treze anos, vivia com ela em San Sebastian, nunca conhecera seu pai, segundo sua mãe ele era um pirata e jamais a tinha visto.

Tinha ótimas lembranças da infância, principalmente da família Beck, e de sua amiga Julia, tinham sido tão bons com ela quando sua mãe morreu. Mais seu destino não estava naquela ilha. Procurou seu pai durante algum tempo, mas sua busca era infundada, ela não sabia nada a respeito dele, o mais perto que chegou foi do capitão Andrei, era um amigo de sua mãe, cuidou dela levando-a consigo para o Karma, e desde então foi seu pai.

Permetiu-se lembra dele por um instante... Era um pirata rabugento, mas se tornou um pai carinhoso com o passar do tempo. Morreu cinco anos após encontra - lá, e ela assumiu seu posto desde então.

Hoje, Lílian era uma mulher corajosa, não expunha seus temores para a tripulação e passava muita confiança a todos. Era muito bonita também, tinha a pela bem clara, os cabelos longos e ruivos, olhos azuis, era alta, e seu rosto tinha traços delicados, não sabia se parecia com seu pai, mas isso não importava mais para ela, todos os traços eram herdados de sua mãe, que era Irlandesa e tinha vindo muito nova para a América.

Seu navio e sua tripulação estavam debilitados, alguns feridos, e estavam quase sem munição, não vinham de boas pilhagens e sofriam constantes ataques de outros piratas.

Ela estava debruçada sobre uma pequena mureta observando o horizonte, e mesmo diante de tantas dificuldades ela sorriu.

Algo estava para mudar, em breve... Ela pressentia isso.


Primeiro capitulo :)

Eu sei que está chato, e que quase não tem falas, mas eu tentei explicar rapidamente a origem de alguns personagens e a situação de outros. No próximo capítulo fica melhor!(Ou não hehehe)

Eu estou escrevendo essa fic com minha amiga Paula, então às vezes ela que estará aqui postando.

Estamos fazendo o possível, mas como é nossa primeira fic, pode não ficar lá essas coisas. Sintam-se a vontade para falar de erros, darem sugestões e etc. Só peguem leve, sabe... É aquela velha história, da primeira fic. :)

Ah, e aproveitando quero dar os parabéns para todas que escrevem aqui, adoro as histórias! tem muita gente aqui que escreve maravilhosamente bem. Em breve vou deixar reviews para todas!

Espero que gostem da fic

Bjus :)

Ieda