N.A/Disclaimer: Pós Harry Potter e o Príncipe Misterioso. Dumbledore morreu mas Sirius Black não. Está escrito em português de Portugal e SEM (des)acordo ortográfico. Inspirada em fics mais maduras, em alguns livros e velhas aulas de História nasceu esta fic. Harry Potter não me pertence e eu não obtenho lucros ao escrever, só um prazer imenso. REVIEWS PLEASE!
Eu sou uma rapariga paciente. Muito paciente, tão paciente que certamente a maioria das pessoas se espantaria se eu sequer desse um berro cada vez que me irrito. Porque isso também me acontece, claro. Várias vezes de facto, a questão é que eu não perco o controlo com facilidade. Não mesmo. Só que hoje a coisa deu-se, como se costuma dizer.
Para começar, o despertador não tocou, acordei por pura sorte quarenta e cinco minutos depois da hora prevista, ou seja ás oito horas da manhã quando supostamente deveria ter acordado ás sete e um quarto…é eu sei que vocês sabem fazer contas, é só para firmar bem a ocorrência. Suspirei e corri em direcção ao duche. Ninguém achou nada estranho? Não? Eu suspirei malta, nem um palavrãozinho saiu da minha imaculada boca.
Depois disso girei a torneira e ah! que maravilha, o esquentador avariou, tomei banho de água fria. Já vos disse que hoje é dia dezasseis de Novembro e que está um frio de rachar? Mais uma vez um suspirozito dá alívio á minha raiva.
Rapidamente vesti uns jeans velhos que têm um rasgão no traseiro e uma blusa de gola-alta castanha que nem engomada foi, calcei as botas castanhas á moda cavaleira e ah!que giro, as botas estão tão gastas que têm um buraquinho incomodativo que deixa pássaro frio, atirei um sobretudo verde por cima dos ombros e fiz um sprint em direcção ao meu velho Mini que até hoje nunca me deixou ficar mal.
Olhei para o relógio que marcava oito horas e quinze minutos. Bom, não era tão mau quanto isso. É uma pena que moro em Clapham, o que quer dizer que até chegar a Westminster vai demorar quarenta minutos isto se, claro, o trânsito não estiver caótico, o que eu duvido já que chove a potes. Liguei o rádio e ouvi as notícias na estação da BBC. Houveram três acidentes diferentes que resultaram em trinta mortos e vinte-e-cinco feridos graves encaminhados para os distintos hospitais de Londres. E vocês perguntam, e no que é que isso te diz respeito? E eu respondo, significa que o Director do Serviço de Urgência de um dos ditos hospitais é o meu chefe, eu estou com uma hora de atraso e o serviço está um caos, eu sou uma estagiária do primeiro ano de Medicina, não estou presente e ah! Mas que bom! , uma rica repreensão do chefe é TUDO o que me faz falta.
Claro que o pior de tudo não é a repreensão do chefe, afinal nada do que ele possa fazer me trará problemas de maior. Só que o seu desapontamento e o dos meus colegas estudantes será o pior de tudo, afinal eu descendo de dois génios da Medicina, apesar de ninguém saber explicar muito bem como e para além disso, uma aluna de um estágio hilariante inventado ninguém sabe muito bem para quê, mas apesar de tudo uma mera aluninha o que deixa uma rica impressão de mim aos meus professores.
Até agora nem me apresentei, eu sou Ariana Bouvier, tenho 19 anos, bem-vindos á minha vida. Retomando o fio á meada, o melhor é enviar uma SMS á Letty a avisar do meu atraso e rezar a todos os santinhos que o chefe tenha acordado bem-disposto.
Nesta noite, de volta a casa com a Iris enquanto ela fazia um chá para nós e eu me sentava no cadeirão da sala é que pensei no meu dia. Depois de cinquenta minutos presa no trânsito (ou devo dizer no Inferno? ), estacionei finalmente o carro, corri para o metro, demorei mais uns cinco minutos até King's Cross, corri em direcção ao hospital e ao cruzar a porta de entrada fiz figas. Por volta das seis-e-meia da tarde saí, depois de claro, ter ouvido a reprimenda do chefe e ter lançado uns quantos suspiros.
Por fim saí corada e achincalhada, cheia de frio para a noite de Londres. Resolvi andar a pé até ao carro para espairecer e recuperar um pouco do ataque de nervos que aquele dia tinha sido. Nisto recebo um telefonema.
-Estou? Daqui é a Ariana.
-Ari? É a Iris. Onde estás? – Ouvi a voz de uma amiga minha um ano mais nova, que era o mais perto que eu tinha de uma irmã. Procurei indícios de algo de errado, nervosismo ou qualquer coisa estranha. Paranóica? Não. Adiante.
-Olá! Está tudo bem? Eu estou a chegar ao carro. Passo aí?
-Sim please. Estou mais ou menos. Dez minutos?
-Ok. Prepara uma mala. Vais de fim-de-semana. – Com isto, acabou o telefonema e eu lancei-me no trânsito infernal de Londres, sem querer saber de mais nada senão da minha irmãzinha de coração.
Parei abruptamente na entrada do orfanato que eu conhecia tão bem. Fora lá que eu passara muitas horas em pequena, onde conhecera Iris. Apesar de ser órfã, eu fora educada por uma tia, irmã da minha mãe, desde que os meus pais tinham morrido quando eu era muito pequena. A minha tia Mia era uma solteirona que trabalhava como assistente social naquele orfanato e levara-me para lá muitas tardes quando não podia deixar-me aos cuidados de alguma amiga. Ela morrera no ano passado e deixara-me tudo o tinha, a pequena casa vitoriana onde vivíamos em Clapham, o seu velhinho carro, um Mini que eu usava para as deslocações nos dias mais complicados e o pouco dinheiro que eu tinha numa conta. O suficiente apenas para viver razoavelmente e completar os estudos.
Cumprimentei e corri ao dormitório onde estaria a menina que eu tanto estimava. Encontrei-a em cima da cama, deitada de lado na almofada. Os cabelos castanhos-chocolate em ondas perfeitas que caíam entre os ombros e os cotovelos , desalinhados , os olhos espantosamente azuis-esverdeados, que pareciam águas-marinhas, dela abriram-se surpresos e eu pude ver as lágrimas que deles escorriam. Acendi o candeeiro e abracei-a gentilmente. Levantei-a e suavemente disse-lhe:
-Iris, deixa-me ver-te. – Ela assentiu e pôs-se á luz. Pude ver as feições tão belas, aristocráticas, altivas e doces ao mesmo tempo dela, estavam distorcidas, o outro olho arroxeado, as marcas nos braços. Aparentemente era só isso. Mas eu sabia muito bem que havia muito, muito mais. E a razão da minha aparente sabedoria era simplesmente ser conhecedora do facto de que Iris era vítima frequente de agressões graves naquele orfanato. Ela despiu-se e eu pude ver as marcas, os cortes, os hematomas a formarem-se.
-Agarra tudo o que tens. Agora. – A minha voz tinha sido cortante apesar de ser um sussurro que imperava, a quem o ouvia, obediência.
-Ari, tu sabes que eu não posso ir agora, eu não ganhei a bolsa de estudos como tu. Eu não tenho para onde ir. Eu só tenho dezoito anos e mais cinco anos de estudos pela frente - respondeu ela incerta.
-Não me interessa nada disso. Tu vens viver comigo, mesmo que tenhamos as duas de arranjar um part-time, e fazer cortes nas despesas, tu vens. Eu não tenho muito dinheiro, o pouco que tenho sabes que é o resto que me vai sobrando desde que a tia Mia mo pôs na conta do banco. Aquela que eu tenho desde que nasci mas vais ver que vamos arranjar solução.
Por fim, Iris olhou nos olhos a amiga, observou Ariana com os seus cabelos loiros escuros, os olhos amendoados cor de mel pintalgados de verde, o nariz recto, levemente arrebitado estava avermelhado, a cara oval de traços muito suaves e elegantes com as faces coradas, os lábios bem desenhados mas finos, crispados. Apesar de desalinhada, furiosa, um pouco mandona, aquela menina-mulher era a única coisa próxima de família que ela tinha e adorava. Era uma irmã, uma mãe. E Iris estava disposta a segui-la fosse para onde fosse porque desde que se tivessem uma á outra estava tudo bem. Sorriu-lhe e as duas amigas abraçaram-se.
Quando a Iris me sorriu eu sabia que parte do problema estava resolvido. Fizemos as malas, despedimo-nos, armou-se um escarcéu, ameacei a directora com a queixa na Polícia.
Entrámos no carro e finalmente Iris quebrou o silêncio :
-E agora?
-Vais ao hospital para provar que foste vítima de agressão física. Sim porque eu sei que aquele filho-da-puta daquele Mason...
-Como é que sabes? –Iris respondeu surpreendida.
-Achas que eu não via como ele sempre olhava para ti? Mais tarde ou mais cedo isto ia acontecer.- Respondi suavemente.
-Alguma vez tu sentiste que …
-Só queres desaparecer? Já. Mas nunca por estas razões. Nunca chegou a isso. A tia nunca me tocou. – voltei a responder.
-Bem também não chegou ao ponto de violar-me... mas só porque eu consegui fugir -contestou Iris com um sorriso triste.
Londres estava fria, gélida e assim estávamos nós. Algo no ar pairava, alguma calma aparente, traiçoeira que eu não conseguia explicar mas sabia ser um mau pressentimento.
Acabei por estacionar o carro, esperar que a Iris fosse observada, fomos á Polícia e deviam ser provavelmente dez e meia da noite quando chegámos a casa. A Iris arrumou as coisas rapidamente, afinal de contas elas também não eram muitas.
Assim chegamos, no meu relato ao momento crucial do dia.
Senti a Iris atravessar a sala e debruçar-se sobre a mesinha de centro onde depositou as canecas de chá e despejou:
-Para já vou continuar com o curso. Tenho possibilidades para isso, as candidaturas a bolsa saiem no final deste semestre e eu devo conseguir uma.
-Óptimo! Olha eu estive a pensar, eu não me importo de trabalhar naquela livraria do bairro. Não tem muito movimento durante a tarde, tem mais ao fim do dia e assim fica mais fácil fazer os relatórios e estudar qualquer coisa. – respondi também animada e continuei – Olha eu conheço uma senhora que é viúva, ,que tem uma filha de três anos de quem ela precisa que se cuide todos os dias das seis da tarde até á meia-noite por causa do novo restaurante que ela abriu aqui perto. Que tal se fosses baby-sitter dela?
-Ah! Maravilhoso! Acho óptimo. – ela respondeu sorrindo abertamente.
Se há coisa que nós temos é optimismo e uma capacidade de encontrar normalidade no quotidiano. Talvez para não sofrer tanto ou não enlouquecer de vez. É claro que tudo isto foi sol de pouca dura.
Um barulho parecido com um estalo, um frio cortante, um desalento, uma tristeza invadiram o ambiente. Eu e Iris corremos escada acima e enfiámo-nos num grande armário. A escuridão reinou no local, gritos, choros, gargalhadas sádicas penetraram no ar e encheram os nossos ouvidos. Uma tristeza profunda, como se não houvesse esperança possível tomou conta de nós. Ao longe ouvi um grito "Morsmodre" só que eu não sabia qual o seu significado, apesar de tudo, o terror que inspirava estava patente. Tapámos a boca e quase não nos atrevíamos a respirar.
Até que ouvi um barulho muito, muito próximo e pela frincha do armário vi uma silhueta feminina sussurrar:
-Está aqui alguém? Posso ajudar?
Num impulso eu saltei de dentro do armário.
-Quem és tu? – Perguntei á mulher que devia ser uns poucos anos mais velha que nós. O cabelo dela era preto, os olhos azuis e as feições muito bonitas. Parecia uma fada.
-Ninfadora Tonks. Fomos atacados aqui. Estás aqui só tu? Anda cá ao pé da janela. – acenava-me a moça.
Eu segui-a até ao pé da janela, algo nela inspirava confiança. Ao olhar pela janela, vi uma imagem verde de caveira enorme com uma serpente a sair-lhe pela boca. Era aterrorizante.
-O que é aquilo? - Perguntou Iris que saiu do armário e se postou ao meu lado.
-A Marca Negra –respondeu a tal Dora.
-Verde queres tu dizer. – retruquei prontamente
Dora desatou a rir histericamente e por fim recompôs-se:
-Há muito tempo que não me ria assim. Não, chama-se Marca Negra. É um símbolo…
-Mágico Ari! Eu sempre soube que a Magia existe. Lembras-te quando eu fiz a Blanche tropeçar numa corda que nem estava naquele sítio antes, só porque ela me tinha humilhado á frente de todos? E todos quiseram fazer-me crer que era mentira, que aquilo não fora eu, fora ela que caíra sozinha e que a corda já lá estava? – Iris despejou tudo rapidamente.
-Sim mas daí a que isso seja verdade…
-Mas É! – disseram Iris e Dora. E esta última continuou:
-Eu sou uma feiticeira! – e rapidamente agarrou um graveto e murmurou: Lumos. Apareceu luz muito fraca da ponta do galho.
- Uau! Uma varinha-mágica! – Iris saltitava contente.
-Não pode ser – suspirei eu incrédula
-É isso mesmo! É a minha varinha – sorria Dora – Vocês estão em perigo. Tenho de as levar para um sítio seguro. Os feiticeiros negros responsáveis por este ataque andam á procura de uma tal de Ariana Bouvier e de Iris Gray.
Tanto eu como a Iris, engolimos em seco, entreolhámo-nos e esbugalhámos os olhos.
-Pelas cuecas de Merlin! São vocês? Ah meu Deus! – Dora apercebeu-se da falta de tacto e do sarilho em que se metera.
– Agarrem nas vossas coisas, vou levá-las para um local seguro. Rápido.
Sem saber bem ler nem escrever, nem mesmo porque confiar nela, nós duas agarrámo-nos uma de cada lado ao braço de Dora. Com uma sensação de sermos sugadas, de perdermos o chão e de novo com os pés assentes nele, aparecemos literalmente, tal como Dora explicara antes, numa praceta elegante. Estávamos ainda em Londres, eu conseguia garantir isso.
Do nada, como por magia, frise-se a ironia, entre dois prédios surgiu um terceiro. Eu estava de queixo caído no chão.
-Estamos em Grimmauld Place. E vocês só conseguem ver este prédio porque estão comigo. Vamos entrar. Rápido.
Abrindo a porta, chegámos a um hall bastante escuro mas de certa forma elegante.
-Esta casa pertence a um primo meu, Sirius Black. – começou a explicar Dora. Apareceram dois homens e um rapaz na nossa frente de gravetos em punho, varinhas quero eu dizer.
O primeiro muito alto, de porte atlético, rosto maravilhosamente belo de cabelos pretos pelos ombros caindo displicentemente cobrindo parte dos olhos maravilhosos cinzentos que eram remotamente familiares. Eu nunca vira um homem tão belo. Senti-me corar ligeiramente. Passei a observar o próximo, mais baixo, cabelos loiros-escuros, olhos cor-de-mel, um rosto bonito, doce mas cheio de cicatrizes. Este homem inspirava uma doçura, uma compaixão e eu tive um dejá-vu ao observá-lo. Ambos os homens pareciam precocemente envelhecidos. Voltei o meu olhar para o rapaz que devia ser da minha idade, era alto, cabelos pretos rebeldes, também mais compridos, o corpo atlético, o rosto muito atraente e o mais notável, uns espantosos olhos amendoados verde-esmeralda.
Fomos distraídos das nossas observações mútuas por gritos estridentes:
-ESCÓRIA! ESCUMALHA! TRAIDORES E SANGUES DE LAMA NA MINHA CASA! MUGGLES! A ESCÓRIA DA SOCIEDADE! SEUS CANALHAS NOJENTOS! SAIAM DAQUI! IMPUGNAM O AMBIENTE!
Os gritos vinham de um quadro com a figura de uma linda mulher. O quadro movia-se e eu temia que não cessassem os gritos até que o homem de cabelos pretos gritou:
-CALE-SE MÃE! QUER A SUA CASA DESTRUÍDA POR POSSÍVEIS INIMIGOS QUE ACABARAM DE PASSAR PELA SUA PORTA NESTE MOMENTO?
-Quem são vocês? Identifiquem-se! – exigiu o homem loiro.
-Vá lá Tonks, mesmo que seja rotina, segue-a! – pediu o rapaz de olhos verdes.
-Ninfadora Tonks. Auror, mestiça. Bruxa Metamorfa, o meu patronus é um cão-gigante. – respondeu Dora.
Eu virei-me tanto para o quadro como para os homens e com a voz calma e cortante falei:
- Ariana Bouvier, 19 anos, estudante de Medicina.
-Iris Gray, 18 anos, estudante de Arquitectura.
Surpreendentemente, a voz da mulher do quadro soou:
-Meninas, virem-se para mim. Oh sim! Eu reconheço...! Milagre Sirius!
-A mãe enlouqueceu? Como… Mãe, nem mais uma palavra sobre isto!
-Oiça ! Os devoradores-da-morte mataram o Regulus, o Regulus fez de tudo para lutar contra eles e contra o seu chefe. É isso que a senhora quer agora? Apoiar quem matou o seu filho? – Esta voz provinha do rapaz de olhos verdes.
A mulher do quadro parecia pensativa. Até que por fim se pronunciou:
-Talvez Sirius...talvez tenhas razão.
E com isto todos nos entreolhámos estupefactos. Como se não fosse suficiente, a porta abriu-se e um rapaz alto, de cabelos castanhos avermelhados e rebeldes e com uns espantosos olhos verde-musgo, o rapaz mais bonito em que eu alguma vez pusera os olhos em cima, cruzou a entrada agarrado violentamente pelo braço de um homem todo vestido de preto, de nariz adunco e com um cabelo horroroso também preto.
-Largue-me seu louco! Largue-me ouviu? O que pensa que está a fazer?
-Cala-te rapaz! Não sejas tolo! – respondeu o homem cuja figura eu estava a começar a detestar.
- Esta não era uma boa hora para usarem os gravetos? – disse eu em voz-alta – Vamos façam alguma coisa!
Os três homens e Dora disfarçaram os risos e iam responder-me quando Iris se adiantou:
-São varinhas Ariana. Largue-o seu louco! – Iris frisou enquanto avançava irritada sobre o homem. O rapaz não dava tréguas ao homem que também não o largava nem por nada. Eu e Iris estávamos a ficar francamente enervadas.
-Oiça lá seu…seu… ranhoso! Não tem mais nada para fazer? Deixe-o em paz! – eu insultei o homem ajudando Iris, por fim conseguimos libertar o rapaz, já que o homem pareceu surpreendido por um momento enquanto todos os presentes soltavam gargalhadas.
-SUA FEDELHA INSOLENTE! - o homem olhou-me com fúria e dirigiu-se a mim mas pareceu preso por instantes.
-Chega Snape! – ordenou o homem loiro – Isto foi longe demais.
Todos nos acalmámos um pouco e eu finalmente sibilei na minha voz mais cortante:
-O senhor sabe bem a razão da minha insolência. Eu não costumo ser assim mas não aturo comportamentos destes.
Todos ficaram espantados, creio que o próprio homem, o tal Snape ficou espantado com as minhas palavras.
O rapaz de cabelos castanhos falou por fim:
-Alguém me faz o favor de explicar o que é que eu faço aqui?
-Olha isso também eu queria. E ela também – respondeu Iris apontando para mim. – Alguém nos esclarece a respeito disto? A propósito, sou Iris Gray – comentou Iris estendendo a mão para o rapaz – E tu és?
-Leo Evans, encantado – respondeu o rapaz apertando a mão da minha amiga.
As expressões de choque na cara dos outros foi impagável. Até que o rapaz de cabelos pretos se pronunciou:
-Lindo, a barraca pegou fogo.
Puta que pariu! Por muito paciente que eu fosse, nada, nunca, poderia ter-me preparado para o dia de hoje. O ponto de viragem.
N.A:/ Leiam Velhos Erros criam novos caminhos e Socco Amaretto Lime. Os meus parabéns a Marc Levy que escreveu um livro fantástico, a J. um obrigada enorme e claro aos factos históricos por me terem inspirado.
