Disclaimer: Os personagens dessa história não me pertencem, obviamente (e se pertencessem, eu os doaria pra certas pessoas pq sou um bom menino). Enfim, fic sem fins lucrativos e blábláblá
Conteúdo: Romance/Humor – Jensha Slash Super Hiper Porn, um bjo.
Beta: Honeybee (todos os erros são dele.*corre*)
Sinopse: Uma proposta indecente, em um Dia de Verão. Joguim séquiçual entre Jensen, Misha, Vicky e Danneel.
Nota: O começo ta uma bosta, eu sei. Mas eu insisto que continuem lendo, que a fic melhora(eu acho...)..-.
Nota 2: Essa fic vai pra...não sei..-. Eu tava entediado, e me propus esse desafio de escrever minha primeira pornzona(eu escrevi há dois meses, antes da ''He is the devil''), e aí está! Então, a fic seria para mim mesmo?*confuso*
Nota 3: A fic tem música, mas eu tava com preguiça e não pus letra nem nada no meio dela(até pq, pra não deixá-la ainda maior). A música do cap. 1 é Michelle Featherstone- ''Careful''(HTTP : /www. youtube. com/ watch?v=YgOaf6li64o )
Capítulo 1
Uma proposta indecente
Foi num Dia de Verão. Após um painel conjunto com ele. Após um dia agitado em uma convenção. Estava tomando um gole d'água, descansado a garganta depois de cerca de uma hora falando, quando ele chegou. Sentou-se na cadeira ao seu lado e, sem mais nem menos, já foi soltando:
- Vicky e eu estávamos pensando em como esquentar a nossa relação, sabe como é?
Jensen sabia, mas nada disse. Era assim com Daneel e ele também, pois afinal ninguém era de ferro, né? Fazia apenas um ano que estavam casados, mas a necessidade de inovar na cama já batera à sua porta. O pensamento lhe fez sorrir por dentro, pensando no que os seus fãs diriam: "É falta de pica!".
-Então... - continuou Misha. – O que acha de você e a Daneel aparecerem lá em casa um dia desses, para fazermos um ménage?
Jensen engasgou-se com a água. Do que diabos Misha estava falando? Aquele homem não tinha decência? Como tinha a como tinha a cara de pau de chegar, sem mais nem menos, e propor uma coisa daquelas? Ele sempre soubera que Misha era meio... "assanhado", mas aquilo era demais.
- Jensen? - chamou Misha, sem perceber, ou talvez se importar, com a reação do outro. – O que me diz? Vicky sempre diz que os casais devem inovar em suas experiências e...
- Vou ver com a Danneel. - cortou Jensen, antes que Misha falasse mais obscenidades.
- Ok, então. - disse Misha, sem exibir reação nenhuma. - Pode ser na sexta agora, lá na minha casa?
- Vou ver com a Danneel. - repetiu Jensen, irritado.
- Ok. - disse Misha, dando duas palmadas na sua perna e levantando-se.
Jensen fuzilava-o enquanto ele se distanciava. "Vou ver com a Danneel". Ótimo, poderia soltar um belo de um "não" para Misha e jogar a culpa na mulher, não tendo que ouvir alguma provável ladainha do moreno, dizendo-lhe que ele era antiquado e rabugento demais para recusar uma proposta daquelas.
Até que a raiva tomou o lugar do divertimento. Riu por dentro imaginando em como seria fazer uma orgia com Misha e Victoria. Definitivamente, ele provavelmente não pararia de rir um minuto ouvir Misha gemer daquele jeito de... foca, como no orgasmo falso que ele já reproduzira. Por um momento, imaginou em como seria o gemido de Victoria também. Mais engraçado e estranho que o de Misha? Talvez. Se sim, ele provavelmente brocharia na hora de tanto rir.
Aliás, o que os seus fãs diriam mesmo se o vissem fazendo um ménage com Misha? "Metade morreria, e a outra metade me mataria", pensou Jensen, incapaz de segurar a risada, com um sorriso gigantesco no rosto. E o tal sorriso não saiu, mesmo depois das risadas. Continuou pelo resto do dia, assim como a reflexão sobre o pensamento dos seus fãs, os gemidos de foca de Misha e os, talvez ainda mais estranhos, de Victoria.
SEX GAME
- Ele o quê? - surpreendeu-se Danneel.
Ela e Jensen estavam aninhados, nus, na cama, após uma transa regular. Jensen acabara de lhe contar sobre a proposta de Misha.
- Tô te falando, esse cara é doido da cabeça! - riu Jensen. - Imagina só, você e eu no meio de uma suruba?
- Ah, mas... pensando bem, até que não seria tão ruim. - refletiu Danneel.
Jensen fitou-a, o sorriso sumindo da face.
- Tá falando sério? - um leve ar irritado na voz.
- Ah, Jen, qual é? Nós nunca fizemos nada do tipo...
- E não é agora que vamos fazer!
- Por quê? Bem, sabe, você mesmo já deve ter percebido que o nosso "fogo na cama" já está se apagando, vai... não custa nada tentar algo novo.
- Então é assim? - respondeu Jensen, agora nitidamente irritado. - Vamos nos oferecer pro primeiro que passar?
- Você fala como se o Misha fosse qualquer um. - contra-argumentou Danneel. - A gente pode não conhecer direito a mulher dele, mas o Misha é nosso amigo! Tá certo que eu não falo muito com ele, mas ele também não é "qualquer um''. E acho que é melhor nós fazermos isso com alguém que a gente conheça do que com qualquer um.
- Se o ponto é esse, vamos chegar alguém mais íntimo para essa coisa então.
- E tem alguém mais íntimo disposto a isso? - cutucou-lhe Danneel. - Ou melhor, você estaria disposto para chamar alguém para fazer isso?
Jensen ficou em silêncio. De fato, ele nunca teria a coragem, e tão pouco a "desenvoltura", para não dizer outra coisa, de Misha para sair perguntando aos amigos do casal se eles queriam fazer uma orgia.
- Ah, vamos lá Jensen! - Disse Danneel, acariciando o rosto do outro. - Ménage não é nenhum bicho-de-sete-cabeças, e isso eu posso dizer por experiência própria, mas isso não vem ao caso... A questão é: se a gente não fizer isso agora, nunca faremos nada do tipo, por falta de coragem.
Jensen suspirou.
- Ok, ok, você venceu. Mas, nada de ficar se engraçando pra cima do Misha, ok? Você sabe como eu sou ciumento por qualquer coisa e...
- Tá bom Jensen! - bufou Danneel. - Mas, você também, nada de ficar se engraçando com o Misha, hein?
Jensen fuzilou uma Danneel sorridente.
- Se começar com gracinhas eu mudo de ideia...
- Tá bom, tá bom, Sr. Zangadinho. - disse Danneel. - Aliás, pra quando seria esse ménage?
- Misha falou alguma coisa sobre sexta, acho...
- Sexta agora?
- Sim, por quê?
- Bom, é que sexta é daqui três dias, e...
- E o quê?
- E eu tenho que preparar umas coisas para esse ménage, sabe?
Jensen não entendeu.
- Como assim? - perguntou o loiro, com uma expressão curiosa no rosto.
- Ah, coisas de mulher... – ela desconversou - Aliás, falando nisso, você tem o telefone da Victoria?
- Eu posso conseguir com o Misha. Mas, por que você quer o telefone dela? Está interessada? - riu Jensen.
- Ha ha ha, Sr. Eu-não-gosto-que-gozem-da-minha-cara-mas-gosto-de-gozar-da-cara-dos-outros.
- Desculpe. - disse Jensen, sem tirar o sorriso do rosto.
- Eu preciso do telefone dela para... bem, para preparar algumas coisas, se quer saber.
- Preparar o quê?
- Coisas de mulher e... bem, velhas brincadeiras que aprendi da vez... sabe, que eu fiz isso.
Jensen olhou-a com um olhar safado.
- Tipo o quê?
- Nada não. Bobagem. Só consiga o telefone dela.
Os dois não tocaram no assunto pelo resto da semana, mesmo com a imaginação de Jensen voando alto de curiosidade.
SEX GAME
O chuveiro foi ligado. Os primeiros pingos de água caíram lentamente. O resto caiu como um rojão morno. Jensen sacudiuos cabelos, recebendo aquela ducha de água. Ainda pensava naquele maldito ménage - cujo dia finalmente chegara. Ainda pensava que, daqui a algumas horas, estaria dividindo uma cama com duas pessoas que mal vira nuas uma vez sequer. Entre as duas, estava um homem. Um homem que era seu amigo.
"Jensen Ackles, pensando em Misha Collins enquanto toma banho? Cabeças vão rolar...", pensou Jensen, rindo, ao se lembrar dos seus fãs. "Provavelmente alguém daria um rim, ou até mais, para ver esse ménage."
E riu ainda mais, ao pensar em como seria aquela cena do ponto de vista de uma história escrita por parte dos seus fãs: "Jensen Ackles estaria se perguntando o que usaria na noite com Misha, e provavelmente já estaria excitado ao pensar no outro, quando não muito já se ''aliviando'' no próprio banho." Dessa vez o riso saiu alto. Misturou-se com um riso de nervosismo (pois, afinal, era sua primeira experiência tão "casual"), se tornando quase um riso lunático.
Desligou o chuveiro. Talvez a temperatura da água estivesse enlouquecendo os seus miolos. Saiu do box. Enxugou-se rapidamente, amarrando a toalha na cintura depois.
Saiu do banheiro, em direção ao quarto. No mesmo, Danneel estava sentada na cama, uma chapinha na mão e uma mecha de cabelo na outra. Um leve cheiro de queimado infestando o ar.
- Você sabe que vai ficar toda descabelada nessa noite. Não é? - provocou Jensen, ao entrar.
Danneel fitou-o de cima abaixo.
- Você sabe que vai ficar todo suado e sujo depois dessa noite, não é? - A ruiva revidou.
Jensen engoliu em seco. "Sujo do quê?", se perguntou. Lembrou-se das tais histórias escritas por parte dos seus fãs. Fez uma cara de nojo ao obter a resposta para sua pergunta, seguindo essa lógica.
Tirou o pensamento um tanto imprudente da cabeça, abaixando-se e abrindo uma gaveta de sua cômoda branca. A gaveta das cuecas. A maioria ali eram brancas, mas ainda haviam algumas pretas, e outras duas azuis. Lembrou-se do pensamento de "o que usaria na noite com Misha?". Conhecendo Misha do jeito que sua percepção conhecia, ele provavelmente iria enlouquecer com alguma coisa de oncinha, tigrada, ou talvez Jensen não devesse nem vestir uma cueca.
- Está escolhendo qual calcinha seria a favorita do Misha? - provocou Danneel, fitando-o de canto de olho. - Olha, acho melhor você pegar aquela minha de fio-dental. Ou quem sabe uma de seda vermelha, com rendinha?
- Ha ha ha, muito engraçado! - cortou Jensen. - E você, já se decidiu qual cueca vai usar com Vicky? Que tal aquela com strap-on? Ou quem sabe Vicky não goste de ser o macho alfa...?
Danneel fuzilou-o com o olhar.
- Vamos ver quem vai estar gritando que nem uma menina, enquanto geme pelo nome do seu homem, no final. - cortou Danneel.
Jensen arrancou uma cueca branca da gaveta.
- Certamente, esse alguém vai ser o Misha. - piscou para a esposa, enquanto arrancava a toalha da cintura.
- Não sei, não... - continuou Danneel. - Quem sabe depois dessa você não sai, finalmente, do armário e jogue no "lado rosa da força"? E já vou avisando, não quero nenhum homem babando e gemendo por outro homem dormindo na minha cama!
- E eu também não quero ver nenhuma Playboy sendo assinada pela senhora, depois dessa noite. - provocou Jensen.
- Não se preocupe, eu tenho certeza que não vou sair de bigode depois dessa. - disse Danneel, levantando-se e guardando a chapinha. - Mas e então? Já está pronto?
Jensen ainda estava vestindo a cueca.
Danneel arregalou os olhos.
- Acho que o efeito da força cor-de-rosa já começou em você, Jensen. - reclamou ela, indo em direção à saída. - Vou esperar a mocinha lá no carro, e não demore!
Jensen ainda protestou mais algumas coisas, enquanto uma Danneel Harris já toda arrumada, saía do quarto.
SEX GAME
Jensen entrou na garagem. No carro, Danneel ia ao volante. Ao vê-la ali, o loiro esbravejou alguma coisa cujos vidros não deixaram a ruiva ouvir. Foi até a porta do motorista. Tentou abrir, estava trancada. Bateu no vidro, gesticulando impaciente para Danneel.
A mulher apenas balançou negativamente a cabeça, e depois apontou para o banco do passageiro, ao lado. Jensen contornou o carro, resmungando. Entrou pela porta do passageiro.
- Hey, que diabos pensa que está...? - começou, irritado.
- Hoje sou eu quem dirige. – interrompeu Danneel, enérgica. - Você vai na garupa, cowboy.
- Mas... - disse Jensen, antes de ser novamente interrompido:
- A não ser que consiga dirigir cego. - disse Danneel, abrindo o porta-luvas.
- O quê...?
- Vista isso. – a ruiva ordenou, tirando um pano vermelho de lá dentro.
- Que porra é essa? - perguntou Jensen, segurando o pano.
- Venda os olhos. - disse a ruiva.
- Por quê...?
- Vicky, Misha e eu ficamos de planejar essa noite, lembra? - advertiu Danneel. - então, vede os olhos, que o resto é surpresa.
Jensen olhou-a desconfiado.
-Anda, Ackles! – apressou-o Danneel. - Eu não vou dar partida enquanto essa venda estiver bem amarrada nos seus olhos.
Jensen fuzilou-a com o olhar, antes colocar a vendas. Danneel fez questão de amarrá-la, apertando o nó forte o suficiente para o pano deixar marcas no rosto do loiro.
- Aproveite a viagem. – disse, imitando a voz de uma comissária de bordo. – Aperte o cinto de segurança, as portas de emergência estão dos seus dois lados. Por favor, desfrute confortavelmente da Companhia Harris de viagem, e tenha uma boa viagem. - a ruiva deu a partida.
Jensen estava mais perdido que cego em tiroteio, literalmente. Sentia solavancos vindos do carro, luzes de faróis golpearem as suas órbitas cegadas, lombadas quase o jogarem de boca do porta-luvas.
- Danneel! - chamou ele, depois de uma lombada que fez seu traseiro doer.
- Sim, Sr. Passageiro? - ouviu a voz sarcástica da mulher ao lado.
- Quanto é o resgate? - perguntou ele. - eu pago o quanto você quiser, porque do jeito que esse seqüestro anda, eu vou acabar acordando de ponta-cabeça e embrulhado em ferragens!
- Sr. Passageiro, para sua informação, a excelentíssima piloto, Danneel Harris, tem carteira para pilotar este veículo. Então não se preocupe, morrer essa noite você só vai quando... bem, quando você estiver entre quatro paredes, a quatro pessoas. Isso sem contar na opção, gratuita, de morrer de quatro.
- Obrigado, comissária, mas eu prefiro acordar com os peixes a morrer "latindo" para o Sr. Misha Collins, se é o que está sugerindo.
- Senhor, nós da Companhia Harris não compactuamos com a Máfia Italiana, pode ficar tranqüilo. A não ser que o senhor tenha fantasias com mafiosos italianos. Neste caso, a Sex Shop Collins terá o maior prazer do mundo em negociar este seu pedido, e qualquer outro.
Jensen riu.
- Dan, que tanto você ta me jogando pra cima do Misha? Se eu gamar mesmo no cara, não vá reclamar depois que ficar com as mãos abanando. Ou melhor, as mãos se abanando, quando não muito trabalhando em conjunto para "certas coisas".
- Perdão, Sr. Ackles, mas está cogitando a possibilidade de gostar e se tornar um cliente vitalício da Sex Shop Collins? Olha que a concorrente, a Sex Shop Vantoche, já disse que pretende ficar de olho em você!
O loiro riu novamente.
- E a Companhia Harris? Não tem serviço de bordo exclusivo nisso tudo, não?
- A Companhia Harris mandou dizer que sempre tem o melhor serviço, mas dependendo do cliente, a Sex Shop Collins e a Sex Shop Vantoche podem lhe proporcionar maior satisfação.
- Anunciando as "concorrentes" assim? Aí não tem firma que se estabilize no mercado! - provocou Jensen.
Danneel calou-se.
- O que foi? - perguntou Jensen. - Turbulência?
- Piiiiiiiii - gritou Danneel, buscando fazer com que a onomatopéia soasse mais irritante e ensurdecedora o possível.
- O avião vai cair? - berrou Jensen, fingindo procurar uma máscara de oxigênio no espelho retrovisor interior.
- Chegamos! - disse Danneel. - prepare-se para o pouso Sr. Ackles, aperte o cinto. Ele acontecerá em três... dois... um.
Quando a contagem acabou, Danneel freou o carro bruscamente. Jensen perdeu o ar quando o cinto comprimiu com força os seus pulmões.
- A Companhia Harris agradece a viagem, e até a próxima. - finalizou Danneel, tirando o cinto de segurança.
Jensen fez o mesmo, antes de encostar na venda que cobria seus olhos.
- Não! - ordenou Danneel. - Só lá dentro
- Mas como...?
- Deixa que eu te levo.
- Um cãozinho guia na porta do avião? Que bondade e praticidade dessa Companhia Harris! - caçoou Jensen.
- Diga isso até se encontrar com o comissário moreno de olhos azuis, que já disse que quer ter a honra de te conhecer pessoalmente.
Jensen emburrou a cara, saindo do carro. Danneel guiou-o, como prometido, até algo que deveria ser a mansão dos Collins, à sua frente. A ruiva abriu os portões, fechando-os em seguida. Conduziu Jensen até a porta de entrada, antes de abri-la.
SEX GAME
Jensen tateava tudo, perdidamente. Um braço estava enganchado ao de Danneel. Quase tropeçou na soleira da porta.
- Calma, Jen. - a ruiva sussurrou ao seu ouvido. - Quer ficar de quatro antes da hora?
Passaram pela porta de entrada e Danneel trancou-a em seguida. Jensen nada disse. Apenas se deixou guiar. E foi guiado, até Deus sabe onde. "Dan provavelmente visitou esse lugar e preparou tudo esta semana", pensou, "bom, parece que alguém estava MESMO interessado nisso." Jensen sentiu luzes fracas penetrarem sua venda, e podia ver dois vultos humanos à frente.
- Pode tirar a venda. - disse Danneel.
Mas, antes que o loiro tivesse alguma reação, um dos vultos se aproximou e desamarrou o pano com um certo cuidado e delicadeza.
A primeira coisa que Jensen viu foram aquelas duas safiras azuis, que lhe tiraram o fôlego, por alguma razão, após toda aquela escuridão avermelhada da venda. Ele podia jurar que vira desejo e um fogo azul queimar naquelas safiras. A segunda foi o sorriso grande, feliz, branco e cativante de Misha Collins.
Jensen Ackles, pela primeira vez na vida, perdera o fôlego ao olhar para um homem. Ficou perdido, sem palavras. Apenas fitava aquele rosto delineado fitar-lhe curiosamente. Um bolo se formou no seu estômago.
- Jen? - chamou Misha, um olhar preocupado no rosto.
Jensen tentou falar, mas apenas abriu a boca, sem emitir nenhum som. Apenas ficou com a boca aberta, como um homem em estado vegetativo.
- Parece que tem algum afim de dar um belo sexo oral, pela boca aberta - provocou Danneel, em algum ponto da sala.
- Jen? - chamou Misha novamente, agora nitidamente preocupado, pousando a mão esquerda no ombro esquerdo do loiro. - Está tudo bem?
Jensen sentiu uma corrente elétrica percorrer o seu corpo, provocada pelo toque do moreno. Essa corrente o despertou. O loiro se desvencilhou da mão em seu ombro, se distanciando para trás. Um segundo depois, Jensen escorregou no pano vermelho que outrora vendara seus olhos. Teria caído, se Misha não segurasse sua mão a tempo.
- Jen? O que deu em você?- o moreno perguntou, ajudando-o a ficar em posição ereta.
-Na-na-nada. - gaguejou Jensen, esfregando os olhos com as duas mãos, antes de outra vez se desvencilhar bruscamente do contato com o moreno.
- Desculpe pela surpresa... acho que foi forte demais. - disse Victoria de algum ponto.
Jensen olhou ao redor. Estava no que provavelmente deveria ser a sala da mansão. Todas as luzes da casa pareciam estar apagadas, de modo que a única fonte de iluminação provinha de algumas velas vermelhas espalhadas aqui e acolá na sala de estar. Dois sofás alaranjados preenchiam o meio da sala, assim como um tapete felpudo cobrindo parte do piso de madeira-lustrada e alguns aparelhos eletrônicos na parede oposta. Uma porta se encontrava na parede lateral esquerda do cômodo, enquanto na parede oposta um umbral abria alas para uma escada em espiral.
Mas o que mais chamou a atenção de Jensen Ackles para o cômodo foram duas câmeras de vídeo apoiadas em tripés, do tipo que eram usadas para filmar as suas cenas na série de TV. Uma das câmeras se encontrava ao lado esquerdo de um dos sofás, e a outra em frente à televisão, de modo que cada uma filmava ângulos opostos, sem, entretanto, se filmarem.
- Que diabos é isso? - retrucou Jensen, apontando para as câmeras.
- Isso se chama sex-tape. - disse Victoria.
- O quê? - Jensen olhou para Danneel, confuso.
- Então, Jen, como eu disse... - começou Danneel, tentando encontrar as palavras certas.
- Vicky, Misha e eu ficamos de combinar essa noite. E bem, aí está! Sex-tape!
- Sex-tape quer dizer "sexo filmado". - esclareceu Misha, bem ao estilo Castiel.
- Eu sei o que quer dizer... isso! - retrucou Jensen, irritado.
- Nós pensamos em fazer algo diferente hoje à noite. - continuou Victoria. "Mais diferente que uma suruba?", pensou Jensen. - Nós pensamos em jogo, digamos, "jogo sexual". O jogo se trata de uma competição, na verdade – "Competição do quê? De quem geme mais? De quem goza mais? De quem fica mais arrombado?", a mente de Jensen martelou. - Essa competição se dá por meio das câmeras. Elas ficaram apontadas a todo tempo para cada um dos casais. Cada par terá que repetir e fazer o que o outro par fizer numa espécie de "siga o Mestre". O par que se recusar a fazer alguma coisa perde. E como castigo, terá a fita de vídeo com as suas "estripulias" confiscada pelo par vencedor. Este, por sua vez, decide o que fazer com a fita, indo desde tirar cópias e mostrar para os amigos até postar o vídeo na internet.
Jensen olhou, atônito, para Danneel, como que passando uma mensagem de "você vai ser o meu par, não é?".
- E, bem, nós já decidimos os pares. - disse Danneel, como se lesse os pensamentos do marido. - Sabe, nós queríamos fazer experiências diferentes essa noite, então...
Jensen engoliu em seco.
- Você vai ser o meu par, Jen. - disse Misha, quase num sussurro, ao seu lado.
- O quê? - Jensen bradou. - De jeito nenhum!
- Qual é o problema, Ackles? - perguntou Victoria.
- Qual é o problema? - Jensen falou em um tom cínico. - Nenhum! A não ser que eu não vou fazer sabe Deus o quê com um homem! Eu não sou gay!
- Eu também não sou lésbica e vou fazer "sabe Deus o quê" com a Vicky. - contra-argumentou Danneel.
- Isso... é diferente! - bradou Jensen. - Mulher com mulher é diferente! Vocês têm mais intimidade e essas paradas... já nós, homens, não!
- Eu não vejo problema nenhum em ter uma noite com você, Jensen. - replicou Misha.
Jensen fitou-o, como se o homem à sua frente acabasse de xingá-lo de mil e um palavrões.
- Você está doido? Eu não vou trepar com você! Nunca!
- Ué, quem é que me disse que ia fazer Misha ser a mulherzinha mais cedo? - provocou Danneel.
Jensen ruborizou.
- A-aquilo... bem, aquilo foi diferente! Era... era... era brincadeirinha aquilo! Zoação! Eu tava gozando da cara do Misha! Quero dizer, não literalmente, e... ah, diabo! Eu não vou chegar perto de outro pinto hoje, mas nem morto!
- Ackles, larga mão de ser careta. - retrucou Victoria, levemente irritada. - É só sexo, não é como se você fosse se apaixonar pelo meu marido!
- O quê? Se apaixonar? Deus me livre! - bradou o loiro. - Eu não vou fazer e pronto! Eu não sei nem onde eu estava com a cabeça quando aceitei fazer essa... palhaçada!
- Jen, para de frescura! - retrucou Danneel, irritada.
- Dan, me dá as chaves do carro. - pediu Jensen, controlando a sua raiva.
Jen, qual é! Ninguém vai contar para ninguém o que acontecer aqui!
- Não vai me dar as chaves? Ótimo, eu mesmo acho o caminho, a pé! Porque nesse antro eu não fico mais nem um segundo! - vociferou Jensen, dando as costas aos três e saindo a passos largos e pesados para porta na lateral esquerda.
- Jen, espera aí! - chamou Misha, correndo atrás do loiro.
SEX GAME
Jensen nem lhe deu ouvido. Escancarou a porta à sua frente violentamente. Um corredor escuro se encontrava à frente, iluminado apenas por um candelabro. No fim do corredor, uma porta se encontrava.
- Jen, espera! - bradou Misha, enquanto Jensen disparava pelo corredor.
O loiro tentou abrir ao final do corredor, mas não conseguiu. Estava trancada. Lembrou-se de Danneel trancando aquela porta, enquanto ele estava vendado.
- Onde está a chave? - bradou Jensen, furioso. - Dan, onde está a porra da chave?
Entretanto, antes que pudesse dizer alguma coisa, ou dar um passo à frente rumo a sala de estar, lá estava Misha. Os olhos azuis faiscavam e lhe tiraram o fôlego pela segunda vez naquela noite. E, pela segunda vez, Jensen perdeu o foco e ficou sem palavras.
- Jen, espera, vamos conversar! - disse Misha, segurando seus ombros.
- E-eu-eu... - gaguejou Jensen.
- Como a Vicky falou, é só sexo. - continuou Misha. - Não tem nada demais vocês e eu passarmos a noite juntos. Amanhã tocaremos a vida pra frente, como dois homens héteros e fim de papo! Não é como se essa fosse alguma espécie de Noite de Núpcias, e nós fossemos um casal de gays apaixonados que acabavam de se casar! Ainda seremos nós, Jensen e Misha, quando estivermos dormindo na mesma cama essa noite. Nós ainda seremos apenas amigos.
- Mish... eu... - Jensen não sabia o que dizer. Aquelas palavras do moreno haviam dissipado toda a sua raiva, todo o seu desprezo. Afinal, não seria a pior coisa do mundo, dormir com um amigo seu, não é? Como Vicky e Misha disseram, era apenas sexo e apenas por uma noite. Ele, Jensen, continuaria a ser hétero.
- Vamos lá, Jen. Dê uma chance, pelo menos, para essa noite. Só uma chance de descobrir novas experiências, nada demais. Vicky e eu já fizemos esse tipo de jogo dezenas de vezes com dezenas de casais, e tudo só durou uma noite. Além de bem, isso ser altamente recomendável.
- Mas Mish, eu não... eu não sei...
- Jen, todo casal precisa de novas experiências, se não esfria! E eu aposto um braço que o seu relacionamento com a Danneel já ta esfriando, porque eu não duvido nada que você seja do tipo careta, que só gosta de sexo convencional e nada mais.
Jensen abaixou os olhos, fitando os próprios pés.
- Isso sem contar que você pode desistir a hora que quiser, não precisa ser obrigado a fazer o que não quer. Só, vamos começar o jogo... Quando você não quiser mais, é só me falar, que a gente para tudo.
- Mas e a fita?
- A fita é o de menos. O importante é você estar feliz e satisfeito com que estiver fazendo. E eu prometo, vou dar o meu máximo para fazer você se sentir à vontade esta noite. Eu não costumo fazer isso, mas posso até, se a gente chegar lá, ser o passivo no "vamos ver".
Jensen riu.
- Obrigado. - disse o loiro, agora infinitamente mais calmo. - E desculpe por ter sido um... bundão careta.
Misha riu.
- Que nada, é mais do que normal você se sentir assim! - disse o moreno, dando palmadinhas em seu ombro. - Mas, e então, você aceita passar uma noite de novas experiências comigo?
- É, acho que depois desse sermão... bem, aceito. - disse Jensen, sorrindo sem querer.
Misha sorriu, satisfeito.
- Então, vamos lá pra dentro, ou quer que eu te dê a chave da porta?
- Vamos lá pra dentro. - disse Jensen, andando em direção a sala. - Afinal, você ainda me deve a promessa de ser a mulherzinha essa noite.
Nota do Beta: Gente, gente! Que Misha mais descarado é esse? Propondo uma suruba assim na lata! E o Jensen todo puritano não resistiu (claro, com a ajudinha da Daneel) e topou! UI! Agora... e esse climão que rolou entre os dois, hein? Aí tem! Gostei da premissa da fic, guri! Muito legal! Vamos ver o que vai ter nessa noite tão diferente...
Nota do Autor: Bom, tive um surto de escrever porn, e aí está! Um ''pouquinho'' atrasadinha(uns 2 meses só), por culpa da betagem *aponta o dedo e saí correndo*. Enfim, o começo ta bem corrido e estranho mesmo, e eu até pensei em reescrever, mas a fic já tinha dado 80 páginas, q se eu botasse coisa a mais, iria estourar! Ah, esse é o motivo dela estar dividida em caps tbm(ela é oneshot, vcs verão pelo ''formato'', mas como eu e o Honeybee concordamos q ningm leria 80 páginas de uma só vez, decidimos separar por caps). Enfim, gostaria de agradecer ao beta gostoso-N do Honeybee, q mesmo tendo demorado séculos, teve a paciência de betar esse ''trem'' aí...Agora é só vcs utilizarem de métodos medievais e torturá-lo pra ele betar rápido os outros caps.*evil* Pra finalizar, quem não deixar review, não vai ganhar pedido de surubão do Misha.*chantagista,oi?*
